Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 36
Capítulo 36 - Compartimento Secreto


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!

Desculpem o sumiço, mais uma vez. Eu e uns amigos tivemos uns probleminhas com plágios, falta de créditos e coisas do tipo, então decidimos dar um tempo daqui. Espero que entendam, tá?

Afinal, não é nada legal você se dedicar a um projeto e vir alguém e se apossar das suas ideias e do seu trabalho como se fossem deles, né? Acho que ninguém gosta disso.

Com isso explicado, espero que alguém ainda queria continuar acompanhando a fic.

Aliás, esse capítulo é dedicado à minha little sis Emilie, que perguntou da fic lá no Twitter e acompanha ela desde o comecinho. Bjokas Emy! :)

Ah, outra coisa! A Second completou um ano no último dia 01º de outubro, então super obrigada a cada um de vocês que têm acompanhado e comentado na fic ao longo desses meses!

Agora, fiquem com o capítulo! :)



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Alfredo olhava de Sophie para Stefan como se estivesse vendo alucinações. Como se não bastasse ter uma cópia da irmã bem a sua frente, parecia que o irmão caçula também não estava vivendo na “santa paz do Senhor”, como o loiro acreditara por tantos séculos.

Stefan, por sua vez, encarava o rapaz tentando lembrar de onde o conhecia, já que lhe parecia estranhamente familiar. Precisou de alguns segundos para processar a informação, dando um passo para trás assim que a compreensão o atingiu.

- Este é mesmo Alfredo? O Alfredo, do retrato? – ele pergunta, olhando diretamente para a prima.

- Aparentemente, é o próprio. – a garota responde, com um suspiro.

- Espere... do que estão falando? E por que age como se não me reconhecesse, fratello? – essa era vez de Alfredo questionar, cruzando os braços e fazendo cara de poucos amigos. – Não lembro de ter lhe ordenado que esquecesse que tinha irmãos.

- Esse é Stefan Salvatore, meu primo para todos os efeitos. – diz Sophie, calmamente. – Pelo que sei, Guiseppe morreu em Torino há muito tempo. Se bem que isso não é garantia de nada, já que você também consta como morto nos registros da família.

- Você encontrou a “Bibbia Salvatore”? Aliás, como sabe disso tudo garota? Sei que não é minha irmã, mas como sabe tanto de minha família? – e agora seu tom era baixo e levemente ameaçador.

- Como você mesmo apontou, sou uma cópia quase perfeita da sua irmã, uma descendente do seu irmão mais novo, assim como Stefan e o irmão dele, Damon. Logo, sua família é minha família. – uma curta pausa, para conferir se Alfredo realmente prestava atenção no que ela dizia. – Há alguns meses, estive na Itália, na propriedade de Torino. Foi lá que descobri sobre todos vocês.

- E o tal retrato? Meu pai fez questão de queimar toda e qualquer recordação que pudesse ter do filho ingrato, Sophie. Vocês sequer deveriam saber meu nome!

- Seu irmão salvou um deles da fúria de Genaro. Esteve escondido por muitos anos, e nem mesmo sua mãe sabia da existência dele. Havia uma carta também, onde ele dizia sentir saudades dos tempos em que vocês eram bons irmãos, antes de você por o destino da família a perder, claro!

- Não tem o direito de falar assim, está ouvindo? – Alfredo murmura, pegando-a pelo braço e a trazendo para mais perto. - Você não sabe nada sobre mim, nem sobre como era minha vida naquela família.

- Acho melhor soltá-la, a menos que queira sair daqui sem um dos braços. – Stefan intervém, tocando o ombro de Alfredo e fazendo-o se afastar da garota. – Assim está bem melhor!

- Algum problema, Sophie? – indaga Elijah, parando ao lado da garota e envolvendo a cintura dela num meio abraço, de maneira protetora. Após o choque inicial pela aproximação repentina dele, ela limitou-se a acenar um “não” com a cabeça, vendo a dúvida passar rapidamente pelos olhos do Original. Em seguida, ele se voltou para os dois rapazes, demorando-se um instante a mais no de cabelos claros. – Mas vejam só o que temos aqui. Mais um dos fedelhos Salvatore! Achei que Damon e Stefan fossem tormento suficiente... Mas vejo que me enganei! Confesso que nem sequer desconfiava que fosse um de nós, Alfredo.

