Finalmente chegamos a praia, eu estava morta de cansaço, precisava descançar. A dor de cabeça ainda não me deixara em paz.

–Eu fico com a primeira vigia - Johanna se prontefica.- podem dormir.

–Fico com voce, estamos em maior numero agora, melhor que dois vigiem.- Peeta diz tambem fala.- não estou cansado.

–Tudo bem.- ela concorda.

O resto de nos vai dormir, eu tambem, mesmo querendo que Peeta fique comigo. Mas ele vem ate mim quando me deito no canto.

–Boa noite Amor.- ele diz e beija meu rosto

–Voces dois não se separam nunca mesmo?- Johanna diz sarcastica.

–Johanna…- Finnick a repende, enquanto deita na areia tambem.

–Que foi? Só acho que é irritante.- ela se defende, mas nunca perdendo o tom de deboche.

Eu e Peeta a ignoramos, nos convivemos com Haymitch e sua grosseria e ironia por muito tempo, é facil ignorar o comentario sarstico de Johanna.

A diferença, é que sabiamos que podiamos confiar em Haymitch, já Johanna deixou bem claro que não gosta da gente, desde o momento que a vi, ela me pareceu o tipo de pessoa a qual eu não posso confiar.

E agora, Johanna faz parte de uma alinça comigo. Ela está montando guarda em quanto eu durmo, seria muito facil para ela cortar a minha garganta e a de Peeta em quanto dormimos.

Mas Finnick confia nela, então acho que tambem devo confiar. E de alguma forma confio em Finnick, mas tambem não posso me esquecer que uma hora ou outra essa alinça devera ser desfeita, que nos somos de fato inimigos, só poderá haver um vencedor.

Começo a ficar preucupada em meio de meus pensamentos, então decido dormir.

Tenho realmente uma boa noite, não tenho sonhos, porem tambem não tenho pesadelos, provavelmente isso se deve ao fato de que eu já estou vivendo um pesadelo.

Mas mesmo assim não consigo dormir por muito tempo, acordo e vejo que Peeta e Johanna ainda vigiam.

–Kat?- Peeta diz ao me ver acordada.- O que foi?

–Perdi o sono. Eu fico de vigia, se alguem dos dois quiser dormir.- falo, mesmo não gostando muito da ideia de ficar sozinha com Johanna.

–Eu vou dormir.- Johanna fala e vai se deitar em um canto.

–E ficamos nos.- Peeta diz quando ve Johanna cair no sono.

–Alguma novidade por aqui?

–Um canhao.- ele fala.

Eu e Peeta nos sentamos de frente para o mar, mas sempre atenos a floresta, ficamos assim por cerca de 3 horas.

–Peeta, veja.- digo apontando para o ceu, onde ja começa a passar os rostos dos mortos.

O primeiro rosto a aparecer já era esperado, Blight, distrito 7, companheiro de Johanna que ela disse ter batido no campo de força. Então vemos mais um rosto, o homem do 10, era dele que Peeta se referia quando mencionará o canhao.

Ficamos em silencio por um tempo até que Peeta o quebra.

–Amor, pode passar a garrafa d’agua?

Eu a pego e estendo a ele, porem está vazia.

–Eu vou pegar mais. -ele diz- a cavilha está com voce?- eu aceno com a cabeça e lhe entrego o objeto.

–Não quer que eu vá junto?

–Não, é perigoso, e voce tem que continuar a vigia. Eu volto logo.- ele diz e logo some pela floresta escura.

“Calma Katniss, Peeta sabe se cuidar, ele está com a espada e as facas. Além do mais não vai se distanciar muito, só vai pegar agua.” Uma voz em minha cabeça repete.

Felizmete meu subconciente estava certo. Peeta logo volta com a garafa cheia em uma das mãos, a cavilha no cinto e um sorriso no rosto, mas permanece com a outra mão atraz das costas.

–Katniss.- ele diz se sentando novamente, dessa vez na minha frente. – amor, veja o que encontrei na floresta.- ele diz com sorriso lindo no rosto, ele tira a outra mão de traz de seu corpo, então eu posso ver uma linda flor cor-de-rosa. Mas não era uma flor qualquer.

–Uma dália…- digo, uma linda dalia, o nome o qual nossa filha será batisada caso seja uma menina.- Peeta, ela é linda.

–Achei na floresta.- ele diz.- para voce.

Ele coloca a bela dália atraz de minha orelha.

–Voces vão sair daqui.- ele diz afastando uma mecha que caia sobre meus olhos e a colocando atraz da orelha.- eu prometo.

