Guerra, É Guerra! escrita por Ainimemimis


Capítulo 6
Capítulo VI


Notas iniciais do capítulo

Yo minna! Demorou um pouquinho, mas aí está! BOA LEITURA!!!



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Capitulo VI

 

No capitulo anterior...


       “Winry Rockbell POV’s

 

No final das aulas extras, a diretora nos surpreendeu com uma visita.

 

—Boa tarde turma. – ela disse olhando diretamente para mim e para o Elric.

 

Eu não gostava quando ela ficava nos olhando, pois da ultima vez que isso aconteceu nós ficamos algemados por um mês! Oh! Vejam! Ainda estamos algemados!

 

—Vim lembra-los da excursão desse ano. – ela falou e os cochichos começaram - Dessa vez vocês farão algo totalmente diferente, e esse passeio será apenas para o 2°ano. – ela riu, lá vem bomba! - Vocês irão com um professor responsável para um acampamento no pé da montanha.

 

O barulho tomou conta da sala. Acampamento, isso era outra punição que ela estava aplicando na turma, aposto.

 

—Silêncio! – ela gritou e todos se calaram - Serão apenas três dias. E valerá metade da nota do bimestre.

 

Mais barulho e mais questionamentos. Gritos pedindo por justiça ecoavam na sala, o olhar tenebroso da diretora encarava cada rosto ali presente.

 

—Isso é só. Podem ir. – ela disse e saiu da sala”

 

 

Edward Elric POV’s

 

Por essa ninguém esperava. Acampamento com essa turma só pode dar confusão, sem falar que todos estavam protestando. Eu não liguei muito, talvez fosse divertido.

O fato mais chocante do dia foi eu e a Rockbell, quero dizer, Winry, o máximo que teve foi uma pequena discussão e por muito pouco não levei uma chave inglesa na testa. Aquele foi um momento de sorte, pois quando ela já estava quase arremessando aquela arma eu a lembrei da trégua.

Nesse momento estou no quarto do 2°ano conversando com David e Noah.

—É, você e a Winry só brigaram uma vez. – Noah falou impressionado.

—Pensei que elefantes voariam antes desse dia chegar. – David brincou.

—Muito engraçado David. – falei revirando os olhos.

—E esse papo de acampamento? – Noah falou mudando de assunto - Vai ser a maior confusão.

—Verdade. Esse povo da nossa sala só sabe fazer baderna. – David concordou.

—É, quero só ver onde isso vai dar.

Os dias passavam rápidos e nós brigávamos algumas vezes, admito que sou uma pessoa implicante, mas não tenho culpa se é tão bom irritá-la. A trégua estava dando certo, me pergunto por que não fizemos isso há mais tempo. Conheci um lado diferente dela, e acabei gostando dele. Ela era divertida e fazia piadas sempre, jamais passou pela minha cabeça que ela fosse esse tipo de pessoa.

Quando menos se esperou, já era manhã de sexta. Todos acordaram cedo e ficamos enfileirados na entrada do colégio enquanto as turmas entravam, uma por uma, nos ônibus, e logo chegou à vez da nossa.

A maioria assim que entrou acabou dormindo, pois ainda eram seis da manhã, mas sempre tem aqueles que ficam perturbando. E esses são eu e Winry.

—O que você vai fazer? – perguntei vendo-a mexer na mochila.

—Xiu! – ela pediu para que fizesse silêncio e me mostrou uma canetinha preta.

 

Segurei o riso o máximo que pude, andamos silenciosamente até a cadeira onde estava o professor Mustang, ele e a professora Hawkeye ficaram responsáveis pelo 2°ano. Winry despampou a caneta e começou a fazer bigode, óculos, estrelas e várias outras coisas no rosto do professor.

Ela foi rabiscando todos os alunos que estavam dormindo. Quando sentamos no nosso lugar não aguentei, comecei a rir e ela também.

—Vai ser demais quando eles acordarem. – ela disse rindo.

—Você é má. – falei entre as gargalhadas.

—Eu? Imagina. – ela fez uma carinha inocente e voltamos a rir descontroladamente.

—Brincadeira não! Preferia quando vocês ficavam brigando, pelo menos faziam menos barulho. – Noah reclamou tampando os ouvidos tentando dormir.

—É! Vocês são muito barulhentos. – Yumi reclamou.

 

Eu e Winry nos entreolhamos e voltamos a rir, em pouco tempo Yumi olhou para Noah e começou a rir dos desenhos no rosto dele, mas praticamente em seguida ele viu os que estavam no rosto dela e se juntaram a risada.

Aos poucos essa reação foi se espalhando por todo o ônibus, logo todos riam da cara uns dos outros sem saber que o próprio rosto estava rabiscado. Rose se olhou no espelho da sua bolsa e denunciou tudo.

 

—Quem foi que rabiscou o meu rosto?! – ela perguntou furiosa.

