Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 38
Capítulo 38 - O Que Fazer No Sábado?


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha! :)

Sabe, vocês ficaram tão empolgados com o final do último capítulo que estou até meio temerosa quanto à reação de vocês a este aqui... O.O

Só peço que não queiram me matar, ok?



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Sophie passara boa parte da manhã de sábado na cama, recuperando-se dos acontecimentos do dia anterior. Recebera a visita surpresa de Kol logo cedo, discutira com o Sr. Saltzman ao fim da aula de história, fora até a mansão dos Mikaelson e vira Sage ser morta, além dela mesma ter sido atacada por Finn. À noite, fora ao Grill com Stefan e Caroline, tivera seus quinze segundos de fama e então, havia Elijah.

O Original a socorrera mais cedo na mansão, para depois assistir sua apresentação ao lado do primo sobre o palco do restaurante. E ele a beijara, duas vezes no mesmo dia. Justo ele que havia dito que não queria aproximação nenhuma, fora aquele que quebrara a tal regra.

A garota sentia-se totalmente confusa com aquilo tudo. Não que não tivesse gostado da proximidade entre ela e Elijah. Poderia até dizer que, lá no fundo, ansiava por aquilo desde a primeira vez que o vira, ainda na Itália.

Mas nada conseguia apagar de sua mente a visão que ela teve de Kol logo após aquele segundo beijo entre ela e o mais velho dos Mikaelson. O garoto parecia tão magoado, surpreso e machucado, que Sophie arrependeu-se por ter permitido aquela situação no mesmo momento. Ele era importante para ela, e doía em seu coração feri-lo, por mais que não fosse intencional.

Por mais que tivesse se encantado imediatamente com o gesto singelo de Elijah, e que quisesse repeti-lo vezes sem conta nesta e nas outras vidas, a sensação de que havia traído Kol de alguma maneira lhe assombrava, e fora um dos motivos para seu sono ser tão conturbado.

Já passavam das onze da manhã e Sophie ainda estava enrolada em seus cobertores. Caroline já havia ligado uma porção de vezes, e em todas elas a garota dava a desculpa de estar cansada demais para as compras ou qualquer outro programa que a loira programara. Tudo que queria era afundar no colchão e desaparecer por alguns séculos, até que o mundo voltasse a fazer sentido. Aparentemente, a veia dramática não era exclusividade dos Forbes...

Stefan era outro que já procurara pela garota logo cedo, enchendo sua caixa de mensagens com sms’s chamando-a para passar o dia na mansão, já que Damon saíra logo cedo sabe-se lá Deus para onde. E não convencido com a resposta de “Estou exausta, mas passo aí à noite”, o rapaz a intimara a estar pronta para sair as onze em ponto, ou levaria um banho de água gelada. Por sorte, parecia que ele havia esquecido da ameaça. Ao menos era nisso que Sophie acreditava.

- Hey dorminhoca, saia logo dessa cama! – diz um Stefan sorridente, puxando os cobertores para longe. – Não pode ficar trancada aqui o dia todo, sabe?

- Mas como foi que você entrou aqui? – a garota pergunta assustada, tentando puxar os cobertores de volta, em vão. – Lembro de ter trancado a porta quando cheguei.

- Vou lhe contar um segredo – ele cochicha, abaixando-se ao lado dela. – Eu sou um vampiro, posso entrar pela janela com uma facilidade incrível.

- Em outras palavras, você invadiu! Muito bonito, hein? E se alguém tivesse visto? Não era mais sensato bater na porta e esperar até que eu fosse abri-la?

- Ninguém me viu, fique tranquila. Passei longe dos olhos dos irmãos Mikaelson – o rapaz explica, aproveitando para pegar no pé da garota, que apenas bufou e girou os olhos com aquele comentário. - E bem, se eu tivesse de esperar por você, estaria lá até agora, então...

- Você não presta, garoto – Sophie resmunga, batendo nele com um travesseiro. – Mas explique: o que quer de mim de tão importante que o obrigou a invadir meu apartamento?

