Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 54
Capítulo 54 - Terrível Verdade


Notas iniciais do capítulo

Hellouuuu people! Demorei, mas voltei! hehehe

Primeiro de tudo: bem vindos leitores novos! É uma honra tê-los por aqui. :)

Segundo: comentários pendentes serão respondidos a partir de hoje. Mil perdões pela demora, viu? (Minha estranha mania de responder só quando posto capítulo novo atrapalha nessas horas...)

Terceiro: vou ser cara de pau e perguntar... TEM ALGUM FÃ DE GRIMM NA PLATEIA??? Se tiver alguém, minha parceira Caroline e eu estreamos uma fic baseada na série, então se quiserem dar uma passadinha por lá, serão super bem vindos ao universo de "Resistenz"! http://fanfiction.com.br/historia/534315/Resistenz/

Quarto: vou parar de enumerar coisas e deixar vocês lerem logo o capítulo novo! hehehehe



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/275095/chapter/54

Assim que Elena voltou a estacionar o carro em frente à casa, Alfredo saltou para o banco do carona, fazendo a garota gritar de susto.

– Seu... Seu imbecil! – ela esbraveja, após se recompor. – O que diabos pensa que está fazendo?

– Não posso entrar na sua casa, então o mínimo que pode fazer por mim é me deixar sentar nesse banco de couro legítimo – o italiano responde, dando um tapinha no assento. – Agora vamos voltar ao assunto: falou com seu precioso Damon sobre sua conversa com a bruxa sanguinária e o plano dela de exterminar os vampiros Originais da face da Terra? – ele indaga, cruzando os braços em seguida.

– Deixa eu procurar na minha agenda em que momento do meu dia serei obrigada a lhe dar informações – diz Elena, abrindo um caderno imaginário e fingindo procurar uma página em especial. – Ah, está bem aqui: não lhe devo satisfações, garoto! – completa, com um sorriso irônico.

– Acontece garotinha – Alfredo sussurra numa calma gélida, agarrando o pulso da morena –, que o fato de você usar verbena não me impede de torcer esse seu lindo pescocinho! Portanto, seria mais sensato você ser uma boa menina. Além do mais, posso ser um Salvatore, mas não sou nenhum pateta que arriscaria a própria vida para garantir a sua. Então desembucha logo!

– Conversei com o Damon sim – a morena começa a responder, alisando o pulso dolorido. – Ele me pareceu bem cético em relação ao plano da Esther, mas também não fez grandes objeções quando lhe disse que não comemoraríamos apenas a morte do Klaus em breve...

– Desde que Kol parta dessa para uma pior, já me dou por satisfeito! A bruxa disse quando pretende despachar os filhinhos para o além?

– Pelo pouco que Esther me contou, ela precisa de um evento natural para intensificar seus poderes. Coincidentemente, hoje teremos o auge da lua cheia, o que significa que o fim dos Mikaelson pode estar a apenas algumas horas de distância.

– Adoro esse seu lado vingativo e cruel – o loiro confidencia, com um sorriso. – Agora... Que tal fazermos algo mais produtivo? Tipo uma comemoração antecipada, talvez?

– O que tem em mente? – a morena questiona, visivelmente curiosa.

– Algumas taças de vinho... Talvez brincar de adivinhação...

– Isso é coisa de criança, garoto – ela exclama, aos risos.

– Não quando quem erra tem de pagar um preço – o vampiro murmura, com um sorriso malicioso brincando em seus lábios. – Cada erro custa uma peça de roupa desse seu look caprichadinho, o que me diz? – completa, enrolando uma mecha de cabelo dela entre seus dedos.

– Vai sonhando, bonitinho – Elena responde, afastando a mão dele. – Agora, se me der licença, tenho coisas mais úteis pra fazer além de perder meu tempo com você – e dizendo isso, saiu do carro, deixando-o para trás.

– Você é muito novinha para ser tão ranzinza – exclama Alfredo, alto o bastante para que ela pudesse ouvi-lo da varanda. – Em todo caso, que perde é você! Vou procurar alguém que saiba apreciar a minha ótima companhia.

