Edward e Tanya chegaram à casa branca, que estava vazia. O pai de Edward ficava no hospital, decidido a curar a própria dor, curando a dos outros. Por isso, a casa permanecia vazia.

Edward sabia que o pai queria, a todo custo, ficar longe do quarto de Alice. Curar os outros era um bônus para Carlisle.

O que o fez pensar... Fazia um tempo que ele não ia até o quarto da irmã. Mas tinha medo de entrar lá.

Tanya abriu a porta do carro e saiu; Edward faz o mesmo.

Ele ainda pensava se ter deixado Isabella lá, havia sido uma boa coisa. Já havia algum tempo que Edward não saía de lá e que, todas a enfermeiras e médicos, o conheciam.

Tanya o observou entrar com os olhos distantes, como se ele nem tivesse ali, como se ele nem mesmo o comandasse. Ele ficou tão ruim assim?

Os dois subiram. Edward hesitando em frente a porta de Alice, perguntando-se se ele entrasse, a dor aumentaria.

Tanya o olhou e logo depois o puxou para o quarto dele, pensando que ele estava mal por estar em frente ao quarto da falecida irmã.

Ela se jogou na cama de Edward e, vendo que ele não a imitou, deu um tapinha ao lado dela para ele se sentar.

Edward a olhou, sabendo que Tanya tinha outras intenções. Intenções, que antes Edward adoraria que ela tivesse.

Mas, como ele havia mencionado, tudo havia mudado. Nada mais ficara igual.

Mesmo que ele quisesse que Tanya fosse embora ou fosse para o quarto de hóspedes, mesmo que ele não sentisse mais nada por ela, Edward sentou-se ao seu lado.

"Sei que isso tudo possa estar confuso e você ainda esteja abalado, tanto pela morte de sua irmã e amiga, e a Isabella esteja em coma, tudo vai melhorar" disse Tanya.

E Edward queria acreditar.

Sem saber o que dizer, Edward apenas assentiu.

Tanya passou os braços em volta dele e inclinou-se para beijá-lo. Mes este a rejeitou, afastando-se dela.

Tanya o olhou, profundamente magoada.

"Tanya, eu..." começou Edward. "Nada mais é igual a antes. Nada será igual a antes."

"O que você está querendo dizer?" perguntou Tanya.

"Eu... Nós não podemos ficar juntos." Respondeu Edward.

"E esse 'Nós não podemos ficar juntos' quer dizer que você não quer que fiquemos juntos" disse ela.

"Eu não sou mais o mesmo, Tanya. Não é justo com você."

Tanya riu com amargura.

"Não é justo para mim?"

"Não. Não dá para ficar como se nada tivesse acontecido." Respondeu Edward cobrindo o rosto com as mãos. "Acredite, Tanya, eu não quero magoá-la."

"E você acha que não está me magoando, dizendo que não gosta de mim? Isso não está funcionando, então."

"Eu não disse que eu não gostava de você" disse Edward.

"Não. Está nas entrelinhas" respondeu Tanya.

Edward a olhou e balançou a cabeça.

"Por que nada será como antes?" perguntou ela.

"A morte de Alice e Rosalie... foi um grande choque para mim e meu pai. E agora tem a Isabella..." Ao dizer o nome de Isabella, Tanya percebeu algo que o próprio Edward não percebera.

"Então é por cauda dela?" disse Tanya. Edward inclinou a cabeça.

"Dela?" repetiu ele se entender.

"É. Isabella. É por causa dela que está terminando comigo, não é?'

"Claro que não." disse Edward. "Eu nem a conheço."

"Se você não gostasse dela, você não estaria aqui e nem terminando comigo" teimou Tanya.

"Deixa de ser paranoica, Tanya. Não fale besteiras" Edward revirou os olhos. "Eu só estou aqui porque eu sou o culpado pelo acidente dela. Só isso."

"E por que não gosta mais de mim?" perguntou chorosa.

"Eu não disse que não gostava de você" repetiu Edward.

"Mas está terminando comigo." Afirmou Tanya.

"Eu sinto muito."

"Quer saber? Eu vou voltar para Nova York amanhã de manhã." Disse ela. "Vou lhe dar um tempo para pensar e, depois, me liga. Vou ver um hotel para eu ficar."

Tanya levantou-se da cama e se dirigiu para porta.

"Tanya" chamou Edward.

Tanya se virou para encará-lo.

"Está tarde para procurar um hotel. Durma aqui, no quarto de hóspedes." Falou Edward.

Tanya assentiu e saiu do quarto, deixando-o sozinho, com suas próprias dúvidas.