Depois de alguns minutos Patrícia finalmente entrou no quarto.

____Ótimo já posso ir embora. Disse levantando me seguindo em direção à porta, mas ela segurou meu braço impedindo a passagem.

______Bom... é que tem um problema...Começou pausando se.

____O que foi. Perguntei irritado fazendo com que me soltasse.

____Meu pai desceu para sala, esta vendo tevê e se tentarmos sair ele vai ver, mas não se preocupe geralmente ele só fica uns dez minutos e já volta para o quarto. Explicou tentando debilmente sorrir.

____Quer dizer que é um abito do seu pai se levantar de madrugada, e você só me avisa agora? Indaguei, contando até dez mentalmente tentando me acalmar quando algo me ocorreu ___A janela! Exclamei pondo-me de pé olhando então por ela.

____Estamos no segundo andar é muito alto para se descer por ai. Constatou pondo se ao meu lado também olhando para baixo, me joguei sentado sobre a cama, tentando decidir se matava aquela garota ou me matava por ter deixado algo assim acontecer.

____Seu lábio! Exclamou de repente, apontando para meu rosto.

____Oque tem? Perguntei pondo-me de pé, seguindo em direção a uma penteadeira no canto, me olhando no espelho.

____Ótimo, isso vai deixar uma cicatriz. Comentei inconformado me sentando sobre a cama, devido ao soco meu pircing causou um corte profundo em meu lábio inferior.

____Eu posso cuidar disso. Afirmou antes de sair do quarto me deixando novamente sozinho, mas logo voltou trazendo em mãos uma pequena ressecer sentando se ao meu lado, abrindo a e pegando algo.

____Ai! Exclamei quando de súbito encostou algo em meu lábio ___Oque é isso? Perguntei segurando seu pulso olhando oque tinha em sua mão.

_____É algodão com soro, para limpar o machucado. Explicou ____________... agora larga de ser chorão e me deixa terminar. Disse em um tom autoritário que eu nunca tinha ouvido.

____Humm. Resmunguei apenas, contrariado, ela tornando a limpar o corte, e até que e levava jeito para isso.

____Prontinho! Exclamou sorrindo após terminar.

____Obrigado! Disse de contra gosto, ela então aumentando o sorriso e me encarrando, um silencio vergonhoso se formou.

___Você... não vai ver se seu pai ainda esta na sala. Perguntei ficando em pé me sentindo estranho com o jeito como ela olhava para mim.

___Tá eu vou. Respondeu antes de se levantar e sair, voltando alguns minutos depois. ___Ele já foi para o quarto. Disse fazendo sinal para que a seguisse pelo corredor.

Saímos e embarcamos no carro, percorremos a maior parte do caminho em silencio, quando ela começou.

____Você foi á festa com Estela. Perguntou timidamente sem tirar os olhos da rua.

____Não, a encontrei lá e conversamos, ela é legal até encher a cara e me fazer apanhar. Respondi me lembrando do ocorrido.

___Estela tem um dom para fazer amizades só não tem habilidade para mantê-las. Disse em ar pensativo, eu me perguntando por que ela ajudou a irmã se era obvio que não se davam bem.

___Chegamos. Disse estacionando o carro eu perdendo a chance de perguntar qualquer coisa.

Desci , sem dizer nada indo em direção a minha casa que se encontrava escura.

____Tenha uma boa noite á gente se vê segunda. Disse inclinando se sobre o banco do passageiro e acenando para mim de dentro do carro.

___Tchau! Respondi apenas fazendo um rápido gesto de mão para que ela cala se a boca antes que acordasse alguém.

Entrei em silencio e subi até meu quarto ao bater os olhos no relógio pude ver que o mesmo marcava 04h30min da manhã, tomei um banho e fui dormir já completamente exausto.

Passei quase todo domingo enfiado no quarto alegando uma dor de cabeça, em muito para me esconder da minha mãe e dos meus parentes que como todo domingo almoçavam em casa, pois meu lábio estava roxo e levemente inchado e eu realmente não tinha vontade alguma de ficar dando explicações.

Segunda de manhã ainda não podia colocar meu pircing, mas o machucado estava bem melhor.

Cheguei na escola cedo, ouvindo meu ipod enquanto esperava os demais chegarem eu então me distraindo e pouco a pouco a sala se encheu.

____Como esta sua boca? Perguntou Patrícia de súbito, puxando meu rosto pelo queixo deixando próximo ao seu, me pegando de surpresa.

____Que intimidade é essa, pondo as mãos no meu rosto assim. Perguntei repelindo a.

____Desculpa é que depois do que aconteceu sábado à noite no meu quarto eu achei que não tivesse problema. Respondeu só que em extrema voz alta atraindo então vários olhares para nós murmúrios começando de imediato, eu sem acreditar que alguém podia ser tão burra.

____Vem comigo. Disse levantando me puxando-a pelo braço.

____Oque foi. Perguntou quando eu a soltei no final do corredor quase vazio.

____Você usa sua cabeça só para usar agua oxigenada garota, tem noção do que disse? Perguntei me referindo a semi-insinuação que ela havia feito em frente toda sala.

___Mas meu cabelo é natural. Respondeu sendo que de tudo que disse só essa parte ela ouviu e nem isso intendeu.

____Calma não mate a garota, não mate... Disse a mim mesmo me acalmando antes de continuar___... Olha Patrícia você tem noção que oque você acabou de dizer na sala para o céu e o mundo ouvir, fora de contexto da impressão que você dormiu comigo? Perguntei sendo totalmente direto, ela então levando as mãos, á boca quando á ficha caiu.

___Não... Acha mesmo que alguém pensaria isso? Respondeu-me com outra pergunta.

____Não só acho como tenho certeza da mesma forma que sinto em meus ossos que isso me causará problemas. Respondi antes de me virar voltando para sala.

____Não se preocupe vou dar um jeito nisso. Afirmou enquanto me afastava

Cheguei em casa cansado, mas assim que entrei pela porta meu desanimo só aumentou.

___Oi querido. Cumprimentou minha mão, olhei para sala onde estava e só então reparei a presença de minha tia, Julia meu pai e Edgar meu primo.

____Oi. Disse sem vontade ainda indo em direção as escadas.

____Parabéns primo. Disse Edgar eu me virando e voltando alguns passos para olhar para ele.

____Pelo que? Pergunte já sabendo que não gostaria da reposta.

____Pelo namoro. Respondeu com um sorriso todos então voltando os olhos para mim, que fiquei paralisado me perguntando do que ele estava falando, mas sabendo que não gostaria da resposta.