Minha Hina escrita por Marllitah chan


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Quero fazer dedicações especiais a duas grandes amigas minhas, que são: Meiry chan, que também é minha sensei, e me icentivou muito, mas muito mesmo a escrever minha fanfic, e minha outra amiga, Kitsune chan, que ama NaruHina e eu, sinceramente, espero que ela goste dessa.
E finalmente, dedico a todos vocês, que lerão minha fanfic, sejam vocês NaruHina's ou não.
A história se passa no volume 450 do mangá do Naruto.
Essa fanfic terá trilha sonora, então, se vocês quiserem, coloquem esse vídeo pra carregar: http://www.youtube.com/watch?v=2cfQ1DsKC4E ( Nickelback - Far Away), e no meio da leitura, ao verem " (Play)" podem colocar pra tocar!
Amo fanfics de U.R., por isso escolhi esse tema para ela. Tentei fazer o mais parecido possível com o mangá, colocando, é claro, as modificações necessárias.
Bom, agora chega de falação. Boa leitura, Minna!!



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"A suprema felicidade da vida é a convicção de ser amado por aquilo que você é; ou, mais corretamente, de ser amado apesar daquilo que você é".



( Victor Hugo )


" Agora acabou" pensou ele, completamente exausto, encostado em uma árvore. Naruto voltava da longa conversa que tivera com Nagato e Konan, com um misto de alívio e felicidade que não lhe cabiam no peito. Não podia acreditar, tudo estava no devido lugar agora. Não podia dizer que havia perdoado Nagato completamente, afinal, mesmo passado tudo aquilo, Jiraya não voltaria. Mas seu ódio e rancor se dissiparam um pouco ao enxergar remorço e tristeza nos olhos do sétimo Pain. Sim, ele realmente se arrependera de ter matado seu sensei. E agora, como Jiraya, ele partira. E também como Jiraya, ele partira confiando a Naruto a tão preciosa e árdua missão de alcançar a paz no mundo Shinobi.





Precisava retornar à vila, precisava ver se todos estavam bem. Precisava saber se ela estava bem. Se estava machucada, se estava consciente. Precisava vê-la, precisava dizer à ela o quanto ela era importante. Mas seu corpo simplesmente não obedecia. Naruto sentiu-se tonto, perdendo o controle das próprias pernas, e ao tentar dar o primeiro passo, seu corpo tombou para frente. Ele já estava esperando sentir a areia sujar seu rosto, mas o impacto com o chão não veio. Se sentiu confuso, e só então viu que fora amparado pelo corpo de alguém. Não reconheceu imediatamente quem era até ouvir a voz conhecida dizer:

– Você fez muito bem.

– Kakashi-sensei! - disse Naruto, em um sussurro feliz e cansado.

– Aguente mais um pouco..........

E dizendo isso, Kakashi acomodou melhor Naruto em suas costas, e seguiu rumo à Konoha. A curta caminhada foi silenciosa, até que Naruto se surpreendeu ao ouvir brados de viva e comemoração enquanto se aproximavam mais da vila. E vozes. Vozes gritando seu nome.

Você voltou!

– Nós acreditamos em você......!!!

– Você é um herói, Naruto!

– Bem vindo de volta em casa!!

– Todos estavam esperando.... você voltar pra casa - Kakashi disse, sem poder esconder o orgulho na voz.

Naruto nada disse. Não podia acreditar ainda. Todas aquelas pessoas, todos os habitantes de Konoha, estavam agradecendo a ele! Não era possível. Seu sonho, então, estava finalmente se tornando realidade. Ele finalmente já não era mais visto como o monstro da vila. Ele agora era um herói. Kakashi olhou de esguelha pra ele, ainda em suas costas, e deixou brotar um sorriso em seus lábios, por baixo da máscara, ao se lembrar do que seu pupilo dissera a ele, quatro anos atrás: " O meu sonho é...... superar o Hokage! E quando eu conseguir, todos na vida vão ter que me aceitar.....!! ". Naruto, você fez muito bem. Pensou Kakashi.