**************

O percurso entre a mansão Salvatore e o Mystic Grill não foi marcado por muitas conversas, mas isso não significava que o silêncio imperava no carro de Damon. O som alto de música saía dos alto-falantes do veículo, e o vampiro se limitava a encarar Sophie e sorrir ao ouvi-la cantar a plenos pulmões as músicas das quais mais gostava, fazendo-a esquecer dos problemas por alguns instantes.

Uma e outra vez o moreno até mesmo se arriscou a cantar também, mas a cada nova tentativa, a loira se calava para ouvi-lo, deixando-o estranhamente sem graça. Quando a garota reclamava, ele se limitava a responder que a prima só o ouviria cantar se pagasse por um show particular, o que fazia Sophie bufar e girar os olhos em desagrado.

– Por que você tem de ser sempre tão chato? – Sophie reclama, de braços cruzados, tentando se fazer ouvir sobre a música alta.

– Porque esse sou eu, baixinha! Imprevisível – Damon responde, fazendo a garota ao seu lado cair na gargalhada. – O que? Estou falando sério! – mas nessa altura, ele próprio já estava rindo.

As risadas de ambos se estenderam por algum tempo, até que os acordes de uma nova música chamaram a atenção de Sophie, fazendo-a encarar o primo com certa admiração.

– “Gotta Be Somebody”? Você ouve Nickelback? – ela questiona, visivelmente surpresa.

– Acha que só Stefan pode ter bom gosto musical? – ele se limita a dizer, com um leve dar de ombros. – Qual é Soph, vai fazer disso um julgamento da inquisição? – indaga ao notar que a garota continuava a encará-lo.

– Não, não é isso. Só que... Essa música em especial... Damon, você é um romântico! – Sophie conclui, abrindo um largo sorriso para ele.

– Nope, eu não sou. Esse é departamento e defeito de fábrica do meu irmão Stefan. Além do mais, sou muito ferrado para o romantismo.

– Me engana que eu gosto, garoto. Isso – diz ela, apostando para o pendrive acoplado ao aparelho de som – é uma seleção de músicas, o que significa que ela deve dizer algo a você. Não tem problema em admitir que é capaz de se importar, sabia?

– Eu já fui capaz disso, está bem? Fui, o que quer dizer que é passado – o moreno resmunga, olhando diretamente para frente. – Agora podemos mudar de assunto?

Por alguns instantes, Damon realmente achou que Sophie deixaria aquilo de lado, mas estava enganado. Quando se deu conta, garota já cantarolava o refrão, fazendo questão de aumentar o volume da música.

'Cause nobody wants to be the last one there… 'Cause everyone wants to feel like someone cares… Someone to love with my life in their hands… There's gotta be somebody for me like that…

'Cause nobody wants to go it on their own… Everyone wants to know they're not alone… - após um suspiro derrotado, o moreno juntou-se à garota. – Somebody else that feels the same somewhere… There's gotta be somebody for me out there.

Os primos Salvatore seguiram cantando a música até o final, e quando deram por si, a fachada do Mystic Grill já lhes acenava. Com um sorriso e uma piscadela na direção de Sophie, Damon por fim estacionou o carro, desembarcando em seguida e dando a volta rapidamente para abrir a porta para a garota.

– Obrigada Damon – a garota agradece, colocando-se nas pontas dos pés para lhe beijar a bochecha.

– Só não se acostume com isso, pirralha. Juro que vou lhe cobrar pela próxima carona, está ouvindo? – o vampiro tenta dizer seriamente, mas falha, já que um sorriso era perceptível no canto de seus lábios. – Agora, se me der licença, tenho um encontro marcado com meu copo – completa, dirigindo-se para a entrada e desaparecendo porta adentro no segundo seguinte.

************

Sophie não havia dado nem um passo sequer quando o carro de Elijah estacionou ao seu lado. No segundo seguinte, a porta do carona já estava aberta, e ela não pode deixar de notar o olhar do Original sobre si.

Ali estava, e não havia como não notar, o amor que ele dizia sentir por ela, transbordando de seus olhos castanhos e a aquecendo como um alvorecer de verão.

