I Cannot Love You escrita por gabyzutto


Capítulo 10
Capítulo 9 - Prisoner of Love [Cap. Extra]


Notas iniciais do capítulo

Aki é um capitulo extra e é interessante ler para entender por fim os reais sentimentos de Stiven, ou seja, esse capitulo é o anterior, porém narrado por Stiven.



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Minha cabeça ta revirando, cheguei em casa há meia hora mais ou menos, to tremendo de sono meu, vo me jogar na cama, aquela festa me matou, mas foi muito boa, consegui desviar um pouco meus pensamentos da Geovanna. Porque ela tem que ser tão gata? porra. Mas eu não posso me deixar levar, não posso. Aquela ‘pirralha’ é minha irmã.


Ela já foi pro colégio, acho que foi sozinha, e ta uma chuva monstruosa lá fora. Espero que ela tenha saido mais cedo daqui pra chegar lá enchuta.


 


Saindo do meu quarto, desço as escadas despreocupado, mas ao olhar para o lado, uma cena me deixa pasmo. A Geovanna, ela ta ali na porta, tremendo, totalmente molhada, e pior, ela parece estar abalada com algo.


- Geovanna! – grito paralisado na escada por um momento. Ela me olha, parecia totalmente indefesa.


Desço correndo as escadas, e me aproximo muito rápido dela, pegando-a pelos braços, ela esta tão fria, seu corpo esta coberto de agua gelada.


-         Geovanna! Geovanna! – eu grito impaciente, segurando-a forte, ela parecia atordoada, como se não estivesse me ouvindo bem.


-         O que aconteceu? O que houve com você? – estou me desesperando.


-         Nã... não, eu... tenho que... – ela tenta dizer, mas não entendo nada, e insisto:


-         Geovanna, me fala o que aconteceu!


-         Eu... uns caras... – escuto ela falar.


-         Caras? – solto como se tivesse me dado uma facada, e arrancando no mesmo instante, a segurando firme. – Que caras? O que fizeram? Quem são eles? – começo a perguntar. Mil coisas passam pela minha cabeça, se tiverem feito algo com ela, eu juro que...


-         Não sei... eu... explico depois! – ela diz, rigida, tremendo de frio. Eu tiro minha jaqueta mais rapido que posso, e coloco sobre o ombro pequeno dela, a guiando até o banheiro, tenho que ajuda-la a se aquecer, vou coloca-la no chuveiro imediatamente.


-         Calma, eu, eu vou te ajudar! Eu vou! – digo, a levando até o banheiro de baixo. Ela vai mancando um pouco, devagar, solene, sensível. Entrando no banheiro, eu a encosto no lavatorio, tirando a minha jaqueta de cima dela, e ligo o chuveiro, colocando no aquecedor maximo de agua do chuveiro.


-         Geovanna, olha pra mim! – digo pra ela, percebendo o quanto ela estava flutuando, parecia estar em outro mundo, tremendo e tossindo.


-         Fizeram algo com você? – pergunto com medo do que pode ter acontecido, por minha culpa.


-         Não! Não!... Frank... Ele me salvou! – ela diz, baixinho, sua voz tão suave.


-         Frank? – pergunto sem entender.


-         Sim! Mas... não é o Frank meu, amigo... bom agora ele é! – ela diz, isso pra mim foi totalmente sem sentido, eu a puxo um pouco, com minhas duas mãos, perguntando:


-         Não aconteceu nada com você mesmo?


-         Não! Stiven! – e a puxando, devagar, e a coloco debaixo da agua do chuveiro, entrando debaixo dele junto com ela.


 


Estou olhando o rosto dela agora, ela olha pra mim, desentendida, mas sei que ela deve estar se sentindo melhor. Simplesmente, estamos ambos debaixo do chuveiro, como se... estivessemos tamando banho juntos. Ela estava respirando rapido, contorno sua boca com meu olhar, é irresistivel, não consigo parar de olhar para a minha irmã. Preciso que ela me perdoe, preciso senti-la protegida, só eu posso protege-la.


Eu a abraço com toda minha vontade, estou preste a explodir, como pude ser tão patetico? Estou sendo ridiculo, mas quero fazer isso, algo esta me querendo fazer com que meus olhos se encham com lagrimas. Aquelas que eu desconhecia a algum tempo.


-         Me perdoa Geovanna!- digo a abraçando, com meus olhos fechados.- Eu... te deixei sozinha! Nem ao menos cheguei a tempo de te levar ao colégio! Me perdoa por favor!


-         Stiven! – escuto sua voz agora mais alta, com mais força, no momento em que ela retribui o meu abraço, em um mar de lagrimas. – Esta tudo bem! Nada me aconteceu! – ela completa.


-         Mas poderia ter acontecido! – eu admito – E; é... a segunda vez que faço isso! A segunda vez que eu mesmo te coloco em perigo! – sentindo o corpo dela, debaixo daquela agua quente, acaricio as costas dela, a soltando levemente para olhar seu rosto, e ao ver a boca dela, linda, porém com um corte no canto, não suporto, e toco com meu polegar sua boca, dizendo:


-         A ... a sua boca! ...Te machucaram! – custo pensar nisso. Não quero ver isso. Não quero.


-         Não ta mais doendo! – ela diz, pegando minha mão, e afastando devagar da sua boca.


 


Eu seguro uma mão dela, pego no cabelo encharcado, mas ainda gracioso. E lhe dou um beijo firme em sua testa. Coloco minhas duas mãos na sua cintura, e encosto minha cabeça em seu ombro, sussurando:


- Você... esta sentindo alguma dor? – eu estava nervoso, quase excitado.


