Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 42
Capítulo 42 - Vamos Recomeçar?


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoinhas!

Bem, se havia alguém com saudades do Tefinho, esse é o momento de reencontrá-lo! :)



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Rebekah sentia-se mais livre e confiante após sua conversa com Elijah. Mesmo que tenha passado tanto tempo distante dele, ainda compartilhavam de uma cumplicidade que a garota não tinha com os outros irmãos, por mais que já tivesse aprontado muito ao lado de Klaus e Kol. Com Finn as coisas sempre foram diferentes, ele fora sempre sério demais, distante de grande parte das pessoas que eram próximas a eles, mesmo ainda quando não passavam de crianças humanas.

A vampira gostava de acreditar que o que a tornava tão mais próxima do irmão mais velho fosse o fato de ambos ainda acreditarem em amor. Tanto Rebekah quando Elijah cultivaram sentimentos por várias décadas, transpondo a marca dos séculos, sem deixar que a solidez do que sentiam fosse abalada por quem quer que fosse.

Mesmo que soubesse que a história do irmão tivera um desfecho bem mais trágico, e que ele precisava agora se permitir afeiçoar-se e amar aquela outra garota que tirava seu sono, o destino da Original não fora assim tão cruel.

Ainda assim, ver Stefan, o rapaz pelo qual ela fora apaixonada há tantas décadas atrás, comprometido com outra pessoa não era nada fácil. Mesmo que ele a tenha olhado com tanto carinho na última vez em que haviam se visto, sabia que Elena era parte importante da vida dele, mesmo que custasse admitir o fato para si mesma.

Mas algo em seu íntimo lhe dizia para colocar todas as cartas na mesa, confrontar Stefan e descobrir de uma vez se podia nutrir alguma esperança em relação a eles, ou se deveria enterrar tudo que sentia no lugar mais profundo de seu peito e agir como se não se importasse com ninguém além dela mesma.

Com uma ideia em mente, a garota subiu para apanhar algumas coisas em seu quarto, passando pelo escritório em seguida para pegar com Elijah as chaves do carro. Seu próximo pedido seria um carro só para ela, com certeza, e Klaus que não se atrevesse a questioná-la sobre aquilo! Afinal, se Kol ganhara uma moto, por que ela precisava depender de carona? Tudo bem que era dotada de velocidade e força além das normais, mas as roupas não acompanhavam sua quase indestrutibilidade, certo?

Após balançar a cabeça levemente para espantar aqueles pensamentos não tão importantes para o momento, Rebekah deu partida e seguiu rumo ao seu destino, torcendo internamente para que estivesse realmente fazendo a coisa certa.

Alguns minutos depois, que para ela pareceram uma pequena amostra de “eternidade”, a garota finalmente pôde estacionar em frente à imponente mansão da família Salvatore, e por alguns instantes, uma estranha sensação de “borboletas nos estômago” se fez presente, deixando-a ainda mais ansiosa e confusa.

A Original respirou fundo mais algumas vezes antes de desembarcar do carro e seguir até a porta da frente. Com passos vacilantes, ela alcançou a porta, e quando estava prestes a bater, a mesma foi aberta por um Stefan um tanto confuso, mas com um sorriso luminoso nos lábios.

– Rebekah? O que faz aqui em pleno domingo? – ele questiona curioso. – Não deveria estar fazendo algum programa de garotas, como compras ou salão de beleza?

– Bem, posso voltar em outra hora, se preferir – ela responde, já se virando para ir embora.

– Não, espere! – diz Stefan, segurando o pulso dela delicadamente. – É que, bem... Eu só não esperava vê-la hoje. Mas entre, fique à vontade – completa, dando passagem para que a garota entrasse.

A loira encaminhou-se até o centro da sala principal, parando em frente a um dos sofás. Stefan seguiu seus passos de perto, e no segundo seguinte, estava ao lado dela. O rapaz ainda a encarava com uma expressão de curiosidade, mas como não queria parecer um ser desprovido de educação, fez sinal para que ela se sentasse antes de lhe fazer qualquer questionamento.

Assim que ambos estavam devidamente acomodados, o vampiro se sentiu livre para falar.