- Certo... Certo... E você, quem é? – o rapaz pergunta, visivelmente aborrecido com mais aquela interrupção.

- Elijah Mikaelson. Acredito que já tenha ouvido falar de mim...

- Mikaelson? Um dos Originais?

- Vejo que conhece a fama de minha família. Já é um começo, certo? Ao menos vai lhe impedir de cometer algum tipo de estupidez. Agora diga-me, Alfredo... o que faz em Mystic Falls?

- Soube que o cheeseburguer daqui é muito bom e resolvi tirar a prova. – Alfredo responde, com um leve dar de ombros. – Então, se não se importa, vou voltar pra minha mesa.

- Ah, o velho humor dos Salvatore... – diz Klaus, que chegava com Caroline naquele instante, impedindo o rapaz de se afastar. – Podem se passar séculos e mais séculos, mas vocês não mudam... incrível! Olá Alfredo, sou Klaus Mikaelson.

- Klaus? – diz ele, parecendo verdadeiramente espantado. – O que é isso afinal, uma reunião de família? – completa, com o resto de coragem que lhe sobrara.

***********

Após checar rapidamente se a mansão estava mesmo vazia, mesmo sob os protestos de Bonnie, que afirmava que estavam seguros por hora, Damon largou-se preguiçosamente no sofá da sala principal, apoiando as pernas sob o braço do estofado.

- O que está fazendo? – a bruxa questiona, encarando-o perplexa.

- Test drive! – diz ele, sem se alterar. – E posso dizer que o sofá é realmente confortável...

- Temos um trabalho a fazer aqui, esqueceu?

- Não, não esqueci. Aliás, tenho uma ótima memória... – o vampiro responde, finalmente encarando-a. – Acontece que não faço a mínima ideia do que devemos procurar, espertinha!

- Ele tem razão, Bonnie. Por onde começamos afinal? – Elena, que se mantivera atenta à porta da frente até aquele instante, indaga.

- Me deem uns minutos, ok? Preciso me concentrar.

E dizendo isso, a garota se voltou para a lareira, encarando as chamas sem sequer piscar enquanto murmurava palavras desconhecidas, tanto para Damon como para Elena. Foi com espanto que ambos viram as labaredas se movendo num ritmo que lembrava claramente uma dança, indo de um lado a outro ao som de uma música imaginária.

Instantes depois, sem qualquer tipo de aviso, as chamas simplesmente se apagaram, deixando o cômodo na mais completa escuridão, fato que fez com que Elena soltasse um grito assustado, trombasse com Damon e caísse junto com ele sobre o sofá.

- Está tentando nos matar, sua maluca? – ele resmunga, empurrando-a para o lado e tirando um isqueiro de dentro do bolso da jaqueta. – Pronto, temos luz! – continua, girando os olhos de indignação mesmo que ela não pudesse ver, erguendo-se e caminhando em direção à lareira para reacender o fogo ali. – Está tudo bem, bruxa? – pergunta, ao voltar sua atenção para Bonnie, que permanecia de olhos fechados.

- Subam as escadas, quarta porta à esquerda. Closet com fundo falso. – ela responde de maneira mecânica, colocando-se de pé.

- Tem certeza? – Damon questiona, desconfiado da atitude dela.

- Subam as escadas, quarta porta à esquerda. Closet com fundo falso. Vá agora! – e antes que o vampiro pudesse questionar suas ordens novamente, a garota cambaleou e tombou para o lado, só se livrando de parar no chão pois Damon foi mais rápido e a amparou.

- Hey, vai com calma bruxa! – diz ele, encarando-a assustado. – Você está bem?

- Eu... O que houve?

- Você fez suas macumbinhas em frente à lareira e começou a falar igual um robozinho. Depois perdeu o equilíbrio e voilà! Veio parar no abrigo dos meus braços.

- Estranho. – ela murmura, esforçando-se para ficar de pé. – Lembro apenas de recitar o feitiço enquanto observava as chamas, nada mais.