Em um instante Naruto já não estava mais nas costas de Kakashi e conseguia ficar de pé sozinho. No outro, todas as crianças da vila correram até ele ao mesmo tempo, o cobrindo de perguntas sobre a luta. Não há palavras que digam o quanto ele estava feliz, com aquele assédio das crianças querendo saber de tudo, querendo que ele contasse como era o inimigo, se ele estava ferido. Querendo ouví-lo, por fim.

Enquanto as crianças da vila o puxavam pra lá e pra cá como um boneco de pano, Naruto não notou a presença de Sakura até que ela estava a poucos metros de distância dele.

– Sakura-chan?

– O que você pensou que estava fazendo, seu baka?!

E, ao dizer isso, Sakura lhe deu um de seus costumeiros cascudos, mas Naruto ainda estava fraco, então se curvou pra frente, quase caindo. Mas os braços da kunoichi que acabara de lhe acertar lhe ampararam antes que ele caísse. E o abraçou.

Naruto, da mesma forma que estava, assim ficou. Sakura o estava abraçando! Realmente, as surpresas não acabariam tão cedo. Fosse em outra ocasião, ele ficaria corado ou pularia de alegria com aquele abraço tão sonhado por anos, mas agora não. Agora ele sabia, e o abraço de Sakura o ajudou a discernir melhor, que um novo sentimento germinara e crescera dentro dele, tomando conta de todo o seu ser, com raízes imortais. Era simplesmente isso, a mais bela e rara flor, justamente por ter nascido e cresido na adversidade. E era a dona dessa flor que ocupava os pensamentos de Naruto, que vasculhava a multidão com o olhar, à sua procura. O novo sentimento que Naruto não entendia, diferente de tudo que já sentira, e absolutamente tudo que julgava ser real. E foi com esse pensamento que se desvencilhou delicadamente do abraço da amiga, sorrindo pra ela.

– Arigatou, Sakura-chan

 

 

E dizendo isso, Naruto saiu andando na direção que Sakura viera. A kunoichi viu Naruto se afastar, se perguntando porque ele ficara tão sério de repente, e porque seu abraço não havia causado nele o efeito que ela imaginava. O loiro passava pelas pessoas concentrado, os olhos azuis escaneando todos os rostos, à procura de um único. Pôde ver seus amigos ali, Shino, Kiba, Ino, Chouji, Shikamaru. Mas não havia tempo de sorrir para eles, precisava encontrá-la. Avistou um pequeno grupo de ninjas de olhos perolados mais à frente, e então finalmente a viu. No momento em que identificou a dona daqueles longos cabelos negros, que dançavam delicadamente ao compasso da brisa presente no local, e aquela inconfundível expressão repleta de fragilidade e doçura, sentiu seu coração dar uma batida forte e apressada, o assustando. Mas sorriu. Com certeza, era ela. Seu coração acabara de lhe enviar a resposta. Era ela. Apressou o passo, indo ao seu encontro pelo meio das pessoas, que, sem que ele pedisse, lhe davam passagem, olhando curiosas para onde seu herói rumava de forma tão afoita. Seu coração batia mais forte a cada passo dado, e ele estava com medo, admitia isso. Mas não iria recuar. Ele era Uzumaki Naruto! O ninja que derrotara o líder da Akatsuki! Mas, pensando bem, lutar contra o Pain havia sido bem mais fácil do que encarar aquelas orbes peroladas e tímidas e.......... encantadoramente lindas.

(PLAY)

Hinata não poderia esconder em si o tamanho de sua alegria, quando viu um pontinho laranja ao longe, e identificou ser Naruto nas costas de Kakashi. Deixou as lágrimas de alegria rolarem, livres, pelo seu rosto, ao vê-lo ficar de pé sozinho, constatando que estava bem. Então era isso. Naruto estava vivo, e era o herói da vila. Seu sacrifício valera a pena, sabia que valeria muito antes de se colocar entre seu amado e Pain.

Kami havia sido muito bom com ela, lhe dando uma segunda chance. Mas pensando bem, como a usaria? Tudo que queria fazer em sua vida já estava feito. Dissera a Naruto que o amava e por fim ainda o salvou da morte. Ela quase não sentiu dor nas diversas vezes que Pain a arguera no ar e a fizera cair com toda força no chão. Também mal sentira quando aquele metal pontudo foi cravado em sua carne, e então perdeu os sentidos. Mas não antes de lembrar daquelas safiras tão amadas vidradas em suas pérolas. Perdeu a consciência feliz, sabendo que morrera protegendo Naruto. Seu Naruto.