– O que lhe trouxe até aqui, Bekah?

– Achei que deveríamos começar logo o trabalho de literatura, já que nossos planos iniciais foram frustrados pela namorada agora morta do meu irmão – ela responde, com um leve dar de ombros.

– Entendi... – Stefan responde, levemente desapontado com a resposta dela. – Vou buscar minhas coisas, volto num instante – completa, disparando escada acima.

Enquanto aguardava o regresso do rapaz, Rebekah ficou se xingando mentalmente pelo que dissera. “Ótima maneira de começar uma conversa, não? Tinha como ser menos interessante?”, ela resmunga, abrindo o livro com um pouco mais de força do que o necessário e fazendo uma das folhas flutuar até atingir o chão.

– Oh droga!

– O que houve? – pergunta Stefan, que acabara de voltar à sala. – Esqueceu algo em casa, é isso?

– Não, não... Eu rasguei esse livro idiota sem querer – ela responde num meio rosnado, apanhando a folha que caíra e tentando encontrar o local a que pertencia.

– Hey, não ofenda os livros! Eles não têm culpa se você é um desastre com esses pobres amigos de papel – diz ele, largando suas coisas de qualquer maneira sobre a mesa de centro e tirando o livro das mãos da garota em seguida. – Um pouco de fita adesiva deve resolver esse probleminha.

Assim que os reparos foram feitos, Stefan estendeu o livro para Rebekah, que encarava as próprias mãos pousadas sobre seu colo. Como ela não fez sinal algum, o rapaz colocou o livro junto de suas coisas e tocou o rosto da garota em seguida, fazendo com que ela o encarasse.

– Você está bem? – ele questiona, visivelmente preocupado.

– Stef... Eu não vim até aqui por conta desse trabalho estúpido. Mas essa era minha melhor desculpa, entende?

– E se não veio pelo Gatsby, qual o motivo real?

– Você... – ela responde simplesmente, desviando o olhar para que ele não visse que algumas lágrimas teimosas insistiam em brotar em seus olhos claros.

– Olhe pra mim, Bekah – Stefan pede, envolvendo o rosto dela com suas mãos. – Aprecio muito mais esse motivo, sabe? – completa, com um sorriso.

– Isso é sério? Mas... E quanto à sua namorada, a doppelgänger?

– Elena agora é minha ex-namorada, terminamos na sexta. A situação estava se tornando insustentável.

– Bem, eu seria uma grande mentirosa se dissesse que sinto muito, certo? – diz ela, tentando conter um sorriso. – Não me leve a mal, mas foi uma das melhores notícias que recebi nos últimos tempos – e agora ela sorria, mesmo sabendo que não era o momento mais adequado.

– Não levarei a mal, pode ficar tranquila. Além do mais, o término também me fez muito bem, foi como se tivesse tirado um grande peso de cima de meus ombros.

– Seus ombros são mesmo muito bonitos para carregar peso extra – Rebekah sussurra, levando suas mãos aos ombros do rapaz e deslizando-as pelos bíceps bem definidos de Stefan, recolhendo as mãos no segundo seguinte, assim que a consciência de seu gesto a atingiu. – Desculpe – ela murmura, sem encará-lo.

– Não precisa se desculpar, ok? – diz ele, acariciando o rosto dela e se aproximando lentamente.

– Vim até aqui hoje para descobrir se valia à pena esperar por você ou se deveria tentar esquecê-lo e seguir em frente.

– E a que conclusão chegou? – o rapaz questiona, agora com o rosto ainda mais próximo do rosto dela, a ponto de já sentir a respiração irregular dela tocando sua pele.

– À conclusão de que o amo tanto que seria capaz de esperar por quantos séculos fosse preciso para estar perto de você, Stefan. Não seria capaz de esquecê-lo! Preferiria passar o resto da eternidade trancada em um caixão, do que saber que jamais ficaríamos tão próximos quanto estamos agora.

– E é isso que quer? Continuar de onde paramos?

– Não – ela responde baixinho. – Somos pessoas totalmente diferentes agora, não daria muito certo na minha opinião. Deveríamos ter um novo começo Stef, amar da maneira que somos hoje, e não da maneira que fomos naquela época.

