O Começo De Uma Era escrita por Undertaker, Moça aleatoria


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Esse é o ultimo capitulo antes da colheita. postarei o outro na quinta ou sexta.



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Nossas duas semanas de treinamento estão acabando, hoje é o último dia antes da colheita, e nos iremos para casa de Haymitch para “revisar” tudo que aprendemos.

Peeta e eu já somos capazes de acender uma fogueira sem usar fósforos, fazer e desfazer ate os nos mais complicados com os olhos fechados, Peeta atira facas com muita habilidade, embora sua capacidade com o arco ainda seja muito duvidosa, ele tem sido capaz de acertar algumas flechas em certas partes do alvo, porém passando bem longe do ponto central, isso deve ser uma tipo de melhora.

Eu também estou bem melhor com as facas, ele tem melhorado muito em plantas comestíveis, acho que dessa vez, não corremos o risco de morrer envenenados, pelo menos é o que eu acho.

Aprendemos também a fazer boas armadilhas com Gale, muitas delas, podem ser usadas tanto para animais, quanto pessoas. Gale tem sido muito prestativo conosco, e felizmente, não voltou a tentar me beijar ou nada do tipo. Acho até estranho ver Peeta e Gale conversando, eles estão se entendendo bem, embora não falem um com o outro mais do que o necessário.

Vejo que Haymitch e Gale estão ficando bem preocupados comigo, já que tenho vomitado bastante. Haymitch acha que só ansiedade, embora eu ache que Gale esta começando a suspeitar de algo, afinal ele sempre foi o meu melhor amigo, sempre esteve comigo, conhece todos os meus limites e fraquezas, sei que não será fácil enganá-lo.

Vamos até a casa de Haymitch, como sempre, de mãos dadas. Chegamos lá e eu bato na porta, depois de tanto Haymitch me perturbar com minha falta de educação tenho começado a bater.

Ninguém responde.

–Haymitch! -Peeta grita. –Haymitch somos nós, abre essa porta.- nenhuma resposta.

–Abre logo essa porta Haymitch! –digo sem paciência. –Ou teremos que arrombar? -então ouvimos um barulho, barulho de vidro quebrando de alguém caindo. Então percebemos que a porta esta destrancada.

Entramos e vemos Haymitch completamente bêbado no chão, provavelmente deve ter caído quando tentava se levantar para atender a porta.

–Haymitch! –Peeta diz vendo seu estado e as garrafas vazias a sua volta.  –Que droga! Pensei que eu tivesse me livrado de todas as garrafas!

–Eu tenho vários modos de conseguir bebida, Padeiro .-Haymitch fala enrolado. –Ou você realmente achou que vocês dois eram mais espertos que eu? -ele diz se levantando e chegando mais perto de mim. -Mas é claro que não são, não é mesmo docinho? –ele esta muito próximo, de modo que consigo sentir o seu hálito de bebida, isso me deixa enjoada. Então dou uns passos para traz e cubro o nariz tentando não vomitar.

–Que nojo Haymitch! –digo.

–Enjoada, de novo querida? -ele zomba.-Se continuar assim na arena, é morte certa. Tome cuidado Padeiro, ou pode acabar ficando viúvo no banho de sangue. -ele começa a rir, e eu fico mais enjoada e tonta. Peeta segura meu braço, me mantendo em pé.

–Pensei que pelo menos agora você tinha adquirido um pouquinho de responsabilidade, e bom senso. –ele diz um tom grosseiro, e se vira para mim mudando seu tom pra o doce e preocupado. –Você esta bem? –aceno com a cabeça. –Tente apenas estar sóbrio para a colheita, não seremos nos que iremos nos certificar que você esta bem.-nos saímos da casa deixando Haymitch na sala, eu e Peeta sempre ajudávamos Haymitch quando ele passava mal devido a bebida, mas se isso me afetava, Peeta não tinha paciência.

–Está melhor Katniss? –ele diz, ainda sem soltar o meu braço, se ele me soltasse, era capaz de eu cair de cara no chão.

–Estou melhorando, era só o cheiro da bebida mesmo.

–Você ainda parece estar tonta. – ele fala –Tem certeza que esta bem?

–Tenho, o enjoou passou, só estou meio tonta mesmo. -vejo que ele esta triste. -O que foi?

–Nada, é que eu estou com medo Katniss. -ele diz. –Estou com medo de não conseguir proteger você na arena.

–Peeta, nos dois treinamos muito, você sabe- digo –Não ha mais nada que possamos fazer a não ser tentar vencer.

–Tentar não Katniss, você e nosso filho vão vencer! –ele diz.

–Fala baixo Peeta. –digo olhando em volta.

–Desculpe. Me sinto culpado por esconder isso da nossa família.

–Esconder sobre o bebê?

–Não só sobre o bebê, sobre o nosso casamento também.

