Histórias De Terror escrita por Isabela


Capítulo 43
Capítulo 43- Vamos brincar???


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo da fic, espero que leiam, favoritem e recomendem ou todos os monstros/fantasmas e por aí vai da fic virão atrás de todos!



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 Acordei de madrugada, talvez por sede ou eu simplesmente estava com insônia. Fui ao banheiro no escuro mesmo, desejava voltar o mais rápido possível para a cama, pois por incrível que pareça eu ainda tinha um pouco de medo do escuro. Foi naquela noite que ela começou a aparecer, eu nunca entendi o que ela queria vindo tão tarde em minha casa, mas lá estava ela: Cabelos lisos e castanhos e uma pele pálida, um sorriso solitário em seu rosto meio escondido pela franja, eu a chamava de Carol, mas não sabia seu nome verdadeiro, pois ela falava pouco, muito pouco. Ela sempre segurava um urso de pelúcia e parecia ter menos de 12 anos, havia virado minha amiga por um tempo. Toda noite eu acordava e a encontrava sentada no corredor agarrada na pelúcia e mesmo sem falar muito sempre fazia a mesma pergunta: “ Vamos brincar?!” Eu respondia que sim com a cabeça e passava a noite no corredor. Você deve estar se imaginando o porquê de eu ter aceitado tão facilmente a proposta de brincar com ela; eu era uma criança na época e portanto eu achava que ela era alguém “de verdade” e hoje sei que ela não me deixaria fugir tão facilmente.

 Em um dia as coisas começaram a sair de controle, eu iria me mudar. Pensei que finalmente poderia me livrar da garota, não aguentava mais acordar de madrugada para vê-la, minhas notas haviam caído drasticamente e eu vivia cheia de olheiras, meus pais estranharam e decidiram fazer uma mudança para São Paulo, e Carol? Faziam 2 dias que não a via e o fato de eu saber que ela me esperava me dava cada vez mais arrepio. Cansada eu apaguei na cama, porém pensamentos ruins vieram a minha cabeça: E se ela viesse atrás de mim? E se pudesse me ouvir?

 Fui acordado por algo me cutucando, virei-me da cama, mas nada. A situação só piorou quando eu vi um urso de pelúcia rasgado no chão em fatias. “Droga!” Pensei, eu teria de sair daquela casa o mais breve possível, pois minha “amiga” de infância não devia estar contente. Decidi correr na rua para aliviar o estresse, corria muito e logo já ficava suada, parei um pouco para descansar perto de uma casa qualquer, sentei no chão e comecei a olhar o céu: Bonito, azul. Era tudo o que eu precisava para acalmar e esquecer-se de meus problemas. Olhei para a casa ao lado, bonita até, tinha também uma árvore grande toda florida que destacava ainda mais sua beleza, só fui parar de apreciar a casa ao ver algo refletido na janela dela. Não devia ter olhado. Não devia. Olhei. Carol estava refletida lá ou talvez até dentro da casa, ela sorria de maneira pouco amistosa para mim e dava para ver que segurava um urso sem cabeça. Foi aí que corri, muito mais do que antes, escutava vozes na minha cabeça dizendo: “Não corra de mim” “Venho te buscar de manhã”. Gritei alto e entrei correndo em casa.

Não tinha ninguém, tudo vazio

“Pai? Mãe?” Perguntei procurando todos

Nada nem ninguém. Eles já deveriam ter voltado do trabalho a horas.

Escutei uma batida na parede do quarto dos meus pais, não queria entrar, mas sum impulso me dez abrir a porta com certa rapidez. Um corpo batendo fortemente na parede me fez soltar um grito agudo, era meu pai e estava enforcado, muito sangue pelo chão e parecia que ele havia sido mutilado. Fui para o corredor, mas não sentia mais tanto medo e sim raiva, muita raiva. Berrei por Carol com raiva.

“ CADÊ VOCÊ?!! EU VOU ACABAR COM VOCÊ!!”

Não pode segurar as lágrimas, mas ainda sentia grande raiva dentro de si e Carol apareceu, mais pálida do que nunca, mas estava mais assustadora, seus pés estava tortos para trás, seus olhos agora eram como buracos de tão negros, não era mais uma pequena garota, apesar de eu desde o início saber que ela era uma fantasma não imaginaria que ela parecesse tão assustadora, fomos amigas, mas ela havia mudado. Ciúmes? Quem sabe, eu havia dito que iria embora e nunca mais voltaria, agora ela veio atrás de mim. Ela estava com uma aparência mais velha como se tivesse crescido e não segurava mais um urso e sim uma cabeça feminina, minha mãe.

 Tentei ataca-la de qualquer jeito, mas senti algo entrando dentro de mim, algo pontudo e que me fazia cuspir sangue, quando ela tinha pego aquela faca? Ela abriu um sorriso asqueroso e ainda disse: “ Boa noite, vamos brincar?”, mas dessa vez eu sabia que não iríamos brincar com nenhum urso e sim com a faca que ela usou para me esfaquear até a morte. Agora sou obrigada a vagar com ela para todo o lugar e não tenho paz. Bem que dizem para escolhermos bem nossas amizades, tome cuidado com as suas.


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Notas finais do capítulo

Bom e é só, obrigada aqueles que leram, comentaram e aos invisíveis também.
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Bjs