I Cannot Love You escrita por gabyzutto


Capítulo 31
Capítulo 30 - Baby baby baby


Notas iniciais do capítulo

Miya, Mayu kd vcs amores?



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... [3º Pessoa’s pov]


 


Stiven andava feito um louco na rua sobre aquele skate. Estava indo muito rápido. O som das rodas sobre o chão eram tão claras quanto a furia dele. A tarde já estava no fim, a luz estava sendo substituida pelo escuro da noite. Clareados por luzes e mais luzes por todas as ruas pelas quais ele passava. Algumas pessoas passavam em grupo por ali, outras solitarias. Alguns apressados. Havia também um mendigo com um saco sobre as costas que observou atentamente Stiven passear com os olhos avermelhados naquele local. Stiven não olhava pra ninguém. Somente para a estrada a frente. Ao virar uma rua, estava tão depressa que esbarra em alguém fazendo o mesmo cair sobre o chão.


-         Ai! – era um garoto, ninguém mais que David.


-         Droga! – Stiven esbraveja, tendo também quase caido, seu skate caiu do lado de David ainda no chão, com as rodas para cima. – Eu não te vi. – ele continua.


Estende a mão para o colega no chão, que fazia cara de dor. David o observa pegando sua mão e deixando seu peso ser puxado pela força de Stiven que o faz ficar de pé.


-         Te machuquei? Porque não presta a atenção? – Stiven resmungava.


Os olhos claros de David são voltados para os lindos olhos enverdeados de Stiven. Apesar de estarem visivelmente irritados não deixavam de serem lindos.


-         Eu... acho que estou bem! – David diz por fim. – ele observava atentamente, reparando cada traço do seu rosto, sua boca bem desenhada, seus olhos bravos e confusos, uma mecha de seu cabelo escuro caida sobre sua testa.


-         Ótimo. Então de me da licensa... – ele diz, pegando seu skate do chão.


-         Espera! – ele diz. Stiven olha pra ele, esperando ele dizer algo.


-         É... você, não me parece legal!


-         É, não to mesmo!


-         Posso ajudar em algo?


-         Não!


-         Você, vai aonde agora? – ele tentava a todo custo, não deixa-lo sair dali que era o que ele mais queria no momento.


-         Porque?


-         Eu... poderia, conversar contigo! Acho que esta precisando de um ombro amigo.


-         O que? – Stiven pergunta em tom de deboche, colocando um pé sobre o skate no chão, balançando-o pra frente e pra trás. – Ta me confundindo é? Se eu fosse uma garotinha mimada, assim sim poderia se supor que eu fosse chorar no seu ombro! – no fim da uma risada.


-         Isso quer dizer que você esta querendo chorar?


-         Não!


-         Então, eu... posso conforta-lo, com palavras amigáveis. – David se sentiu um idiota completo depois de dizer isso.


-         Ta, então você esta se convidando pra vir comigo?


-         É o jeito né? Já que você mesmo não me convida.


-         Há! – Stiven não acreditava. – Você é um mané mesmo cara, incrivel! Eu vo em uma pista de skate. Amanhã é sabado, sexta e sabado a noite são os melhores momentos pra praticar!


-         Legal! Não sabia que andava de skate! Eu também ando! Se soubesse teria trazido o meu.


-         Podem te emprestar alguns por lá.


-         Irado! Então estou convidado?


-         Fazer o que né?


 


Os dois acabam indo juntos até a pista de skate que havia naquele bairro. Stiven faz David de tonto o tempo todo por andar rápido no skate. Eles chegam lá e ficam um bom tempo andando, David acabou arrumando um também. Stiven zoa David toda hora por ele, esbarrar toda hora e cair constantemente. Já Stiven dava suas brechas, mas nada imperdoavel.


No final os dois saem rindo.


-         È, parece que você esta bem melhor agora! – David comemora.


-         Também, com suas quedas quem vai ficar sério?


-         Foi divertido! Você anda muito.


-         Ainda bem que você reconhece. Fazia tempo que não vinha aqui.


-         E eu foi a primeira vez que vim!


-         Putz!  Porque?


-         Não conhecia.


-         Hum... Ah! E eu agradeço você... ter ajudado no lance lá do sequestro da Geovanna... eu fiquei sabendo que você contribuiu, valeu.


-         De nada. Fiz com vontade.


-         Há, você é estranho!


-         Você é muito mais que eu!


-         Confessa po, você gosta de fazer caridade para os outros.


-         Só pra quem merece.


-         Há, então eu mereço suas caridades? Você não me conhece ‘velho’!


-         Eu acho você bacana.


-         Eu nunca fiz nada de bom pra você, eu só te zoo o tempo todo!


-         Eu não ligo pra isso.


 


Stiven o olha com cara de desentendido. Chegam em casa, antes que cada um virassse para o seu lado, David da um súbito abraço em Stiven que retribui franzindo a testa.