E por mais que seu primeiro impulso fosse lhe sorrir em resposta e se atirar em seus braços, nada disso aconteceu. A garota se sentiu invadida por um gélido sentimento de culpa e arrependimento, o que a fez baixar o olhar no instante seguinte. Não conseguia encará-lo sabendo que não o merecia.

– Soph? – a voz de Elijah chegou como um abraço, envolvendo-a. – Está se sentindo bem?

– Eu... Não precisa se preocupar, estou bem – a loira responde, sem muita convicção. – Podemos ir? – questiona ao bater a porta, ciente de que o olhar dele permanecia em seu rosto.

– Claro, podemos sim – diz ele, após um suspiro, dando partida no carro.

O trajeto até a Mystic Falls High foi percorrido em total silêncio, pontuado pelos olhares furtivos que Sophie lançava a Elijah vez ou outra. Num desses momentos, a garota foi surpreendida pelo Original, e não pode evitar o vermelhão que tomou seu rosto em seguida.

– Por que estamos aqui? – ela questiona alguns minutos depois, ao saltar para o pátio da escola.

– Meus irmãos já estão à nossa espera – o moreno responde, aproximando-se. – Achei que aqui teríamos um pouco mais privacidade – completa, estendendo a mão para que ela o acompanhasse.

Aquele pequeno gesto fez a garota congelar no lugar e lágrimas brotarem em seus olhos. Seu olhar ia da mão estendida para os olhos de Elijah, e isso só a fazia se sentir pior. O Original até tentou se aproximar para acalentá-la, mas Sophie se afastou.

– Eu menti, Elijah! Não estou bem – ela dispara a falar. – Eu vi você com a Elena, me senti traída e quis dar o troco. Eu beijei o seu irmão! Traí você e o Kol ao fazer isso, e me sinto péssima. Tive uma noite horrível, onde eu perdia você de várias maneiras diferentes... Perdi a conta de quantas vezes acordei chamando seu nome – Sophie confessa aos soluços, deixando as lágrimas caírem livremente. – Então voltei à realidade só pra descobrir, por acaso, que posso mesmo perder você! E apesar de eu ser uma pessoa horrível, você ainda consegue olhar em meus olhos e mostrar um amor que eu não mereço! Você deveria me odiar, Elijah...

– Hey Soph, acalme-se – o Original murmura, envolvendo-a num abraço. – Jamais poderia odiá-la, menina. Tentei uma vez, lembra-se? E falhei miseravelmente. Eu amo você, e nada mais poderá mudar isso! – completa, unindo seus lábios aos dela delicadamente e sentido o gosto salgado das lágrimas da garota.

– Eu nem mesmo mereço você...

– Shhhh... Vai ficar tudo bem, eu prometo.

– Você não pode me prometer isso – Sophie sussurra, o rosto ainda escondido no peito dele. – E esse é o motivo para estarmos aqui agora, Elijah.

– O que quer dizer com isso? – ele indaga, fazendo a garota encará-lo.

– Sua mãe...

****************

Em menos de cinco minutos, os dois alcançaram a sala onde Klaus e os outros já os aguardavam, ansiosos. O primeiro a correr até Sophie foi Stefan, com uma ruga de preocupação lhe marcando a testa.

– Por onde você andou, mocinha? – diz ele, puxando-a para um abraço. – Estava chorando? – indaga, ao notar os olhos vermelhos da prima.

– Isso não é importante agora, Stef.

– Você é sempre importante, baixinha! – o vampiro retruca, com uma sombra de sorriso brincando em seus lábios.

– Mas acho que nesse momento existem coisas mais urgentes – Klaus alega, sentando-se sobre uma das mesas -, ou não estaríamos reunidos aqui. Então Soph – diz ele, olhando diretamente para a garota -, o que tem para nos contar?

O silêncio imperou na sala pelo que pareceu uma eternidade, enquanto Sophie buscava a melhor maneira de dizer o que precisava. Em forma de apoio, Elijah tomou uma das mãos da garota na sua, gesto que a fez se sentir um pouco mais segura para começar a falar.

