I Cannot Love You escrita por gabyzutto


Capítulo 25
Capítulo 24 - Sentimentos que Transcendem o Tempo


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap. e bem grande!
omg
gomen c tiver algum erro.
Bjos!



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Estou abrindo os olhos, e olhando para um teto branco, uma luz leve e branda.

Olho para o lado, vejo meu irmão parecia dormir. Do outro lado, minha mãe com olhos fechados, sentada em um sofá pequeno.

-         Mãe!!! – sussuro. Ela abre os olhos.

-         Geovanna!!! – ela se levanta, vindo até mim rapidamente, me abraça forte, me desencostando um pouco da cama de hospital. Será que estou tendo alucinações? Parece ser de manhã, olhando pelo vidro da janela entreaberta. – Minha querida, meu anjinho! Perdão por ter deixado vocês por todo esse tempo! O meu anjo!!

-         Mãe, calma! – ela continuava falando:

-         O meu Deus, como eu sou irresponsável, minha filha que amo tanto!

-         Assim fico com ciumes, mãe! – ouço a voz linda e calma do meu irmão, que já estava de pé do meu lado da cama, com sua mão enfaixada até bem mais acima de seu pulso.

-         Stiven! – minha mãe da a volta na minha cama para abraça-lo, minha mãe já estava chorando, ela o agarra, eu me sento os observando, estou me sentindo feliz agora.

-         Ai meus queridos, como senti falta de vocês, não sei explicar! – ela diz, o puxando um pouco, e dando um abraço duplo, em mim e no Stiven, faz tempo que não tenho esse nosso abraço de três, que antes era sempre forçado porque o Tiv nunca queria nem encostar em mim. Tanta coisa mudou agora...

-         O que aconteceu com vocês, o que houve até agora não entendi! – minha mãe diz, entre lágrimas e sorrisos.

-         Ah, é melhor a gente pular essa parte agora mãe! Eu só quero que a Geovanna levante dessa cama, e vamos cair fora daqui!

 

Nós três rimos.

Agora sei o que significa a palavra amigo.

O doutor nos liberou, e no corredor, vejo os doidos dos amigos do Stiven jogados no sofá da sala de espera, alguns quase dormindo. Sempre esses três. E entre eles, também, Sophia, David e Frank.

Frank. Tenho tanto pra falar com ele, afinal era atrás dele que estava indo quando me sequestraram e a partir daí, todo esse rolo surgiu. Mas agora passou, os caras foram presos anônimamente. E eu espero mesmo que daqui pra frente tudo se resolva. E claro, que meu irmão safado pare de beber.

Somos recebidos a abraços e alvorosos, nos quais uma enfermeira aparece e pede silêncio.

 

Vamos todos pra casa, e conversamos bastante. Stiven não queria falar sobre o acontecido, mas garante que não chegaram a fazer nada com ele, claro porque seus amigos impediram. Ele pergunta sobre aquele outro cara – que é o Frank – mas todos enrolam um pouco e o assunto acaba se desviando. Stiven me tratou normalmente, até com uma pontinha de desprezo como meu velho irmão fazia. Sera que é porque a mamãe ta aqui?

A Sophia me abraçava toda hora. Mas ela tem que ir embora, já esta de tarde. Antes do Frank ir, digo que quero conversar seriamente com ele. E David, diz que nos vê amanhã no colégio.

Ficaram os amigos do Stiven que pra eles não existe horário.

Minha mãe estava esperando uma amiga, e diz que tem que resolver uns assuntos com ela e dentro de duas horas estará de volta.

-         Bom, eu vou pro meu quarto agora...

-         Ei, ei, ei, ei... – me impede Mike, e completa : - A gente primeiramente quer entender bem essa história!

-         ... Que história? – Stiven disfarça. Só ele e Reita estavam sentados no sofá.

-         A do amor é claro! – diz Derick, sorrindo.