- Te levar em um passeio, só isso.

- Está de brincadeira, não é?

- Na verdade, não – ele responde, sentando-se na beirada da cama. – Sei que está confusa Soph, posso ver nos seus olhos. Aliás, você praticamente fugir do Grill ontem a noite também é uma boa pista. Quero levá-la pra longe disso tudo. Topa? Seremos só você e eu, agindo como típicos adolescentes humanos.

- Você não é um típico adolescente, Stef...

- Serei se abdicar de todos os meus dons extras por algumas horas. E aí, convencida?

- Ok, você venceu! Me dê cinco minutos pra trocar de roupa – a garota responde, finalmente sentando e colocando os pés para fora da cama. – Aliás, o que eu devo vestir?

- Roupas confortáveis. Jeans, camiseta e tênis. É ao ar livre, sabe? Nada de glamour.

- Caroline não aprovaria isso.

- E é por isso que seremos só nós dois – diz Stefan, com um sorriso. – Enquanto se arruma, vou preparar algo pra você comer. Te espero na cozinha – completa, deixando o quarto da prima.

**********

A alguns quilômetros dali, mais precisamente na casa do Gilbert, Damon, Bonnie e Elena se viam rodeados por vários livros antigos, tentando encontrar uma solução para o novo problema em um dos muitos grimórios das bruxas Bennett.

- Estamos nisso há horas – o vampiro reclama, colocando o livro que tinha em mãos no chão do quarto de Elena e apanhando outro, tão velho quanto o primeiro, na pilha dos que faltavam ser analisados. – Por que não aceitamos logo a primeira e única opção que temos e acabamos de vez com essa tortura? Você mesma disse que a macumba mostraria o livro certo! Pois bem, é aquele ali – diz ele, apontando para o grimório sobre a cômoda, – e vocês insistem em continuar lendo essas coisas roídas por traças!

- Pelo simples fato de que a nossa única opção requer mais uma bruxa da minha linhagem de sangue. E, se acaso não se lembra, minha avó morreu – Bonnie responde, encarando-o brava.

- E você por acaso é filha de chocadeira? Sua mãe não serve?

- Damon, Bonnie não vê a mãe há anos. Não sabemos sequer onde ela está – diz Elena, ao ver a expressão de espanto da amiga. – Temos de procurar outra coisa!

- Eu não tinha como saber, certo? – ele responde, sentindo-se estranhamente culpado pelo que havia dito. – Bem, desculpe Bonnie... – completa, num sussurro quase inaudível.

- Tudo bem... – diz a bruxinha, partindo rapidamente para uma nova linha de raciocínio. – Mas sabe que sua ideia pode até não ser uma completa idiotice? Mas também ia dar um pouquinho de trabalho. Encontrar Abby pode não ser uma das tarefas mais simples...

- Tem mesmo certeza de que quer remexer no passado? – Elena questiona, temerosa.

- Aparentemente, o feitiço que encontramos é o único que vai surtir o efeito necessário. Se encontrar Abby é o que precisamos para que dê certo, acho que é um preço pequeno a pagar. E bem, é a única coisa que temos no momento.

- Então chega de revirar livros velhos – Damon responde, fechando o grimório que tinha em mãos com uma força um tanto excessiva. - Vamos atrás da outra bruxa!

**********

Longe dali, na mansão dos Mikaelson, Kol arrastava-se pelo corredor do andar superior em direção às escadas. Por algum motivo que ele não conseguia identificar - afinal, era um vampiro com mais de mil anos -, estava se sentindo estranhamente cansado. Esquecer o mundo lá fora e apenas dormir era uma ideia realmente tentadora, mas estaria indo totalmente contra si mesmo se passasse o dia todo na cama. Afinal, permaneceu preso em um caixão por décadas, privado de viver e fazer o que bem entendesse.