– Sabe... Se por um lado tenho vontade de odiar Klaus por ter me feito esquecer você, por outro quase posso agradecê-lo pela oportunidade de vivenciarmos algo tão verdadeiro quanto o que tivemos, mas sob uma nova perspectiva – diz ele, encarando-a com ternura e ajeitando uma mecha de cabelo dela atrás da orelha. – Continuo amando você Rebekah... – completa, diminuindo de vez a distância que ainda os separava e unindo seus lábios aos dela calmamente, sentindo-a envolver seu pescoço em seguida e puxá-lo para ainda mais perto, como se quisesse recuperar todos os anos em que estiveram separados.

************

Alaric descia as escadas ainda meio cambaleante, afinal, fora acordado pelos gritos de Elena. Ao alcançar o térreo, pode ver a garota abraçada ao irmão caçula, soluçando copiosamente.

– O que houve aqui? – ele questiona ao se aproximar mais e ver a camisa de Jeremy manchada de sangue.

– Klaus! Foi isso que aconteceu! – a garota responde com a voz embargada. – Aquele maldito o feriu quando estava sem o anel, Ric! E se Jer não voltar? Não posso suportar a ideia de perder o resto da minha família...

– Isso não faz sentido para mim, mas vamos manter a calma, ok? – diz Ric, ajoelhando-se ao lado do garoto para verificar seus batimentos cardíacos e chegando à conclusão de que não havia nada ali para ser sentido. Com pesar, ele ergueu o olhar até Elena para continuar com seus questionamentos. – Ele estava com o anel antes de morrer, Elena? Porque se estava com ele, as chances de que a situação se reverta é bastante grande.

– Estava, mas por uma fração de segundos. Acha que vai dar certo?

– Claro que vai, essa é a mágica do anel Gilbert, não é? Mas explique-me... O que Klaus estava fazendo aqui?

– Veio tirar satisfações por algo que pegamos na mansão dele.

– Espere... O quê? – Alaric questiona confuso, encarando a garota como se ela tivesse dito alguma sandice.

– Damon, Bonnie e eu fomos à Mansão Mikaelson na sexta à noite e encontramos algo que, aparentemente, vai nos ajudar a tirar Klaus das nossas vidas de uma vez.

– E você fez isso sem me dizer nada? – diz ele, erguendo-se revoltado. – Não me admira nada Klaus ter aparecido por aqui e ferido o Jeremy pra conseguir a informação que queria!

– Está dizendo que a morte do meu irmão é culpa minha?

– Estou dizendo que vocês três foram irresponsáveis, e Jer é que teve de arcar com as consequências. Agora me deixe levá-lo até o sofá, o garoto deve acordar em breve e é melhor que esteja um pouco mais confortável.

Elena afastou-se para que Ric levasse seu irmão até o sofá, e levemente irritada por ter sido acusada pelo que acontecera, subia as escadas correndo até seu quarto, onde apanhou o celular e discou para Bonnie. Após alguns toques, a voz da bruxa ecoou pela linha.

– Elena? Aconteceu alguma coisa?

– Klaus sabe que estivemos na mansão.

– O quê? Mas como? – a garota indaga perplexa, chamando a atenção de Damon, que a encarou curioso.

– Parece que deixamos algo para trás. Ele encontrou um botão, e isso o trouxe até a minha casa.

– Isso é sério? – Damon questiona, se fazendo ouvir através do celular. – Elena foi tão estúpida a ponto de perder um botão e nos dedurar?

E se por um instante a garota ficara enciumada por saber que Bonnie e Damon estavam juntos, no segundo seguinte ela sentiu vontade de explodir em fúria por conta das palavras duras do vampiro. Elena respirou fundo algumas vezes antes de voltar a falar, fazendo de conta de que não ouvira nada daquilo.

– Ele ameaçou matar o Jer, Bonnie! Tirou o anel da mão do meu irmão e o feriu! Não tive escolha a não ser dizer onde escondemos o caixão que tiramos da mansão.

– Jeremy está bem? – a bruxa questiona visivelmente preocupada, para desconforto de Damon.

– Alaric garantiu que ele ficará bem, e...