-         Iiiiiiii! – Reita diz, olhando para o lado.

-         A gente sabe que vocês como irmãos se amam, e tal apesar do Stiven ter seeempre dito que odiava a “pirralha” da Geovanna!

-         Ah, não que papo é esse?? – Stiven esta vermelho!

-         Stiven, que declaração estranha foi aquela que você fez ontem? Pra Geovanna?

-         Ah, meu que história furada é essa? A ... pirralha, é minha irmã, né??

-         Ah, mas a gente viu bem como você falou, safado! Vocês... estão com incesto??? – pergunta Derick com entusiasmo e ao mesmo tempo cautela na voz.

-         Ai meu Deus! – digo, indo até a escada. Mas Mike corre até mim, e diz:

-         Não, não, não você é a principal da história mocinha!

-         Não gente, aquilo foi só força de expressão, uma simples força de momento.

-         Nossa que mentira! – diz Mike, abafando com a mão um riso.

-         Gente, eu to querendo me retirar! – digo, louca pra sair dali.

-         Você disse: “te amo tanto não me importo com o que vão achar! Eu te amo!! Fala comigo por favor...” – insiste Mike.

-         O que se quer dizer quando se fala assim?? – pergunta Derick.

-         Foi tão estranho, mas incrível vindo de você Tiv pegador!

-         Ah, não da um tempo!

-         Confessa ai, mano seu segredo vai ta bem guardado com a gente!

-         Mas, não tem segredo nenhum, eu não quis dizer isso! – diz Stiven, se levantando e se afastando um pouco daquela pressão.

-         Gente, parem com isso deixem os dois em paz! – diz Reita ainda no sofá.

-         O que isso Reita? Você deveria ser o primeiro a agitar, e tal forçar os dois se beijarem! – diz Derick entre risos.

Eu arregalo os olhos quando ele diz isso, e Stiven vira-se olhando para eles, calado.

-         Vocês iam fazer o que?? – pergunta Stiven, depois de um breve tempo calado.

-         Não, é... – disfarça Mike, passando umas olhadas de desaprovação para Derick.

 

Acabo por subir.

E começo a pensar e me preocupar com tudo que esta acontecendo. Principalmente em relação ao meu irmão. Cada dia que passa, cada ato, cada acontecimento ou palavra... me faz transparescer pra mim mesma que também sinto algo pelo meu irmão. Mas o mais estranho é que o Frank, me abala, me deixa confusa.

 

Algum tempo depois, os amigos de Stiven já haviam ido embora. A gente janta.

Coloco meu pijama, um shorts curto rosa e uma regata branca. Coisa simples. Mas que lembra nudez e qualquer coisa que lembra nudez faz os homens pensarem em sexo.

Minha mãe chega, e entra no meu quarto. A gente conversa bastante, o Stiven acaba entrando no meu quarto também e cai na conversa. Ele estava com a personalidade mais parecida com a antiga, a que já havia quase me esquecido. Acho que é porque a mamãe esta aqui, só pode ser isso.

-         Bom, meus amores já esta tarde, vocês querem comer mais alguma coisa antes de dormir? – pergunta minha mãe, se levantando da minha cama.

-         Eu não quero nada. – eu respondo. O Stiven que estava sentado no pé da minha cama, olhando para baixo brincando com o zíper do bolso de sua calça, não responde nada.

-         E você Stiven? – pergunta minha mãe, indo até a porta. Ele estava tão sério, sua expressão estava uma mistura que não sei definir bem.

-         Eu? – ele diz, olhando pra mim, em seguida para ela por fim.

-         É filho, você quer comer algo?

-         Não, não quero nada. – ele responde simplesmente, abaixando novamente a cabeça. Minha mãe acha estranho porque já estava acostumada com meu irmão que comia a qualquer hora.

-         Querido, esta tudo bem com você? – pergunta minha mãe se aproximando de Stiven novamente.