-         O que é cara?? – ele colocou sua mão fechada nas costas de David, apenas a mão sem faixa. Enquanto David deixou-se abraçar por todo ele, sem medo.


-         Só estou contente que não esteja mais deprimido!


-         Beleza! – Stiven da uns passos para trás. David abaixa a cabeça.


-         Eu vou nessa!


-         Você... vai na pista de skate amanhã de novo?


-         Acho que sim!


-         Eu... vou contigo então, pode ser? Você se incomoda?


-         Sim, eu me incomodo!


-         Hã?


-         Zuera, pode vir!


-         Legal! A gente se fala amanhã!


 


Stiven entra em casa, achando esquisito o ato de David, mas esquece logo, após entrar no clima da sua casa novamente, eram quase 11h. da noite.


-         Stiven? Que bom que chegou!


Sua mãe desce as escadas, ele da um pulo de susto.


-         Que susto mãe! Parece um fantasma, aparece de repente!!


-         Senta aqui, filho! – ela diz, sentando-se no sofá, e sinalizando para que ele sente-se ao lado dela. Com o skate nos braços, ele se aproxima da escada, dizendo:


-         Po mãe, eu vou dormir agora!


-         Por favor, filho!


Ele solta um suspiro, e senta ao lado dela, olhando para o chão.


-         O que é?


-         Stiven, eu... sei que esta havendo algo contigo!


-         Hã?


-         Eu sei, filho! Me conta o que é. Talvez eu possa ajudar! Confie em mim, Stiven!


-         Ah! – ele levanta rapidamente – Enlouqueceu? Eu to normal, não ta acontecendo nada!


-         Stiven faz, qualquer coisa, mas não mente pra mim! Mesmo se você estiver bebendo ou mesmo se drogando, fala!


-         Há, esta me chamando de que em mãe? Me deixa em paz, eu não quero conversar!


-         Stiven, por favor, Stiven, não me deixa falando sozinha de novo!


-         A senhora não pode me obrigar a fazer o que não quero!


-         Não estou obrigando, eu só quero saber o que esta acontecendo dentro dessa casa! Seja o que for, a Geovanna também esta sabendo! Mas ela também não quer me contar!


-         NÃO TA ACONTECENDO NADA! – ele grita, e joga o skate sem pensar em que direção ele vai, com toda furia, ele gritou muito nervoso, o skate acaba caindo sobre a mesa de centro, a mesma cai, o vaso que estava sobre ela se quebra, havia uns desenhos de sua mãe sobre ele, que se espalham violentamente pelo chão, faz um tremendo estrago, um  barulho enorme, os vizinhos escutam e chamam a policia preocupados com o que esta acontecendo.


-         Não faça isso, Stiven! Você esta louco? – sua mãe coloca as mãos sobre a cabeça, se levantando do sofá, começando a chorar desesperadamente.


-         Eu tinha melhorado um pouco! Porque a senhora vem tentando me sondar de novo? Para de tentar se intrometer na minha vida! Eu não aguento mais! – eles falavam agitados, ainda aos gritos.


Ela chorava, Stiven se mantinha firme. Geovanna desce correndo, com seu pijama azul claro, um short curto.


-         O que é isso? Mãe!!


 


[Geovanna’a pov]


 


Quando vi aquela cena, fiquei chocada! A sala estava ‘caida’, cacos de vidro pelo chão, minha mãe ao pranto, Stiven parado com os olhos vermelhos no meio da sala.


-         Mãe! – corro até ela. – Mãe?? – estava ficando muito preocupada. Stiven estava paralisado, com a cabeça baixa, seu rosto oculto pelo cabelo caido sobre a testa.


-         O que foi?? Faalaa!!


-         O Stiven esta me escondendo algo! – minha mãe, diz caindo sobre o sofá, ao pranto.


 


Eu chego perto de Stiven, e digo, gritando:


-         Stiven, olha o que você esta fazendo? Não coloca a mamãe nisso!


Ele não dizia nada, nem levantava o rosto.


-         Stiven estou falando com você! – grito novamente. Sem resposta.


-         STIVEEN! – grito o empurrando, ele da poucos passos para trás me olhando por fim. Só então posso ver seu rosto. Seus olhos... ele estava chorando! O Stiven estava chorando ali, em frente a minha mãe... em frente a mim!


-         Stiven! – digo, engolindo o choro, abafando minha voz. Minha mãe também olha pra ele.


-         Meu filho! – minha mãe se levanta vindo até nós.


-         Eu... eu sou um monstro mesmo! Um monstro! – ele dizia, deixando que suas lagrimas percorram livremente seu rosto.


-         Não! Não Stiven você não é! Você não é um monstro! – ela o abraça.


-         Me deixa mãe! Me deixa!



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