– Escute – Bonnie a interrompe, - Klaus não poderá fazer nada, mesmo sabendo onde escondemos o caixão. Ele não poderá vê-lo, então não terá como tirá-lo de lá. Além do mais, os espíritos não vão deixar que ele entre e saia de lá totalmente impune.

– Eles vão impedi-lo? – Elena pergunta, verdadeiramente espantada.

– Vão tentar, ao menos!

– Mas e se ele levar uma bruxa? Klaus afirmou que encontraria uma!

– Então precisaremos ser mais rápidos do que ele – a bruxa afirma. – Temos de ir, te ligo mais tarde – ela completa, sem dar chance para que a amiga dissesse mais alguma coisa.

Elena ficou encarando o celular por alguns minutos, completamente sem reação. Estava pasma pela atitude da amiga, curiosa para descobrir o que ela e Damon estava aprontando e ainda mais desconfiada por ter sido mantida de fora.

– Já perdi Stefan para a Sophie, agora vou perder Damon para a Bonnie? – ela se questiona, fervilhando de raiva. – Eu realmente não mereço isso! – completa, largando o celular e dirigindo-se ao banheiro, onde tomaria um banho para se livrar das roupas sujas e do cheiro enjoativo do sangue.

*********

Após o telefonema de Elena, o clima dentro do carro ficou visivelmente mais pesado. Damon segurava o volante do Camaro com uma força exagerada, enquanto Bonnie apenas observava a paisagem através da janela.

– Jeremy vai ficar bem? – o vampiro questiona, tentando quebrar o gelo que se formara entre eles.

– Elena disse que vai sim. Mas vamos focar no que nos trouxe até aqui, ok? Estamos bem longe pra nos desconcentrarmos e cometermos algum erro estúpido!

– Parece que dessa vez estamos de acordo, bruxa.

– Aliás, ainda estamos muito longe da casa de Abby? – Bonnie pergunta, sentindo uma estranha sensação de ansiedade.

– Não muito – ele responde simplesmente. – Mais alguns minutos e terei a incrível oportunidade de presenciar um emocionante reencontro de mãe e filha.

– Está sendo desagradável, Damon. Tem noção disso, certo? – mas como ele apenas deu de ombros, a garota prosseguiu. – E não será um reencontro de mãe e filha. Estamos indo até Abby porque precisamos dela para deter Klaus.

– Ahan, e eu sou descendente direto de Maomé! Qual é Bonnie? Quer mesmo que eu acredite que reencontrar sua mãe não vai mexer nem um pouquinho com você?

– Esse não é o motivo que nos trouxe até aqui.

– E daí? Você é humana, tem sentimentos! Acha mesmo que será capaz de contê-los quando ficar frente a frente com ela?

– E por que isso te importa, afinal? Quer que eu peça para darmos meia volta e voltarmos à Mystic Falls?

– Não é nada disso, bruxinha – Damon responde, finalmente estacionando o carro. - Só quero que pense primeiro em você ao menos uma vez. Sempre coloca os outros à frente dos seus próprios problemas. Está na hora de fazer algo por si mesma, Bonnie!

– Não sei se quero lidar com isso agora – ela responde, encarando as próprias mãos.

– Acho bom decidir logo, pois acabamos de chegar – diz ele, envolvendo uma das mãos dela e fazendo-a encará-lo. – Está pronta pra isso?

– Isso não importa muito, afinal, temos uma missão a cumprir.

– Então vamos lá!

Após desembarcarem do carro, os dois seguiram lado a lado até a porta da frente. Depois de uma rápida olhada ao redor para se certificar de que ninguém os havia seguido e que não havia ninguém nas redondezas, Damon bateu à porta, passando o braço sobre os ombros de Bonnie em seguida para encorajá-la a prosseguir.

Assim que a porta foi finalmente aberta, o vampiro pode perceber o quanto a pulsação da garota ao seu lado acelerou, e isso o fez tomar a dianteira por ali.

– Abby Wilson? Ou eu deveria dizer Abby Bennett?


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Notas finais do capítulo

É isso aí, os aguardo nos coments, viu?

Até mais...

xoxo



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