Ele da um sorriso triste e eu tenho um enorme nó na garganta, luto contra as lagrimas que marejam meus olhos, tentando convence-las a não cair. Não quero demostrar fraquesa, não posso chorar.

–Peeta…- eu não sei o que diser, não sei o que fazer. Mas Peeta sabe, ele me olha com seus lindo olhas azuis, tambem marejados, ele beija minha barriga, e logo depois me beija.

–Eu te amo.- ele diz entre o beijo.

–Eu te amo tambem.- digo.

Voltamos a nos beijar, Peeta me abraça pela cintura e eu tenho os braços pelo seu pescoço.

O beijo era urgente e triste ao mesmo tempo, mas então Peeta interrompe o beijo, antes que acabassemos dando um show para a Capital.

–Vem cá - ele diz com a voz triste, eu deito em seu peito, escondendo meus rosto, ele passa os dedos sobre meu cabelo, me confortando em seus braços.

Bum!

O barulho de mais um canhão tira nossa tranquilidade, eu estremeço com o som, e Peeta me aperta mais junto dele.

Mas nos não somos os unicos despertados pelo canhão, Finnick acorda nesse momento, como se tivesse acabado de ter um pesadelo, ele passa a mão pelo rosto e cabelos.

–Não vou mais conseguir dormir, um de voces podem ir dormir que…- ele para no meio da frase, provavelmente ao ver da forma que estamos abraçados.- ou eu posso vigiar sozinho.

–É muito perigoso, eu fico com voce- Peeta diz.

–Não Peeta, voce ficou acordado a noite inteira. Eu fico com Finnick.- Peeta parece relutar a ideia, e Finnick olha de um para o outro.- Eu fico.

Digo decidida.

–Tudo bem, eu vou.- ele diz, beija o topo de minha cabeça e vai dormir mesmo contra vontade.

Finnick se senta proximo a mim, de frente ao mar, e o observa. Então me lembro que Finnick é do distrito 4, pesca, esta familiarisado com o mar desde pequeno. Provevelmente o mar deve lhe trazer boas lembranças.

Percebo que ainda tenho a Dália atrás da orelha, eu a pego e giro o cabo da flor entre os dedos, e observando a coloração rosada.

Então volto minha atenção ao mar, não exatamente para o mar, mas para a linha do horizonte, onde o sol está ameçando nascer, a manhã já está clareando. Não deve passar de 5 da manha.

A quanto tempo estamos aqui? Haviam se passado um dia e duas noites, “nao deve passar de 5 da manhã…” mais uma manhã.

Parece que estamos nesse infereno a dias…

Passamos pelos insetos, areia movedissa, sede… tanta coisa, e pareceu que se passaram tanto tempo. Será?

Tento relembrar, lembro- me do raio que atingio a arvore, que mesmo de bem longe, dava-se para notar, “não deve passar de maia noite” eu disse a mim mesma na quele momento…

Passamos a noite lá depois pela manha no outro dia voltamos a andar, e encontramos os insetos, na quela hora deviam ser 1o horas da manha…

Depois saimos de lá e fomos para outra area, onde passamos o resto do dia, e depois a noite saimos e encontramos Johanna, Beetee e Wiress presos na areia movedissa, e isso , eram mais ou menos 8 da manha.

Repasso isso na cabeça, espera, tem algo errado. E não tem nada a ver com o tempo que passamos na arena, e sim…. Com os horarios.

No começo dos jogos quando achamos o campo de força, ele estava sempre ao mesmo lado…. Um circulo.

Largo a Dália e com o dedo fasso dezenhos na areia.

A areia as 8 da noite, os insetos as 10 da manha, o raio a meia noite...

Observo meu desenho, eu… eu tinha feito um relogio.

–Ah meu Deus.- digo, tudo fazia mais sentido, me coloco em pé em um pulo.

–Que foi?- Finnick diz se levantando tambem.

–Um relogio… Finnick, isso aqui é um relogio.- consigo até ver os ponterios batendo. Mas Finnick parece confuso, como se eu tivesse enlouquecido.

–Katniss…

–Finnick, veja só.- eu lhe mostro meu desenho na areia e explico.

–Meu deus.- ele diz.

–Cada hora do dia com uma nova surpresa.

–Mas e as 9 horas? Nos passamos por la.

–Apos os insetos, nos nos afastamos da area das 10 certo? - ele concorda.- fomos para as 9, mas depois das 10 horas, bate as 11, e nos estavamos seguros na 9.- ele parece compreender.- depois nos voltamos a andar, paramos ao achar Johanna, Wiress e Beetee na parte das 8, onde o relogio bateu 8 da noite e a areia surgio do nada.