Então, se afogar em um mar de auto piedade e muito whisky lhe parecia uma ótima opção. Ao menos, estaria sofrendo na companhia de algo que o reconfortaria, mesmo que o efeito do álcool em seu organismo não fosse durar muito tempo.

Distraído em seus pensamentos, só se deu conta de que o irmão estava sentando em um dos sofás, com um livro em mãos, quando alcançou o térreo. Infelizmente, era tarde demais para dar meia volta e correr de volta ao quarto, pois no instante que seus pés tocaram o piso da sala, Elijah voltou sua atenção para ele.

- Se eu não lhe conhecesse bem, além de ser impossível, diria que está doente irmãozinho – diz o mais velho, fechando o livro por alguns instantes. – O que houve com você?

- Está mesmo me fazendo essa pergunta? – Kol questiona, perplexo. – Você é realmente lerdo ou está sendo cínico?

- Do que está falando?

- Se você não consegue descobrir, não serei eu a explicar... – o rapaz responde, dirigindo-se ao escritório, onde tinha certeza de que encontraria algumas garrafas do melhor whisky que o dinheiro pode comprar.

Acabara de encher e virar o primeiro copo quando Elijah parou ao seu lado, encarando-o com um olhar inquisidor. Kol apenas girou os olhos com a atitude do irmão e voltou a se servir, bebendo a dose novamente num único gole.

- Está agindo como um pirralho de doze anos, sabe? Adoraria que me explicasse o porquê de todo esse mau humor matinal.

- Tecnicamente, eu tenho dezenove. Mas sabe o que dizem: garotos demoram mais tempo para amadurecer – o mais novo responde, com um dar de ombros, apanhando a garrafa que abrira e encaminhando-se de volta à sala principal.

Elijah observou o irmão se afastar em velocidade humana, bebendo whisly direto da garrafa. Viu o exato momento em que o rapaz se esparramou no sofá e atirou o livro que o mais velho lia, há apenas alguns instantes atrás, na direção da lareira, parando bem à frente dela. Por sorte não havia fogo crepitando ali, e o objeto estava a salvo, ao menos por hora.

Frustrado com a atitude de Kol, o mais velho respirou fundo mais uma vez, na tentativa de manter-se sob controle. Afinal, não queria comprar mais um briga em família tão cedo. Finn já havia deixado a cidade após a morte de Sage, e a ideia do mais novo tomar o mesmo rumo não agradava Elijah.

Levara tempo demais para ter sua família reunida mais uma vez, e não queria passar mais um século fazendo as pazes com os irmãos.

- Achei que só as garotas sofriam com a TPM... – ele comenta, abaixando-se para apanhar seu livro.

- Você poderia ao menos parar de bancar o irmão preocupado, não acha? Está me irritando.

- Só para constar, não estou fingindo qualquer tipo de sentimento.

- Mesmo? Não era você que iria se manter afastado da menina Salvatore? – Kol pergunta, colocando-se de pé e elevando o tom da voz. – No meu entendimento, beijar Sophie não é se manter distante dela!

- Então é esse o motivo do mau humor? Meus sentimentos por ela incomodam você?

- Está vendo? Acabou de admitir que está sim se apaixonando por ela! É tão cego a ponto de não perceber isso?

- Não estou...

- Eu gosto dela, irmão! Sou apaixonado por essa menina desde o primeiro momento em que meu olhar encontrou o dela, naquele bendito jantar beneficente na mansão dos Lockwood. E o que você faz? Interfere de maneira desleal!

- Não venha falar de lealdade comigo, Kol! – e agora era a voz de Elijah que se elevava. – Não é como se eu me apaixonasse pela sua noiva, irmãozinho – completa, vendo o rosto de Kol assumir uma expressão de surpresa.

- Do que está falando?

- Realmente acha que não percebi o que você sentia em relação à Sofia, a garota pela qual a minha vida voltou a fazer sentido? Acha mesmo que eu não notei a dor dilacerante em seu olhar no dia em que ela morreu?

- Eu só... Só descobri que aquela era Sofia depois de já ter me encantado por ela. Não foi de propósito, se é o que está insinuando!

