Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 31
Capítulo 31 - Dia Seguinte


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, quanto tempo não é?

Espero que ainda haja alguém esperando pelos capítulos dessa fic...

Bem, eu meio que perdi o foco com a "Second", e juntem a isso outros projetos paralelos, o que resultou nesse tempãaaaaaao enorme sem atualização.
Espero que agora tenha conseguido normalizar as coisas e que consiga tornar as postagens mais frenquentes.

Então, se alguém ainda estiver curioso pela continuação, aí está!



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Sophie acordou na manhã seguinte sentindo-se a pior pessoa da face da Terra. Sentia como se a cabeça fosse explodir, além do estômago estar embrulhado. A garota só não sabia se atribuía o mal estar às taças de champanhe que bebera durante a festa beneficente, ou ao seu estranho encontro com Elena. Desconfiava de que provavelmente fosse uma combinação das duas coisas.

Sem muita opção, jogou-se para fora da cama e dirigiu-se ao pequeno banheiro. Saiu de lá alguns minutos depois, após um banho que deveria ajudá-la a acordar definitivamente, coisa que não aconteceu de fato.

Enquanto se vestia, resmungava consigo mesma por Carol Lockwood ter inventado uma festa em plena noite de quinta-feira, sendo que na sexta ela ainda teria aula. “Sacanagem!”, pensa Sophie, antes de notar o botãozinho de alerta de seu celular piscando freneticamente.

- Ao menos alguém está bem disposto, não é? – diz ela ao pegar o aparelho. Havia uma chamada perdida de Stefan registrada na tela. Preocupada, já que ele não costumava ligar tão cedo, ainda mais quando iriam se encontrar em menos de uma hora, ela discou o número dele e esperou.

- Sophie, como está? – a voz de Stefan ecoou preocupada do outro lado da linha, e a garota não pode conter um suspiro cansado.

- Bom dia pra você também Stef... – ela responde, mesmo que não houvesse animação nenhuma em seu cumprimento. – Estou morrendo. Por favor, providencie o velório, sim?

- O que houve com você? Quer que eu vá aí? Precisa que eu te leve ao médico?

- Não, não, tudo bem. É só um mal estar, nada que alguns comprimidos não possam resolver.

- Tem mesmo certeza disso? Elena não machucou você, não é? – ele pergunta, deixando a prima surpresa.

- Como sabe que ela esteve aqui?

- Alaric me ligou preocupado quando não a encontrou no quarto, perguntando se eu tinha alguma ideia de onde ela pudesse estar.  – diz Stefan, parecendo cansado. - Damon e eu saímos para procurá-la, e ele fez questão de me ligar quando a encontrou pra dizer que Elena havia ido acertar contas com a “pirralha”, como ele mesmo diz.

- Quanto amor da parte dele, não? – a garota responde, com mais um suspiro. – Bem, ela não fez nada contra mim Stefan.  Além do mais, acho que sei me defender de uma namorada enciumada. E Elijah apareceu pra me dar uma ajudinha, então não precisa se preocupar viu?

-Espere... – e agora era o vampiro que parecia confuso. – Elijah esteve aí? No seu prédio? E o que ele estava fazendo por aí? A mansão do Klaus não fica afastada do centro da cidade?

- Uma pergunta de cada vez lindinho, minha cabeça está explodindo! – ela murmura, massageando uma das têmporas.

- Desculpe Soph!

- Bem... Elijah esteve aqui sim, mas não sei o porquê dele estar por perto. – diz ela, relembrando de como ele se esquivara de uma resposta a essa pergunta na noite anterior. – Ele disse que só estava passando, e me impediu de torcer o pescocinho de sua namorada.

- Você fez o que? – Stefan pergunta, espantado.

- Não se preocupe, Elena deve estar muito melhor do que eu nesse preciso momento. E bem, eu disse que sabia me defender, não é? – Sophie responde, dando de ombros.

- Quero que me explique isso melhor depois, ok? Agora termine de se arrumar e tome um remédio pra essa sua dor. Conversamos no colégio.

- Entendido e copiado, Capitão Salvatore! – diz ela, batendo continência, mesmo que o primo não pudesse ver seu gesto. – Até mais.

