I Cannot Love You escrita por gabyzutto


Capítulo 40
Capitulo 39 - Se eu tivesse...


Notas iniciais do capítulo

o mundo que eu queria ter...



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    - Geovanna eu estou começando a ficar preocupado. - Frank dizia.

    - Não tem porque.

    - Bom, eu... posso pedir uma coisa?

    - Sim.

    - Amanhã, depois do colégio, deixa eu te levar a uma clinica? Vai ser coisa rápida.

    - Frank, eu acho melhor...

    - Por favor, Nina.

 

Eu paro um pouco, e colocando minhas mãos sobre minhas pernas, digo:

    - Ta, ta bom.

    - Ok. - ele levanta, chega perto de mim, e me da um doce e longo beijo na testa, acariciando minha cabeça em seguida.

    - Nina, eu estou indo mas... antes, eu queria dizer sabe, em relação ao seu irmão...

    - Frank. - o interrompo. - você sabe que gosto muito de você. Eu sei que, a situação esta complicada. O Stiven é difícil de ser domado, mas... eu acho que posso fazer ele segurar o seu segredo. Mas, eu gostaria que você, não comentasse com ele sobre... sabe, eu e, ele, a história... É muito difícil pra ele.

 

Nessa hora ele se afasta devagar, e diz:

    - Eu, eu entendo.

    - E eu espero que, você já tenha me desculpado, pelo tapa, que te dei.

    - Ah, eu quem peço desculpas, por te prender daquela forma. Eu fui um idiota.

Eu me levanto, e colocando a mão sobre o rosto dele, eu digo:

 

    - Não se preocupa. De certo modo, no fundo, eu não estava zangada. Só estava... envergonhada, eu acho.

    Ele me fita. E da um leve sorriso.

    - Eu... devo ir. - ele diz - Não quero mais... te 'prender'. - ambos damos um risada tímida.

    - Eu gosto da sua companhia.

    - E o Stiven?

    - O que tem?

    - Eu sei que ele sofre. Nina, eu não sou muito fã dele, mas... eu não desejo nenhum mal a ele.

    - Claro. Mas porque diz isto?

    - A mente do Stiven ta repleta de besteiras.

    - Besteiras?

    - A cada instante a mente dele, se enche mais de loucuras. Só de olhar pra ele, eu vejo as lágrimas que não querem cair dos olhos dele. Ele ta muito machucado. E grande parte desse sentimento dele, tem haver com você.

 

Fico impressionada ao ouvi-lo. Abaixo meus olhos.

 

    - Que loucuras são essas? - eu pergunto, em tom de voz baixo.

    - Nina, eu não queria dizer nada porque... porque é tão estranho ele ser seu irmão de sangue, saiu da mesma barriga que você! Mas, acho que vou me sentir mal se eu não disser.

    - O que Frank? - pergunto já sentindo um peso.

    - O Stiven... ele ta doente.

    - Doente?! Como assim??

    - Eu não sei bem, mas ele ta se corroendo muito com toda essa história. Ele ficou em coma por tanto tempo, ele saiu do coma sem nenhuma seqüela; ou quase.

    - Quase? Seja direto por favor Frank! - a cada palavra que ele dizia, mais medo eu sentia.

    - O corpo dele ficou, digamos que... sensível ao extremo! Isso não foi diagnosticado naquela época, mas tudo vem se tornando mais obvio agora. O corpo dele esta vulnerável a qualquer tipo de doença. A mente dele esta vulnerável a uma depressão profunda.

 

Meus olhos começam a arder. Eu me afasto, colocando a mão na boca. Fecho os olhos. Quero gritar alto porque, to sentindo como se uma faca perfurasse meu pulmão.

 

    - Nina, eu não queria dizer, mas... eu tive que fazer isso. Você não deve deixa-lo sozinho ele pode fazer alguma besteira muito grande. A ultima coisa que quero ver, é o seu sofrimento e o da sua família.

 

    - Ai. Meu Deus! Frank! - ainda estava de costas, mas vou até ele e o abraço mais forte que posso, minhas lágrimas escorrem por meu rosto uma atrás da outra incessante.

    - Frank me ajuda! Por favooor me ajuda Frank! Eu to desolada, to sentindo agulhas dentro de mim. Eu não agüento! Eu tenho pena do meu irmão. Mas sei que é pecado termos algo. Eu sinto que não o amo além de um amor fraternal. Todo dia é um peso aqui em casa, eu não consigo mais conversar com ele direito! To com tanto medo! Me ajuda por favor! Não to conseguindo carregar sozinha! O que faço pra salva-lo?