—O meu também tá riscado! – outro aluno falou.

—Ei! Quem foi o engraçadinho?! – outro disse com raiva.

 

Nós ficamos quietinhos na nossa, não queríamos ser espancados por todos que estavam ali. Até que o Mustang levantou tentando colocar ordem no galinheiro.

 

—Que bagunça é essa? – ele falou autoritário.

 

Mas assim que viram os desenhos por toda sua face o povo gargalhou até não aguentar mais. Ele ficou lá parado no meio do ônibus com uma gota enorme na cabeça, até que entregaram um espelho a ele. O homem passou de branco, pra vermelho, de vermelho pra roxo e assim por diante.

 

—Quem foi?! – ele gritou furioso.

 

Silêncio dominou o veiculo, até que vi David apontado na minha direção, o olhei nervoso, mas ele continuou.

 

—Elric e Rockbell! Como eu não suspeitei?! – ele esbravejou e nos encolhemos nos assentos.

Ele veio andando na nossa direção, nos segurou pelo braço e nos jogou dentro banheiro do ônibus. O lugar fedia demais e não tinha uma janelinha sequer.

 

—Isso é para aprenderem a lição! – ele gritou do lado de fora.

—Meu deus! Que fedor horrível!!! – Winry disse tapando o nariz.

—Tira a gente daqui professor! Nós vamos morrer! – gritei esmurrando a porta.

—Fala sério! Será que a palavra limpeza já foi executada nesse lugar?! –Winry disse fechando os olhos.

—Aposto que não. – respondi.

 

E ficamos em silêncio. Os segundos pareciam passar em câmera lenta e aquele fedor aumentava ainda mais. Era impossível respirar, mesmo que fosse pela boca. Voltei a bater na porta, na esperança de que o professor tivesse peninha da gente, mas não funcionou.

 

—Temos um problema. – Winry disse com a cabeça abaixada.

—O que? – perguntei.

—Err...é que....eu...preciso usar o banheiro. – ela falou ficando vermelha, muito vermelha.

 

Voltei a bater na porta, não queria viver essa situação, foram semanas segurando e torcendo para vontade ir embora, para que, justo hoje ela não conseguisse segurar.

 

—Tirem a gente daqui! Agora!!! – gritei desesperado.

—Ed... – a ouvi dizer num fio de voz.

—Não consegue mesmo segurar? – perguntei ainda de costas para a mesma.

—Se eu conseguisse não teria dito que precisava usar o banheiro, idiota! –ela gritou nervosa.

—Não me chama de idiota, eu não tenho culpa da sua bexiga ser frouxa! –gritei de volta.

—Quer mesmo brigar agora?! – ela gritou.

 

Suspirei, coloquei a mão no casaco e retirei a venda, olhei para o pano em minhas mãos e o amarrei o mais forte possível na frente dos olhos.

—Problema resolvido. – falei.

—Nem pensar! – ela gritou.

—Mas foi pra isso que diretora nos deu a venda! – respondi.

—Eu juro que se você olhar vou arrancar os seus olhos e usá-los como bolinhas de gude! – ela ameaçou.

—Eu não vou olhar!

—Para sua segurança, é melhor que não. – ela respondeu com uma voz assustadora.

 

Não consigo descrever o quão constrangedor foi àquela situação, tentei pensar em qualquer coisa, fingi que tudo não se passava de um pesadelo horrível. Ouvi a descarga e senti um alívio enorme, retirei a venda e vi que ela estava lavando as mãos.

 

—Isso nunca aconteceu. Ouviu? – ela disse fazendo uma expressão horrível de que cortaria a minha língua se dissesse a alguém.

—Ouvi. – respondi um tanto assustado.

 

O ônibus parou do nada numa freada brusca, nos fazendo ir de encontro ao chão. E justamente naquele milésimo de segundo o professor abre a porta com todos os alunos atrás dele, ambos tinham os olhos arregalados enquanto olhavam diretamente para nós.

Meu rosto esquentou quando percebi o motivo daquela reação, nós estávamos no chão daquele cubículo, Winry se encontrava sentada no meu colo com a cabeça no meu peito, uma posição suspeita para um garoto e uma garota serem pegos, nós sabíamos que não era nada daquilo, mas os outros não.

 

—Vejo que vocês aproveitaram o tempo juntos. – o Mustang disse com um sorriso torto no rosto e nos olhando malicioso.

—Não é nada disso que vocês estão pensando!!! – falamos juntos enquanto levantávamos.

—Então porque vocês estavam naquela posição? – Noah falou com seu sorriso malicioso.

—Porque nós caímos quando o ônibus parou!!! – Winry respondeu mais do que vermelha.

—Sei...Caíram. – Rose disse com o mesmo sorriso de Noah.

—É verdade!!! – falamos.