Seu coração perdeu o ritmo habitual quando seu olhar se chocou com o do loiro. O rubor imediatamente lhe coloriu a face lívida, um pouco suja de terra. E agora, o que faria? Não fazia parte dos seus planos continuar viva depois da confissão. Não que tivesse tentado se matar, mas sabia que não sairia daquele confronto com vida. Mas a realidade era outra agora; ela estava bem viva, e ele, não demonstrando nenhum sinal de cansaço depois da épica batalha que acabara de vencer. Ele vinha andando em passos decididos, até mesmo apressados, e vindo em sua direção. Espera! Em sua direção? Naruto estava vindo ao seu encontro? O que será que ele iria dizer a ela? O que ela deveria fazer? Como olhá-lo, como falar com ele, agora que ele sabia do seu amor por ele? O que deveria ser dito depois do "eu te amo"? Será que ele lhe diria alguma coisa? Será que a resposta à sua confissão viera na forma do abraço que presenciara com um leve aperto no peito, instantes atrás?

O que pareceu aos dois uma eternidade pela ansiedade, e um segundo pelo medo terminou no momento em que Naruto se pôs diante de Hinata. Era agora. Eles estavam ali, se encarando. Cada um com seus próprios pensamentos e medos, mas curiosamente, um era o causador da ansiedade e da taquicardia do outro. As pérolas tentaram se esconder, tentaram fugir, mas as safiras lhe impediram de fazer isso em uma súplica calada. Havia tanto a dizer, tantos agradecimentos, tantas explicações, mas os dois jovens pareciam ter se esquecido de como falar. O rosto sério e corado de Naruto se contraiu em um tímido sorriso.

– H-Hinata-chan.........

Kami, como era bom ouví-lo dizer seu nome! Pensou que não viveria mais para ver aquele rosto tão amado; para ouvir aquela voz doce e melodiosa. Sentiu os olhos lacrimarem, entendendo, finalmente, a razão pela qual Kami lhe dera uma segunda chance. Para que pudesse continuar amando-o, mesmo que à distância, como sempre fizera. Algumas lágrimas rolaram pelo rosto de Hinata, enquanto ela tentava segurar os soluços, presos em sua garganta.

– N-N-Não acredito........ vo-você está b-bem........

E Naruto sorriu. Aquele sorriso que facilmente ofuscava a luz do sol, transmitindo calor e vida. Hinata se lembrava exatamente de todas as vezes que ele lhe sorrira daquela forma. E com plena certeza, afirmou para si mesma que jamais viu dele um sorriso tão resplandescente. Hinata não sabia, mas, naquele momento, Naruto mandou pelos ares todo medo, insegurança e timidez. Por Kami, era ela! E porque perder mais tempo? Sorriu, travesso e feliz, e ali mesmo, diante de todos, diante de toda Konoha, Naruto transpôs o resto de distância entre eles, deslizou suavemente seus braços em volta da pequena e esculpida cintura de Hinata e a puxou para junto do seu corpo. Por ser, no mínimo, dez centímetros mais alto que a menina, Naruto encurvou seu corpo de modo que pudesse repousar sua cabeça no ombro direito de Hinata. E, nossa, que sensação maravilhosa. As roupas sujas não podiam abafar o perfume floral que Hinata exalava. O contato com aquela pele quente, aquele pequeno corpo trêmulo junto ao seu. Como fora baka todos esses anos!

Hinata sentiu um solavanco no peito. Como se seu coração tivesse se esquecido de como bater e depois se lembrado, batendo freneticamente. Isso quando sentiu os braços de Naruto envolvendo sua cintura. Porque quando Naruto a puxou pra junto dele, colando seus corpos em um abraço singelo e carinhoso, ela não pôde deixar de arfar. Lágrimas silenciosas lhe desceram pelos olhos. Naruto a estava abraçando? Não era possível!

