Coin, Plutarco e Haymitch olharam para mim surpresos.

– Tragam Peeta e ele fará o trabalho de vocês. Ele vai com certeza apoiara a rebelião, eu sei disso! Ele será o Tordo! – repeti para ter certeza de que eles me ouviram.

– Você acha que é assim menina? – indagou Coin. – Ele esta na Capital, está trabalhando para o Pres. Snow.

– Ele não é um traidor! – eu gritei.

– Acalme-se Katniss – começou Haytmitch se aproximando de mim.

– Não! – gritei de novo. – Você sabe que ele não é um traidor, que ele está sendo forçado.... – eu parei para recuperar o fôlego. - E a culpa é sua! Você abandonou Peeta! Você me disse que ele estava morto!

– Vou ter que chamar os médicos – disse Coin sem paciência. Todas as vezes que nós encontrávamos eu gritava.

– Não! – continuei gritando, indo até a mesa dela. – Peeta pode ser um melhor tordo que eu. Você não pode deixa-lo lá para ser torturado e forçado a falar essas coisas. Você tem que fazer alguma coisa...

– Katniss - agora era a voz de Plutarco. – Não é assim, você é o nosso torno. Você é o Mockingjay.

– Eu não posso ser o torno, eu não vou ser o torno. Peeta... – eu me segurei na camisa de Haytmitch quando os médicos vieram me pegar. – Peeta! – supliquei para ele, enquanto sentia uma agulha entrando em meu braço. Mas ele não fez nada, só me olhou com seu olhos verdes de pena.

Enquanto sentia meu corpo amolecer, usei minhas ultimas forças para gritar mais um pouco.

– Eu odeio vocês! Eu odeio o tordo!