Kinship escrita por MikShake


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas liiindas! Mais um capítulo pra vocês :))



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Acordando após ouvir o barulho de um carro estacionando, Christinah levantou-se e constatou que já era noite. Olhando em volta, a loira notou que os equipamentos hospitalares já não se encontravam mais lá.

Com suas roupas amarrotadas e cabelo bagunçado, a garota foi em direção ao banheiro, com o intuito de recompor-se.

Arrumando seu cabelo fazendo dos dedos um pente e ajeitando as suas roupas, Christinah lavou seu rosto e logo saiu do banheiro, ela imaginava que o advogado havia chegado.

Andando ainda um pouco sonolenta – mas melhor após lavar o rosto -, observou a porta e resolveu sair, parando no corredor.

Andando por ele, viu algumas portas trancadas e uma entreaberta. Sem timidez, ela foi até lá e entrou um pouco no cômodo, tentando ver do que se tratava. Viu Bruce mexendo em um computador, e constatou que o lugar era um escritório. Ainda o observando, o moreno notou sua presença e olhou para ela, deixando de dar atenção para o que havia no computador.

- Oi. – Ela disse com a voz um pouco rouca por ter acordado há pouco tempo.

- Boa noite. – Ele respondeu, desligando o computador de forma rápida e se levantando. A loira não pode deixar de admirá-lo, discretamente, é claro.

- Eu acho que o advogado já chegou. – Ela avisou, agora tímida, algo que mesma estranhou, já que ela não tinha nada de tímida. Talvez fosse algo haver com gratidão ou algo do tipo, já que o homem a sua frente estava a ajudando como nenhuma outra pessoa havia a ajudado.

- Acho melhor descermos. Está pronta para contar tudo o que aconteceu? – Ele disse, olhando para a garota de forma compreensiva.

- Não. – Ela disse, rindo de nervoso logo em seguida. – Mas eu vou contar estando pronta ou não. – Terminou, indo em direção a porta.

Em um minuto, eles já estavam no primeiro andar, e assim puderam ver quando o advogado entrou na casa após Alfred abrir a porta.

- Boa noite Sr. Wayne – O advogado - que parecia ser apenas um pouco mais velho que Bruce – disse, cumprimentando Bruce com um aperto de mão.

Christinah agora estava um pouco afastada dos dois homens na sala, pois eles falavam de coisas que ela não entendia - algo haver com papelada, remuneração e outras palavras que ela nem havia entendido devido á distância -, tudo o que ela fazia era olhar em volta, às vezes voltando seu olhar para Bruce.

Como retribuir tudo o que ele estava fazendo? Ela não via nenhuma opção, não tinha dinheiro, e mesmo se tivesse, Bruce certamente teria muito mais do que ela teria em toda a sua vida. A loira suspirou, se aproximando de Bruce e do advogado.

- Caleb, essa é Christinah Pierce, Christinah, esse é Caleb Banner. – Bruce disse apresentando-os, Caleb estendeu sua mão para Christinah, e a mesma a aceitou, o ruivo levou a mão da loira até seus lábios e a beijou de forma cordial. – Ele é o advogado que irá cuidar do seu caso. – O moreno disse enquanto se sentava no sofá, acompanhado por Christinah e Caleb.

- Bruce me inteirou sobre a sua situação. – Caleb disse sério. – Você precisará me contar tudo o que aconteceu no dia dos assassinatos. – Continuou, a loira apenas assentiu, começando a ficar nervosa.

As lembranças daquele dia começaram a passar por sua mente, e assim ela começou a contar a sua história enquanto a revivia.

As vezes que seus pais brigavam eram muitas, e por isso Christinah não se surpreendeu ao ouvir gritos vindos da cozinha.

Sem nada para fazer e com seu iPod quebrado, ela começou a prestar atenção na conversa tentando saber sobre o que seus pais estavam brigando dessa vez.

Mas a voz masculina não era a de seu pai.

Levantando em um sobressalto, a garota sentiu seu coração se acelerar enquanto ela ia em direção ao corredor que dava na cozinha e viu seu pai sair de seu quarto também assustado.

A morena – Christinah ainda não era loira na época - olhou para seu pai como se perguntasse o que estava acontecendo, e assim que deu a impressão de que iria até a cozinha, ele a impediu.

 - Fique aqui e chame a polícia. – John disse de forma sussurrada, e assim foi até lá.

Ela obedeceu a seu pai e foi em direção ao telefone, ligando para o número de emergência.

- Alô? – A garota sussurrou assim que a ligação foi aceita,e não esperando a resposta do outro lado da linha, começou a dizer tudo o que estava acontecendo dando o endereço da casa logo em seguida.

Agora o que ela teria que fazer era esperar os policiais, mas a preocupação com os seus pais era maior, e assim ela foi andando silenciosamente pelo corredor ficando cada vez mais perto da cozinha.

- Onde ela está?! – A voz estranha perguntou, quase gritando, e a resposta que ele recebera foi o silêncio, o que deixou a garota mais desesperada ainda.

- Eu só irei perguntar mais uma vez. – A voz continuou. – Onde-ela-está? – A voz agora estava mais calma e baixa, e Christinah não sabia se isso era melhor ou pior.

Quem ele estava procurando afinal?

- Você nunca irá encostar um dedo na minha filha. – A voz de seu pai soou baixa e rouca, a morena se aproximava cada vez mais da cozinha.

- Sua filha? – O homem perguntou cínico e começou a rir, e assim que se calou ela pode ouvir o grito de seu pai, seguido pelo grito de terror de sua mãe. A garota foi em direção ao banheiro que tinha um basculante que dava para a área de serviço e tentou observar o que estava acontecendo, e assim que o fez se arrependeu amargamente.

