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Tentar alcançar Bella depois do que aconteceu foi algo complicado. Ela fugiu um pouco de mim por dois dias, mas  Ângela já tinha me dito para ir com calma, ela precisava de tempo depois que a mãe dela fazia essas coisas e provavelmente ela deveria estar sendo mais pressionada em casa.

- Edward, a mãe de Bella convidou Mike e a família para almoçar na casa dela e Bella teve que sentar do lado de Mike  e parece que eles os deixaram sozinhos por um bom tempo.

Uma raiva percorreu todo meu corpo em pensar que Renée estava fazendo isso com ela, com a própria filha. E a menina mais doce do mundo.

- Como sabe disse Alice?

- Jéssica é minha colega de classe em Musicas Clássicas e ela gosta de Mike e ela me contou.

- Não quero nem saber como ela descobriu isso!

- Uma empregada que trabalha na casa de Bella tem uma filha amiga dela. Fácil.

- Bella ficou sozinha com ele... será que...

- NADA ACONTECEU! – Ela gritou e eu levei um susto.

- E posso saber como a senhorita sabe disso também?

- Ele não gosta dela Edward, ele é apaixonado por Jéssica, mas eles tem a família contra. Os Newton acham que casar com os Swan é uma ótima

.- Eles tem dezessete anos! Casar?!

- Sim... os pais deles meio que são políticos... daqui a uns anos eles poderiam ser os novos prefeitos...

- ISSO É A COISA MAIS ANTIGA QUE EU JÁ OUVI FALAR!

- Na política não rola assim Edward. São duas famílias tradicionais de Forks. As pessoas além de confiar os conhecem, faz sentido.

- É MINHA NAMORADA QUE ELES ESTÃO CASANDO ALICE!Alice ergueu uma sobrancelha

-Namorada? Já contou isso para ela? – ela disse divertida.

- Assim que ela voltar a falar comigo eu vou informar isso a ela. – disse entrando no espírito.

- Ângela falou que ela não está muito bem Edward... algo sobre a mãe.

Eu precisava vê-la, saber como ela estava. Só que eu tinha muitas aulas e ainda precisava estudar porque os testes estavam chegando. Minha semana foi na biblioteca e com Alice ajudando ela com partituras. Peguei o endereço dela com Ângela um dia que nos esbarramos e fui para outra sala e quando estava indo de um prédio para outro ouvi vozes alteradas. E reconheci a voz de Bella e de Renée. Fui correndo ver e fiquei parado na porta olhando.

- EU NÃO QUERO MAIS MÃE! – ela gritava com algo nas mãos. Não consegui reconhecer o que era.

-Mas esse é o seu sonho Isabella!

- É O SEU SONHO. NUNCA FOI O MEU! – sua voz saia alta, mas falhada. Parecia que ela ia desmoronar a qualquer momento. Seus cabelos soltos e rebeldes.

- DESDE QUANDO NÃO É O SEU SONHO? – a mãe chegava mais perto e ela recuava um pouco. De repente Bella começou a respirar com dificuldade e as lágrimas vieram.

-Nunca... eu ... nunca quis ...

- QUIS SIM! SEMPRE FOI A MELHOR, A MAIS BONITA!Ela colocou as mãos no ouvido e se abaixou.  E ela jogou o celular, agora eu via o que era, contra a parede.

- SAI! SAI

- Se recupere Isabella... se recomponha porque tem aula e já inscrevi você nos testes. Me obedeça garota! ME OBEDEÇA PORQUE NÃO RESPONDO POR MIM CASO NÃO PASSE NAQUILO!

- Eu...não.. – ela não consiga falar.

Será que ela não via aquilo, o mal que estava fazendo a própria filha?Renée passou por mim e foi então que percebi que Ângela estava atrás de mim. Bella mexia nos cabelos e gritava.

- Ela precisa tomar os remédios... – ela estava tão espantada quanto eu.

- Onde estão?- Na bolsa... só não sei quais... eu nunca lembro... eu deveria! Eu deveria... – ela estava chorando quando me virei.

- Chame Alice. – dei meu celular – diga para colocar o carro na porta que estou levando Bella.

- Temos aula...

- Ela não está em condições! – disse firme. E fui caminhando lentamente em direção a ela. Ela de inicio não reparou na minha presença, mas em seguida, quando cheguei mais perto ela me viu e gritou. Começou a gritar e eu continuei me aproximando, ela não gritava de mim, mas para mim. Eu sentei do seu lado e olhei em volta, sua bolsa estava ao meu alcance. Tinha uma garrafa de água no bolso lateral, tirei e continuei procurando os remédios. Tinham três.

- Preciso saber qual.... não quero dar os remédios errados. – disse calmamente enquanto ela mexia nervosa nos cabelos.

- Os... os... são...

- Quantos? – ela não consegui formar frases naquele estado.

- Dois... são....

- Já entendi. A cor.

- Ver...verme...

- Dois do vermelho?

- Não... dois...

- Um do vermelho e um do...

- Bra... bran...

- Um do vermelho e outro do branco. – separei e entreguei. Eles caíram porque suas mãos tremiam. Então eu peguei do chão e coloquei na boca dela. Ajudei ela com a água e esperei uns minutos. Ela ainda estava em crise.

- Vou te levar no colo tudo bem? – ela não respondeu e eu peguei a bolsa dela e a coloquei em meus braços. Protegida de todos.Alice e Ângela estavam dentro do carro e eu fui para a parte de trás com Bella, ela parecia alheia a tudo e a todos. Seu olhar agora estava distante.

- Quanto tempo ela vai ficar assim? – Perguntou Alice dirigindo.

- Não sei... algumas horas eu acho.

- Vamos Alice, Bella precisa descansar. – disse para ela se concentrar na estrada.