–Eu também, mas não ha nada que possamos fazer.-digo e toco minha barriga. -Já estou melhor Peeta. –digo e ele me solta.

–Que bom. -ele diz e sorri, em seguida frase a sobrancelha. –Katniss, será que você já tem alguma barriga?

–Acho que não, não tenho nem 2 meses e meio. -digo –Acho que ela só cresce a partir do terceiro mês. –digo e suspiro.

–É verdade. Menos um motivo para suspeitarem.-ele diz e da um sorrisinho. –Não sei como ainda ninguém descobriu.

–Eu também não. –penso um pouco. –Peeta, acho que o Gale já sabe.

–Sério? Porque você diz isso? –ele fala preocupado.-Você contou para ele?

–Claro que não contei Peeta, mas ele caçou comigo por anos e me conhece bem, ele pode não saber o que exatamente esta acontecendo, mas ele sabe que estamos escondendo algo.

–Ele te disse alguma coisa?- eu nego com a cabeça.

–Mas eu também o conheço muito bem. –digo e ele concorda, noto que esta triste. –Mas também te conheço muito bem Peeta, no que esta pensando?

–Eu? Em nada. –ele diz e desvia o olhar. Então vejo do que se trata.

–Meu Deus, Peeta Mellark, você esta com ciúmes? –digo rindo.

–É claro que não. –ele diz e começa a rir também. –Katniss Everdeen... ou melhor, Katniss Mellark, você é uma figura, sabia?

–Eu sabia sim, e eu adorei o Mellark.

–Eu também adorei. –ele ainda ri, como eu. –E eu não estou com ciúmes. –eu levanto as sobrancelhas. –Tudo bem, eu admito, só um pouquinho, feliz criatura? –ele diz e eu rio.

–Muito feliz, mas você sabe que não tem motivos pra ciúme, não é?

–Eu sei Kat, mas de um jeito ou de outro ele ainda te beijou. -ele diz.

–Mas a única pessoa que eu quero beijar é você. E que isso fique bem claro. –ele me da um sorriso.

–Perfeito. –ele me encosta contra a parede da casa de Haymitch e da um beijo.

Ele tenta se afastar, mas eu não deixo, lhe puxo pela nuca e volto a beijá-lo, Afinal, se nosso plano funcionar, nunca mais terei a chance de beijá-lo.

Nosso beijo fica mais profundo, Peeta ainda me segura pela cintura, e eu tenho meus braços em sua nuca o puxando ainda mas próximo de mim, como se isso fosse possível, e minhas costas ainda estão apoiadas contra a parede.

–Nossa! Que droga gente! De novo? Sério mesmo?- Simila diz, agora ele esta parado em nossa frente, Peeta se separa de mim rapidamente e eu continuo contra a parede, tentando recuperar o fôlego, assim como ele.

–Que droga digo eu! -Peeta reclama. –Será que nunca conseguiremos terminar um beijo sem que você apareça? -Peeta diz irritado e Simila ri.

–Quer saber, é melhor que vocês se beijem mesmo por aqui, assim não correm o risco de darem um show na TV. -Simila diz ainda rindo, não sei como mesmo na pior da situações, na véspera da colheita, esse garoto ainda consegue manter o senso de humor. Será que ele não cansa?

–Afinal, o que você quer? –Peeta pergunta.

–Só vim trazer o almoço pra vocês. –ele diz entregando a Peeta uma cesta cheia de comida. -Mas antes que pudesse apertar a campainha, dou de cara com o vocês se agarrando por ai. De novo. -ele continua falando. –Bem, pelo menos dessa vez vocês estão vestidos. –eu coro violentamente e Peeta também.

–Ótimo, já nos entregou a cesta e já tirou sarro da nossa cara.- Peeta diz. –acho que já pode ir, não é?

Santo Deus, será que o Simila não tem vergonha na cara? Mas isso faz parte do Show do Simila, pelo visto ele sempre foi e sempre será assim.

–Tudo bem. Vou sair pra você poder continuar beijando a sua namorada. –ele ergue os braços em sinal de rendimento. –Mas juízo, hein? –ele diz e sai rindo.

–Uau, isso já ta virando rotina. –Peeta diz e começamos a rir.

–Já devíamos estar acostumados. –digo rindo. –Sempre ouve platéia pra os nossos beijos. –me lembro da arena.

–E pelo visto sempre terá.-ele diz meio armagurado, então dou um sorriso e chego mais perto dele.

–Mas quer saber de uma coisa? –digo e coloco meus braços sobre o seu pescoço e sussurro em seu ouvido. –Eu não ligo. –digo e ele sorri comigo, então voltamos a nos beijar, tentando ignorar nossos problemas que estavam nos assombrando. Voltaríamos para a Capital como tributos amanhã.



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Notas finais do capítulo

estamos aceitando comentarios, criticas, elogios, recomendaçoes... enfim, qualquer coisa! porfavor!