Guerra, É Guerra! escrita por Ainimemimis


Capítulo 15
Capítulo XV


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Eu sei, estou atrasada, mas tive que sair e fiquei fora o dia todo. Cheguei faz só duas horas. Então, estou vindo postar a essa hora, 00:37, já é sábado, mas pra mim o amanhã não chega até que eu durma. Não sei quantos capitulos a mais iremos ter até o final da fic, mas prometo tentar prolongar o máximo que puder. Os agradecimentos de hoje vão para: Luiza Vascos e Mitty Finholdt! As duas deixaram uma recomendação na fic e eu sou eternamente grata a elas! *-* Valeu!!! BOA LEITURA!



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Capitulo XV

No capitulo anterior...

Winry Rockbell POV’s

[...]Nosso namoro estava cada vez melhor, porém um feriado de cinco dias estava se aproximando e nós iríamos ter de voltar para casa.”

Winry Rockbell POV’s

Nós estávamos atrás da Casa Azul conversando enquanto observávamos o sol se pondo ao longe. Vocês devem estar se perguntando como nós agimos perto um do outro, não? Na verdade as coisas não mudaram muito, continuamos do mesmo jeito de antes e às vezes brigamos um pouquinho, mas nada sério.

Ed continua implicando comigo, sempre com seus comentários irritantes e quando eu já estou prestes a acertá-lo com a minha chave inglesa ele me beija, toda vez que estou irritada com o mesmo ele faz isso. E eu, bom, fico meio sem reação depois e acabo esquecendo o porquê de estar estressada.

–Você vai para casa no feriado? –ele perguntou

–Uhum. Minha avó deve estar ansiosa para me ver, afinal a ultima vez que fui para casa foram nas férias no meio do ano. –respondi- Você e o Al também vão né?

–Sim. Não vou para casa desde as férias também. Minha mãe deve estar com saudades. –ele respondeu- Você mora com a sua avó?

–Sim, meus pais morreram quando eu era pequena. E a vovó é a única família que tenho. –respondi- E você? Mora só com a sua mãe? E o seu pai?

–O meu pai foi embora quando eu e o Al éramos pequenos. –ele respondeu

–Bom, pelo jeito nenhum de nós dois têm uma família normal. –falei rindo

Ficamos conversando por mais um tempinho até que começou a anoitecer, nos despedimos e voltamos para os dormitórios. Quando entrei no quarto levei um susto, o lugar estava muito bagunçado, bem mais do que o normal. As garotas estavam correndo de um lado para o outro com malas e roupas.

Andei até minha cama e peguei a mala que estava debaixo desta. Comecei a arrumar as minhas coisas, estava levando apenas algumas mudas de roupa, pois já tinha um armário cheio delas em casa.

Eu estava um pouco ansiosa para voltar à Rezembool, estava com saudades da vovó e dos meus amados automails. Mal vejo a hora de começar a trabalhar com eles.

–Já comprou a passagem de trem? –Rose perguntou enquanto tentava fechar sua mala.

–Sim, comprei ontem. –respondi- Quer ajuda? –perguntei vendo que a mesma estava com dificuldades.

–Sim, isso seria ótimo. –ela disse

–Não acha que está levando muita coisa? –perguntei fechando a mala

–Ah é que eu vou deixar essas roupas em casa e pegar novas, afinal não vou ficar usando sempre as mesmas roupas. –ela respondeu- Faz tempo que não vou para casa, parei de ir aos finais de semana desde que comecei a namorar com Noah.

–Eu percebi, seus pais já sabem? –perguntei

–Uhum. Meu pai quer que eu o leve em casa para conhece-lo, mas o que ele quer mesmo é interroga-lo e dizer para não ficar a menos de 10 centímetros de distancia de mim. –Rose respondeu rindo- E você Win? Já contou para sua avó?

–Ainda não, vou contar quando chegar. Ela vai ficar surpresa quando souber quem é. –falei rindo

***

Todos acordaram cedo no dia seguinte, ansiosos para irem para casa. Os professores foram liberando os alunos aos poucos, verificando se todos tinham a autorização dos pais para saírem da Escola.

Eu e Yumi seguimos para a Estação Central, retiramos as passagens e nos sentamos num banquinho afastado para esperar o trem. Yumi morava nos arredores da Cidade do Leste, os pais dela tinham uma fazenda por lá.

Logo o meu trem chegou, peguei minhas malas, despedi-me de Yumi e embarquei na locomotiva a caminho de Rezembool. Sentei no ultimo vagão e fiquei observando a paisagem pela janela, acabei cochilando sem perceber.

