A dor de cabeça é assim: uma coisa muito irritante que aparece em sua vida pra acabar com o que você planejou pro dia. Mas nesse caso ela vem acompanhada por uma bela desorientação visual e de audição. Sabe do que eu estou falando? Parabéns pra quem acertou: A Puta da Ressaca! =)

Não, isso não é divertido, principalmente quando você acorda no quarto de um estranho com o qual você tem o melhor sexo da sua vida e nem ao menos sabe o nome nem como é seu rosto.

A última vez que aconteceu isso a pessoa que acordou ao meu lado foi Eric Northman e eu realmente fiquei feliz em saber que na época a melhor transa da minha vida foi com ele, e sabe por quê? Porque assim fica mais fácil de repetir a dose. Sim, eu sou uma tarada sexual quando quero. Mas qual é? Não devo nada a ninguém. Sou rica, linda, trabalho, e solteira! A com licença que eu tenho mesmo que aproveitar!

Quando abri meus olhos foi como um reflexo fechá-los logo de novo. Apertei as minhas pálpebras a fim de minha visão se acostumar com a terrível claridade que emanava do quarto estranho em qual tive uma longa e deliciosa noite. Senti que uma boa parte de meu corpo estava muito pesada, pesada de mais. Quando abri de novo foquei em meus braços e cintura, a qual estava coberta por um lençol e pude perceber o que afinal estava pesando tanto. O Deus do Sexo de ontem a noite estava com as pernas entrelaçadas nas minhas e os braços segurando meu corpo.

Era uma maneira confortável na verdade, me pareceu quando eu acordava com meu último namorado, Logan, o último ‘sério’ que tive. Ele é mais velho que eu 6 anos, mais realmente isso nunca teve problema. Ele é o tipo de homem perfeito, porém achou alguém menos louca que eu, e recentemente fui madrinha de seu casamento com Anna. Não teve problema algum nisso, atualmente todos somos bons amigos.

Me levantei e fiquei sentada na cama até meu cérebro mandar as informações necessária pra minha orientação. Olhei pra minha frente com os olhos semi-serrados e pude ver da onde vinha tanta luz, a janela estava com a cortina presa nas laterais. Fechei os olhos de novo pensando se ia lá fechá-las ou me deitava e fingia que não tinha acordado ainda. A última me pareceu uma boa opção já que a ressaca que eu me encontrava pedia pra isso, garanto que o sono chegaria rapidinho. Porém pensando bem em um rápido momento de sensatez, não seria legal deixar meus pais mais preocupados do que provavelmente já estavam, já que a Isabella deles não dormiu em casa. Mas.... só mais um pouquinho não mata né?

Nem olhei o rosto do cara e fui me deitar da mesma maneira que acordei, e como pensei, a escuridão me pegou de novo.

Acordei com algo se revirando ao meu lado e em um estalo lembrei do que tinha acontecido ontem.

–Suas roupas provavelmente estão lavadas, fale com uma mulher lá na sala, o nome dela é Hortência, quando sair do quarto feche a porta. – Disse querendo que aquele estranho saísse do meu quarto.

–Ã? – O rapaz perguntou. Mas que diabos, não basta eu ter ficado até tarde fazendo coisas para adultos e ainda esse chato fica me fazendo perguntas!?

Me levantei sem me preocupar se meu corpo estava exposto ou não e quando realmente abri meus olhos um choque veio a mim.

Eu não estava em Londres, em minhas casa, e sim na casa de um estranho que eu transei depois de uma festa em Forks.

Eu e o ‘estranho’ até naquele ponto, nos encaramos atônitos. O choque ainda fazia minhas ações não saírem de dentro de mim, assim como nele.

–Bella?

–Ai caramba, Edward!

–Me diga que não é você!

–Me diga que não é você VOCÊ! - Ele me examinou meu corpo de cima pra baixo e eu nem tinha me ligado por que!

–Eu não acredito que eu tive o melhor sexo da minha vida com Isabella Swan depois de tudo. – Ele falou em um sussurro e eu gostei da parte ‘melhor sexo da minha vida’ , mas não entendi ‘ depois de tudo’. Até parecia uma vilã com aquelas palavras. – É.... – ele apontou pra mim. E eu me olhei.

–Que?...AA – Falei pegando dois travesseiros que estavam perto de mim tapando meus seios e minha... vagina. Fiz uma careta, e gesticulei com a boca pra achar a palavras certas. – Costume. – Disse por fim.

–Costume? – Ele não entendeu.

–Digamos que é normal eu acordar com um estranho...- Fiz uma careta. – Na minha casa em Londres sabe? E sobre Hortência.... é que ela é minha governanta e normalmente quando isso acontece ela tem ordens pra fazer as coisas que eu te disse. – Disse não sabendo ao certo se realmente precisava dar aquela explicação.