 

Por mais que argumentássemos ninguém acreditava, eles apenas nos olhavam maliciosos, o que acentuava ainda mais o vermelho em nossos rostos. Saímos do ônibus nos deparando com uma floresta e no gramado tinha uma placa dizendo: Reserva da Montanha.

A professora Hawkeye nos organizou em fila indiana e começou a distribuir os sacos de dormir dentre outros equipamentos para acamparmos.

 

—Nós iremos acampar aqui professora? – um dos alunos perguntou.

—Não, nós seguiremos pela mata até uma clareira. Não é muito longe. –ela respondeu

 

Começamos a andar, mal haviam se passado vinte minutos e vários alunos já faziam suas reclamações. Uns reclamavam dos mosquitos, outros da umidade e a maioria por ter que andar. Surpreendi-me ao ver que o professor Mustang também fazia suas objeções e, mesmo que eu esteja vendo-a de costas, a professora Hawkeye já estava irritada.

 

—Silêncio! – ela gritou virando-se para turma - Parem de reclamar, já estamos perto. E você... – ela se virou para o Mustang - Pare de agir como criança e de um bom exemplo a seus alunos.

 

Depois disso, ninguém ousou dar um pio sequer. Passaram-se mais alguns minutos e chegamos à clareira, o pessoal começou a sentar no chão, todos pareciam estar mortos de cansaço, as mochilas estavam bem pesadas e o caminho até chegarmos era cheio de subidas e descidas.

 

—Não pensem que ficarão sentados aí. Vocês vão ajudar a montar as barracas. – a professora disse olhando para turma que começou a choramingar.

 

Todos levantaram contra vontade e começaram a montar as barracas, duas delas eram vermelhas e bem espaçosas, cabiam pelo menos 10 pessoas em cada e outras duas eram azuis do mesmo tamanho das vermelhas. E por ultimo uma barraca branca, a maior de todas, ali seria como uma casa de banho e banheiro.

Quando terminamos, caímos mortos novamente. Olhei para Winry que também parecia cansada, mas o nosso descanso não durou muito. Logo a professora nos dividiu em três grupos, um para pegar lenha, outro para recolher frutas e por ultimo, um para pegar água.

Eu e Winry ficamos no de pegar lenha, junto com David, Yumi, Noah e Rose.

 

—Agora que não tem ninguém por perto. Será que vocês dois podem explicar o que realmente aconteceu naquele banheiro? – Yumi disse parando na nossa frente com a mão na cintura.

—Mas não tem nada para explicar! – Winry falou começando a corar.

—Nós caímos! Fim de papo. – falei tentando não ficar vermelho.

—Não venham com essa! Acham mesmo que vamos acreditar que foi só isso? – Noah falou sorrindo pervertido - Ainda bem que as barracas dos garotos são separadas da das garotas, se não... – aumentou o sorriso pervertido.

—O que quer dizer com isso?! – Winry esbravejou pegando sua chave inglesa. Da onde ela tirou aquilo?

—Na-nada. – ele disse desfazendo o sorriso e se escondendo atrás de Rose.

—Gente, eles não vão dizer. – Rose disse se conformando e os outros suspiraram vendo que não tinha jeito.

 

Eu e o Winry os olhamos desconfiados, eles não costumavam desistir tão facialmente.

 

Winry Rockbell POV’s

Esse povo só pensa besteira! Eu não tenho culpa se o motorista não sabe parar um ônibus! Nós apenas caímos numa posição um tanto indecente e viramos o assunto do dia e provavelmente do resto dos dias até o fim desse acampamento.

Não me surpreendi quando Yumi e os outros começaram a pegar no nosso pé, mas Rose fez com que eles parassem o que foi estranho, pois normalmente eles nem dariam ouvidos e continuariam a zoar com a gente. Tenho certeza de que estão aprontando.

Quando já tínhamos pegado lenha o suficiente, voltamos à clareira. Todos já se organizavam para almoçar, sentamos em roda em volta da fogueira enquanto aproveitávamos a comida. Logo depois que terminamos, os professores organizaram uma competição de pescaria.

Todos ficaram eufóricos e começaram a entrar nos botes. Eu e Edward ficamos na mesma equipe, afinal ainda estávamos algemados. Assim que a professora Hawkeye assoprou o apito todos jogaram a linha na água e ficamos esperando pacientemente.

Passou alguns minutos e uma equipe já tinha conseguido pegar um peixe, pequeno, mas ainda sim, valia alguns pontos. As equipes que ficassem nas primeiras colocações, poderiam ser as primeiras a usar a casa de banho improvisada, e com um prêmio tentador desses, eu não pretendia perder.

Logo senti a minha linha ser puxada para baixo, comecei a puxar e com muito esforço tirei o peixe da água, ele era médio, devia ter uns dez centímetros no máximo, mas com esse, já passávamos na frente dos outros.

