Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 57
Capítulo 57 - No Covil Da Bruxa


Notas iniciais do capítulo

Hellou, hellou meu povo! Como estão?

Capítulo novo, com postagem mais rápida que da última vez, portanto me amem! rsrsrsrs (sou meio fora da casinha, ignorem. Deve ser culpa do anti-alérgico, sei lá! kkkkk)

Na verdade, ele já estava pronto há alguns dias, mas resolvi esperar pra postar e dar tempo pra que vocês lessem o anterior...

Enfim, chega de falatório... Vamos ao capítulo. :)



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Na casa de Caroline, apesar dos risos e brincadeiras, ainda se podia sentir uma certa tensão no ar. Rebekah não conseguira ficar mais calma ao saber que Finn havia simplesmente evaporado, e algo em seu íntimo lhe dizia que o sumiço dele não era um bom sinal, coisa com a qual seus outros irmãos também concordavam.

Outra que não conseguia esconder seu temor e ansiedade era Sophie, que de cinco em cinco minutos perguntava se Elijah ou Klaus já haviam voltado a dar notícias. Escuras olheiras marcavam seu rosto delicado, e os olhos ainda pareciam ligeiramente inchados por conta das lágrimas que não se mantinham afastadas por muito tempo.

Stefan, por sua vez, mantinha atenção total em ambas, temendo que em algum momento elas pudessem desabar por conta de toda aquela pressão. Não lhe agradava ficar ali parado sem fazer nada, sabendo que ao cair da noite a mulher que ele amava podia ser arrancada de seus braços, mas também não podia se imaginar longe de “suas meninas” naquele momento.

Quando o celular da vampira Original começou a tocar sobre o sofá, seis pares de olhares ansiosos se voltaram para o aparelho, e até mesmo uma agulha caindo no chão poderia ter sido ouvida por todos ali, tamanho o silêncio que se fez entre eles.

Num pulo, a loira alcançou o aparelho e atendeu a chamada, sem nem mesmo conferir quem poderia ser. Logo a voz de Elijah ecoou através do alto-falante do celular, já que Rebekah havia acionado o modo viva-voz.

– Rebekah, como estão as coisas por aí?

– A ansiedade está nos corroendo vivos, obrigada por perguntar – ela responde, parecendo estressada. – Que tipo de plano é esse de apenas “sentar e esperar”? – indaga, genuinamente preocupada. – Desde quando nós esperamos? Somos os Mikaelson! Agimos primeiro, pensamos depois! – completa, sem se dar conta de que estava quase gritando ao telefone naquele instante.

– Não temos outra opção, Bekah. Dependemos do sucesso da bruxa para só então enfrentarmos Esther de igual para igual. Até lá, estamos vulneráveis.

– Esperem... – interrompe Stefan, que até o momento mantivera-se em silencia. – A bruxa em questão é a mesma na qual estou pensando?

– Se fala da garota Bennett, a resposta é sim – a voz de Elijah soou em resposta, fazendo Caroline e Sophie engolirem em seco, juntamente com o garoto Salvatore. – Aparentemente, ela está tendo algumas dificuldades para se concentrar, mas creio que em breve teremos boas notícias.

– Problemas??? Espere, espere... Por que não me chamaram? Eu poderia ter conversado com ela! Aliás, o que usaram para convencê-la a colaborar?

– Não há espaço e nem tempo para conversas e atitudes pacíficas em uma guerra, Stefan. Você deveria saber disso, já que participou de algumas no passado.

– Mas Bonnie é nossa amiga! – Stefan explode, passando as mãos pelos cabelos nervosamente. – Não podem machucá-la Elijah, por favor.

– Nada de mal acontecerá a ela, rapaz. Dou-lhe a minha palavra – o Original promete. - Mas grandes problemas exigem medidas extremas. Não temos tempo para buscar outras alternativas.

– Ok, mas ao menos me deixem ajudar. Ela confia em mim, podemos encontrar uma boa solução em que ninguém precise ser prejudicado.

– Sua atitude é nobre Stefan, mas medo é uma arma mais eficaz nesse tipo de situação. Sinto muito. Além do mais, ela poderia enganá-lo facilmente, já que são amigos. Você estaria predisposto a acreditar em qualquer coisa que ela lhe dissesse.

– Ela não mentiria para mim!