Seu pai estava com uma faca cravada em seu peito enquanto sua mãe estava jogada no chão, próximo a ele.

Lágrimas desciam pelo rosto de Christinah enquanto o homem com roupas roxas e cabelo verde estava virado de costas para ela e de frente para sua mãe.

- Agora é melhor me dizer onde ela está antes que eu vá sozinho procurar pela casa. – O homem disse se aproximando de Suzanne, que deu um sorriso de lado.

- Então é melhor começar á fazer isso, porque nem morta eu direi onde minha filha está! – Suzanne gritou e em seguida cuspiu na cara do homem, que não disse nada enquanto se virava para começar a procurar pela casa a garota, a mesma não entendia nada, porque ele estava procurando por ela?!

A menina o encarou, percebendo sua face pintada como um palhaço e as cicatrizes em seu rosto, a mesma se abaixou, deixando de ficar visível pelo basculante.

A seguir tudo o que ela pode ouvir foi sua mãe gritando e um silêncio absoluto, Suzanne havia se jogado para cima do palhaço na tentativa de pará-lo, e assim a mesma recebeu um golpe fatal de uma das facas do palhaço.

- Que pena, tão bonita... – O homem disse parecendo pesaroso, mas em seguida riu, fazendo Christinah estremecer e mais lágrimas descerem por sua face.

A garota ouviu passos agora no corredor.

- Onde você está? – O palhaço perguntou, e Christinah sabia que ele estava falando com ela.

- Você sabe que eu vou te achar, não sabe? – Ele perguntou com uma voz debochada. – Onde você estiver... – Cantarolou, em seguida o som de sirenes começou a ser ouvido ao longe.

- Merda! – Ele continuou. – Você chamou a polícia, não foi? – Sua voz ainda estava calma, mas era possível perceber resquícios de raiva. – Saiba que será muito pior. – Ele disse ainda para o nada, sabendo que ela ouviria, a garota apenas ouvia, tentando não soluçar.

- Tudo bem então. – O palhaço disse fingindo estar conformado. – Já que você não quer vir comigo, vou deixá-la ai. Respeitar a sua decisão, sabe? – A garota percebeu que ele foi até ao final do corredor pois os passos ficaram mais longes. – Até logo...

A loira parou de contar, sabendo que aquela parte era proibida, respirando fundo, voltou a contar.

- Depois disso, eu fui até a cozinha. – Christinah disse limpando lágrimas que desciam por sua face, ela não encarava nem Bruce nem o advogado, apenas olhava para o nada. – Eu estava com a faca que matou John nas mãos porque eu a tirei de seu peito, na tentativa desesperada de fazê-lo voltar a vida. – Riu amarga, o desespero naquele dia foi o fator que fez que ela fosse condenada no final das contas. – Idiota, não? – Ela finalmente se virou para os dois homens, que a encaravam. O advogado suspirou.

- Há mais algum detalhe que você possa contar para ajudar no caso? – Ele perguntou, e assim o coração da garota se acelerou.

- N-não, é só isso. – Ela gaguejou, fazendo com que os homens se entreolhassem.

- Tem certeza? – Bruce perguntou, notando o nervosismo da garota.

- Tenho. – Ela disse, dessa vez mais firme.

- Tudo bem então. – Caleb suspirou, se levantando. – É só isso por enquanto. – Ele disse, logo se despedindo e trocando algumas palavras com Bruce antes de ir, coisa a qual Christinah não prestou nenhuma atenção.

Assim, só restaram Bruce e ela na sala, e antes que o silêncio pudesse ficar constrangedor, Alfred entrou na sala com uma bandeja.

- Presumi que a garota estivesse com fome. – Ele disse colocando a bandeja na frente de Christinah. – Espero que goste de bolo de chocolate. – O que Alfred disse fez a garota olhar para ele descrente, quem não gosta de bolo de chocolate?

Assim que o senhor saiu do cômodo, a loira atacou o bolo de chocolate de forma quase infantil, mas ao perceber que Bruce a encarava, a mesma se posicionou de forma mais...normal.

Após comer seu pedaço de bolo – antes oferecendo um pouco para Bruce, que recusou – e finalmente se recompor após seu depoimento, a garota suspirou e olhou para Bruce.

- Obrigada. – Ela disse para ele, que estava do seu lado todo esse tempo. – Sabe... Por tudo, você... Confiou em mim quando ninguém mais confiou. – Continuou, e suspirou mais uma vez em seguida. – Eu realmente não sei como te agradecer. – A garota disse envergonhada, desviando o olhar logo em seguida, não vendo que Bruce sorria.

- Que tal... – O moreno começou a falar, surpreendendo-a – Quando tudo isso se resolver, você aceitar jantar comigo? – Ele disse com um sorriso, surpreendendo ainda mais Christinah, mas mesmo assim ela não ficou calada por muito tempo.

- Fechado! – Ela disse com um sorriso no rosto que fez o sorriso de Bruce aumentar.

- Está combinado então. – Ele disse se levantando e deixando uma loira surpreendida e de repente animada para trás.

Bruce Wayne havia convidado a loira para sair, e ela ainda não acreditava nisso.


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Notas finais do capítulo

Eu realmente espero que vocês tenham gostado do capítulo, eu não sei se ficou bom ou ruim a minha interpretação do nosso Joker, então eu preciso da opinião de vocês, ok? Comentem!
(E leitoras fantasmas, apareçam! Quando vocês não comentam me deixam triste e com pouca inspiração, é sério!)
Beijos ♥



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