– Sua louca! Você se arriscou, quase morreu. E por mim, por um baka! Por Kami, Hina-chan, eu não sei o que faria se algo tivesse acontecido com você. Eu teria morrido junto. Eu vou te proteger pra sempre, ninguém mais vai te machucar.

Ainda com a cabeça perto do ouvido da menina, Naruto falava tudo aquilo de uma forma frenética e quase febril. As frases enroladas, uma seguida da outra, sem intervalos, e a forma que ele a abraçava apertado, como que num pedido silencioso para ela não o deixar nunca. O corpo de Hinata tremia muito. Ela estava aconchegada, com as mãos e a cabeça em seu peito, constatanto feliz que, por mais que tivesse imaginado e sonhado com o abraço de Naruto, a sensação real era infinitamente melhor do que pudera imaginar. Ele afastou um pouco o corpo do dela, a mão esquerda ainda em sua cintura, a direita foi parar em seu queixo, onde segurou com delicadeza extrema, olhando profundamente em seus olhos. Hinata ficou ainda mais vermelha com o ato, e sentindo a região em seu rosto arder prazerosamente, no lugar onde a mão de Naruto estava.

– Na-Na-Naru.... Naruto-kun..... eu, eu........... eu.........

– Eu sei, eu também. - e com as mãos de repente trêmulas e a respiração entrecortada, Naruto a beijou. Então beijar era assim, pensou Naruto. Tirando Sasuke, nunca havia beijado ninguém antes. Seu coração batia tão rápido no peito, ao sentir aqueles lábios pequenos, mas carnudos e delicados junto aos seus. Kami, como pudera ser tão baka e não notado a menina linda e delicada que fora apaixonada por ele por tantos anos, como nunca notou? Quando relaxou um pouco, se permitiu subir a mão direita do queixo para a bochecha, fazendo leves carinhos no rosto da menina. Sentia seu rosto em chamas.

Hinata pensou que o abraço de seu amado já fosse emoção demais para seu coração, isso antes de ver Naruto se encurvar em sua direção e tocar seus lábios, de forma bem delicada e suave, nos seus. Todo seu corpo se paralizou, ao sentir o toque quente e molhado da boca de Naruto na sua. Não importa quantos sonhos Hinata fantasiou sobre seu primeiro beijo com Naruto e - embora fossem muitos - eles sequer se aproximaram da realidade. Mantinha as pequenas e trêmulas mãos no peito dele, enquanto desfrutava das sensações que sempre imaginou como seriam. O beijo de Naruto era muito melhor do que ela sequer poderia algum dia imaginar. O que fizera de tão bom em sua vida, afinal, para receber uma segunda chance de viver e ainda ser beijada por ninguém menos que o rapaz que amou de longe por mais de dez anos?

Naruto começou com um selinho leve, mas logo aprofundou o beijo de uma forma um tanto desengonçada, abrindo de leve sua boca e sugando devagar o lábio inferior de Hinata, que, a cada novo momento, arfava tão violentamente que parecia que iria ter uma parada cardíaca. Naruto encerrou o beijo com alguns selinhos, sibilando um doce "aishiteru" no intervalo entre eles. Mas a puxou para outro abraço, onde sussurrou no seu ouvido " Me perdoe por te fazer esperar demais, hime". Por mais que quisesse responder, Hinata mal tinha forças para respirar, quanto mais dizer qualquer coisa. Então suspirou e apertou mais o abraço, repousando a cabeça no peito do loiro.

Mas como despertos do transe, se lembraram em um sobressalto que toda a vila estava observando o jovem casal. Mais uma vez, se iniciou a disputa dos rostos corados. Hinata afundou seu rosto no peito de Naruto, sussurrando pra ele " Todos estão olhando, Naruto-kun. O que faremos agora?"

– Deixe comigo, Hime. Eu vou cuidar de tudo. Mas antes, Tajuu Kage bushin no jutsu! - No mesmo instante, centenas de Narutos surgiram e se perderam de vista floresta.