– Ela o faria para protegê-lo, assim como você faria o mesmo por ela, ou por qualquer outro de seus amigos – Elijah responde polidamente. – Acredite em mim rapaz, já estou por aqui há muito mais tempo e vi muitas coisas, conheço algo da natureza das pessoas. O instinto de sobrevivência e proteção sempre fala mais alto.

– Eu sei, mas... Só não a machuque, está bem? – Stefan implora, derrotado. – Não me perdoaria se isso acontecesse – completa, encerrando a ligação em seguida e devolvendo o aparelho que havia tomado das mãos de Rebekah.

– Você está bem? – Sophie indaga, aproximando-se e tocando o braço dele. – Não está só preocupado com a Bonnie, não é? – sussurra, enquanto o puxava consigo para um canto da sala.

– Você os viu durante o baile, não viu? Damon e Bonnie?

– Sim, eu vi. Pareciam bem um com o outro. Seu irmão parecia diferente.

– O que acha que ele fará se a machucarem, Soph? O quanto isso poderia desestabilizá-lo?

– Sei que não vai servir de muito consolo, mas Klaus me fez uma promessa, um pedido que fiz para que pudéssemos ser amigos. Ele não a machucaria, Stefan. Posso parecer pretensiosa, mas ele não quebraria a palavra que deu a mim.

– Você está certa: é muito pretensiosa – ele responde, com um sorriso fraco. – Se continuar com esse ego inchado, vai acabar explodindo!

– Cara, como Rebekah atura você? – diz a loira, dando um tapa no ombro dele. – Tento falar sério e você me vem com piadas! – completa, levando ambas as mãos à cintura.

– Ou isso, ou surtamos. E como somos mesmo obrigados a esperar, é melhor que mantenhamos nossa pouca sanidade intacta.

– Disso eu não posso discordar.

– Claro que não, isso seria perda de tempo – murmura ele, agora com um sorriso que alcançava seus olhos.

– E depois eu é que sou pretensiosa...

*************

Finn acabara de estacionar o carro o mais próximo possível da velha construção onde a mãe se encontrava, fazendo sinal para que Abby o seguisse imediatamente. A bruxa ainda estava com os olhos inchados e vermelhos, e o Original não fazia questão alguma de encarar o rosto abatido dela. Não tinha paciência para mais nada daquilo: lágrimas, gemidos, murmúrios, apelos... Tudo que queria era abrir a maior distância possível entre ele e a cidade, afastando-se de vez dos problemas, dos humanos patéticos e choros infindáveis que pareciam brotar em Mystic Falls.

Ao finalmente alcançar a porta já desgastada pelo tempo, empurrou Abby para dentro e deu-lhe as costas, já que não lhe era permitido entrar ali, a menos que quisesse ser alvo de espíritos mal-humorados.

Com um suspiro de resignação, Abby adentrou ainda mais na velha casa, mesmo que o ambiente lhe causasse um desconforto enorme. Lentamente, ela desceu a longa escada que levaria até o porão, e ao alcançar o último degrau, já era capaz de identificar o balançar de pequenas chamas refletidas nas paredes.

– Abby Bennett – soou uma voz que ela não reconhecia – que prazer finalmente conhecê-la. Perdoe o comentário, mas... você me lembra muito Ayanna.

– Você deve ser a famosa bruxa original, Esther não é? – ela indaga, tentando aparentar uma coragem que não sentia. – O que quer de mim? E onde está minha filha?

– Infelizmente a doce Bonnie não pode comparecer ao nosso pequeno encontro – Esther responde, com um leve sorriso brincando em seus lábios. – Mas lhe asseguro de que ela está bem! Ou melhor, ela está viva, ao menos. Ainda posso sentir seu poder fluindo por mim, então não precisa se preocupar.

– Não me preocupar? – a morena grita, ignorando a vozinha em sua mente que lhe dizia para manter o controle. – Seu monstrinho de estimação assassinou meu filho adotivo, e você tem a coragem de dizer para não me preocupar com Bonnie depois de tudo? Onde ela está?

– Tudo ao seu tempo, minha querida. Temos assuntos mais importantes para tratar. Que tal sentar-se comigo agora?

***********

Longe dali, Bonnie permanecia de joelhos no chão, as lágrimas embaçando sua vista e escorrendo por seu rosto até o pescoço, onde umedeciam sua blusa, enquanto ela tentava manter Damon aninhado em seus braços da maneira mais confortável possível.

