"quer Jogar Comigo, Naruto?" escrita por tonbotticelli


Capítulo 3
Humilhação


Notas iniciais do capítulo

Como disse anteriormente, Naruto não é meu... Bem, eu queria, mas talvez eu estragasse, sei lá... A idéia é do Lord_Viper... Ah sim, e eu mudei o nome da história pra um melhor, que condiz com o nome do desafio...



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A sala seguinte era tão escura quanto às outras. Mas desta vez Naruto pode apresentar alguma esperança. Havia alguém mais ali. Alguém que estava sentado. Pela pouca luz não pode reparar muito. A pessoa parecia estar olhando pra ele. Chegou mais perto e por pouco não tocou no ombro da pessoa. A voz o interrompeu, saindo de um autofalante desconhecido.

- Eu não faria isso se fosse você. - disse o seu captor, com um tom levemente cruel.

E todas as luzes acenderam, revelando quem era a pessoa sentada e PORQUÊ Naruto não deveria encostar nela. Hinata estava presa na cadeira por inúmeros selos em branco. Naruto os conhecia de vista, eram utilizados em alguns cofres. A princípio eles pareciam papéis comuns e então você tocava neles uma vez e pronto, aparecia o selo, com a borda amarela. Tocava de novo e a borda ficava vermelha e BOOM! Era a maneira de ser um pouco clemente a quem ousasse pensar em roubar o que estivesse ali. No caso atual, era para fazer com que ela não fosse resgatada. Ele só não lembrava de como desarmá-los. Ela estava coberta por eles. Havia um sobre seus olhos e outro sobre sua boca. Haviam vários prendendo seus braços e pernas na cadeira. Havia alguns sobre seu tronco. Só não havia na parte entre a cintura da menina e a parte de dentro das suas coxas. Era uma imensa armadilha mortal.

- Se eu não me engano, você já viu um desses antes, certo? Em suas missões com aquele sannin tarado de cabelos brancos. - as palavras saíram como se fossem lidas de uma lista, arrastadas e sem emoção. - Só que estes são diferentes. Nos originais é preciso apenas uma gota de sangue de quem os armou e eles soltam facilmente. São poucos os que sabem disso e sabem armá-los assim. Nos meus, que modifiquei com toda a minha genialidade, é preciso um certo hormônio presente no sistema da vítima. - e riu muito ao terminar de falar. - É claro que este não é um hormônio comum. Pra liberá-lo é preciso um pouco de... Romance. - a gargalhada ecoou dentro da cabeça de Naruto que olhava em desespero para Hinata. - São apenas duas as regras... Você deve excitá-la para que ela possa liberar esse hormônio e livrar-se dos meus selos. Ele deve sair junto do suor, o que vai atingir todos os selos. Você tem um certo tempo para fazer isso. Digamos meia hora... É o tanto que resta da contagem regressiva que armei quando implantei essas fitas amáveis na garota. A segunda regra é que se você deixar qualquer um dos selos ativar, todos vão explodir, o que deve matá-la com razoável facilidade. Se conseguir, eu abro a porta no final da sala e vocês estarão livres. Pode começar... - o autofalante ficou mudo.

Naruto não conseguia pensar direito. Examinou a Hyuuga sentada com a cabeça abaixada e olhou o aposento. Não era muito grande. Possuía holofotes no teto que deixavam a cena muito clara. Era uma tortura psicológica claro. Haviam apenas duas portas. Por onde entrou e por onde iria sair... Com Hinata. Ficou mais tenso do que antes e se perguntou se ela estaria acordada. Circundou a cadeira e se postou atrás dela, abaixando-se até ficar próximo da orelha que, para sua surpresa, estava livre.

- Hinata... Se estiver acordada me ouça e não se mova. Eu vou tirar a gente daqui. Não sei se você ouviu o que aquele maníaco falou ou se ele te falou antes de te prender, mas eu vou ter que... Ter que... Eu vou fazer uma coisa que pode te deixar com raiva de mim. Não fuja, por favor. Isso pode te machucar, por causa dos selos presos em você. Se quiser... Depois que isso acabar... Me bater e nunca mais falar comigo eu... Eu vou entender... - ia se levantar quando pensou em mais uma coisinha pra falar - Eu gosto muito de você... Não quero que nada te aconteça... Fique bem, por favor... - e voltou a ficar de frente pra ela.

