Conectados escrita por Nathalia S


Capítulo 7
VI- Jantar


Notas iniciais do capítulo

Bem...escolhi um música tema para a história: Só por uma noite. - Charlie Brown Jr.
Boa leitura.



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Rafael chegou em casa num misto de raiva e alegria. Estava com raiva pois passara o dia tendo reuniões inúteis e recebera a informação de que um grande cliente os estava deixando. Mas estava feliz, pois dentro de uma hora estaria indo buscar Agatha para jantar. Ele não podia negar a si mesmo que a ideia o intimidava e excitava muito. Intimidava, pois não sabia o que esperar dela, excitava pois sabia que aquela noite poderia acabar de maneira prazerosa para ambos.


 

Sorrindo maliciosamente o jovem Suvens encaminhou-se para o banheiro a fim de tomar um relaxante banho e arrumar-se de forma adequada antes de buscar sua secretária para jantar, já sabia até onde a levaria e podia prever a expressão de incredulidade dela.

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Agatha chegou em casa esbaforida, ansiosa e zangada consigo mesma. Nem ela conseguia explicar direito para si mesma o motivo que a levara a aceitar a podido de jantar com Rafael. Ela deveria ter dado a ele um belo não, mas ele estava tratando-a tão bem...ou pelo menos a tratou durante os minutos que ela gastou dando uma arrumada no rosto dele naquela manhã.


 

Suspirando profundamente ela tentou se acalmar, sem grande sucesso. Por fim parou de discutir internamente consigo mesma e foi tomar um banho, não queria que Rafael ficasse esperando por ela quando chegasse, afinal se isso acontecesse ele diria que ela estava se arrumando para agradar a ele.

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Exatamente as 20:40h Rafael estacionou seu carro na frente do prédio onde Agatha estava morando – ela havia dito o endereço para ele naquela manhã. Ele não pode negar que o prédio o surpreendeu, estava esperando algo mais moderno, mas, afinal, Agatha sempre o surpreendera.


 

O mais jovem Suvens saiu do carro e mandou uma sms para a senhorita Jeicks avisando que já estava aguardando-a na calçada. Menos de dois minutos após ele ter enviado a mensagem, a porta de entrada do prédio se abriu revelando uma mulher deslumbrante. Agatha estava vestindo uma saia social preta que moldava seu corpo, nas pernas uma meia preta extremamente grossa e escura vinha acompanhada de um sapato de salto na mesma cor. Mas o que prendeu a atenção de Rafael foi sua blusa, era uma camisa social toda de renda preta e forrada com um tecido cor da pele, mas a imaginação fértil do jovem permitia que ele ignorasse o forro e imaginasse a bela mulher trajando apenas a blusa de renda. Por cima ela usava um sobretudo preto simples, aberto. Ela não usava muita maquiagem, apenas rímel e lápis de olho preto o que tornava ela ainda mais atraente. Seus lábios estavam ligeiramente vermelhos por causa do frio, e os cabelos soltos balançavam levemente com o vento. Para Rafael, Agatha era a beleza na sua mais pura forma.


 

-Está tudo bem? - Perguntou a mulher, ao perceber que Rafael o fitava por um tempo exagerado. Ele pigarreou.


 

-Está tudo ótimo. Vamos? - Perguntou ele indo até o carro e abrindo a porta para ela. A jovem apenas entrou no veículo, em silêncio. Rafael fez a volta e entrou no carro, dando partida


 

-Onde nós iremos jantar? - Perguntou ela, depois de alguns minutos em silêncio.


 

-É surpresa. - Falou ele, sorrindo ao ver a careta que ela fez. - Mas sei que você vai gostar. - Disse ele e ela não falou nada. - Você podia falar alguma coisa, não é mesmo. - Disse ele, ao notar que ela continuava em silêncio.


 

-Não sei o que dizer. - Admitiu Agatha.


 

-Então eu começo. - Falou ele. - Está gostando de ter voltado a cidade? - Perguntou, fazendo ela rir.


 

-Tirando a parte chata, estou amando.


 

-E qual seria a parte chata? - Perguntou ele, realmente curioso para saber a resposta.


 

-Ter te encontrado. - Falou ela, com toda sinceridade, arrancando um suspiro de desgosto dele.


 

-Pensei que tivéssemos uma trégua e não fossemos brigar essa noite.


 

-Não estou brigando com você. - Respondeu ela, defendendo-se.


 

-Por que você me odeia tanto? - Perguntou ele.


 

-Se você insistir nessa pergunta, daí sim nós brigaremos. - Falou ela e ele levantou os braços em sinal de rendição. Ficaram o resto do caminho em silêncio. Ele foi o primeiro a falar, assim que estacionou na frente do local onde jantariam.


 

-Chegamos. - Falou ele, apontando para fora, pela janela do carro. Ela seguiu seu olhar e expressou surpresa.


 

-O que estamos fazendo aqui? - Perguntou ela, ainda sem acreditar.


 

-Eu ainda me lembro Agatha...sempre sonhávamos em jantar aqui um dia quando eramos crianças...você lembra? - Perguntou ele, tentando demonstrar inocência, embora tivesse planejado aquilo muito bem antes.