Naruto coçou a cabeça, com aquele sorriso envergonhado. Todos estavam olhando pra ele. Ino começou a gritar e a pular de felicidade por finalmente Naruto notar Hinata. Seus amigos da academia estavam todos sorirndo, felizes. Ele passou um olhar feliz por todos até se assustar vendo que, mais à frente, Neji, que estava com o seu byakugan ativado e sendo preso à força por Rock Lee e Gai-sensei. Então a hora era agora. Olhou para todas aquelas pessoas e gritou:

– Yo, minna! É.......... bom. Em primeiro lugar, eu queria pedir perdão ao clã Hyuuga por beijar sua herdeira desse jeito, principalmente o senhor, Hiashi-san - Naruto viu o mais velho lher erguer uma sombrancelha e cruzar os braços. - Mas agora eu queria que vocês pudessem ficar um pouco em silêncio, eu tenho uma coisa muito importante pra dizer.

Hinata se encolheu um pouco, ao ser atingida pelo enxame de olhares nela e em Naruto. Ele segurou sua mão e lhe deu um sorriso confortador. Naruto olhou toda aquela multidão com os olhos nele, novamente lhes lançou aquele sorriso constrangedor, pra logo depois assumir uma expressão séria e voltar a falar:

– Todos sabem que, quando eu fui enfrentar o Pain, pedi que nenhum de vocês tentasse me ajudar, pois eu não queria que saíssem feridos ou mortos. Nesse tipo de situação, eu prefiro que a única vida a correr risco seja a minha - Falava calmo, mas alto, para que todos pudessem ouvir. - E durante a luta, eu fui preso pelo sexto Pain, Yahiko. Aposto que ninguém além dos membros do clã Hyuuga puderam ver isso, já que estávamos lutando bem afastados de vocês. E a coisa mais importante que eu quero dizer aqui, diante de toda Konoha, é que eu agradeço muito por toda essa felicidade e comemoração que vocês estão demonstrando e por terem confiado a mim a missão de derrotar o Pain, mas digo que nada disso poderia ter sido feito se - nesse instante ele olhou doce para Hinata, que arregalou os olhos, finalmente entendendo o que ele estava fazendo. Balançou a cabeça negativamente, mas ele apenas sorriu, apertando mais sua mão - se Hyuuga Hinata não tivesse intervido na minha luta com o Pain, onde ela foi gravemente ferida, eu já teria sido capturado e morto; meu bijuu estaria sob poder da Akatsuki, que iria destruir não só Konoha, mas todo o mundo Shinobi. O ponto decisivo da luta foi exatamente quando eu a vi sendo atacada. Então minha raiva liberou o selo da Kyuubi, e então eu tive forças para continuar lutando. Além disso, pude conversar com o meu otou-san pela primeira vez. E tudo graças à Hinata. É à ela, à Hinata Hyuuga, que vocês devem esses brados de alegria e parabenização. Ela sim, é a heroína de Konoha.

Todos os moradores, então, direcionaram ao mesmo tempo seus olhares perplexos para Hinata, que pela primeira vez na vida, quis estrangular Naruto pelo que ele acabara de fazer. Seus amigos de academia e os membros do clã Hyuuga foram os que demonstraram mais surpresa com o relato de Naruto. Hinata sempre fora tão tímida, tão insegura. Ela seria a última ali a realizar um ato de resgate tão perigoso, era o que todos pensavam. E então, com a mesma rajada de felicidade de outrora, os moradores da vila se aproximaram correndo de Naruto e Hinata, como milhares de formigas, e falavam, e parabenizavam ao mesmo tempo. Hinata sentiu um peso em sua perna esquerda a impulsionando para baixo, quando olhou viu que era Hanabi agarrada nela. Hinata pegou na irmã no colo, toda feliz. Não era só Naruto agora. Hinata também conseguira subir alguns pontos no conceito do seu clã. Seu olhar procurou o de seu pai, que lhe fez um pequeno aceno com a cabeça. A expressão mais serena que de costume, e um brilho nos olhos dele que Hinata só vira quando sua Okaa-san ainda era viva.

Mas um som forte, som de milhares de ninjas se movimentando em alta velocidade, assutou a todos, que imediatamente se colocaram em posição de defesa, temendo ser um ataque de algum inimigo. Mas o que surgiram foram centenas de bushins do Naruto, cada um empunhando uma bela flor na mão. Naruto sorria, maroto e feliz, quando todos fizeram silêncio novamente, e um a a um, 100 clones se ajoelharam, cada um empunhando sua flor, diante de Hinata. Por fim, um último clone, desgarrado dos demais, trouxe um enorme buquê de sakuras, e entregou ao Naruto verdadeiro, desaparecendo em seguida. Hinata olhou assustada para os cem Narutos diante dela. O que estavam fazendo ali? O que ele iria fazer?