- Até mais, loirinha! – o vampiro responde, encerrando a ligação.

Sophie largou o celular sobre a penteadeira e jogou-se na cama em seguida, fingindo-se de “pessoa morta”. Já havia ingerido bebidas alcoólicas antes, mas elas nunca haviam lhe provocado tal efeito colateral. Talvez a maior parcela de culpa sobre o como se sentia pertencesse mesmo à sua discussão com Elena Gilbert.

Permaneceu praticamente imóvel por mais alguns minutos, se dando apenas ao trabalho de respirar. Mesmo que estivesse sem ânimo para enfrentar as horas de aula, a garota colocou-se de pé lentamente, dirigindo-se à cozinha em seguida. Encheu um copo com água e pegou um analgésico na primeira portinha da parte superior do armário da cozinha, engolindo-o no segundo seguinte, mas não sem fazer uma careta.

Esvaziou o copo rapidamente, devolvendo-o à pia, pegou uma maçã na fruteira sobre a mesa e voltou ao quarto para apanhar sua mochila. Pelos seus cálculos, chegaria atrasada e teria de ouvir os sermões do Sr. Saltzman. Outra vez.

Pegou o celular sobre a penteadeira e o colocou no bolso do jeans, praticamente correndo até a porta do apartamento em seguida. Mas ao abri-la, precisou de todo o seu autocontrole para não gritar devido ao susto. Realmente não esperava encontrar alguém a aguardando no corredor, muito menos que o “alguém” fosse ele.

- O que faz aqui? – Sophie pergunta, assim que conseguiu normalizar a própria respiração.

- Vim te oferecer uma carona! – Kol responde, com um sorriso deslumbrante. Parecia verdadeiramente animado. – Além do mais, ouvi Elijah conversando com Klaus sobre a visita daquela magricela. Então, considere-me seu guarda-costas particular.

- Agradeço sua preocupação, mas Elena não oferece um perigo real. E bem, já estou atrasada, então se puder me dar licença... – diz ela, saindo do apartamento e trancando a porta atrás de si.

- Sophie... – o rapaz começa, tocando o braço dela levemente. – Está tudo bem? Parece chateada.

- É só dor de cabeça. – ela responde, sem encará-lo.

- Hey... – o Original insiste, tocando o rosto dela e fazendo-a olhar em seus olhos. – Tem certeza de que é só isso mesmo? Quer que eu te leve ao hospital?

- Obrigada Kol, mas não será necessário. Vou ficar bem. – diz a garota, sorrindo fracamente. – E dispenso os serviços de guarda-costas, ok?

- Tudo bem, estou me demitindo desse emprego. Mas não vai recusar minha carona, né? Ficarei realmente magoado se me dispensar, Soph.

- A carona eu vou aceitar sim. Estou mesmo atrasada e sem a mínima vontade de ouvir Alaric dizendo que vai me comprar um relógio das “Meninas Super Poderosas” pra ver se aprendo a chegar antes do último sinal tocar.

- Ele parece um chato. Aposto que vou detestá-lo. – diz Kol, com uma careta.

- Ele não é chato, e... Espere, o que quer dizer com “vou detestá-lo”? – ela pergunta, fazendo aspas com os dedos nas últimas palavras e encarando-o com uma expressão confusa.

- Bekah quer brincar de ser uma adolescente humana, indo pra escola e todas essas coisas que vocês costumam fazer. Resolvi acompanhá-la nessa sandice. – o rapaz responde, dando de ombros. – O que significa que vamos ser colegas de classe, principessa!

- Está falando sério?

- E por que eu mentiria pra você? Venha, vamos logo, ou teremos que ouvir toda a ladainha desse tal Alaric. – diz Kol, puxando-a pela mão na direção do elevador.

Ao alcançarem a calçada em frente ao prédio, Sophie buscou com o olhar o carro de Kol, mas não havia nenhum estacionado ali. O único veículo parado em frente à entrada era uma Kawasaki Ninja ZX-6R verde. Sobre o assento, dois capacetes pretos e reluzentes.

- É sua? – ela pergunta, olhando dele para a motocicleta algumas vezes, vendo-o acenar afirmativamente. – Não, só pode estar brincando!