Não consigo afastar meu rosto do rosto dela, desço meus labios, preste a beija-la. Quero tanto colocar minha lingua junto a dela. Eu a seguro com as duas mãos, a empurrando cuidadosamente até a parede do banheiro, assim não mais estavamos sobre a agua do chuveiro. Com ansia em sentir seu corpo, molhado, levanto sua blusa, olhando sua barriguinha bem torneada, e sexy, com seu piercing no umbigo. Ela não fazia nada, apenas respirava rapido, me deixando toca-la. Estou acariciando a pele macia da sua barriga, agora chego no pescoço dela, e dou umas lambidas, é irresistivel. Eu a agarro, querendo-a pra mim, puxando-a . Já estou excitado, não consigo parar. A pele da barriga dela, era tão macia, eu me abaixo e começo a beijar a barriga dela. A vejo soltar um arfar alto e se contorcer de leve, isso me deixa louco.


Seu rosto estava corado, ela me olhava com um olhar de impressionada. Droga! O que eu to fazendo? Eu me afasto rapidamente dela, dando um salto pra trás. Ela não se movia, não dizia nada. Apenas me olhava.


- .. Eu... me desculpa...Eu, eu vou buscar uma roupa pra você! E... uma toalha. – e saio imediatamente, correndo praticamente, subindo as escadas de dois em dois degraus.


 

Eu não acredito no que eu acabei de fazer, eu não acredito! Abro minha porta num chute, entro correndo, me encosto na parede, molhado. Abro meu guarda-roupas, me seco, visto outra roupa, seco meu cabelo por cima, com a toalha.


E agora? Não tenho coragem de descer lá denovo, eu não vou conseguir olhar para o rosto dela! O que será que ela ta pensando de mim agora? Eu sou um retardado, eu me odeio, eu agarrei minha irmã!


Vou ao quarto dela, correndo, tenho que levar a toalha dela. Pego seu agasalho no guarda-roupas, mas... não sem antes inalar o suave perfume que sempre sentia quando tava perto dela. Um perfume, que eu adorava. O quarto dela ela totalmente coberto por esse cheiro. Quero me jogar da escada, quero bater minha cabeça na parede. Sinto uma ansia enorme em me cortar, eu quero parar, parar de querer minha irmã! Porraaa, que inferno! Do um soco na parede com as roupas dela na outra mão. Meu punho fica vermelho.


Estou engolindo a saliva, respirando fundo pra descer. Não sei o que ela pode estar pensando de mim nesse momento, queria ler mentes. Tenho uma curiosidade infinita em saber o que ela ta pensando agora, o que ela pensou aquela hora.


Querendo ou não, estou com um pouco de medo. Será que ela vai contar pra mamãe? Meu, se ela fizer isso, vou ser linchado na familia, vão me odiar. O que será que, o meu pai... o que ele pensaria? Será que estou sendo um delinquente dentro de casa?


 


Me dei por mim, já estava na porta do banheiro. Vejo ela com minha jaqueta, meu rosto ta queimando, ela vem até mim, totalmente sem graça.


-         D... desculpe,eu... não achei a sua toalha! – digo sem fita-la nem um pouco, na verdade nem procurei a toalha dela, tinha que sair daquele quarto! Parece que meu sangue decidiu parar na minha bochecha, ta queimando. Ela pega, dizendo:


-         Tudo bem!... obrigada! – foi a única coisa que ela disse após pegar e fechar a porta.


 


Vou pra cozinha, preparo um chocolate quente pra ela, do jeito mas atrapalhado que consegui. No copo de infancia dela. Dado pelo nosso pai. Meus olhos estão ardendo agora, deixo lágrimas quentes cairem por meu rosto quando estou indo para a sala. Coloco o copo na mesinha de telefone, sentando no sofá, cobrindo por um instante meu rosto em minhas mãos. Eu quero a minha irmã. Pior: eu... to perdidamente... apaixonado pela Geovanna.


Eu queria esconder o que sentia, queria mentir pra mim mesmo, transando com outras garotas, saindo, me revoltando. Mas, o que sinto com a Geovanna, o que senti tocando o corpo dela, nunca senti com nenhuma outra garota. To me sentindo um nerd, que sentimentos idiotas!


Ela aparece, com minha toalha enrolada em seu cabelo, viro meu rosto, já que eu estava chorando. Não quero que ela veja. Seco meus olhos disfarçadamente, e pego o copo, estendendo-o pra ela.


-         Eu fiz pra você! Espero que tenha acertado! – quero parecer o mais natural possivel.


-         O que isso? – ela pergunta, olhando o copo depois de segura-lo. Bom, ela falou normal comigo, não me olhou feio, não parece abalada. O que me deixa um pouco aliviado.


-         Você fez pra mim? – ela pergunta, seus olhos brilhavam tanto.


-         Sim! – respondo. – Pra você se aquecer mais! Você pegou muita chuva.


Ela me olhava com ternura, não entendo porque na verdade. Eu não esperava depois do que fiz.


-         O ... obrigada! –ela diz sorrindo de levinho. Queria tanto abraça-la, sem medo.


-         Senta ai! – digo, dando um espaço maior no sofá pra que ela se sentasse ao meu lado. Ela me olhava. Isso me deixa um pouco nervoso.


-         Não vai beber? – pergunto, ao ve-la desviar os olhos de mim.


Ela bebe. Estou me sentindo um idiota, eu tinha que me mostrar forte, tinha que ficar longe dela e trata-la mal. Mas, não consigo. Neste momento não. Neste momento quero só mostrar um pouco do que eu realmente quero pra ela.


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