I Cannot Love You escrita por gabyzutto


Capítulo 27
Capítulo 26 - Losing Grip (Parte I)


Notas iniciais do capítulo

A partir desse cap. irei colocar a foto dos personagens principais.
Não sei se já coloquei antes, mas se coloquei foi em forma de link, a foto agora estará dentro da história, no fim de cada cap.
Hoje o Frank.

Espero que gostem!



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Abrimos a porta de saida, mamãe estava com roupa de dormir, ainda estava escuro lá fora, era madrugada não havia ninguém na rua. Vemos o Stiven tirando o carro do estacionamento.

- Meu Deus, aonde esse moleque esta indo a essa hora?? - pergunta minha mãe por impulso.

- Meu Deus! – digo, colocando minha mão na boca, estava de regata e calcinha ainda.

- Stiven! – minha mãe grita, mas o Stiven faz uma manobra rápida dando a volta no carro, e saindo em disparada.

- Stiveen! – sou eu quem grito agora, mas já era tarde demais. Ele deixou o portão do estacionamento aberto.

- Não! Não! – digo com ambas as mãos na cabeça, fazendo o possível para não entrar em pânico.

- Aonde ele vai? – minha mãe já estava desesperada.

- Mãe, mãe a gente tem que fazer alguma coisa! O Stiven vai fazer alguma loucura!

- Como assim, Geovanna?

- Eu não sei! – eu grito, andando de um lado para o outro com ambas mãos na cabeça, mechendo anciosamente e desesperadamente no meu cabelo.

- Eu tenho que... tenho que falar com o Reita! – digo, entrando correndo pra dentro de casa, e pegando o telefone, discando rapidamente.

- O que ta acontecendo, Geovanna? Fala!

- Espera! – o numero estava chamando, mecho anciosamente no cabelo.

- Alô? – uma voz sonolenta atende.

- Reita?

- Eu.

- Reita, é a Geovanna! Reita, o Stiven, ele...

- O que tem ele?

- Ele acabou de sair de casa, ele estava desesperado, eu to com medo que ele faça alguma besteira, você tem que me ajudar, Reita!

- Mas... mas, como, o que ele tinha?!

- Depois eu explico, mas por favor Reita faça alguma coisa!

- Ta, ta... eu vo pegar o carro, e vejo se acho ele!

Assim ele desliga.

- Geovanna! O que o Stiven vai fazer, fala Geovanna!

- Eu não sei mãe! Mas ele estava apreencivo, eu não sei!

- Mas porque o que aconteceu?

- ... – eu apenas segurava meu cabelo com força.

- Fala, Geovanna! Vocês estão escondendo alguma coisa de mim, fala eu quero saber!!

- Mãe, eu também não sei!

- Não mente pra mim, menina!

- Eu não to mentindo! Ele, ele foi no meu quarto... falou umas coisas, que não entendi direito! – tento montar um pouco de verdade e um pouco de mentira na hora, estou totalmente abalada, atordoada.

- Que coisas?

- Eu já disse que não entendi!

- Ai meu Deus!

Foram horas horríveis de espera. Eu subi pra colocar outra roupa, rapidamente.

Eram quase seis da manhã, quando o carro do Stiven para em frente a nossa casa. O Reita estava junto.

Minha mãe quase derruba ele para abraça-lo preocupada, e tudo.

- Pra que tanta preocupação, eu só tinha saido! Eu posso sair a hora que eu quero, tenho idade suficiente pra isso! – ele diz indo em direção as escadas.

- Stiven, você não me engana! Aconteceu alguma coisa pra você sair desse jeito! Você esta com o braço enfaixado, não deve dirigir! Ainda mais na velocidade que estava! Tem alguma coisa acontecendo aqui! Me digam agora mesmo o que é! – antes da ultima frase da minha mãe, seu tom de voz era de conselho. Na ultima frase, transformou-se em exigência.

Eu, Stiven e Reita trocamos olhares, o Stiven estava com uma expressão incrivelmente despreocupada.

- Já vi que a dramática Nininha, tem a quem puxar! – o Stiven diz subindo as escadas.

- Stiven, volta!

O Stiven para na escada, olhando pra ela com a mão no corrimão.

- Desce!

- Como é?

- Eu quero falar com você. Você não vai me deixar falando sozinha!

- Eu não tenho nada pra falar!

- Stiven, não seja grosso!

Eu e o Reita, não diziamos nada, apenas olhavamos.

- Mãe, eu não quero conversar contigo agora, ta legal? Me deixa em paz, eu to cansado! – ele diz, voltando a subir.

- E o colégio? – pergunta Reita.

- Eu não vo hoje! – escutamos a porta do quarto dele bater.

Minha mãe vai até o sofá, e começa a chorar.

- Mãe, não chora por favor! – eu digo, me sentando no encostador de braço do sofá.

- É mesmo dona Lucia, depois essa raiva do Tiv passa! – o Reita diz.