Encarou a menina, sempre tão pequena e frágil, e entendeu a localização dos selos. Olhou para as mãos e viu que ainda estava com o bisturi e a kunai. Poderia tentar rasgar os selos com o instrumento cirúrgico, só que isso talvez os ativasse. Sentiu ódio e nojo do cara que estava fazendo isso com ele. Se o pegasse mostraria que o que fez com o Mizuki, com o Gaara... Porra, até mesmo com o Orochimaru, o Sasuke e os outros... Pareceriam massagem em uma casa de banhos. Agachou-se diante de Hinata e encarou a cintura da garota. Por sorte ela usava uma daquelas calças largas e grossas típicas dela. Seria fácil de abri-la com a kunai. Fez o rasgo, deixando que suor e lágrimas se misturassem. O que iria fazer seria estúpido e insensato em uma situação comum e o deixava com nojo de si mesmo. Nunca se perdoaria, sabia disso. Viu as roupas de baixo da Hinata e a garota se moveu um pouco, fazendo com que alguns selos ficassem amarelos. Ergueu-se assustado.

- Hinata... Por favor... Não se mova. Alguns já ativaram e é só preciso mais um pouco para que eles explodam. Confie em mim... Eu sei que é difícil, mas confie em... - a menina estancou e ele se assustou. Teria acontecido algo?

Abaixou-se e dessa vez fechou os olhos. Com todo o cuidado colocou a mão pelo rasgo tocando na garota. Teria de ser delicado. Felizmente, suas viagens com o hentai do Jiraya o haviam ensinado algumas coisas. Se fosse bruto demais poderia fazê-la se mover muito e então os selos explodiriam. Com delicadeza encostou nas partes da menina e começou uma massagem com os dedos. Mesmo por baixo do selo da boca conseguiu ouvir Hinata arfar. Olhou para cima e viu que o selo que estava ali já ficara amarelo. Kuso! Ele não conseguiria desativá-los assim! Novamente de pé, voltou para a parte de trás da cadeira. Ajoelhou-se ali e começou a sussurrar algumas palavras no ouvido da garota. Falou sobre seus seios, sua boca, sua bunda, suas pernas. Falou de coisas que o deixaram tão vermelho que poderia muito bem se camuflar com a roupa que usava.

Em outro local, olhando para a tela, o seu captor ficou curioso. Havia implantado um medidor cardíaco, uma invenção sua, na Hyuuga e via que agora o coração dela acelerava ainda mais do que antes. O que aquele inútil do Uzumaki estaria falando para que ela ficasse assim? Certo era que estava funcionando o plano e agora um a um os selos começaram a se desprender.

Em poucos segundos as pernas e os braços de Hinata estavam livres e Naruto pôde avançar um pouco e voltou a tocar na garota, a fazendo soltar alguns gemidos pela boca, já livre. Quando todos os selos caíram, menos o dos olhos, ele a soltou. Mesmo parada ela ainda arfava e o último selo caiu, revelando os olhos cansados e com olheiras dela. E também algumas lágrimas. Ela não olhou para Naruto, não de primeira.

- Na... Naruto-kun... - disse ela e desmaiou na cadeira.

No chão, todos os selos desativados se desintegraram. Naruto pôde sentar e relaxar um pouco. A porta no outro lado da sala abriu.

- Muito bela jogada, Uzumaki... Conseguiu atingi-la sem usar de certos... Artifícios... Como sou um homem de palavra, vocês podem avançar para a próxima sala.

 Usando apenas o braço direito, já que o esquerdo estava praticamente inutilizado, ele pôs Hinata nos ombros. Lembrou-se do rasgo na calça da menina e usou uma das suas faixas para remendar. Estava guardando para quando pudesse arrumar o braço, o que não veio tão fácil e agora gastou com ela. Atravessou a porta, esperando que, ao menos, na próxima sala ele pudesse descansar um pouco e conversar com a garota em seus braços.


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