Casa das estátuas

- Mamãe, para onde estamos indo?

- Vamos ao museu filhinha, e já estamos chegando. Dizem que ele é muito bonito. Um museu de estátuas

Mãe e filha felizes por ir visitar um dos museus mais famosos da Espanha adentram em um inimaginável mundo de terror e mistério. Uma simples casa de estátuas guarda um segredo macabro, tão macabro a ponto de poucas pessoas voltarem vivas de lá.

Annie, a filha entra girando a grande maçaneta dourada da casa de dois andares, do museu belo e misterioso. Sua mãe Kath entra após e olha admirada para as belas escadas da casa, mas ao olhar bem ela tem uma horrenda visão: Ela vê pessoas caindo das escadas cheias de sangue, tentando abrir a porta da saída, porém não conseguiam, pois algo as puxavam, alguém. E elas berravam enquanto certa pessoa ria.

- Nãoooo!!!

- O que foi mãe??

-Ah, eu acho que tive um pesadelo acordada. Não foi nada, vamos?

- Ir embora? Mas acabamos de chegar!!

- Eu não gostei daqui, vamos Lolita!

- Já mandei não me chamar por esse nome!!

Então Annie saiu correndo pelas escadas deixando a mãe sozinha

- Annie!! Volta aqui!!

Annie passeava pelos corredores olhando a quantidade de estátuas, adultos, mulheres até que parou enfrente a uma de uma jovem garota ruiva de cabelos cacheados, pele avermelhada e rosto sério. Annie sentiu uma forte dor no peito ao se aproximar da bela garota de aproximadamente 8 anos. Sentia tristeza nas estátuas e muita mais muita solidão. Enquanto isso a mãe procurava ela apavorada, não gostava mais da casa; a casa parecia rir dela. Então deu de cara com a estátua de um homem; a derrubou e caiu em cima; ao se levantar viu que estava cheia de sangue: Da estátua havia jorrado sangue e tripas. “ O quê é isso?! Annie!!!”.

- Mamãe?

Annie voltava pelos corredores até que escutou um barulho em um dos quartos da casa. Sim, aquilo era uma casa meio palácio onde existiam várias estátuas. Ela se aproximou e deu de cara com a garota ruiva ajoelhada no chão em frente a dois adultos: Uma mulher ruiva e um homem de cabelos castanhos, os dois jovens adultos. “ Mamãe, papai...” Dizia a garotinha enquanto abraçava as estátuas.

- Quem é você?

- Nos ajude

- Añ?

- NOS AJUDE!! POR FAVOR NOS AJUDE!!!

A garotinha havia sumido, evaporado como uma alma penada

- O quê está havendo? Mamãe!!!

- Filha!! Te achei!!

- A garotinha da estátua!!! Ela precisa de nossa ajuda!!

- Como é?! Vamos embora!! Essas estátuas não são normais!!!

- Não são estátuas... – Disse uma voz ao longe

- Quem está aí?!!

- São humanos, minhas belas decorações humanas – Disse um homem com uma máscara deformada

- Quem é você??

- O deus da morte...

- Vamos filha! Esse cara é maluco!!

“ Nos ajude...” Diziam vozes de adultos e crianças

- Cala a boca! – Disse o homem empurrando uma estátua, essa estátua era da menina ruiva

- Não!!! O que você fez!!! Louise!!!

- Como você sabe o nome dela?!

- Louise!!!!

Então a pequena ruiva apareceu, mas ela estava bem diferente: Seus olhos estavam roxos, sua pele pálida, usava um vestido cinza entrelaçado em seu frágil corpo e possuía asas negras.

- Louise nos ajude!! – Gritou Annie

“ Agora eu sou o anjo da morte” Disse Louise enfiando uma faca no peito do homem

“ Fujam, agora posso partir em paz...”

- Obrigada!! – Disse a mãe enquanto levava Annie no colo em direção a porta

- Ainda não acabou – Disse o homem apunhalando pelas costas a mãe

Elas duas foram caindo pelas escadas, como a visão da mãe mostrara as vítimas. Caindo e caindo elas foram. Até chegarem ao chão. Ainda pôde-se ouvir os últimos suspiros delas e Louise pedindo desculpas e partindo levando as almas das duas. “ Mais vítimas para mim” Dizia o homem as puxando pelo cabelo para uma sala confinada.

Novas pessoas entram na casa e se deparam com duas novas estátuas: Uma garota de cabelos negros junto com sua mãe. Essas serão as próximas vítimas do assassino que transforma as pessoas em estátuas. E a anjo Louise para sempre será obrigada a servir como um anjo da morte levando as almas das pobres pessoas da casa ou quem sabe tentando ajudar a próxima vítima a escapar, quem sabe...