-         Claro mãe, eu to legal.

 

Contudo ela sai. Ele fica ainda sentado no pé da minha cama, calado.

-         Stiven? – eu o chamo baixo e calmamente.

Ele apenas me olha em resposta.

 

-         O que é?

-         O que é o que?

-         Como o que? Porque você ta tão pensativo? Você mesmo disse pra mim esquecer tudo que rolou. Então creio que você tenha que fazer o mesmo.

-         Lógico, quero que você esqueça. Mas pra mim, não tem como esquecer.

Eu me aproximo dele, ficando de joelhos perto dele, ainda emcima da minha cama.

-         Ei, Tiv!

Ele me olha novamente.

-         Não quero mais te ver assim! Cadê meu irmão louco, que não ta nem ai pra nada?

-         Não é bem assim, pirralha.

-         Há! – solto um riso – Pirralha? Vai voltar a me chamar assim mesmo é? – digo me levantando da cama.

-         Você disfarça, mas acho que até gosta que te chame assim.

-         Claro, eu adooro!

Ele solta um suspiro nada entusiasmado.

-         Mas, o que não é bem assim?

-         ... Ah, eu acho que, é assim com todas as pessoas. Todas as pessoas que se mostram não ligar pra nada. Tem coisa por trás. Várias coisas. Tudo que mostrei ser nesse tempo, ou em um tempo atrás... faz parte de mim de alguma forma. Não é dupla personalidade ou algo do tipo. Mas acho que meu lado ‘to nem ai’ era só uma forma que encontrei pra... poder esconder tudo que sentia de verdade. Era só uma forma de me encobrir. Não queria enfrentar o que sabia que era real, mas... insuportável, queria apenas deixar esconder. Só que, agora essa minha parte ta meio escondida. E não posso deixar de querer mostrar meu outro lado. Você ta entendendo? – ele me olha em sua ultima frase.

-         ... Um pouco!

-         Eu odeio isso, Geovanna, odeio tudo isso, odeio pessoas toscas, por isso arrumo encrenca fácil. Odeio ouvir pessoas se lamentando o tempo todo. Só que, acho que é isso que to fazendo... há! – ele dá um riso sarcastico e se levanta.

-         Stiven! – eu o impeço colocando minha mão em seu braço. – Eu... acho que temos que conversar.

-         Olha, sabe que na verdade nem to muito afim?

-         O que?

-         É que to cansado, to querendo beb... ou melhor ir dormir.

-         Você vai beber?

-         Olha, é. Me sinto bem e feliz quando bebo. É bom. Mas consigo controlar pode deixar que não sou um alcoólatra.

-         Você não ta percebendo, mas ta preste a virar um alcoólatra de verdade.

-         Claro que não, eu bebo como qualquer outro bebe.

-         Será que não tem nada melhor pra fazer além de tomar umas??

-         Olha, na verdade tem sim. Mas acho que não posso.

Ele se aproxima da porta entreaberta.

-         Você... não quer ficar? – digo batendo uma ponta de arrependimento segundos depois de ter falado.

Ele se vira contra mim como em ‘câmera lenta’ e diz:

-         Ficar aqui, contigo?

-         Sim.

-         ... Há. Você abusa mesmo né, baby?

-         Abuso? – digo sorrindo.

-         E você faz isso bem. Muito bem. Eu sinto te desapontar, mas... vou pro quarto. – ele sai, após dizer isso. Enquanto saia, eu tinha certeza, ele estava sorrindo.

 

Já eram mais de 1 da manhã, quando ouvi baterem na porta cessantemente, com certo cuidado, bem baixo.

Me levanto um pouco confusa, será que é minha impressão??

Me encosto na porta e digo:

-         Sim??

-         Abre ai! – era a voz de Stiven.


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Notas finais do capítulo

O que será que vai rolar eim??

Capítulo 24 -
Sentimentos que Transcendem o Tempo
end.



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