Edward Elric POV’s

Já faz quase um mês que eu e Winry estamos namorando, nem preciso dizer que continuamos os mesmos né? E depois que Noah me deu a dica de como acalmá-la depois das nossas briguinhas as coisas ficaram mais fáceis.

No momento estou arrumando as malas, o feriado começa amanhã e serão quatro dias de folga da escola. Estou animado para ir para casa, minha mãe deve estar contando os segundos, sentirei um pouco de saudade da Winry, mas são só quatro dias, vai passar rápido.

Alphonse passou o dia inteiro com a May, ela mora em outro país e irá estender um pouco mais o feriado, por isso ele quis aproveitar o máximo de tempo possível perto dela. Depois que terminei de arrumar tudo, tomei um banho e fui deitar.

***

Levantei um pouco mais tarde que os outros na manhã seguinte, meu trem só sairia às 10:00h, então não havia motivo para levantar tão cedo quanto os outros alunos.

–Nii-san, vamos logo, ou iremos perder o trem. –Alphonse disse da porta me apressando.

–Calma Al, ainda são 9:30h. –respondi terminando de guardar as coisas

–Do jeito que você está indo nós só vamos chegar lá ao meio-dia. –ele reclamou

–Pronto, acabei. Nem demorou tanto assim.

–Imagina. –ele revirou os olhos.

Andamos até a estação. Ao chegarmos, peguei as passagens e embarcamos. Logo a locomotiva começou a se mexer, em pouco tempo os prédios e a paisagem urbana deram lugar as arvores e ao meio rural. Seria uma viajem longa até Rezembool, então resolvi dormir um pouco mais.

Acordei com Alphonse me balançando, mas o sono estava tão bom que eu não queria abrir os olhos.

–Nii-san! Acorda! –Alphonse gritou- Nós já chegamos.

–Só mais cinco minutos. –falei dormindo

–ED!!! –ele gritou no meu ouvido me fazendo pular do assento

–Acordei! Eu já acordei!

–Vamos! A mamãe já está nos esperando. –Al disse sorrindo enquanto saia do trem.

Olhei em volta, já estava entardecendo, o céu estava meio amarelo com alguns tons em laranja. A Estação de Rezembool era muito diferente da Central, era menor e tinha menos pessoas, peguei as malas no bagageiro. Quando estava prestes a começar a procurar pela minha mãe sinto alguém me abraçar com força.

–Que saudade! –a pessoa disse e eu reconheci de imediato a voz .

–Mãe! Está me sufocando! –falei com dificuldade, pois não conseguia respirar.

–Desculpe. –ela pediu sorrindo e me soltou- É impressão minha ou você está mais alto?

–Não é impressão. Hehe. –falei me sentindo

–E você também cresceu Al. Os dois estão muito bonitos. –ela disse sorrindo e abraçou Alphonse.

–Também senti sua falta mãe. –Alphonse respondeu.

–Bom, vamos logo para casa. Eu fiz torta de maça para vocês. –ela disse- Então como estão indo na Escola?

–As minhas notas estão altas. –Alphonse disse sorrindo

–E você Ed? Conseguiu melhorar as suas notas? –ela perguntou preocupada.

–Uhum, minhas notas estão altas também. Consegui até tirar 9,5 em matemática no ultimo bimestre. –respondi

–Que bom! –ela respondeu sorrindo- E as garotas? Algum de vocês arranjou uma namorada?

–Eu estou namorando uma garota da minha sala, o nome dela é May Chang. –Al respondeu corando.

–Own! Meu filhinho já está namorando! –ela disse com os olhos brilhando deixando Alphonse ainda mais vermelho- Um dia traga ela aqui para eu conhecer hein. E você Ed? Também tem namorada?

–Uhum, ela é da minha turma também. É a Winry. –respondi sentindo o rosto esquentar

–Oh, entrou outra Winry na sua turma? –ela perguntou

–Não, mãe. É a Winry Rockbell mesmo. –Al disse rindo

–O que?! Mas você não disse que odiava essa garota? Se me lembro bem você diz que a odeia desde o 6°ano. –ela disse espantada.

–Eu sei, mas aconteceram muitas coisas. –falei- E nunca nos odiamos de verdade.

–Bom, é o que dizem, onde tem ódio tem amor. –ela falou rindo me fazendo corar.

–O Ed e a Winry-senpai ficaram algemados por um mês. –Al disse

–Algemados? Que história é essa? –ela perguntou surpresa

–Ah, bem...Por onde eu começo? –falei pensando- É que no começo desse semestre eu e os garotos... –comecei a contar toda a história.