De repente todos começaram a enrolar suas varas de pescar, cada um pegando um peixe maior que o outro, parecia que todos os peixes resolveram se suicidar, o mais surpreendente foi um que pulou dentro do meu bote por pura e espontânea vontade.

A floresta, antes silenciosa agora se encontrava barulhenta, os alunos gritavam fazendo algazarra e agitavam ainda mais a água trazendo os peixes para mais perto dos botes. Logo ouvimos o som do apito, a competição tinha acabado e o professor Mustang começou a contar.

 

—Rose Marvel e Noah Grift, 8 peixes. 3 grandes e 4 pequenos e 1 médio. 16 pontos. – ele falou, e continuou anunciando as pontuações até chegar a minha vez e da Ed - Edward Elric e Winry Rockbell, 15 peixes. 5 grandes, 2 pequenos, 8 médios. 33 pontos. Agora vamos ver a quem pertence os 4 primeiros lugares. – ele fez um suspense, todos estavam apreensivos. – Em primeiro lugar, David Glasson e Yumi Lee com 58 pontos, em segundo lugar John Duncan e Alice Fox com 45 pontos, em terceiro lugar Edward Elric e Winry Rockbell com 33 pontos e o quarto lugar vai para Ryan Paxton e Brenda Gold com 29 pontos.

—As garotas que ficaram nas primeiras posições já podem pegar suas coisas e irem para a casa de banho, os garotos entram logo assim que elas terminarem. – disse a professora Hawkeye.

—Professora... – falei apontando para as algemas.

—Ah, sim. – ela disse e soltou as algemas.

 

Corri para a barraca vermelha que estavam as minhas coisas e peguei tudo que precisava para tomar um bom banho. O inverno já estava dando adeus e o clima agradável e quentinho da primavera chegava sorrateiro. Graças às atividades físicas que acabamos fazendo incondicionalmente, eu estava um pouco suada e as outras garotas também.

Entrei na casa de banho, num canto estavam alguns bancos enfileirados onde colocávamos as coisas e no outro tinham vários baldes e bacias espalhadas pelo chão, os galões de água que foram cheios se encontravam espalhados pelo local.

Já havia algumas garotas tomando banho e logo avistei Yumi. Fui até ela que tremia um pouquinho, provavelmente a água estava fria.

 

—A água está muito fria! – ela disse sorrindo.

—Percebi. – falei enquanto me molhava.

 

Até que não era tão ruim tomar banho de baldinho. Assim que terminei, fui para o canto onde deixei meus pertences e peguei uma toalha, me vesti e sai da tenda ainda penteando o cabelo. Estava tão distraída que nem vi o baixinho e acabei atropelando-o.

 

—Ei! – ele falou.

—Ah, foi mal. – falei sorrindo, foi então que notei que David e Noah também estavam ali junto com outros garotos, todos com um ar suspeito - O que estão fazendo?

—Nada. – todos responderam ao mesmo tempo.

—Vocês não estariam tentando espiar as meninas, né? – perguntei desconfiada e eles se entreolharam nervosos, tentaram disfarçar, mas já era tarde demais.

—SEUS PERVERTIDOS!!! – gritei jogando a escova na cabeça do nanico.

—Até a escova?! – ele falou indignado enquanto massageava o local atingido.

—Ora, vocês vão levar uma surra! – falei arregaçando as mangas do meu casaco.

 

Eles começaram a correr, mas logo as garotas foram saindo da tenda e dei uma explicação rápida para elas da situação, e cada uma cercou uma parte deles, até que os encurralamos entre as barracas vermelhas.

 

—Não se preocupem, só vai doer muito! – falei dando o meu melhor sorriso macabro enquanto estalava os dedos.

 

Segurei o baixinho pela gola e comecei a dar socos, chutes e tapas nele que tentava inutilmente se defender, as outras garotas também estavam batendo pra valer nos garotos restantes. Quando terminamos, os deixamos estirados no chão, agora só estavam os restos mortais daqueles pervertidos!

 

—Esses garotos, não têm mais o que fazer mesmo! – Yumi falou irritada.

—O professor Mustang que ficou responsável por eles, onde ele se meteu? –uma garota perguntou.

—Ele deve estar cantando a professora Hawkeye que a essa altura já deu outro tapa nele. – falei rindo.

 

Voltamos para as barracas vermelhas e não demorou muito para a professora Hawkeye chamar-nos para o jantar. Somente nessa hora que percebi que o dia já estava acabando, passou tão rápido.

Sentamos em volta fogueira enquanto comíamos, e adivinhem o que tinha para o jantar? Peixe assado na fogueira, é claro. Olhei para o professor que tinha a marca de uma mão em um dos lados do rosto, soltei uma risadinha. Logo os garotos apareceram cheios de curativos e hematomas.

 

—O que aconteceu com vocês? – o professor Mustang perguntou arregalando os olhos.

 

Eles apenas apontaram para gente e se sentaram. O professor engoliu seco e voltou sua atenção para a comida.