Vê-lo daquela maneira, estático e sem vida, a estava fazendo perder o resto de controle que ainda tinha, e era preciso um enorme esforço para que ela não se largasse de vez no chão e começasse a soluçar com a dor que a consumia.

– Ora, vamos lá bruxinha – diz Klaus, impaciente. – Até parece que ele não vai se levantar e proferir milhares de xingamentos em poucos minutos! – continua, com um sorriso. – Só não entendo todo esse seu desespero... Achei que amasse o garoto Gilbert, mas parece que me enganei. É, isso pode acontecer depois de mil anos, não?

– Do que você está falando? – ela indaga num sussurro, encarando-o com uma expressão levemente confusa.

– Você, Bonnie Bennett, está apaixonada por Damon Salvatore, simples! – o híbrido responde, como se acabasse de dar o diagnóstico de uma grave doença a um paciente.

– O quê?

– Ah, vamos lá lindinha, pode confessar – diz Klaus, agachando-se ao lado dela. – Admita para você mesma que eu estou certo, e eu prometo que não voltarei a tocar no seu precioso Damon. Ao menos até o final do dia, claro!

– Não acredito em você – Bonnie se limita a responder, sem encará-lo.

– Uma pena, poderia se surpreender com o quanto posso ser gentil – o loiro sussurra, voltando a se por de pé. – Agora... O que me diz de voltarmos ao trabalho, hein? Pelo que me consta, ainda temos um refém cuja vida ou morte dependem de você.

– Apenas me dê alguns minutos, ok? – a bruxinha pede, voltando o olhar para ele.

– É bom que saiba o que está fazendo, bruxa. Nosso tempo está se esgotando! – Klaus responde, dando-lhe as costas e deixando o cômodo.

Assim que os passos do híbrido não podiam mais ser ouvidos de onde a garota se encontrava, Bonnie voltou toda a sua atenção para Damon, aproximando seu rosto do dele.

– Por favor, volte! Preciso de você aqui, Damon – ela murmura em meio às lágrimas. – Não posso fazer isso sozinha...

– E não vai – o vampiro sussurrou em resposta, ainda de olhos fechados -, estarei aqui com você, lindinha – completa, finalmente encarando-a, com um sorriso fraco brincando nos lábios.

– Damon! – Bonnie exclama, sorrindo também. – Você está bem? – ela indaga, auxiliando-o a se sentar.

– Ainda me sinto meio morto, mas tudo bem. E você? Está bem? Está ferida?

– Estou bem – a garota responde, sentindo o alívio espalhar-se em seu peito.

– O que fazemos aqui afinal? Não achei que Klaus seria amador ao ponto de sequestrá-la e trazê-la justamente para cá!

– Isso não é um sequestro, ou talvez seja, nem sei mais. Mas Elijah está com Jeremy e planeja matá-lo caso eu não consiga reverter o feitiço de Esther. É por isso que estamos aqui, precisamos encontrar o feitiço que ela usou. Mas antes, preciso derrubar a barreira que aquela vadia ergueu.

– Oh céus! Bonnie Bennett usa palavrões, estou chocado!

– Cale a boca! – a morena resmunga em resposta, dando um tapa no ombro dele. – Não acredito que eu chorei por você... – completa, mais para si mesma, esquecendo-se momentaneamente de que a audição do vampiro era mais aguçada que a dela.

– Você chorou por mim? Talvez não me odeie tanto quanto pensa, não é? – diz Damon, lutando para não deixar transparecer o sorriso que ameaçava surgir em seus lábios.

– É, talvez... – ela responde sem encará-lo, temendo ter ficado corada por ele ter ouvido aquilo. – Agora, se não se importa, preciso me concentrar.

– Claro! Faça todas essas suas coisas de bruxa – ele exclama, fazendo com que ela o encarasse com uma expressão zangada. – Ok, ficarei quieto – completa em seguida, fechando um zíper imaginário e selando seus lábios.

*********

Foram necessários alguns minutos e muito esforço, mas Bonnie por fim conseguiu acesso total ao escritório de Esther. Em poucos segundos, tanto Klaus quanto Damon já estavam ao lado dela, analisando o cômodo.

