Conectados escrita por Nathalia S


Capítulo 26
XXV- Acidentada


Notas iniciais do capítulo

Heeey, estou de volta =DDD, como sempre, atrasada kkkkk.

Boa leitura.



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 Agatha estava sentada em uma pracinha perto de seu apartamento. Era domingo de manhã e a mesma encontrava-se com algumas pessoas que faziam caminhadas. As crianças ainda não haviam começado a chegar.

A jovem sentara-se em um dos balanços disponíveis e estava olhando fixamente para o chão. Já estava naquela posição há quase uma hora, apenas perdida em seus pensamentos. Seus pensamentos iam de Rafael à seu padrasto e de volta a Rafael. Seus pensamentos iam até a capital e suas amigas, mas voltavam a Rafael. Não importava no que ela pensava, sempre voltava a Rafael.

A jovem começou a girar no balanço até que, quando estava ficando tonta, abriu os olhos e deparou-se com o senhor Ricardo parado à sua frente. Ele olhava-a com uma expressão pesarosa, mas divertida. Como se sentisse muito por algo, mas achasse engraçada a atitude infantil da jovem.

Parando o balanço, Agatha cumprimentou o homem, que respondeu:

-Olá, estou bem sim. E você?

Agatha abaixou a cabeça ao ouvir tal pergunta. Nem ela sabia a resposta. Estava bem, fisicamente falando, mas emocionalmente...estava em pedaços.

-É, acho que comecei com a pergunta errada! - Falou Ricardo. Agatha continuou de cabeça baixa. - Posso me sentar? - Perguntou ele, apontando para o balanço ao lado do dela.

-É claro! - Respondeu a jovem Jeicks.

Ricardo sentou-se e ambos ficaram em silêncio por alguns minutos. Até que a jovem falou:

-Está aqui por acaso ou estava procurando-me?

-Na verdade estava indo até seu apartamento para conversarmos, mas acabei passando por aqui e vi-a sentada. Decidi parar para conversarmos aqui mesmo.

-Certo! - Afirmou a jovem. - E sobre o que você queria conversar?

-Imagino que você já tenha alguma ideia sobre isso.

-Sobre Rafael! - Disse Agatha, sem pestanejar.

-Exato.

-Mas é sobre o que, exatamente? Se quer me pedir para ficar longe dele, não se preocupe. Não sou o tipo de mulher que corre atrás de homens comprometidos. - Falou Agatha, mantendo um tom de voz firme.

-Sim, eu sei que você não é esse tipo de mulher. Mas não era isso que eu queria falar com você.

-O que é, então? - Perguntou ela, impaciente.

-Quero que entenda o motivo pelo qual vocês não podem ficar juntos. Não sei se Rafael lhe contou, mas eu pedi para que ele se casasse com Kate, a ideia não foi dele, bem pelo contrário. Meu filho queria pagar os direitos à mulher e à criança que está para nascer, mas não queria nenhum compromisso matrimonial com ela. Eu que exigi que ele assumisse tais responsabilidades. Entenda meu lado Agatha. Fui criado com um pai ausente, mesmo que ele tenha dado-me o apoio financeiro necessário ele nunca esteve presente em minha vida, sequer em meus aniversários. Não quero isso para um neto meu. Por mais que eu nunca tenha querido que Rafael envolvesse-se com Kate, ele o fez e agora ele, como um homem decente, tem de arcar com as consequencias, por mais ruins que sejam elas.

-Eu entendo o seu lado, Ricardo. Mas na verdade não me importo mais. Agradeço pela sua preocupação em me esclarecer esses fatos, porém não ligo. Tanto faz para mim que Rafael se case ou não com a Kate ou com outra mulher, tanto faz para mim se ele será pai ou não. Desejo toda a felicidade do mundo à ele, mas não me importo, não de outra forma, como me importei um dia.

Agatha falara tudo num fôlego só. Tinha medo de não conseguir pronunciar aquelas palavras e acabar chorando. Queria ser forte ou, ao menos, mostrar para os outros que era forte. Pensar em Rafael lhe doía, mais do que lhe doera a morte de sua mãe, mais do que lhe doera os maus tratos do padrasto. Justo ela que sempre se considerara uma mulher forte, estava ali...prestes a chorar, magoada, por um homem que deveria ter ficado em seu passado.

-Eu sei que você se importa. - Falou Ricardo, acariciando o braço da jovem. - Sei que, por mais que você negue à todos e a você mesma, você se importa porque você ainda gosta dele. Atrevo-me a dizer que você o ama. É por isso que lhe procurei. Para dizer que tenho absoluta certeza de que o sentimento é recíproco, tenho certeza de que meu filho à ama tanto quanto você o ama.

-Isso são apenas palavras senhor Suvens. Palavras não mudam as coisas. Se ele me ama, ou um dia me amou, por que me fez e faz passar por tantas dificuldades? Por que machuca-me tanto? Quem ama não fere ao outro. Quem ama cuida e deseja o bem. Eu realmente o amo, não posso negar que o amo, esse sentimento é mais forte que a minha vontade de negá-lo. Mas pretendo esquece-lo, superá-lo, seguir em frente. Não quero me apegar à algo, ou alguém, que não se apega a mim. E, do que adiantaria nós nos apegarmos, se no fim ele teria de casar-se com Kate? Realmente o senhor é muito confuso.

-Você é a nora que sempre sonhei. É como uma filha para mim. E Rafael é meu filho. O coração de um pai dói violentamente ao ver seus filhos sofrerem, ainda mais por um sentimento que deveria trazer alegria. Sei que estou sendo confuso, mas queria apenas tentar consolá-la. Embora tenha percebido que não sou bom nisso. - Falou o homem, dando uma risadinha. Agatha tentou sorrir, mas não conseguiu, fazendo com que Ricardo suspirasse. - O meu conselho para você é: siga em frente. Não posso iludi-la dizendo que se você ficar pensando em Rafael será melhor. Siga em frente, conheça novas pessoas, mas não guarde rancor dele, se quiser odiar alguém, odeie a mim, Agatha.

Assim que terminou de falar o homem levantou-se do balanço e acariciou a cabeça da jovem, que apenas abaixou a cabeça e deixou que algumas lágrimas escapassem. Sua vida estava tão difícil. Estava se sentindo dentro de um romance dramático, o que nunca imaginou ser verdade. Sentia-se uma criança boba, sofrendo por amor.

Ricardo deu alguns passos em direção a saída do parquinho, mas parou ao ouvir o toque do seu celular. Agatha ergueu a cabeça e olhou para o homem, que atendeu a ligação.

-Olá, filho! -Saudou o homem, sorrindo, mas ficando sério logo em seguida. - Onde? Sei, sim, onde é! Pode deixar que já estou indo.

Assim que desligou a ligação, Ricardo virou-se para Agatha que o olhava assustada. Seu chefe estava realmente pálido e parecia transtornado.

-Rafael acabou de me ligar. Disse que Kate sofreu um acidente, foi atropelada e está muito mal no hospital. Tenho de ir para lá agora mesmo!

Agatha levantou-se rapidamente do balanço se seguiu o homem até o carro do mesmo.

-Vou com você. - Disse a jovem.

-Tem certeza? - Perguntou o homem, já entrando no veículo.

-Tenho. Rafael precisa de ajuda! - Garantiu ela.

E por mais que aquilo pudesse feri-la ainda mais, Agatha estava decidida a apoiá-lo naquele momento.


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Notas finais do capítulo

E ai...o que acham que vai acontecer agora??? kkkk
Comentem, por favor! *-*



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