– Uma coisa que eu não citei no discurso foi que a minha doce salvadora é a mulher mais corajosa, delicada e bela que eu já conheci. Então, Hiashi-san - Naruto olhou diretamente para o pai de Hinata - gostaria de saber se o senhor me pemite namorar a sua filha. Não tenho nenhum bom argumento que possa te convencer. Apenas a minha palavra que a protegerei com a minha vida. E eu não volto atrás com a minha palavra nunca.

Hiashi olhou sério e fuzilante para Naruto. O loiro já estava com a espinha congelada, imaginando qual seria a resposta. Mas para a surpresa dele, de Hinata e de todos, o rosto de Hiashi se contorceu em um pequeno sorriso. O líder Hyuuga cruzou os braços junto ao peito, ainda sorrindo, e deu um único aceno com a cabeça.

Hinata era pura felicidade. Naruto conseguia realizar as façanhas mais inacreditáveis, mesmo. Nem podia acreditar que seu pai havia autorizado tão facilmente. Quis crer que ele também ficara orgulhoso com a atitude da filha, e teve participação na proteção à Konoha. Isso deve ter gerado à menina alguns pontos com ele.

– Então, Hina-chan. Seu pai já disse sim. E você - disse se ajoelhando na frente dos outros 100 Narutos e coçando a cabeça, visivelmente desconcertado - você aceita ser minha namorada?

Hinata nada disse. Sorriu e se agachou na altura dele. Envolveu seus braços no pescoço de Naruto e lhe depositou um selinho em seus lábios.

– Vamos sair daqui, Naruto-kun - pediu Hinata, sorrindo travessa.

– Yataaaaaaaa!! Só se for agora!!!! - e dizendo isso, pegou Hinata nos braços e saiu em disparada para longe dali, aproveitando a confusão que os bushins estavam fazendo. Alguns recolhendo as flores, incluindo o buquê que Naruto deixara no chão, para levar para a casa de Hinata.

Naruto a levou para longe dos portões de Konoha, em um lugar que não havia sido devastado pela luta, onde uma havia uma linda cachoeira. Ao lado da cachoeira, uma toalha estendida com frutas e doces.

– Seus bushins são milagrosos, não é? - Hinata perguntou, distraída e com ar de riso, mas não teve resposta, já que Naruto enlaçou sua cintura e a beijou, dessa vez um beijo mais profundo.

– Anda, Hina-chan, vamos nadar! - gritou, animado como um garotinho, tirando com pressa o casaco laranja, a blusa preta que usava embaixo, os sapatos ninja e a calça, ficando apenas de bermuda. Riu ao ver Hinata desviando o olhar diante do corpo exposto do seu namorado.

– Vamos, Hina!! Tire o casaco, senão vou te jogar na água desse jeito mesmo. - falou rindo, se aproximando ameaçadoramente.

– Iie, Iie, já vou, já vou!!

Timidamente, Hinata também tirou suas botas ninja, e seu casaco. Ficou com a blusa de tela que usava por baixo e um top preto por baixo da blusa. Naruto a olhou, admirado. Como nunca pudera notar o quão linda ela era?

Sem nenhum aviso prévio, a tomou nos braços e se lançou com ela dentro da água gelada.Imergiram, tremendo de frio, mas absolutamente felizes.

– Naruto-kun! - Hinata fingiu raiva, pra depois abrir um sorriso radiante.

– Aishiteru, minha linda!!!

– Aishiterumo, Naruto-kun..........

