Histórias De Terror escrita por Isabela


Capítulo 37
Capítulo 37- Quarto assombrado


Notas iniciais do capítulo

Baseado em um filme que esqueci o nome, mas a história ainda é minha, aproveitem! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/276864/chapter/37

Faziam 2 meses que Paulo estava preso naquele quarto; tudo começara quando ele decidira fazer uma viagem para Buenos Aires; escolhera cuidadosamente  seu hotel e seu quarto, porém não teve muita sorte ao pegar o quarto 13.

O quarto era de estatura média, bem decorado e no estilo rústico; possuía um belo tapete de peles no chão, uma cama de casal de aparência bem confortável, uma pequena TV, um banheiro, uma pequena mesa e um frízer com várias coisas dentro; tudo era impecável e o quarto tinha um cheiro bom, dava-se para sentir o conforto daquele quarto de longe; a paixão de Paulo foi certa, logo pegou o quarto 13. Cansado da viagem, deitou-se e cochilou por algum tempo, acordou e foi jantar fora; voltou e sem sono foi ver um pouco de televisão. Tudo certo, notícias interessantes e o grande conforto da cama, mas após certo tempo a TV começou a chiar e ficar dando interferência; logo não se via mais nada e o barulho do chiado era perturbador; antes de Paulo desligar a TV, teve a impressão de escutar alguém falando algo bem baixinho, porém ignorou e pôs-se a dormir tranquilamente.

2:30 da manhã~

Um clima bom, uma noite agradável e nem um ruído; Paulo deveria estar dormindo em perfeita paz, mas não fechara os olhos desde seu pesadelo: “Estava no mesmo quarto, mas parecia muito diferente; suas paredes eram feitas de sangue, gritos vinham do banheiro, a TV continuava com seus ruídos e os quadros pareciam ter vida então alguém vestido de preto aparece com um machado e vai acertar Paulo e ele acorda”. O pesadelo deixou-o um tanto perturbado, mas logo o cansaço venceu e ele voltou a dormir por alguns minutos antes de acordar de novo, desta vez com batidas na porta; alguém batia sem parar na porta de seu quarto, irritado e com sono Paulo abre a porta e toma um susto ao ver que não tem ninguém; indo voltar para o quarto ele vê sangue no chão, sangue pingando e então percebe que o sangue vem de seu nariz que por algum motivo sangra sem parar. Ele corre para o banheiro e lava-se, volta para o centro do quarto e percebe que nada de anormal ocorre. “ Devo estar ficando louco” pensa e deita na cama tentando esquecer de tudo.

4:00 da manhã~

O mesmo sonho, a mesma pessoa de preto, o mesmo machado; Paulo, suando frio, liga a televisão e põe em um canal aleatório, finalmente algo para se distrair; o filme que estava passando mostrava uma menina loira de olhos claros brigando com a sua mãe em relação ao boletim:

- Filha, você tem que estudar!

- Eu não quero mãe!! Tem muitas coisas melhores para fazer nessa vida!

- Mas é um grande problema você ter essas notas tão horríveis!!

E a partir dessa parte do filme as coisas começam a ficar estranhas.

- Tem coisas muito piores mãe!! Deixe-me sair e curtir a vida!

- Coisas piores? Não vejo nada!

- Como por exemplo- olha em direção a Paulo o causando arrepios- estar em um lugar assombrado sem poder sair!

Aquilo gelou a alma de Paulo, por 3 motivos: A garotinha do filme olhou diretamente para ele; Seus olhos de azuis foram para vermelho e a garota do filme apontou diretamente para ele, após isso a televisão desligou sozinha. Havia algo muito errado naquele lugar e Paulo não ficaria para descobrir; Rapidamente saiu de seu quarto rindo “ Ahaha que coisa idiota, eu consigo sim sair do quarto!!!”, mas era o que ele pensava; ao chegar na metade do corredor, viu um vulto negro que andava no inicio lentamente e depois começara a se aproximar rápido. Parecia a pessoa vestida de preto do sonho de Paulo. A figura se aproximava cada vez mais e podia-se ver que tinha olhos amarelos e cuspia sangue negro; O jovem não conseguia se mexer de tanto medo e logo percebeu que o melhor seria se trancar no quarto, e foi o que fez. Batidas e batidas foram escutadas na porta, agora ele estava preso no quarto por tempo indeterminado, sentou-se em uma cadeira e tentou digitar rapidamente em seu celular um número qualquer para pedir socorro.