Minha mãe ouvia a tudo atentamente enquanto andávamos até em casa, ela riu em várias partes e Alphonse também fez algumas piadinhas. Quando terminei de contar aquela história imensa, Al começou a dizer tudo que havia acontecido na escola.

O nome da minha mãe é Trisha, ela tem olhos e cabelos castanhos. Assim que entramos em casa senti o cheiro de flores e de torta de maçã, olhei para tudo um tanto nostálgico. Andei até o fim do corredor e entrei no meu quarto, ajeitei minhas coisas e fui tomar um bom banho.

Quando desci, encontrei Al e minha mãe conversando enquanto comiam uma fatia de torta.

–Vocês nem me esperaram! –falei me sentando

–Desculpe Nii-san, mas você demorou demais. –Al disse sorrindo- A trota está uma delícia.

–Aqui Ed. -minha mãe me entrou um prato com uma fatia da torta.

–Hum! Está do jeitinho que eu me lembrava! –falei após experimentar um pedaço.

O resto do dia fui calmo e tranquilo, assistimos filmes e ficamos o máximo de tempo possível perto da mamãe. Só depois de passar o dia com ela, percebi o quanto a mesma faz falta.

Winry Rockbell POV’s

O trem parou na estação de Rezembool mais ou menos 1h da tarde. Acordei um pouco tonta, peguei minha bagagem e saí. Espreguicei-me enquanto bocejava, não lembrava que viajar de trem era tão cansativo. Olhei em volta e logo encontrei a vovó sentada em um dos bancos da estação.

–Vovó! –falei correndo até ela e lhe dei um abraço apertado- Que saudade!

–Olá Winry, também senti saudade. –ela respondeu- Como está indo na Escola?

–Como sempre, as melhores notas da sala. –respondi sorrindo

–Hum, muito bom. Está namorando ou algo do tipo? –ela perguntou

–Bem, eu estou namorando sim. –falei corando

–Pensei que fosse ser um não como das outras vezes. E como ele se chama?

–Edward. –respondi

–Não seria o Elric, seria? –ela perguntou desconfiada

–É ele mesmo. –respondi corando ainda mais- É uma longa história.

–E parece uma ótima história, pode começar a contar. –ela pediu sorrindo

Enquanto caminhávamos até em casa fui contando tudo que havia acontecido. Minha avó se chama Pinako, ela é baixinha, um pouco menos de um metro e meio. Usa óculos e fuma cachimbo. Paramos em frente à porta de casa na mesma hora que eu havia terminado de dizer tudo. Do nada algo pula em mim fazendo com que eu caísse deitada no gramado.

–Oi Den! Também senti sua falta! -falei tentando afastá-la, mas ela não para de lamber o meu rosto. Den é uma cadela diferente, ela usa automails. Um em uma das patas dianteiras e outro em uma das patas traseiras.

–Ela sentiu sua falta. -a vovó disse rindo enquanto eu me levantava.

–Eu também senti saudades dela! -respondi fazendo carinho no queixo dela.

–Vejo que os últimos meses foram interessantes. –ela disse com um pequeno sorriso enquanto abria a porta.

–Sim, foi divertido. –respondi rindo e entrando em casa- Como é bom estar de volta.

–Vá arrumar suas coisas e tomar um banho para relaxar. Depois do almoço quero sua ajuda para arrumar a oficina e amanhã você irá me ajudar com o trabalho. Tenho muitos automails para consertar. -ela disse

–Certo! –respondi animada

Subi as escadas e entrei no meu quarto. Ele estava exatamente como eu havia deixado completamente arrumado. Desfiz minha mala e arrumei todas as roupas no armário, peguei algumas coisas e fui tomar um bom banho.

Enchi a banheira e entrei, fazia tempo desde a ultima vez que tomei banho de banheira, já tinha até esquecido o quanto era bom. Depois que terminei, desci até a cozinha onde minha avó preparava o almoço.

–Você deve estar com fome. –ela disse colocando o prato com comida à minha frente.

–Como senti falta da sua comida vovó. A cozinheira da Escola Cross não é muito boa. –respondi e comecei a comer.

Depois da refeição fui ajuda-la a arrumar a oficina. Fiquei bem impressionada com a bagunça, peças e pedaços de automails para todos os lados. Fui separando tudo e colocando em várias caixas diferentes. Quando terminamos já estava perto da hora do jantar.