– Esther não voltou para perdoá-los, nem para reunir a família ou ser a mãe que não foi quando vocês eram apenas humanos – a loira começa, olhando para cada um dos vampiros Originais. – E também não veio com o único propósito de matar você, Klaus – exclama, ao ver que o híbrido fazia menção de interrompê-la. –Recordam-se do brinde na festa de ontem? Ele serviu para uni-los como um só, o que significa que o que acontecer a um de vocês, acontece com os outros. Desse modo...

– Esther só precisa matar um de nós para que todos sejamos mortos – Rebekah completa, em tom sombrio.

– Vocês esquecem que a única arma capaz de nos fazer queimar se foi junto com Mikael? – Klaus questiona, colocando-se de pé. – Nem mesmo Esther será capaz de nos matar.

– Ela será capaz, no momento em que voltarem a ser humanos – diz Sophie, seriamente. – Ela os transformou em imortais, e deve ser uma das poucas pessoas capazes de desfazer isso, não é?

– Conhecemos Esther e sua maneira ardilosa de fazer as coisas – Elijah argumenta, dando um passo à frente. – Ela é poderosa, sabemos disso; e se quiser nos matar, encontrará uma maneira.

– O que fazemos então? Esperamos a morte de braços abertos enquanto enchemos a cara no Mystic Grill? – Kol indaga, sarcástico, falando pela primeira vez desde a chegada de Sophie.

– Claro que não! Vamos encontrar uma maneira de impedi-la – Klaus responde com confiança.

– Como? Nem mesmo sabemos por onde começar – diz Rebekah, agora aninhada nos braços de Stefan. – Aliás, como foi que descobriu isso tudo, Soph?

Sophie não conseguia encará-la para responder àquela pergunta. Não conseguia encarar nenhum dos Originais, de maneira que seu olhar disparou direto para Stefan em busca de auxílio. Desejava desesperadamente que o primo fosse capaz de ler seus pensamentos, afinal, ambos sofreriam se algo acontecesse a Damon.

De alguma maneira, Stefan pareceu entender o motivo do temor da garota, e foi possível ver uma sombra de dor transpassar seu olhar. Com um aceno quase imperceptível, ele a encorajou a responder, já que não havia maneiras de fugir daquilo.

– Sophie? – Rebekah volta a chamá-la, apreensiva.

– Eu ouvi Elena contando ao Damon hoje mais cedo, na mansão dos Salvatore – ela responde por fim, com um suspiro de pesar. – Como ambos, com a ajuda de Bonnie, libertaram Esther, ela achou que meu primo deveria saber dos detalhes sórdidos da armação.

– Por que a garota Gilbert está sempre envolvida em nossos problemas? – o híbrido indaga, com o rosto retorcido pela raiva. – Doppelgängers são sinônimos de problemas, não há outra explicação!

– Primeiro Tatia, depois Katherine e agora Elena... – Kol às lista, como se fosse mesmo possível esquecê-las. – Deve ser uma de nossas maldições particulares – completa, com um sorriso cansado.

– Não vamos nos desviar do problema principal, irmão – diz Elijah, tomando a dianteira. – Como impediremos nossa mãe de cumprir o que deseja?

– Partimos do princípio de que as coisas podem ficar bem feias – Klaus responde, olhando diretamente para Sophie. – Talvez eu não possa cumprir a promessa que lhe fiz, nossa sobrevivência vai depender disso.

– Mas Damon... – ela murmura, ao entender sobre o que o híbrido falava.

– Garanto que o manteremos a salvo, a menos que não tenhamos outra opção – diz Elijah, adiantando-se ao irmão.

– Não tocamos no garoto Salvatore, anotado – resmunga Kol, cruzando os braços. – E depois?

– Eu tenho um plano! – diz o híbrido, com convicção. – Rebekah... mantenha seu namorado e sua adorável prima longe de confusões, por favor – continua, erguendo as mãos para silenciar Stefan no segundo seguinte, visto que ele parecia querer se opor. - Kol... vá em busca de nosso irmão. Algo me diz que Finn pode estar metido nisso. Enquanto isso, Elijah e eu teremos uma conversinha com uma certa bruxa e a faremos colaborar, mesmo contra a sua vontade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso aí, galerinha. Até mais!


xoxo