- Alô!! Alguém??!!

Gritava, mas nenhum de seus contatos atendia.

- ALÔ?? POR FAVOR!! SOCORROOO!!!!!

E alguém finalmente atender, foi o que ele pensou.

- Alô??

-...

- TEM ALGUÉM AÍ?? SOCORRO, AJUDAA!!!!! EU TO PRESO!!!

A voz que responder em seguida era rouca, feminina e grossa.

- Você não vai conseguir escapar...

- Alô? Quem é que tá falando?! Socorro, me ajuda!

- Sua alma e sofrimento são meus, você não sairá daí nunca!

E desligou deixando Paulo tremendo mais ainda.

Ele passou a noite toda sem dorimir.

Manhã~

Não se sabia ao certo quantas horas haviam passado, mas apenas que era de manhã e o jovem não dormira nada, tentou abrir a porta, mas estava trancada por fora; agora estava preso de verdade naquele quarto agora sem energia nenhuma. Com fome, abriu o frízer e se deparou com besouros e baratas dentro e mais nada de comida; cansado, com fome e assustado ficou caído no chão sem reação até que mais coisas estranhas começaram a acontecer. Os quadros agiam estranho, de um deles escorria sangue, os outros balançavam sem parar causando grandes ruídos até que todos de uma vez só caíram no chão fazendo grande barulho; mais assustado ainda, começou a gritar por socorro e estranhamente a porta do quarto se abriu.

Nada nem ninguém entraram e Paulo ficou encarando a porta por alguns segundos e correu, correu o máximo que pode até o elevador do hotel, tentou não reparar no sangue do chão dos corredores ou do barulho de alguém o perseguindo, simplesmente correu para o elevador.

Respirava bem mais tranquilamente, apertou no botão do térreo e esperando descer fechou os olhos, ao abri-los reparou que o elevador subia de novo, apavorado apertava e apertava o botão para descer, mas o elevador continuava subindo e as luzes começaram a falhar e piscar.

- SOCORRO!!!

Em pequenos flashs de luz pôde-se ver alguém com uma capa negra refletido no espelho do elevador. Paulo continuava tentando descer e depois de um bom tempo gritando, o elevador começou a descer e a luz reacendeu. Ele desceu até o térreo, dava para ver o medo em sua face não mais jovem e rosada e sim pálida e com olheiras, pensara que tudo havia acabado, porém não se livra do quarto 13 assim tão fácil. Ao abrir o elevador, uma imensidão de pessoas entrou nele, empurrando Paulo para o espelho.

- Hei! Deixe-me sair!!

Não adiantou gritar, parecia que aquelas pessoas não o escutavam, ele estava preso e não conseguia sair do elevador que começou a subir novamente; ele gritava e se pendurava nas pessoas, mas parecia que ele era invisível; após algum tempo cada pessoa foi para o seu andar e o sexto era o último, onde estava o quarto 13.

O jovem apertou no botão de térreo, mas antes que o elevador pudesse descer, garras apareceram tentando abrir a porta do elevador, garras afiadas e cheias de sangue. O garoto não aguentou e caiu desmaiado no chão. Certo tempo se passou e ele acordou de volta no quarto, haveria de ser um pesadelo? Paulo foi testar essa hipótese e tentou abrir a porta do quarto. Não, ele não estava livre, continuava trancado em seu inferno. Passou-se muito tempo, mas muito tempo.

Ele continua lá e tem o mesmo sonho todo dia, dizem que um dia a tal mulher de preto e machado vem busca-lo e que tudo aquilo é para prepara-lo para o verdadeiro inferno. Talvez ele continue lá para sempre ou talvez seja salvo, mas é certo que você não vai querer conhecer esse quarto. Ou será que vai?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews para a nova temporada?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Histórias De Terror" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.