Passei o resto do dia vendo TV com a vovó, nós também conversamos e nos divertimos. Eu tinha sentido muita falta dela, então vou aproveitar o máximo possível.

***

Acordei com a luz do sol batendo no meu rosto, abri os olhos e me sentei. Olhei para o relógio, já eram 8h e 30min. Levantei sonolenta, me espreguicei e segui para o banheiro. Fiz minha higiene matinal e desci. Vovó já estava de pé, ela já até tinha preparado o café da manha.

–Bom dia. –falei me sentando

–Bom dia. –ela disse- Tome rapidinho o seu café, pois temos muito trabalho a fazer.

Assim que terminei fui junto com a vovó para a oficina. Tínhamos realmente muito trabalho, mas nem me importei estava mais do que feliz em poder mexer com meus bebes novamente. Os clientes vinham e iam o tempo inteiro e eu estava dando meu melhor para deixar todos os automails impecáveis.

Já passava do meio-dia quando notei que estavam faltando algumas peças para um automail especial. Comecei a olhar nas caixas, mas não estava achando nada.

–O que foi Winry? –vovó perguntou ao me ver mexendo em tudo

–É que não consigo achar as peças para aquele automail. –respondi apontando para a prótese em cima da mesa.

–Sabia que estava esquecendo algo. –ela falou- Vou ter que ir comprar as peças. Vá adiantando outros automails enquanto isso. Volto daqui a pouco.

–Tudo bem. –respondi

Voltei a me concentrar no trabalho.

Edward Elric POV’s

No dia seguinte levantei tarde, por volta de 10h e 30min mais ou menos. Ajudei a minha mãe com as tarefas de casa, como arrumar tudo, limpar o quintal, essas coisas. Ela e Alphonse estavam na cozinha preparando o almoço.

Al sempre gostou de cozinhar, já eu não levava o menor jeito para isso. A última vez que tentei quase coloquei fogo na casa, depois disso a minha mãe me mantém longe do fogão.

–Ed você pode ir comprar ovos para mim? –ela perguntou da cozinha

–Posso. –respondi

–Obrigada.

Peguei o dinheiro e saí. Andei até a mercearia mais próxima e comprei os ovos, quando estava voltando acabei tropeçando em algo e fui direto para o chão. Por sorte os ovos caíram em cima de mim, então não quebram.

–Desculpe mocinho. –ouvi alguém falar

Sentei-me e dei de cara com uma senhora agachada catando algumas peças e parafusos do chão.

–Espero que não tenha se machucado. –ela disse

–Tudo bem, não foi nada. –respondi- O que houve? –perguntei ajudando-a

–A minha bolsa arrebentou. –ela explicou- Mas tudo bem, tenho outra. Obrigada pela ajuda. –ela disse colando tudo dentro da bolsa.

–Nossa, a senhora está carregando bastante coisa. –falei ao reparar que ela estava cheia de sacolas e todas pareciam pesadas- Quer que eu ajude a carregar alguma coisa?

–Não será nenhum incomodo? –ela perguntou

–Não. –respondi e peguei algumas bolsas

–Você é um rapaz muito gentil. Como se chama? –ela perguntou com um pequeno sorriso

–Edward. –falei enquanto andávamos- E a senhora?

–Pinako. Não se preocupe minha casa não é muito longe daqui. –por um momento pensei ter visto um brilho suspeito nos olhos daquela senhora depois que disse o meu nome.

A senhora Pinako era uma velhinha diferente, parecia que ela só era idosa por fora. As bolsas e sacolas estavam realmente pesadas, nós fomos andando e conversando um pouquinho até que paramos em frente a uma casa amarela.

–Obrigada pela ajuda. Aceita um copo d’água ou um refresco? –ela perguntou abrindo a porta

–Água está bom.

–Pode entrar. –a senhora disse me puxando- Sente-se que já vou trazer a sua água.

–Ok. Obrigado. –respondi e sentei numa cadeira perto de uma janela.

–Vovó? É a senhora? –ouvi uma voz familiar perguntar

Olhei em volta, mas não havia ninguém além de mim naquela sala, até que vejo uma porta se abrir e quase não acreditei quando vi quem saiu.

–Vovó? A senhora conseguiu comprar... -ela parou de falar quando me viu- Ed?!

–Winry?! –falei arregalando os olhos, nós dois estávamos mais do que surpresos.

–Hum, vocês já se conhecem? –a senhora perguntou da porta da cozinha segurando um copo d’água e como um sorriso suspeito no rosto.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Então deixem...
Reviews*-*
E Recomendações *¬*
Para que a fic dure mais!
Bjão!!!*.*