- Bem, você lembrando ou não, temos de subir e procurar alguma coisa num dos quartos. – Elena resmunga, incomodada com a proximidade dos dois. – Vamos logo, nem todos aqui têm a eternidade à disposição! – completa, subindo os primeiros degraus da escadaria.

Após encararem a garota por alguns instantes, Damon e Bonnie simplesmente deram de ombros e puseram-se a segui-la. Afinal, numa coisa Elena estava certa: eles não tinham a eternidade para procurar o que quer que fosse que havia escondido naquela mansão.

***********

Se as coisas já não estavam muito amistosas com a presença de Elijah, a chegada de Klaus foi suficiente para deixar as coisas ainda mais tensas. E mesmo que não simpatizasse muito com o mais novo membro da família, Sophie sabia que não podia deixar que fizessem algo contra Alfredo.

Sem ele, as perguntas que povoavam a mente da garota desde que pusera seus olhos no irmão mais velho de Sofia jamais poderiam ser respondidas. Gostando ou não, precisava daquele garoto. Ele era seu elo com o passado nebuloso de sua família.

- Sabe – ela começa, interrompendo a resposta que Klaus daria, - poderíamos nos comportar como pessoas civilizadas, certo? Não é de bom tom armar um escândalo, e é justamente isso que os curiosos de plantão estão esperando. – continua, fazendo com que todos ali adotassem uma postura um pouco mais descontraída. – Obrigada! Agora, se não se importam, eu realmente agradeço a preocupação de vocês, mas Alfredo não está oferecendo nenhum risco...

- Soph! – Stefan a interrompe, contrariado.

- Bom, o que quero dizer é que ele já está de saída, não é mesmo “irmão”? – Sophie completa, olhando zangada para os garotos Salvatore.

- É, tenho mesmo um compromisso importante. Até mais, sorella. – Alfredo responde contrariado, encaminhando-se para a saída do Grill.

- Sabe que não acredito nessa versão de que ele estava sendo legal, não é? – diz Klaus, cruzando os braços e encarando a garota seriamente.

- Isso é problema seu e não meu. Agora, será que podemos voltar pra nossa mesa? As batatinhas devem estar esfriando! – diz ela, cantarolando a última palavra, desvencilhando-se delicadamente do abraço de Elijah e dando as costas a eles em seguida, sendo imediatamente acompanhada por Caroline.

- Essa menina sabe ser muito teimosa quando quer, não acham? – diz Stefan, acompanhando as garotas com o olhar.

- Eu se fosse você, não falaria muito. – Klaus responde, apanhando um copo de whisky da bandeja de um dos garçons que passava por ali. – Afinal, vocês todos têm essa e algumas outras características em comum. – completa, com um sorriso divertido.

- E nem adianta negar Stefan, dessa vez meu irmão está certo. – diz Elijah, ao ver que o outro iria retrucar. – Agora, se me dão licença, vou procurar nossos irmãos.

- Rebekah está aqui? – e logo que as palavras escapuliram, Stefan se xingou mentalmente por tê-las dito. Não queria demonstrar, ao menos não ainda, o quanto a loira o desestabilizava. Afinal, acabara de romper com Elena e não seria certo sair atrás de outra assim, dessa maneira. – Desculpe, não é da minha conta. – ele ainda tenta se redimir.

- Na verdade, ela está sim. E aposto que Bekah ficaria radiante se você fosse conversar com ela depois! Posso ter passado muito tempo longe dela Stefan, mas sei por alto da antiga história de vocês. – o Original responde, deixando o garoto Salvatore boquiaberto. – Agora vou mesmo. – completa, dando um tapinha no ombro de Stefan antes de se afastar.

- Feche a boca ou vai babar a camisa toda! – diz Klaus, aos risos. – Pode não parecer, mas meu irmão sabe ser divertido, de vez em quando! Até mais, amigo.

Assim que o híbrido também desapareceu de suas vistas, Stefan dirigiu-se à mesa onde as garotas o esperavam, provavelmente já tendo devorado mais da metade da porção de fritas que haviam pedido.

E de fato, se o rapaz tivesse apostado toda a fortuna da família, teria voltado até mesmo com o último centavo pra casa, já que Sophie estava devorando as fritas como se não houvesse amanhã, enquanto Caroline brigava para não ficar sem aquelas pequenas delícias fritinhas.