- Por que essa descrença toda, Soph? – Kol pergunta, fingindo indignação. – Sou um típico jovem americano de 17 anos, que tem paixão por velocidade. É super normal, não é?

- Ser apaixonado por velocidade é normal, admito. Mas pilotar uma dessa, meu querido, não é pra qualquer um não! – a garota responde, analisando os detalhes da máquina à sua frente.

- Entende de motocicletas?

- Se está se referindo à parte mecânica da coisa, não, nadinha. Mas gosto de observar. – uma curta pausa. – Meu avô gosta de veículos esportivos, já visitou alguns dos mais famosos “Salões de Automóveis”, sabe? Buenos Aires, Detroit, Genebra... Acho que meu fascínio vem daí.

- Paixão herdada pela genética? Interessante... – diz ele, pensativo. – Aliás, a genética de sua família é assombrosa! Mesmo depois de tantos séculos, vocês preservam os mesmos traços. É impressionante.

- Isso foi algum tipo de elogio? – a garota indaga, confusa.

- Podemos dizer que sim. – ele responde, com um sorriso. – Mas o que acha de embarcarmos logo nessa moto, hein? Você não disse que estávamos atrasados?

- Tem razão! – diz ela, num pulo. – Mas por favor Kol, quero chegar viva ao colégio, ok? Tome cuidado.

- Confie em mim principessa, estará segura comigo!

***********

Elena estava sentada em uma das mesas que havia pelo gramado em frente à escola, esperando que Stefan desse sinal de vida e torcendo para que ele nem sequer desconfiasse de sua discussão com Sophie na noite anterior.

Ao longe, pode ver Bonnie se aproximando devagar, com uma expressão de cansaço em seu rosto. Desceu da mesa e correu em direção à amiga, parando à sua frente instantes depois.

- Você está bem? Parece doente. – diz ela, preocupada.

- Vestígios de mais uma noite mal dormida. – a bruxinha responde.

- Mais uma noite? E desde quando você tem dormido mal?

- Venho tendo o mesmo sonho bizarro há algumas noites... – Bonnie começa a explicar. – Estou numa velha casa abandonada e há apenas um caixão no centro do cômodo. Quando me aproximo para ver melhor, Klaus está lá dentro, como se estivesse... dormindo... ou morto.

- Klaus? – diz Elena, levemente chocada com o relato da amiga. – Mas o que será que isso significa?

- Ainda não sei, mas vou descobrir. – um longo suspiro. – Mas não agora, pois temos aula, certo? – completa, forçando um sorriso.

- Certo, você tem razão. Vamos lá!

*************

Stefan acabara de sair de seu carro e ia de encontro a Caroline, que caminhava rapidamente em direção à porta de entrada da escola. Acenou levemente para a vampira, fazendo-a parar onde estava.

- Hey Care! Você por acaso viu a Sophie? – ele pergunta, olhando para os lados na tentativa de encontrar a prima em meio aos alunos que corriam para dentro do prédio.

- Não, nem falei com ela hoje. Aliás, a última vez que a vi foi quando Klaus me deixou em casa para depois levá-la. – Caroline responde, pensativa. – Será que aconteceu alguma coisa?

- Bem... – o rapaz começa, - parece que Elena foi tirar satisfações com a Soph ontem à noite, e fiquei preocupado que ela pudesse ter machucado a loirinha.

- Elena machucando a Sophie? – ela o interrompe. – Não Stef, ela não seria capaz disso. Mesmo que esteja meio surtada nos últimos dias, o bom senso iria falar mais alto em algum momento, não é?

- Espero que esteja certa. Mesmo assim, fiquei preocupado. Soph não parecia muito bem quando retornou minha ligação mais cedo.

- Deveríamos ligar pra ela então? Talvez ela tenha preferido ficar em casa hoje... – Caroline sugere.

Enquanto a vampira apanhava o celular na bolsa, puderam ver uma moto se aproximando e ocupando uma das últimas vagas no estacionamento. Grande foi o choque de ambos ao reconhecerem Sophie logo após a garota tirar o capacete. A “cereja do bolo” no espanto de Stefan e Caroline foi reconhecer Kol Mikaelson como o piloto e acompanhante da garota.