- Eu sei, e acredito em você. E não é justo você me julgar por cair nessa mesma armadilha – Elijah responde, aproximando-se de Kol. – Não pedi por nada disso, mas também não consigo mais fugir dela. Ela pode não ser minha Sofia, mas é tão encantadora quanto.

- Então os irmãos Mikaelson estarão, mais uma vez, apaixonados pela mesma mulher. Que carma ruim, não acha? Primeiro, você e Klaus amavam Tatia. Depois, eu e você nos apaixonamos por Sofia. E não contentes, voltamos a repetir a dose com Sophie.

- Deve ser o efeito colateral de se amar uma doppelgänger... Não que a menina Salvatore seja uma, mas chega bem próxima disso.

- Espero que não se importe se eu não desistir da Sophie, irmão.

- Bom, eu digo o mesmo – Elijah responde, voltando novamente sua atenção para o livro, enquanto o mais novo encaminhava-se às escadas com sua companheira, a garrafa de whisky.

********

Alheio ao que acontecia na mansão, Klaus aguardava a irmã sair mais uma vez do provador com um novo modelito para mostrar à garota que os estava atendendo. Rebekah acordara com uma louca necessidade de ir às compras, e como seu cartão de crédito ainda não fora entregue, arrastou o irmão consigo até o shopping de uma das cidades vizinhas, Lynchburg.

O híbrido já estava na terceira ou quarta taça de champanhe quando sentiu um leve e familiar perfume no ar. Ao voltar-se para a entrada da loja, pode avistar Caroline Forbes há apenas alguns metros dele, já com algumas sacolas em mãos. Aparentemente, não fora apenas Bekah que acordara com disposição para gastar dinheiro.

Mas o que realmente surpreendeu Klaus foi o fato da garota estar aparentemente sozinha ali. Onde estava sua fiel escudeira, Sophie Salvatore? Afinal, elas estavam sempre juntas, e não ver a mais baixinha e invocada por ali o deixou em alerta. Será que havia acontecido algo?

Mesmo que achasse improvável, já que Caroline não deixaria a amiga por compras se algo ruim acontecesse, o híbrido levantou-se e se encaminhou em direção à vampira, que observava uma arara cheia de vestidos.

- Boa tarde, Srta. Forbes – ele cumprimenta, com um sorriso caloroso. – O que faz perdida por aqui?

- Ah, olá Klaus! Se não notou, estou num dia de consumismo desenfreado – a garota responde, apontando sutilmente para as sacolas que trazia consigo. – E você, o que faz numa loja de roupas femininas?

- Estou acompanhando Rebekah, que muito provavelmente está afogada em blusas e saias para demorar tanto tempo no provador – diz Klaus, olhando para o lugar onde a irmã se enfiara há vários minutos atrás.

- É muito gentil de sua parte acompanhá-la

- Na verdade, não tive muita escolha. Bekah precisa do meu cartão de crédito, sabe?

- Entendo perfeitamente – diz Caroline, com um sorriso.

- Aí está você irmão – Rebekah exclama, com ambas as mãos na cintura. – E prazer em vê-la, Caroline.

- Igualmente. Aliás, adorei a blusa!

- Sério? Acha que combina comigo? Estou meio em dúvida... Ainda não me acostumei bem às roupas desse século!

- Posso ajudá-la, se quiser...

- Seria perfeito! – a vampira Original responde, tirando as sacolas das mãos de Caroline e entregando-as para o irmão. – Cuide disso, Nik! – completa, puxando a garota pelo pulso em direção aos provadores, enquanto Klaus as observava de queixo caído, surpreso com a rápida interação entre aquelas duas.

- Garçom – diz ele, acenando para um rapaz uniformizado, - traga mais uma taça de champanhe, por favor. Acho que não sairei daqui tão cedo! – completa, largando-se novamente no sofá.


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Notas finais do capítulo

É isso aí pessoal, espero vocês nos comentários! :)


Até mais...



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