– Sua mãe não esperava que conseguíssemos entrar aqui, então não deve ter se preocupado em ocultar nada – diz a garota, aproximando-se da mesa com passos firmes. – Parece que ela esteve trabalhando por um bom tempo – completa, admirada com a quantidade de objetos e papeis sobre o móvel. Até mesmo uma vela ainda queimava por ali.

– Parece que organização não é o forte da dona Esther – Damon comenta, enquanto mexia em uma pilha de livros antigos. – Será que ela já cogitou a hipótese de usar algum tipo de sistema de catalogação pra arrumar essa bagunça?

– Duvido que a palavra “catalogação” exista no vocabulário de minha mãe – Klaus responde simplesmente, enquanto analisava um pergaminho. – Acho que o termo é recente demais para ela.

– Bem, ela precisa de uma atualização urgente, é só o que tenho a dizer! – diz o moreno, com um leve dar de ombros.

– Não acho que ela vá viver tempo suficiente para isso, Damon – Bonnie murmura. – Esther está com os dias contados.

– O quê? – o híbrido indaga, encarando-a com uma expressão confusa. – O que isso quer dizer? – completa, ao colocar-se ao lado dela e correr os olhos pelas páginas amareladas que a garota estava segurando.

– De acordo com isso – ela começa a explicar -, Esther e Ayanna firmaram um pacto. Sua mãe só viverá o suficiente para completar a missão que a trouxe de volta, ou seja, acabar com você e seus irmãos. Quando estiverem mortos, só restara um dia ou dois para que ela termine o que ainda precisar ser feito, e depois ela voltará ao mundo dos mortos – continua, seriamente. - E enquanto ela puder contar com o poder do sangue de Ayanna, ela terá força o suficiente para fazer tudo isso.

– O que significa que enquanto o sangue de Aynna viver, Esther terá todo o seu poder! – Klaus exclama. - Para sua sorte, pequena bruxa, você é mais útil para mim viva – completa, com um sorriso.

– Que sorte a minha – Bonnie comenta ironicamente, voltando novamente sua atenção para os vários objetos sobre a mesa. – Esperem... Acho que encontrei algo – diz ela, ao deparar-se com um papel escurecido pelas chamas. – Está aqui, o feitiço que Esther usou! Eu encontrei!

– Sabe como revertê-lo? – Damon questiona, ansioso.

– Eu acho que é possível sim, mas...

– Mas o quê? – e agora era a vez do híbrido questionar, parecendo ainda mais ansioso do que o outro.

– É complicado... Esther usou o sangue do seu irmão para completar o feitiço, além do sangue da doppelgänger. Vou precisar do sangue de todos os originais para conseguir desfazer, além de contar com a lua cheia em seu ponto máximo.

– Mas não é exatamente o ápice da lua cheia que a mamãe bruxa desnaturada está esperando para matar os filhinhos? – o garoto Salvatore volta a perguntar.

– Exato – a morena responde -, é por isso que é complicado, vai ser uma corrida contra o tempo. Além do fato de que Esther é muito mais poderosa do que eu – completa, com um suspiro cansado.

– Pensaremos nisso depois – diz Klaus, apanhando o celular no bolso da jaqueta. – Agora vamos providenciar os materiais – continua, levando o aparelho ao ouvido. – Olá irmãozinho! Pode pedir à nossa irmã que colabore e dê um pouco de seu sangue? – um instante de silêncio. – Explico quando você chegar em casa, Kol. Apenas faça o que eu digo, ok? Ligarei para o Elijah e pedirei a ele que mande um pouco de sangue também – mais uns segundos de silêncio enquanto Kol dizia algo. – Relaxe, ele vai te passar as coordenadas. E não, não sei onde ele está, questão de segurança – nova pausa. – Aliás, algum sinal de Finn? É, imaginei que não. Ele está com Esther nisso... Daremos um jeito nele depois, venha rápido – diz ele, encerrando a ligação e voltando a guardar o celular. – Adoro quando posso contar com meus irmãos! – completa,voltando-se para Damon e Bonnie com um largo sorriso no rosto.

– Deu pra perceber – o moreno comenta, esforçando-se para não rir daquele comentário. – Bem, já que teremos de esperar, que tal um pouco de whisky?

– Não force a barra, Salvatore. Você e a bruxinha ainda são meus reféns – Klaus responde, sentando-se no sofá para esperar pelo irmão caçula.


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Notas finais do capítulo

É isso aí povo, até o próximo capítulo! Sejam lindos e divos e comentem, please

xoxo



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