–Você é algum tipo de puta? Sim, porque um a cada noite! – Ele falou exaltado pelas informações que lhe dei. Quem ele pensa que é pra me perguntar se sou uma puta?? FILHO DUMA LKJHNKGLBJH!!!

– Eu não disse um a cada noite! E não que seja de sua conta, mas existe uma grande diferença entre puta e o que eu sou! Puta é aquela que não se da ao respeito e da a qualquer um além de ser uma grande desesperada sexual. Já eu não, escolho com quem durmo, posso seduzi-lo mas no final das contas não fazer nada caso eu não gosto do brinquedo, além de que sou rica, linda, e independente na vida! Então meu querido, eu sou uma pegadora. Assim como um homem pode ser! – Falei em fôlego só e provavelmente minha indignação estava presente em todo meu discurso.

–Me desculpe, eu não quis.... – ele provavelmente iria continuar mais o arrependimento o dominou e claro! Eu o interrompi.

–Tá, ta! – Falei revirando os olhos. O silêncio se instalou no quarto, e ouvi e vi quando ele fechou os olhos e se levantou revelando como era seu menininho a luz do dia. E sim era.... UOU de tirar o fôlego. Mas eu não poderia criar falsas expectativas sobre mais uma noite como a anterior. – É.... – falei a mesma coisa que ele tinha falo a mim a pouco tempo e apontei pra ele com a cabeça, já que eu estava com as mãos ocupadas erguendo os travesseiros.

–Que?... AA- Ele fez a mesma coisa que eu quando ele falou sobre minha nudez, e eu reprimi um sorriso enquanto ele pegava um travesseiro assim como eu tinha feito.

Passou alguns minutos e ficamos ali, em silêncio sem saber ao certo o que fazer. Era uma situação constrangedora, eu tinha tido uma noite maravilhosa com um esquisito qualquer, e quando acordo esse esquisito não é ninguém além de Edward Cullen, aquele rapaz que fora meu namorado e me traiu com uma vadia por nome de Irina Denali, e o qual foi meu motivo por eu ter saído de meu pais natal.

Aquele silêncio já estava sufocante então percebi que antes de qualquer coisa eu deveria era colocar minha roupa.

Olhei pros cantos do meu lado e não achei nada além de meus sapatos e minha blusa.

–Minha... ta aí do seu lado? – Ele olhou pra mim e eu dei uma leve arregalado com os olhos pra ele se alertar sobre o que eu estava falando. Ele pareceu perceber e virou um o pescoço para os lados a fim de ver onde minha calçinha tinha se metido no meio do furacão da noite passada.

–Aqui. – Ele indicou com a cabeça.

–Joga... – Eu olhava pro chão querendo não mostrar meu constrangimento. Ele se abaixou com a mão fixa no travesseiro e a outra indo em direção ao meu objeto. Quando pegou a jogou pra mim.

–Obrigada – a calcinha caiu no chão, já que minhas mãos estavam no travesseiro. – Você pode..?? – Fiz um giro com o dedo e ele logo se virou.

Joguei os travesseiros e peguei a calcinha e coloquei dessa vez apenas um travesseiro pra tapar meus seios.

–Já pode virar. – Não pude ‘não gostar’ de quando seus olhos ‘sem querer foram pra minha calcinha’, aquilo era até legal. Meu ego aumentou mais do que já é.

–Será que você pode ver se minha boxe ta aí? – Seus olhos tentavam ficar fixo nos meus enquanto eu tentava fazer a mesma coisa. Qualquer um podia perceber claramente que o nosso desejo não era de as colocar roupas, e sim repetir a dose de ontem.

Me virei procurando até que achei aquela boxe que tirei com tanto gosto hoje. Engoli em seco e me abaixei pra pegar. Quando levantei de novo pude ver que seus olhos não estavam em outra direção, e sim na minha bunda.

–Aqui! Tomá. – Joguei pra ele que pareceu se despertar.

–Obrigado, pode...

–Ok.

Me virei instantaneamente mas a tentação me provocou e eu não pude deixar de ver o potencial evoluído de Edward pelo reflexo do vidro da sua mesinha que ficava perto da janela, assim como a minha. Então me dei conta de algo: Será que ele me viu quando eu o pedi pra que se virasse meu reflexo em algum cato daquele quarto? Provavelmente... eu não sei.

–Pronto. – Na verdade ele nem precisava falar, já que tinha visto tudo o que ele fez desde o final. Mas é claro que eu não admitiria isso.

–Agora é a hora que nós saímos pelo quarto procurando pelas nossas roupas – falei já indo em direção as minhas roupas.

–Isabella, quando acabarmos de nos vestir iremos começar outra coisa. – Sou olhar era sério agora, e eu sabia exatamente o que era. E na verdade, eu queria mesmo aquilo, aquela história de ‘Escolha seus argumento’ ainda estava em minha cabeça, martelando e martelando.

–Ótimo! Gosto das coisas claras. – Disse por fim e ambos fomos atrás de nossas devidas roupas.