Naruto a olhou feliz, observando pelo seu jeito de olhá-lo, pelo sorriso estampado em seu rosto, que era ele. Ele era a pessoa que ela sempre quisera estar junto, estar perto. Era ele que ela procurava. Ela realmente o amava, e isso só o deixava mais feliz ainda, se é que cabia tanta felicidade dentro de uma só pessoa. Nunca soube como era a sensação de ser amado dessa forma. Nem de longe fora o tipo popular e charmoso na academia ninja, esse título sempre pertencera a Sasuke, a ele cabia o papel de fracassado burro e encrenqueiro. Por essa razão, nunca soube como era o olhar apaixonado de uma menina sobre si. Se sentia feliz e completo, mas principalmente, amado. Amado, apesar de tudo. Apesar de quem era. Parou para observar mais os traços de sua namorada. A franja negra, colada na testa, o cabelo molhado levemente bagunçado; as gotas de água pingando e escorrendo por aquele rosto que parecia ser feito de porcelana. Como pudera nunca ter notado a beleza surreal de Hinata, por tantos anos, e como essa pequena e doce ninfa não ter se interessado por alguém melhor que ele. Era loucura, isso.

– Por que eu, Hina-chan? - Hinata o olhou, confusa. - Quero dizer, seu clã é famoso, e olhe pra você, você é linda, delicada, bondosa. Você poderia ter quem quisesse. Aposto que muitos já pediram sua mão em casamento para o seu pai, não é? Por que se apaixonar por um demônio como eu?

Para surpresa de Naruto, Hinata sorriu. Um sorriso enorme, feliz. Ela o abraçou novamente, ambos dentro da água da cintura pra baixo, e o beijou. Separou-se apenas para olhá-lo nos olhos e dizer:

– Antes, muito antes de você se tornar o herói de Konoha, você já era o meu herói. Naquele dia que você levou uma surra pra me salvar daqueles garotos maus. Naquele dia eu me apaixonei por você. Jamais esqueci das duas palavras: "Meu nome é Uzumaki Naruto, e eu serei Hokage". Muitas pessoas diziam que você era um demônio, meu próprio clã me deu ordens para não me aproximar de você. Mas eu pude ver além daquele menino criador de problemas que pintava os rostos dos Kages, eu pude enxergar a sua dor. Eu também sofria, eu também era considerada uma fracassada. Mas diferente de mim, você lutou pra ser diferente, para ganhar reconhecimento. Foi você que me salvou, Naruto-kun, com seu sorriso e seu jeito ninja, de nunca desistir dos seus sonhos. Serei a mulher mais feliz dessa Terra quando estiver ao seu lado quando você se tornar Hokage.

– Eu não sei o que um baka como eu fez pra merecer uma garota tão perfeita, meiga, carinhosa e linda como você, Hina. Promete que, a partir de hoje, você será minha para sempre?

– Eu sempre fui sua, Naruto-kun. Você que demorou tempo demais para perceber isso - falou, feliz, enquanto acariciava os cabelos loiros.

O loiro novamente pegou a menina no colo, e juntos, saíram da água. Ele a deitou delicadamente na grama, ficando por cima dela. Poderiam ficar daquele jeito pa sempre. A brisa dançando e deixando uma sensação refrescante na pele molhada deles, a grama macia. Aquele era o paraíso, seu paraíso particular, onde ele e sua Hina desfrutariam da presença e do carinho um do outro. Sabia que teria uma vida inteira para aproveitar com ela, e tal pensamento o fez vibrar por dentro, imaginando comos os próximos anos seriam maravilhosos. E ao olhar naqueles olhos perolados, teve um pequeno vislumbre de seu futuro ao lado dela. Kami, como seria feliz! Eles tinham tanto que conversar, tanto que confidenciar um ao outro. A beijou com carinho. Acariciou seu rosto, olhando aquelas pérolas magníficas, e dizendo com amor:

– Pois agora, não ficarei nem um segundo longe de você, para recuperar esse tempo perdido - e, dizendo isso, roçou seu nariz no dela, lhe dando em seguida um beijo ainda melhor que o anterior, cheio de amor e entrega - Eu te amo, minha Hina.

 











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Notas finais do capítulo

Então, pessoal, é isso. Espero que vocês tenham gostado. Escrevam suas críticas à vontade, conselhos, sugestões. Estou escrevendo outra fanfic, avisarei assim que o primeiro capítulo for postado.
A sensação de escrever a fanfic foi maravilhosa, foi mágica. Mal posso esperar pra ver o que vocês tem a dizer sobre ela.
Kissus!!!!