 

—Ei pessoal, o que vocês acham de uma prova de coragem? – Rose perguntou sorrindo.

—Uma prova de coragem? – perguntei.

—É. Tem uma história de terror antiga sobre essa reserva e um penhasco no alto da montanha. – Rose disse.

—Ah, eu conheço essa história! – David falou rindo - É sobre um garoto e uma garota que jamais poderiam ficar juntos, então, ambos decidiram se matar.

—Que horror! – Yumi disse com os olhos arregalados.

—E o que aconteceu? – perguntei curiosa.

—Por volta de meia-noite eles se encontraram no penhasco que tem um pouco mais acima da metade da montanha. Estavam vestidos como se fossem casar, ela com um vestido de noiva simples, mas belo e ele de smoking branco com uma rosa vermelha no paletó. Eram mais de trinta metros de altura, assim que atingissem o chão estariam mortos. Eles deram as mãos e quando estavam prestes a pular, o garoto desistiu da ideia, por muito pouco ele não caiu, mas já era tarde demais para a garota. – Rose contou a historia com um olhar assustador.

—O corpo dela caiu no lago e nunca foi encontrado. Dizem que se você for até o lago por volta de meia-noite, ela sente a sua presença e emerge a procura do noivo que a traiu. – David falou com o mesmo olhar de Rose.

—Que mentira! Aposto que isso não acontece. – Ed falou rindo.

—E alguém já fez isso? – perguntei um tanto amedrontada com aquela história.

—Já, muitas vezes, mas nunca voltaram. – Rose disse sorrindo macabra - Há relatos de que ela leva as pessoas para o fundo do lago e as mata dolorosamente.

—Glup! – Yumi engoliu seco.

—A prova vai ser o seguinte: Vamos nos dividir em duplas, e uma dupla por vez vai até o lago, espera cinco minutos e volta, depois vai outra dupla. E quem voltar vivo ganha. – Rose disse ainda sorrindo macabra.

—Até parece que vai acontecer alguma coisa. – Ed debochou novamente - Faço isso brincando. 

—Ok machão. Então? Mais alguém vai querer participar? – Rose perguntou.

—Eu vou! – David e Noah falaram juntos.

—E vocês duas? – Noah perguntou olhando para mim e Yumi.

—Ah gente, vamos mesmo fazer isso? – Yumi perguntou com um pouquinho de receio.

—Claro, vai ser divertido. – David falou - Por quê? Por acaso está com medo Yumi-chibi?

—Para de me chamar de chibi!!! E eu não estou com medo! – ela gritou furiosa. - Eu vou participar!

—E você Winry? – Edward perguntou - Ou está com medo de uma história boba dessas?

—É obvio que não estou com medo. Essas coisas não existem. – falei revirando os olhos. - Eu também vou participar.

—Certo, então, fiquem de olho em seus relógios. Quando for quinze para meia-noite vamos nos encontrar aqui na fogueira. Todos de acordo? – Rose falou

—Sim! – respondemos.

 

Logo os professores nos mandaram para as barracas. Tínhamos que dormir cedo, pois o dia seguinte iria ser mais cansativo do que hoje. Eu e Yumi estávamos na mesma barraca, nos aconchegamos em nossos sacos de dormir e ficamos conversando baixinho.

Olhei para o relógio de pulso que estava dentro da minha bolsa e mesmo na escuridão, consegui enxergar as horas por uma frestinha da barraca por onde entrava a fraca luz da lua.

—Está na hora. –falei para Yumi

Nós já estávamos vestidas devidamente. Saímos da barraca tentando não cair em cima de ninguém. Olhamos em volta, tudo estava em silêncio, a fogueira já tinha se apagado e apenas a luz da lua iluminava a clareira. Logo Rose saiu de sua barraca e veio em nossa direção, ela carregava algumas lanternas na mão e nos deu duas, uma para cada.

Fomos para perto da fogueira e ficamos esperando os garotos que em alguns minutos saíram de suas barracas, Rose entregou-lhes as lanternas. Afastamo-nos um pouco mais do acampamento para podermos acendê-las.

 

—Então? Como vai ficar as duplas? – perguntei.

—Podem ser as oficiais mesmo, assim fica mais fácil. – Noah respondeu.

—Ok, e quem vai primeiro? – David perguntou.

—Vamos tirar no palitinho. A dupla que tirar o menor palito vai primeiro. –Yumi sugeriu.

—Certo. –Rose falou pegando alguns gravetos e misturando-os

 

Eu tirei um, Noah outro e David o último. Mostramos os palitos e para minha sorte o meu era o maior, o que significava que eu iria por ultimo, Noah tirou o menor e Rose praguejou um pouco.

 

—Então nós vamos primeiro. – Rose disse suspirando.

 

Eles se entreolharam e entraram na mata. Foram minutos angustiantes até eles voltarem, ouvimos passos e logo eles apareceram ambos estavam tranquilos e sem nenhum traço de medo.

