"quer Jogar Comigo, Naruto?" escrita por tonbotticelli


Capítulo 4
Depressão


Notas iniciais do capítulo

Como sempre, Naruto não me pertence... E esta fic é uma resposta à um desafio... Espero que gostem... É o capítulo mais calmo e introspectivo, pra dar uma respirada, certo? Ele já está pronto há muito tempo... Mesmo! ^^*gota*



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"Você é fraco, garoto... Não tem a fibra necessária... Me liberte de  uma vez... Eu irei destrui-los por você." Nunca. "Veja bem o seu estado... Um braço já era... A garota precisa de ajuda... Você não será capaz de ir até o fim..." Eu disse nunca, raposa demoníaca. "Sim, eu sou um demônio. O mais forte deles. Forte  o suficiente para destruir o jutsu que nos prende neste lugar e te impede de usar o poder que lhe dei. É só liberar o meu selo, pirralho..."
- Nuuuuuuncaaaaaaaaa! - gritou Naruto, se jogando para frente e por pouco não acertando Hinata, que o observava.
- N-Naruto-kun...
"Kuso! Como me permiti cochilar?"
- Hinata... - Ficou um silêncio constrangedor entre os dois. Os grandes olhos perolados da menina o encaravam - Hinata, me desc...
O estalo ecoou pela sala. Naruto sentiu o lado direito do rosto ardendo e pousou sua mão ali. Olhou para Hinata, que estava arfante, de cabeça baixa, e chorava.
- N-Nunca mais... Diga isso... - gaguejou ela - Você salvou a minha vida daquela forma... Não há porque vir se desculpar agora. - ela terminou fitando os olhos dele.
Naruto sentiu-se envergonhado e baixou o rosto. Pensou nas últimas horas e no que estavam passando. A Kiuuby lhe dissera que era fraco. E realmente... Perto daquela menina ele estava parecendo fraco. Então lembrou-se de algo importante.
- Hinata... Como você... Veio parar aqui?
Ela parou de chorar e o olhava, com os lábios comprimidos. De repente surgiu um sorriso delicado no rosto dela e ficou avermelhada.
- Eu... Te vi correndo para fora da vila... E quis ver porquê... Então, você sumiu... E senti alguém atrás de mim... Foi muito rápido... Ficou tudo escuro. Acordei e estava no breu. Uma voz me avisou que se eu me mexesse todos os selos em meu corpo explodiriam. Fiquei com muito medo... - ela voltou a chorar.
Ele deixou que ela deitasse a cabeça em seu ombro e a abraçou. As bochechas coraram e ele pensou em Sakura, que também já ficara ali antes. Uma vez. Mas Sakura gostava de Sasuke. E Hinata... Ele havia começado a perceber os olhares da garota. Principalmente depois do tempo que passara fora. Isso o deixou mais vermelho ainda. O momento pareceu durar eras para Hinata  e Naruto. A primeira por motivos óbvios e ele porque sentiu descargas elétricas de vergonha percorrerem seu corpo todo. A soltou quando conseguiu recordar da possibilidade e eles não se encararam.
O garoto-raposa olhou em volta, observando bem a sala em que pode descansar. Havia o mesmo maldito alto-falante em um dos cantos, uma cama onde deitara Hinata, uma pia velha sem água e um espelho. A porta pela qual vieram estava agora fechada, assim como a que dava para a próxima sala. Pegou a kunai, única arma que lhe deixaram e que provara ser muito útil, e tentou examinar as portas. As duas trancas. Tentou arrombar com a kunai, o que só se provou mais infrutífero. Apontou a arma então para o alto-falante.
- E aí? Cansou de joguinhos? Não vai me falar o próximo desafio não? - provocou, desejando que a voz irritante falasse de novo com ele. Nada. - Ei! Estou falando com você! - O alto-falante continuou desligado. - Grande!
Caminhou até onde estava Hinata e sentou-se do seu lado.
- Algum bom plano? - perguntou, ao que a menina fez que não com a cabeça - O seu... Byakugan... Ainda funciona?
Surpresa por ter esquecido da sua linhagem avançada, a garota o ativou. Passou os olhos pela sala e começou a suar frio.
- É... Assustador... Não dá pra ver através das parededes. Elas são enormes e há... Algum tipo de chakra passando por elas. Um chakra tenebroso... Roxo...  Seria mais útil o Sharingam aqui.
Naruto suspirou. Sim, Sasuke seria muito útil. E Sakura também. Com sua força estupenda eles derrubariam fácil aquelas paredes. E quem sabe Shikamaru e Chouji também. Na realidade, todos os seus colegas de Konoha e Suna. Havia aprendido, arduamente, que precisava deles também. Mesmo que nem todos o considerassem tanto assim.