–E agora são mais ou menos 5 da manha, e nos estamos na fatia das 7.

–Isso, porque nos afastamos da areia, e em duas horas, o relogio vai bater aqui e liberar mais uma “surpresa”.

–Temos que avisar os outros.- ele diz e eu já estou sacudindo Peeta, Maggs e Wiress, enquando Finnick acorda Johanna e Beetee.

–O que aconteceu?- Peeta pergunta confuso.

Eu e Finnick tentamos explicar do melhor jeito que conseguimos, mas é tudo muito confuso.

–Voces tem razão. Como não notei antes…- Beetee se lamenta.

–Temos que nos afastar. Antes que bata as 7 e…- Johanna não me deixa terminar.

–Espera um pouco! Tudo isso é so uma tese.- ela fala.- tudo está muito confuso.

–Johanna, se voce fosse um Gamemaker, faria algo facil de se entender?- digo perdendo a paciencia.

–Está disendo que não sou esperta o suficiente pra entender?- ela diz com raiva tambem, se não fosse pela aliança, sei que ambas já estariam rolando no chão, uma tentando cortar o pescoso da outra ou estrangular.

–Temos problemas maiores por aqui!- Peeta diz.- o melhor é nos afastamos mais um pouco da região, assim não corremos riscos.

–Isso, e continuar andando sempre na direçao inversa do relogio.- Finnick completa.

Então nos seguimos caminho, devolta pra a fatia das 8, onde antes era a areia movediça, e com o relogio batedo na fatia das 5. Johanna continua a reclamar, mas vai mesmo assim. Nos andamos contornando a praia.

Andamos por um certo tempo, até nos distanciarmos o bastante.

–Já ta bom né?- Johanna reclama.- já estamos andando a quase 1 hora e meia.

–Tudo bem vamos montar acampamento aqui.- Finnnick diz.

–Não vi nenhum animal por perto para a caça.- digo.

–Eu tambem não.

–Eu posso pescar.- maggs oferece.

–Mas nos não temos nada para servir de anzol- johanna diz

–Nos podemos ir até a cornucopia.- sugiro aposntando para a mesma de se encontra bem de frente para nos, separandos apenas pelo mar.

–Está vazia?

–Não notei nenhuma movimentação pelo trajeto.

–Eu irei junto.- Johanna diz.- não suporto ficar desarmada, aproveito e procuro por algo util.

–Maggs terá que ir tambem.

–Tudo bem.

–Vou tambem, quero ver acho mais flechas.- digo.

–Então eu vou junto.- Peeta se prontifica.

–Eu ficarei aqui.- Finnick fala.- Beetee e Wiress estão desarmados.

–Traremos algumas facas para eles tambem- digo.

Nos pegamos nossas armas, e Johanna pula na água levando Maggs, que aparentemente é mais leve que eu imaginava, por que mesmo que Johanna seja uma otima nadadora, leva maggs normalmente.

–Quer que eu te leve?- Peeta oferece. Eu até sei nadar, na verdade, mas sou lenta, por só nadar no lago da floresta.

–Claro.- digo, e me seguro em Peeta em quanto ele da longas braçadas até a ilha da Cornucopia.

–Está vazia?- pergunto assim que chagamos.

–Está, podem vir.- Johanna diz, já dentro da cornucopia revirando as armas.

Ela revira algumas lanças, facas, espadas, maças…. Coisas de metal as quais eu mal sei o nome, mas nenhuma delas parece lhe agradar.

–Achei.- ela diz quando levanta um machado, aparentemente muito pesado, mas mãos com uma enorme facilidade.

Eu procuro por mais flechas, e acho mais algumas. Peeta pega umas facas com aparencia cruel que servirá como arma para Beetee e Wiress. E Maggs pega alguns arames e pedaços de ferro que serão uteis para fazer anzois.

–Será que a cornucopia é afetada pelo relogio?- Peeta pergunta.- quero diser, ela fica bem no meio da arena.

–Não sei, provavelmente não fica denro de nenhuma fatia do relogio- digo, realmente não tinha pensado nisso.

–Isso se existir um relogio.- Johanna contesta.

–Mas é isso que tudo indica, Johanna.- Peeta fala com calma.

–Ah, quer saber? Voces dois são um saco.- ela diz.- vou esperar voces tres lá fora.

Ela diz e sai da cornucopia pisando forte. Eu ignoro e vou mecher em uma pilha armas.

–Katniss!- ouço Peeta gritar apos um tempo, e ve viro para ele e apenas consigo o ver desviando de uma faca e se armando com a espada, mas Maggs não tem tanta sorte, uma lança vem em sua direção e a acerta no estomago.

Bum!