 

—E aí? – perguntei.

—Não aconteceu nada. – Rose falou meio decepcionada.

—Eu disse que não ia acontecer. – Ed falou com um sorrisinho debochado.

—Bom, agora é nossa vez. – Yumi disse suspirando - Err...nós temos que ir mesmo?

—Deixa de ser medrosa Yumi! – David falou - Eu deixo você segurar a minha mão se quiser. – ele deu um sorrisinho de canto.

—Idiota. Não estou com medo, só receosa. – Yumi disse corando um pouco e foi andando na frente.

—Ok. Se você diz... – David disse antes de sumir na mata.

Minhas mãos estavam suando, só de saber que assim que eles voltassem seria a minha vez me deixava nervosa, e se realmente acontecesse alguma coisa? Acho que eu morreria só de ver a mulher saindo da água, ela nem iria ter o trabalho de matar dolorosamente.

Passou-se alguns minutos e nada, Yumi e David não voltavam. Comecei a me preocupar e notei que os outros também. Até que ouvimos um grito, provavelmente era Yumi. Meu coração disparou todos nos entreolhamos nervosos quando vimos os arbustos começarem a se mexer, logo veio Yumi correndo, com os olhos arregalados e quase chorando.

 

—Foi horrível! – ela disse me abraçando.

—KKKKKK! – ouvi David rindo e logo o mesmo aparece. Ele tinha as mãos na barriga e gargalhava com vontade - Não acredito que caiu nessa!

—David seu idiota! – Yumi falou socando-o - Eu podia ter tido um ataque cardíaco sabia?!!

—Você estava morrendo de medo! – ele continuou rindo.

—Não teve graça! – ela disse com lágrimas nos olhos - Vou voltar pra minha barraca! – e saiu a passos pesados dali.

—Yumi! Espera! – gritei, mas ela já tinha ido - O que você fez imbecil?! –perguntei irritada.

—Calma! Eu só cheguei perto do lago e fingi que tinha alguma coisa puxando a minha perna, nada demais. – ele disse tranquilo.

—E você acha isso engraçado?! Quase a matou de medo! – falei repreendendo-o.

—Oras, mas ela disse que não estava com medo. – ele argumentou.

—Ela só disse isso porque não queria dar o braço a torcer! 

—É David, você pegou pesado. – Noah falou.

—Vocês acham? Tipo, será que ela ficou muito nervosa? – David perguntou começando a se preocupar.

—Nervosa? Ela está uma fera. – Ed falou.

—É melhor você pedir desculpas! – Rose disse.

—Ok, ok. Eu vou pedir. – ela falou indo atrás dela.

—Agora é nossa vez, Winry. – Ed falou.

—Pois é. – falei engolindo seco.

 

Direcionei a luz da lanterna para a mata e comecei a andar devagar. Edward estava andando ao meu lado também com sua lanterna acesa, até que chegamos num lago enorme. Bem maior do que aquele que fizemos a competição de pesca.

Olhei em volta, os arbustos e as arvores davam um ar assustador ao lugar, fora a água barrenta e estranha do lago. Mesmo que eu não quisesse admitir estava morrendo de medo, não gosto de histórias de terror, elas me impressionam demais. Estou começando a me arrepender de ter aceitado fazer essa prova.

Mas se eu dissesse que não iria fazer todos ficariam me zoando, principalmente o nanico. Ele pegaria no meu pé por um bom tempo. Senti uma mão no meu ombro e pulei de susto.

 

—Ah! – abafei um grito e vi que era apenas o Ed - Quer me matar do coração?!

—Depois diz que não tem medo. – ele falou rindo.

—Isso não tem graça! – falei irritada.

—Espera, que barulho é esse? – ele perguntou olhando em volta e passando a luz pelas arvores.

—Se você fizer alguma brincadeirinha sem graça eu juro que te mato ouviu? – ameacei.

—É sério. Ouve só. – ele disse e ficamos em silêncio.

 

Realmente tinha um barulhinho leve de passos, como algo andando pelos arbustos. E então um barulho de água.

—O que foi isso?! – perguntei nervosa olhando para o lago.

—Acho que tem alguma coisa na água. – ele falou colocando a luz na direção do lago.

—Não estou gostando nem um pouco disso! – falei recuando - Quando tempo falta pra gente sair daqui?

—Uns dois minutos. – ele falou verificando o relógio - Escuta. – ele falou e continuei ouvindo um barulhinho de água.

 

Eu estava com tanto medo que naquela hora associei como se fosse algo nadando no lago. Meu coração estava a mil, estava tremendo tanto que pensei que cairia a qualquer momento.

 

—Ali! – ele gritou e direcionou a luz da lanterna para a margem.

—AH! – gritei me escondendo atrás dele e colocando a cabeça em suas costas.