    - Nina! - ele retribui o meu abraço, como se estivesse abraçando a coisa mais sensível e frágil do mundo, como se tivesse medo de tocar em mim. - Eu juro que vou estar do seu lado sempre! Eu vou te ajudar! Sempre vou prestar atenção no Stiven pra não deixa-lo fazer bobeira.

    - O meu irmão te odeia tanto! - digo levantando minha cabeça para olhar seu rosto sereno de traços tão doces, “frágel como pétalas de rosas, tão sensível quanto asas de borboletas.”

    Eu lembro dessa frase. O Frank disse pra mim. Nós tínhamos 10 anos de idade. Bom, pelo menos eu tinha.

 

Frash-back on

 

Estava andando de bicicleta meu cabelo era curtinho na época, era um pouquinho acima do ombro. Eu adorava tiaras, usava coloridas, nunca dispensava. Esta andando de bike, quando me deparei com o Frank, também de bike, na época, não nos falávamos muito, mas sempre o achei um garoto diferente dos outros. Ele estava vindo muito rápido em minha direção, ele fitava algo, mas sabia que ele não tinha me visto. Faltou pouco pra ele me atropelar, mas eu mesma fui boba, e virei a bike a acabei caindo, ele me olhou na hora jogou a bike dele de lado, e se abaixou perto de mim dizendo:

 

    - Machucou?

Olhei minha perna, que sangrava e ardia, com um corte feio.

    - Ai! - meus olhos se encheram de aguá. Ele olhava o meu sangue, achei que ele passaria mal, mas foi diferente. Ele me pegou no colo, e disse:

    - Calma! A dor vai passar!

Eu estava impressionada, pelo fato dele me aguentar, e por toda sua atenção! Minhas lágrimas que escorriam cessou momentaneamente a olhar para o rosto infantil e tão fofo dele. Sua bochecha era fofa e grande.

    -Sua queda foi tão simples! Mas você se machucou desse jeito. Tão rápido! - ele falava tão diferente pra idade dele, ele era tão diferente dos outros meninos! Mas ele continuou:

    - Frágil como pétalas de rosas, tão sensível quanto asas de borboletas.

 

Frash-back off

 

    - Mas mesmo assim, você quer ajuda-lo. - eu continuava.

    - Eu faço isso por você.

Nos olhamos agora. E na minha boca vieram aquelas palavras tão doces, de outro mundo, mas que nunca esqueci:

    - Frágil... como pétalas de rosas... - e ele tira as palavras da minha boca, continuando:

    - Tão sensível, quanto asas de borboletas.

 

Eu sorrio, olhando seus olhos.

 

    - Você... lembrou na hora!

    - Claro. Eu não iria esquecer.

    - Frank! Você é demais!

    - Você que é! - ele secava as minhas lágrimas. - Você, chora tão facilmente! Tudo em você é precioso, pra mim.

Eu sorrio, me afastando daquele abraço que me trouxe recordações rápidas, mas tão doces e profundas.

 

    - Você... esta melhor? - ele pergunta, terno.

    - Sim! Um pouco preocupada ainda, mas to mais calma.

    - Eu fico mesmo feliz... mas receio que devo ir agora, você tem que dormir!

    - Não, mas... - eu seguro sua camisa. - Eu... fico tão mais calma com você por perto!

    - Mas... esta a noite! A noite, é traiçoeira!

    - Eu confio em você!

    - ... - ele olha pra baixo com suas mãos no bolso. Eu me aproximo e seguro seus braços que permanecem nos bolsos.

 

    - Você ta pensando em que agora? - ele diz sem tirar as mãos no bolso.

 

Eu quero muito fazer isso, eu... sinto algo que realmente ta me chamando pra perto dele.

 

    - Você... não faz nem ideia? - minhas pestanas estava molhadas pelas lágrimas que à pouco caia.

    - Não. - ele estava visivelmente ansioso. Sua boca estava entreaberta, ele me olhava forçadamente.

    - Mentira. - eu não tinha coragem de fazer o que minha mente, e meu corpo desejava agora, eu esperava que ele o fizesse. Mas ele não faz nada!

     

    - Érr... nada! - eu me viro contra ele, meus cabelos vão junto, me afasto um pouco, mas ele me pegou de surpresa, me virando para o lado dele novamente, tão rápido e forte, e me beijando.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, o proximo cap. será postado dentro de dois ou três dias (eee)
E por favor não tirem conclusões precipitadas!
O proximo cap. vai começar com o pov do Stiven. E prometo que será um pouco maior que os dois ultimos T.T

Cap. 39 - Se eu tivesse o mundo que eu queria ter...
end.