- Eu não to entendendo mais nada! – minha mãe diz entre soluços de choro, com o rosto tapado em suas mãos. – Depois dessa minha viagem, muita coisa ficou estranha, eu não sei! Primeiro essas pessoas que atacaram meus filhos, e agora esse modo sem sentido do Stiven agir? Eu to muito preocupada!

- Mãe, vai descansar, o importante é que ele já esta em casa, então é melhor a senhora esfriar a cabeça, fala com ele depois!

- Vocês vão no colégio ainda?

- Acho que nem dá tempo mais! – o Reita diz olhando no seu relógio de pulso.

- Não da mais tempo mesmo. – eu completo.

Depois de uma breve pausa, minha mãe pergunta, descobrindo seu rosto:

- Mas, garoto, como você conseguiu falar com o Stiven? Como o encontrou?

- Po, nós somos muito amigos, eu sei mais eu menos como funciona a cabeçinha lesada dele! – Reita diz em tom engraçado.

Minha mãe e eu damos um rápido riso.

Depois de muito minha mãe agradecer o Reita por ter trazido o Stiven de volta pra casa, ele vai embora.

O Stiven passou a tarde toda trancado no quarto só apareceu pra comer.

Minha mãe tentou falar com ele, mas ele foi sempre implacável.

Eu e ele não trocamos nem meia palavra até a noite.

Eu estava na sala, vendo tv.

Ele aparece indo até a saida.

- Onde esta indo, Stiven? – minha mãe entra de avental cor-de-rosa, secando as mãos molhadas no mesmo, já eram quase 9h. da noite.

- Ali!

- Ali? Ali onde?

- Só vou dar uma volta!

- Stiven não vai, fica em casa! – ela insistia.

- Po, mãe para de implicar, eu só quero sair um pouco! – ele abre a porta.

- Stiven e o seu braço?

- Ta legal. – ele sai, e bate a porta.

Minha mãe solta um longo suspiro após isso.

- Ai, Geovanna! O que será que ta acontecendo com esse menino??

- ... Não deve ser nada. – disfarço.

...

Já estou deitada na minha cama quentinha, do meu quarto clareado apenas por um abajur fraco, de luz azul, que trazia uma tranquilidade gostosa.

As cenas de ontem correm na minha cabeça o tempo todo.

Estou me sentindo mal por ter deixado o Stiven desse jeito.

O tempo passa, não dormi como queria mas dormi. Acordo para ir ao colégio, vejo a luz da sala lá embaixo acesa pelo corredor. Ainda de pijama, vou até a porta aberta do quarto do Stiven, com a luz apagada, sem chegar muito perto percebo que não tem ninguém.

Desço até a sala, vejo de trás mesmo, minha mãe sentada no sofá, lendo um livro.

- Mãe?

Ela me olha, e diz:

- Vai se arrumar para o colégio?

- Daqui a pouco. – digo, sentando do lado dela.

- Mãe? Eu sei que você ta triste. E eu sei também o porque.

Ela suspira, colocando o livro aberto no colo.

- É muito dificil pra mim, ver o Stiven desse jeito.

- Eu sei. Eu... – eu não queria mentir pra você... bem que queria ter dito isso na minha frase.

Ela me olha.

- Ele se sente mal, por tudo que aconteceu. Eu sei que sente. Ele esta se destruindo, Geovanna! Se destruindo... – lágrimas caem dos seus olhos.

- O, mãe! – digo secando as mesmas – Ele é assim mesmo. Sempre foi. A senhora sabe disso!

- Não eu não sei. Eu... não sei nada sobre o meu filho. Não sei o que ele faz; por onde ele anda... o que ele diz pras outras pessoas. Não sei o que ele sente, Geovanna. Eu não sei, nada! Apenas vejo um garoto, frio, vazio e triste. Que esconde seus sentimentos...

- E... esconde, sentimentos??

- Sim...

- Como assim, esconde?

- Eu não sei explicar! Mas... ele esconde. Eu sinto isso!

Eu fico olhando pra ela, me afastando pouco,tentando disfarçar minha expressão.

- Queria que ele me dissesse sabe? Tudo, a verdade, porque ele se culpa tanto! Porque ele é assim desde o dia da morte do pai de vocês.

- Ele sente culpa.

- Ele não pode se culpar pra sempre.

- Mas ele vai! – digo com firmesa. – ele vai se culpar pra sempre! Pela morte do papai... pelo fato de... umas encrencas dele terem colocado a minha vida em jogo mais de uma vez...

- Mais de uma vez?

- Sim! Esses caras já tinham me procurado, antes de tudo isso.

- Porque não disse isso antes?

- Porque não achei conveniente. Não queria preocupa-la mais.

- Você não deve me esconder nada, nunca! – ela fica séria.

- Pra mim já basta o Stiven. Não quero que você faça isso também. Você esta me entendendo?

- S... sim, eu...

- Eu confio em você, filha!

- ...

- Por mais dificil que seja pra você... ou mesmo pra mim, você não pode me esconder!

- É... eu... eu, é... vou subir, eu não quero me atrasar!

Saio querendo correr. Percebo ela me olhar enquanto subo as escadas.

[FRANKS LINK'S]

FRANK



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