 

Minhas pernas estavam tremulas e meu coração parecia querer saltar pela minha boca. Jurava ter visto algo saindo da água e vindo em nossa direção.

 

—O que é que tem ali? –perguntei num fio de voz sem ousar olhar.

—É só um guaxinim. – ele disse rindo - O que foi? Pensou que fosse uma assombração?

—É claro! Estamos num lugar mal assombrado, queria que eu pensasse o que?! – falei nervosa e sai de trás dele - Vamos logo sair daqui, esse lugar me dá arrepios.

—Que gritinho de menina foi esse? – ele riu enquanto andávamos voltando para onde os outros estavam

—Caso não tenha notado eu sou uma menina. – falei revirando os olhos

—E ainda diz não ter medo. – ele disse rindo

—Talvez eu tenha ficado com um pouquinho de medo. – falei sentindo as minhas bochechas esquentarem.

—Um pouquinho? Você até se escondeu atrás de mim. – ele falou fazendo com que meu rosto esquentasse ainda mais.

—O que foi burrice da minha parte já que você é tão baixo que tive que ficar agachada. – falei dando um sorrisinho vitorioso ao vê-lo ficar vermelho de raiva.

—PARA DE IMPLICAR COM A MINHA ALTURA! – ele gritou.

—Você tá parecendo um grão de feijão vermelho! – ri não aguentando a cara que ele fez.

—Medrosa! – ele gritou.

—Não sou medrosa! – gritei começando a me irritar.

—É e muito! – ele disse.

 

Fomos brigando até encontrarmos Rose e Noah, porém assim que colocamos os olhos na cena em que ambos se encontravam calamos a boca na hora, estávamos mais do que chocados. Ele a estava encurralando numa árvore e ela tinha o rosto rubro, estavam praticamente colados um no outro e próximos o suficiente para se beijarem, mas assim que nos viram se afastaram.

 

—Eu estou vendo, mas não estou acreditando. – falei boquiaberta.

—Idem. – Ed falou no mesmo estado que eu.

—Vocês já voltaram. Então, a garota apareceu? – Rose perguntou se desvencilhando de Noah.

—Nem tente mudar de assunto Rose. – falei - Pode tratar de se explicar!

—Explicar o quê? – ela se fez de desentendida.

—Não tem o que explicar, vocês viram, não? – Noah disse sem um pingo de vergonha - Mas bem que podiam ter chegado uns minutos mais tarde. Acabaram me atrapalhando. – ele sorriu pervertido para Rose que corou da cabeça aos pés.

—Fique longe da Rose! – falei indo até ela - Seu pervertido!

—Mas eu não fiz nada! – ele se defendeu.

—Mas ia fazer! – falei.

—Exatamente, eu ia fazer. – ele sorriu de canto novamente.

—Ainda bem que eu cheguei a tempo. Ele não fez nada com você né Rose? – perguntei olhando-a.

—N-não. – ela gaguejou ainda vermelha.

—Desde quando vocês...? – Ed perguntou olhando para Noah.

—Desde agora. – Noah respondeu - Olha gente, o papo está ótimo, mas eu estou morrendo de sono, então... – ele disse voltando ao acampamento - Nos vemos amanhã, Rose. – ele voltou a sorrir malicioso e sumiu entre os arbustos.

—Eu também vou indo. – Edward disse seguindo o amigo.

 

Olhei para ela voltando a ficar surpresa. O que estava acontecendo entre aqueles dois?!

 

—Win, eu agradeceria se você não contasse a ninguém sobre isso. –ela disse com as mãos no rosto.

—Não vou contar. – fiz uma pausa - Você está gostando dele?

—Não! – ela disse vermelha - Ele que foi chegando perto até que bater naquela árvore.

—E porque você não o empurrou ou fez qualquer outra coisa do tipo? –olhei-a desconfiada.

—Eu fiquei nervosa! Não pense que eu queria que ele me beijasse! – ela se irritou.

—Mas a sua cara diz exatamente isso! - ri.

—Claro que não! – ela argumentou.

—Mas eu vi com os meus próprios olhos aquela cena. – falei.

—Do mesmo modo que eu vi você e o baixinho no chão do banheiro. – ela sorriu vitoriosa e meu rosto esquentou.

—Isso é diferente! Nós caímos! – falei sentindo minhas bochechas esquentarem.

—Para mim é tudo a mesma coisa. – ela alargou ainda mais o sorriso - É melhor nos irmos dormir, já está tarde.

—Tudo bem, mas não pense que me engana Rose Marvel. – falei indo para minha barraca.

 

Entrei e me encolhi dentro do saco de dormir. Eu ainda estava chocada com que tinha acabado de ver, como ela pode se interessar pelo Noah?! Justo o Noah, o garoto mais pervertido da escola, conhecido por ficar espiando as garotas e por seus comentários nada decentes.