Hinata prestou atenção no jinshuuriki e então se repreendeu. Falara demais, sabia disso.
- N-Naruto-kun... D-Desculpe, não foi a minha intenção.
Ele olhou para ela e soltou um sorriso, um daqueles sinceros que sempre fizeram lhe faltar o ar. Mas, por trás dele, havia alguma coisa diferente. Algo como um novo Naruto, mais calmo, tolerante e, quem sabe, mais sábio.
- Esquece... Eu já aprendi que não posso negar. Ele quis ir embora e eu vou trazê-lo de volta. De qualquer jeito. - abriu o sorriso mais ainda - Pode ficar tranquila, eu não abandonei meu jeito ninja. - e riu.
Hinata, pela primeira vez desde que o conhecera, não se controlou. Jogou-se em no colo dele e o abraçou, com todas as forças. Os dois ficaram roxos, mesmo assim ela não o soltou. Ele a surpreendeu devolvendo o abraço.
- Nós vamos sair daqui. É uma promessa de uma vida. - ele disse em seu ouvido.
Ela o soltou e sorriu, enxugando os olhos. E disse apenas: Tá.
Eles se levantaram e ele passou a examinar a pia e o espelho. Achava estranho que não tivesse água ali. Enquanto observava, puxou conversa com a garota dos olhos perolados.
- Sabe... Quando eu enfrentei o Sasuke... Aquela vez em que eu voltei estourado pra vila... Quero dizer, na última vez que... Digo... Antes de eu ir embora... Eu o ameacei de que ia levá-lo de volta à Konoha, mesmo que fosse pedaço por pedaço.
- S-Sério?!? - perguntou a menina, assustada.
- Pois é... Felizmente isso era só um surto. Depois que eu passei um tempo com o Ero-Sennin eu mudei de opinião.
- Graças à Jiraya-sama?
- Sim... O velho tarado me mostrou que o melhor era levá-lo inteiro... O que não quer dizer vivo. - Ele completou malicioso.
- N-Naruto-kun! Pare de brincadeira! - pediu ela, mesmo que rindo.
De repente, sem razão aparente, Naruto dá um soco no espelho, o estraçalhando. Hinata leva um susto e vai acudi-lo.
- Naruto-kun... Eu não falei por mal... Não precisava...
- Fica calma, Hinata. E olha o que eu achei... - disse e apontou para o buraco do espelho.
Onde ficara o vidro havia uma pequena cratera, onde estava instalada uma câmera rústica. A câmera que devia estar vigiando o que eles faziam. Devia haver uma em cada sala que passaram. Então ele podia mesmo vê-los. Naruto enfiou a mão no buraco e arrancou a câmera do suporte, sem estragar os fios. Ele a direcionou para porta e então para si.
- Tá vendo aquela porta, seu doente? Nós vamos passar por ali e por todas as outras e chegar até você, seu maníaco. E então eu vou te meter porrada. Anote isso. - e quebrou a câmera.
Em uma sala um pouco acima seu carcereiro vê a tela ficar escura e sorri.
- Está anotado, minha experiência. Pode vir até aqui... Se conseguir.
Na sala em que eles estavam Naruto mexia na pia, tentando desmontá-la. Hinata procurava por aberturas na parte de cima.
- Deve estar nos canos. Algum botão, alguma chave, algo que abra aquela porta. - ele disse, tentando encaixar a kunai em alguma fresta. Achou um pequeno buraco escondido na parte em que a pia se anexava à parede. - Aqui!
Com um golpe a pia caiu no chão, quebrando. Onde estariam seus canos havia uma caixa de metal, com um símbolo em cima, um símbolo vermelho.
- Você conhece algo assim? - perguntou o loiro.
- Nunca vi na vida...
Eles observaram a caixa por alguns segundos, até que ela teve uma idéia. Baseado no tipo de coisas que eles estavam enfrentando. Pegou a kunai de Naruto e abriu um corte na palma da mão.
- Hinata!!!
Ela, sem olhar para ele, espalmou em cima do símbolo e girou. Logo em seguida o símbolo ficou escarlate e sumiu, deixando que a tampa da caixa abrisse. Naruto olhou dentro e encontrou o botão que deveria abrir a porta.
- Hinata, você é um gênio! - ele gritou, feliz e trouxe a menina para si.
Ela ficou vermelha novamente. Os dois se afastaram, rápidos, e ele apertou o botão. A porta realmente se abriu e finalmente a voz do alto-falante soou.
- Ah... Vejo que conseguiram achar meu brinquedinho e resolver seu enigma. Sinto-me orgulhoso dos dois. Podem seguir para a próxima sala. Mas seu próximo desafio não será tão fácil, meninos.
Os dois atravessaram a porta, apreensivos.

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