- Vai acabar tendo uma congestão, sabe? – diz ele, ao retomar seu lugar à mesa e roubar uma batatinha da mão da prima.

- Hey! – Sophie reclama, dando um peteleco na cabeça de Stefan. – Não sabia que tinha virado nutricionista.

- Bem, não sou médico, mas se continuar comendo desse jeito vai passar mal depois.

- Estou nervosa, preciso descontar em algo ou acabo surtando.

- Tente isso. – e ao vê-lo estendendo seu copo de whisky para ela, a garota encarou-o totalmente incrédula.

- Quem é você e o que fez com meu primo?

- Faça o favor de pegar logo antes que eu mude de ideia! – o vampiro resmunga, girando os olhos.

- Você vai embebedá-la? – Caroline pergunta,olhando de um para outro.

- E qual é o problema? – ele responde, com um dar de ombros. – Até parece que vocês já não fizeram isso juntas antes.

- Bem, isso é verdade. Damon teve trabalho para repor o estoque de vinhos da adega! Mas nós vamos cantar daqui a pouquinho Stef, e não vai ser legal ver Soph tropeçando para fora do palco.

- Não vai ser legal? Como assim? Vai ser simplesmente hilário! Aposto que a baixinha ganha o tal prêmio só por conta da performance desinibida!

- Vai se ferrar, Stefan! – Sophie resmunga, devolvendo o copo agora vazio. – Aliás, é isso mesmo que você vai fazer! – continua, com um largo sorriso nos lábios.

- O que está armando? Está me deixando assustado!

- Venha comigo priminho, e nem pense em reclamar. – diz ela, levantando-se e puxando Stefan consigo em direção ao palco. – Vem logo Care! – ela ainda grita, antes de se misturar com o pessoal que já se preparava para assistir o show.

- Não pode me obrigar a cantar. Sabe disso, não é? – ele pergunta, fazendo-a parar antes de alcançarem o palco.

- Não posso te obrigar, mas acho que a palavra “Misunderstood” - e nesse momento Sophie fez aspas com os dedos - pode te fazer mudar de ideia rapidinho...

- Isso é golpe baixo! - Stefan responde, com um sorriso. – Mas e quanto a “Born To Be My Baby”?

- Deixo para uma próxima. Venha, preciso que convença os carinhas da banda a tocarem a nossa música!

************

Damon, Bonnie e Elena não levaram mais do que dois minutos para alcançar a quarta porta à esquerda no logo corredor do andar superior. Pelo que puderam notar, havia mais quartos do que moradores naquela mansão.

Entraram no cômodo com cautela, contando apenas com a luz da pequena lanterna que a ex namorada de Stefan trazia nas mãos. Afinal, não era seguro sair acendendo as luzes da mansão e correr o risco de serem pegos no flagra.

Aparentemente, aquele era algum tipo de quarto de hóspedes, pois não havia nenhum objeto pessoal sobre a cama e o criado mudo. Estava tudo em perfeita ordem, muito diferente do que se esperaria do quarto de alguém como Kol, por exemplo, que parecia uma criança crescida.

- O closet! – diz Bonnie, apontando para a porta que ficava à direita.

- Bom, vamos checar se as coordenadas da “bruxa robô” conferem, não? – Damon responde, encaminhando-se para lá.

Abriu a porta e começou a tatear no escuro, buscando por algum sinal, por menor que fosse, de que havia mesmo um fundo falso ali. E para sua surpresa, foram necessários apenas alguns instantes para achar o que procurava.

- Parece que estava certa, bruxinha. – diz ele, abrindo a porta oculta e revelando um pequeno cômodo. Pegou a lanterna das mãos de Elena e iluminou o lugar, olhando boquiaberto para o que havia encontrado. – Confesso que não era exatamente isso o que eu esperava encontrar! – completa, fazendo com que as garotas se apertassem ao seu lado rapidamente.

- O que significa isso, Bonnie? – a outra pergunta, encarando a amiga com uma expressão assustada.

- Que precisamos levar o que encontramos para um lugar seguro, e o mais rápido possível!


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Notas finais do capítulo

Aí está galerinha! Espero que, ao menos, a espera tenha valido a pena!

Até mais...

Bjos!



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