Eles realmente estavam agindo um tanto diferentes perto um do outro, mas não pensei que fosse isso. Na verdade, nunca passou pela minha cabeça.

 

—Winry-chan? – ouvi Yumi me chamar.

—Oi Yumi. – falei sussurrando - Você está bem?

—Estou sim. – ela respondeu - Porque está resmungando?

—Não estou resmungando. – respondi.

—Está sim. – ela disse - Deixa pra lá, eu devia estar sonhando.

—O David te pediu desculpas? – perguntei.

—Ele tentou, mas entrei na barraca antes dele terminar. – ela respondeu.

—Ficou com tanto medo assim? – perguntei.

—É claro! Eu não queria dizer antes, porque se não ele ia ficar pegando no pé, mas eu morro de medo dessas coisas. – ela falou - E quando ele fez aquela brincadeira quase meu coração parou. Pensei mesmo que a garota da história fosse sair da água e nos matar.

—Imagino o quanto deve ter sido assustador. – falei lembrando-me do guaxinim.

—Aconteceu alguma coisa quando você foi? 

—Não. Só um guaxinim bebendo água. – respondi bocejando - Boa noite, Yumi.

—Boa noite.

 

 

Edward Elric POV’s

 

Enquanto voltávamos a nossas barracas, Noah não tirava o sorriso do rosto. Aquele pervertido, provavelmente estava pensando besteira e se eu e Winry tivéssemos demorado mais um pouco, com certeza ele a teria beijado e feito sei lá mais o que.

 

—Noah, você gosta da Rose? –perguntei.

—Talvez. – ele respondeu sem tirar aquele sorrisinho do rosto.

—Então, porque tentou beijá-la?

—Não sei, nós estávamos sozinhos, começamos a conversar e quando notei já estava colado nela. – ele respondeu.

—Você não tem jeito. – falei balançando a cabeça negativamente - Mas é melhor você se cuidar, porque se fizer algo de ruim a Rose, com toda certeza a Winry te mata.

—Não se preocupe, eu vou fazer algo, mas não vai ser ruim. – ele respondeu com malícia e entrou na barraca.

Entrei em minha barraca e assim que encostei a cabeça no travesseiro caí no sono.

                                               ***

 

Acordei assustado com o som de uma buzina dentro da barraca, todos praticamente pularam de seus sacos de dormir com o coração a mil por hora.

 

—Levantando preguiçosos! – o professor gritou enquanto ria da cara que estávamos fazendo.

 

Os garotos começaram a choramingar, olhei para o relógio e este marcava 7h30min. Bocejei e peguei minhas coisas, fomos para o banheiro improvisado escovar os dentes e as garotas já estavam lá, sorridentes e sem um pingo de sono.

Assim que saí do “banheiro”, a professora Hawkeye já estava a minha espera junto com Winry, ela nos algemou e fomos tomar o café. Para meu azar o café da manhã era leite, frutas e pães. E eu, definitivamente, detesto leite.

 

—Ed você tem que beber o leite. – Winry disse enquanto comia uma maçã.

—Nem morto. – falei olhando para o copo cheio daquele liquido esbranquiçado e suspeito.

—O leite faz os ossos crescerem sabia? – ela falou.

—E daí?

—E daí, que você é o garoto mais baixo da turma inteira. – ela disse rindo.

—QUEM É TÃO BAIXO QUE PODE SER LEVADO POR UMA BRISA?!!! – gritei nervoso.

—Eu não disse isso. E você acabou de se chamar de baixinho. – ela gargalhou.

—EU NÃO SOU BAIXINHO SUA DOIDA MEGALOMANÍACA!!! – gritei.

—EU JÁ FALEI PARA NÃO ME CHAMAR ASSIM!! – ela gritou irritada.

—Fugitiva do hospício!

—REPETE SE VOCÊ TEM CORAGEM?! – ela gritou pegando a chave inglesa.

—Não falo duas vezes. – respondi virando a cara, eu realmente não precisava de uma chave inglesa na cabeça logo pela manhã.

—Acho bom mesmo. – ela respondeu.

 

Foi então que percebi que todos estavam nos olhando e segundos depois começaram a rir. Até mesmo a professora Hawkeye deixou escapar uma risadinha, mesmo depois da trégua ainda brigávamos, acho que isso nunca vai mudar.

A professora Hawkeye levantou junto com o professor Mustang, todos dirigiram sua atenção à eles.

 

—A atividade de hoje será uma corrida até o outro lado da reserva. – a professora disse e os protestos começaram.

—Vocês continuaram divididos em duplas e deverão ajudar uns aos outros durante todo o percurso. A dupla que chegar primeiro vai poder dormir até mais tarde amanhã. – o professor Mustang disse fazendo os alunos se animarem.



Continua....




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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Então deixem...

Reviews! *-*

E Recomendações! *¬*

Para que essa história fique ainda mais emocionante!

Bjão! *.*



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