- Tem mesmo certeza de que ela estava mal mais cedo? – Caroline pergunta, acompanhando a aproximação da amiga com o olhar.

- Bem, aparentemente ela está um pouco melhor... – ele responde, ainda surpreso.

Mas no segundo seguinte, a atenção de Stefan foi desviada para o carro preto que se aproximava lentamente. O vampiro acompanhou-o com o olhar, vendo-o estacionar alguns instantes depois e dele desembarcar Rebekah, que acenou para quem quer que fosse que estivesse dirigindo o veículo, fechando a porta em seguida e automaticamente sorrindo para ele assim que seus olhos claros pousaram no verde familiar e convidativo do olhar de Stefan.

O rapaz só desviou o olhar quando sentiu um leve tapa em seu ombro, e ao olhar para o lado, pode ver que Caroline o encarava como se dissesse “Pare de babar!”. Ao perceber que Sophie e Kol também o observavam, ele tentou se recompor, mas não sem antes ver um sorriso brincando no rosto da prima. Aparentemente, ela estava feliz com o rumo que as coisas estavam tomando.

Assim que Rebekah juntou-se ao grupo, cumprimentando a todos com um simples aceno, Sophie tomou a palavra, tentando deixar o momento um pouco menos constrangedor.

- Bem... hã... todos devem ter inúmeras perguntas para o motivo de estarmos todos aqui, mas elas podem ficar pra depois, não é? – diz ela, torcendo imensamente para que eles concordassem. Mas como nenhum deles esboçou reação, ela fez uma última tentativa, usando sua melhor carinha de Gato de Botas do Shrek. – A menos que todos queiram ouvir o sermão do Sr. Saltzman...

- Ah não. Não mesmo! – afirma Caroline, categoricamente. – Essa com certeza não é a melhor maneira de se começar o dia por aqui.

- Então vamos logo! – diz Sophie, puxando as meninas consigo e fazendo sinal para que os meninos as acompanhassem.

*************

Finn estava completamente sozinho na enorme mansão. Kol e Rebekah estavam na escola, atitude essa que ele próprio achou um tantinho patética, principalmente para o irmão mais novo. Klaus estava em algum lugar por aí com sua “matilha”, e Elijah, bem... quanto a esse ele não sabia afirmar o paradeiro.

O mais velho havia saído para levar a irmã até o colégio, mas Finn não sabia que rumo ele tomara depois de sair de lá. E se tratando de Elijah, podia-se esperar por qualquer coisa: desde um assunto de suma importância a um simples passeio sem destino certo. Ao menos, era disso que Finn se lembrava dos tempos em que eram apenas garotos, já que após a transformação, passara pouco tempo com os irmãos.

Mas logicamente não passara todo aquele século vagando sozinho. Ele tinha a companhia dela, a mulher que ele amava. Sage.

Após tantos séculos separados, ele já não tinha certeza de que poderia, ao menos, reencontrá-la. Talvez estivesse com outro alguém, ou pior ainda, tenha atiçado a ira de Klaus, ou até mesmo de Rebekah, que nunca gostou muito da moça, e já tenha virado cinzas há muito tempo.

Sem muita esperança, sacudiu a cabeça lentamente, decidido a tentar afastar tais lembranças. E que lugar melhor para isso do que um balcão de bar?

Alguns minutos depois, Finn estava sentado em uma das banquetinhas do Mystic Grill, acompanhado por um copo e uma garrafa de vinho. Sempre fora um grande apreciador de vinho, principalmente dos tintos. E aquele que degustava no momento parecia proveniente de uma boa safra, apesar de já ter experimentado melhores, com toda certeza.

O Original já não sabia dizer quantas taças havia bebido quando um perfume familiar lhe atingiu. Parou com o copo a poucos centímetros dos lábios por alguns segundos antes de virar-se na direção da porta, que era o local de onde parecia vir o perfume. No instante seguinte, seus lábios se moldaram em um sorriso que misturava contentamento e surpresa.


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Notas finais do capítulo

Aí está!

Não sei se compensa por todo esse tempo que a fic ficou parada, mas torço pra que não tenha sido um fiasco total pelo menos! hehehe

Comentários???


Até mais...