 

-Sim, eu me lembro muito bem Rafael e, só para lhe avisar, o que quer que você esteja planejando, não dará certo. - Falou ela, saindo do carro e dirigindo-se até a entrada do restaurante. Ele ficou atordoado por um momento, mas depois a seguiu. Parecia que Agatha não era mais tão inocente e infantil quanto ele se lembrava.

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O jantar entre Agatha e Rafael transcorreu com tranquilidade. Eles não trocaram mais do que meia dúzia de palavras, ficando apenas observando o ambiente enquanto degustavam da excelente refeição. Mas ainda assim Rafael soube que Agatha não estava namorando, soube que ela falava alemão fluentemente agora e soube que sua fruta favorita eram amoras. Em compensação Agatha descobriu que Rafael estava solteiro...em suas palavras: ''ele era homem de várias.'', e embora ela tenha se segurado para não falar, não pode evitar de pensar que ''ela sabia muito bem daquilo'', soube também que ele se formara em administração numa faculdade particular, soube que seu pai implicava muito com ele (embora ela achasse que o senhor Suvens tivesse razão preferiu ficar em silêncio) e descobriu que ele odiava carambola ( o que era estranho, visto que era sua fruta predileta na infância).


 

Depois de passarem quase duas horas no restaurante eles tiveram uma pequena discussão sobre quem pagaria a conta. No final Agatha convenceu-o a deixa-lá pagar a sua metade. Então eles voltaram para o carro.


 

-Você quer conhecer minha casa? - Perguntou ele, tentando quebrar o silêncio.


 

-Não, obrigada. - Respondeu ela, secamente. Percebeu que ele ficou sem ação e decidiu amenizar um pouco sua resposta. - Deixemos para outra oportunidade, mas se você quiser pode conhecer meu apartamento hoje. Tenho certeza que deve ser super sem graça e histórico comparado ao seu, mas...


 

-Eu aceito o convite. - Falou ele, antes que ela dissesse mais alguma coisa. - E porquê você acha que meu apartamento tem...''alguma graça''? - Perguntou ele, tentando manter aquela conversa.


 

-Você sempre gostou de coisas mais sofisticadas. - Respondeu ela. Rafael não pode evitar uma ligeira felicidade ao perceber o quão bem ela se lembrava dos gostos e manias dele. Alguns minutos depois ele estacionou o carro na frente do prédio e os dois subiram em silêncio até o apartamento dela. - Bem vindo ao meu lar. - Falou ela, assim que eles entraram. - Não tive tempo de arrumar muito as coisas por aqui, mas...sinta-se a vontade. Vou apenas trocar de roupa. - Disse ela, mas antes que pudesse dar mais que dois passos ele segurou o pulso dela e falou, antes que perdesse a coragem:


 

-Você está linda hoje. Mais do que o normal. Está perfeita. - Agatha corou com o comentário e, olhando para o chão, respondeu:


 

-Obrigada. - Rafael segurou o queixo dela e delicadamente fez com que ela olhasse em seus olhos. Aos poucos foi aproximando seus lábios, percebeu que ela exitou por um momento, mas não falou nada, sendo assim ele continuou a se aproximar até tocar seus lábios nos dela. Ficou assim por alguns segundos, apenas roçando seus lábios levemente. Ainda lembrava-se da sensação que tivera ao beijá-la pela primeira vez anos atrás. Queria ter aquela sensação arrebatadora novamente, sendo assim entreabriu os lábios e passou a língua pelos lábios dela, sentiu sua respiração se acelerar quando ele fez aquilo, da mesmo forma que acontecera na juventude deles. Sentiu ela separar os lábios e adentrou a língua em sua boca, correntes elétricas passaram pelo seus corpo, então suas línguas se tocaram e ambos tiveram a sensação de estarem pegando fogo. A única coisa que sentiam eram seus corpos, um grudado no outro. Rafael sentia as mãos de Agatha a puxarem seu cabelo com um pouco de força e aquilo lhe era prazeroso. Agatha sentia Rafael apertar sua cintura e tentar grudá-los cada vez mais, até não haver mais espaço para ser preenchido. Suspirou ao sentir ele descer beijos pelo seu pescoço e pelo seu colo e seu corpo aqueceu-se ainda mais ao sentir o quão excitado ele se encontrava. Foi puxando-o pela gola da camisa social que ele vestia até estarem no quarto, quando chegaram lá ela encontrava-se sem casaco e sem camisa e ele estava com a sua completamente aberta. Rafael despiu-se da camisa e abriu suas calças, enquanto via Agatha tirar e jogar sua saia, calcinha e sua meia calça junto com os sapatos em algum canto do quarto. Aquela mulher era ainda mais linda nua. Seus seios não eram enormes, mas eram perfeitos, suas curvas eram belas, todo o seu corpo era lindo. Agatha observou rapidamente o corpo de Rafael e percebeu que seus músculos haviam se desenvolvido muito desde os 17 anos, seu corpo mantinha um bronzeado leve e belo, ele era completamente belo. Quando em fim uniram-se ela desejou que aqueles momentos durassem para sempre, mesmo que soubesse que não seria possível. Ele desejou apenas que ela continuasse o resto da vida ao seu lado, mesmo sabendo que dificilmente isso aconteceria.


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Notas finais do capítulo

Comentem e me deixem feliz. *-* kkkkk. Beijos



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