Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 26
Capítulo 26 - Cartas na mesa


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! =)

Chegando aqui (finalmente!!!) para trazer um novo capítulo pra vocês. Aleluia irmãos! hehehe

Bem, este capítulo não saiu exatamente como eu o estava imaginando. Desculpem! Acho que esgotei minha sede de sangue e vingança com as ones que escrevi antes de trabalhar nesse cap. rsrsrsrs

Se ainda não viram, podem passar por lá, eu deixo! rsrsrsrs (sem pressão gente, sem pressão!) "Vindictas" - http://fanfiction.com.br/historia/343700/Vindictas/ e "Spettro" - http://fanfiction.com.br/historia/345058/Spettro/


Agora chega de enrolação, né? Fiquem com o capítulo...



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- Damon, por favor... – pede Sophie, encarando os olhos azuis do vampiro, que pareciam flamejar de raiva.

Mas os olhos dele saíram de foco rapidamente. Tudo à sua frente ficou turvo, e ela pode sentir como se estivesse sendo levada para longe dali, para uma época diferente, sem nem mesmo sair do lugar.

Podia ouvir o som de música ao fundo e das vozes ao seu redor, o som das taças tilintando em meio aos brindes e de risadas daqueles que já haviam bebido um pouquinho além da conta. Podia até sentir o peso dos tecidos do vestido rosa escuro que parecia estar vestindo.

Mas o que realmente lhe chamou atenção foi o rapaz de cabelos e olhos castanhos parado à sua frente. Ele a olhava com um largo sorriso e lhe parecia estranhamente familiar.

- Creio que não a conheço. Sou Kol.

E então, as coisas voltaram a ficar fora de foco por alguns segundos. Quando a cabeça de Sophie enfim parou de girar, pode ver uma jovem muito bonita parada à sua frente, olhando-a com interesse.

- Então esta é a famosa Sofia de quem Nik tanto falou?

- Olá Rebekah! Prazer em conhecê-la! – a garota responde, automaticamente, como se não tivesse controle algum sobre seu próprio corpo.

Mais alguns segundos em um looping um tanto desconfortável, e pode se ver em frente as grandes portas de um castelo, de braços dados com um homem de cabelos e olhos escuros, que pareciam devotar-lhe total carinho e amor. À sua frente estava Klaus, ou uma versão menos moderna dele, sorrindo em sua direção.

- Bem vinda à família, minha querida.

Escuridão. Longos e silenciosos instantes de escuridão. Quando enfim sentiu os pés tocarem o chão, Sophie se permitiu abrir os olhos, mas tudo ainda parecia nebuloso.

Sentiu um toque quente e delicado, e só então percebeu que estava chorando, o rosto molhado pelas lágrimas. Mergulhou no par de olhos escuros e pode ouvir o dono deles dizendo-lhe carinhosamente:

- Eu amo você! Sempre e para sempre!

A garota ainda pode sentir os braços deles circundando sua cintura, o hálito quente a cada instante mais próximo de sua pele. E no segundo em que os lábios dele tocariam os seus, Sophie sentiu-se sendo puxada para longe dali, para longe daquela agradável sensação.

Quando conseguiu voltar a respirar normalmente, a garota abriu os olhos devagar e deparou-se com o olhar de Stefan, que transbordava preocupação.

Ao que pode perceber, estava deitada no sofá da sala. Sentou-se desajeitadamente, percebendo Damon de pé próximo da lareira, os braços cruzados e com uma expressão de poucos amigos.

- Sophie, você está bem? – pergunta Stefan, ajoelhando-se à sua frente.

- Acho que sim. – ela murmura em resposta.

- Ah, por favor! Sem dramas, please! – diz Damon, aproximando-se alguns passos – Sophie provavelmente fingiu desmaiar para me deixar com remorsos e fugir das minhas perguntas.

- Eu o quê? – pergunta ela, confusa.

- Damon... Cala a boca! - o Salvatore mais novo diz, sem nem mesmo olhar para o irmão – O que houve com você Soph?

- Também estou curioso! Conte-nos quais coisas estranhas você viu dessa vez. – era Damon, irônico.

- As respostas para as suas perguntas. – diz Sophie, encarando-o.

- O quê? – o moreno pergunta confuso.

- Você ouviu, não me faça repetir! – responde ela, suspirando cansada.

- Será que você pode... Explicar melhor? – pede Stefan, também sem entender.

- Certo. Vamos partir do princípio: quem é Sofia. – diz a garota, ajeitando-se no sofá – Bem... Ela é uma ancestral nossa, que viveu em Torino por volta do ano 1440.

- Ok, e o que isso tem haver? – pergunta Damon, impaciente, sentando-se no sofá vago.

- Se me deixar explicar, você vai descobrir! – diz Sophie – Quando viajei para a Itália, encontrei um antigo retrato, e através dele, descobri que Sofia e eu somos parecidas.

- Parecidas quanto? – o moreno interrompe.

- Quase como Katherine e Elena.

- Você é uma doppelgänger? – agora era a vez de Stefan se manifestar.

- Não... – diz Damon, pensativo – Os olhos...

- Não têm a mesma cor. – a garota completa – Como sabe disso?

- Ouvi sua conversa com Mikael. – responde ele, simplesmente.

- E tem esse retrato com você? – o mais novo pergunta, curioso.

- No momento não. Está guardado no cofre do meu avô. – a garota responde – Mas tenho uma foto no celular. – completa ela, tirando o aparelho do bolso do jeans. Procurou pela imagem na biblioteca de fotos, e ao encontrá-la, entregou o aparelho nas mãos de Stefan.

- Isso é incrível! Vocês são realmente muito parecidas. – diz ele, analisando a imagem – “Il Bambini Salvatore: Alfredo, Sofia e el Piccolo Giuseppe.” – murmura, lendo a legenda do retrato.

- Deixe-me ver. – diz Damon, arrancando o celular das mãos do irmão. Analisou a imagem por alguns instantes, parecendo surpreso – Ora, vejam só... Parece que a herança genética dos Salvatore é bastante forte. – diz ele, abrindo um sorriso debochado – Não é apenas nossa querida Sophie que se parece com alguém deste retrato. O pequeno Giuseppe lembra muito você irmão, quando tinha uns quatro anos.

- Isso é sério? – pergunta Stefan, retomando o aparelho e observando a imagem do garotinho curiosamente.

- E por que eu mentiria? – diz o mais velho, dando de ombros – Mas vamos voltar ao assunto, ok? O que sua semelhança com uma garota morta tem haver com essa história afinal? Qual a ligação disso com o cuidado que Klaus parece dispensar a você?

- Tem tudo haver, Damon. Sofia é a resposta.

- Será que pode desenvolver um pouco? – o moreno pede, com uma careta – Não sou eu que faço excursões para o passado, lembra?

- Na noite do trote na escola, eu dei de cara com o Klaus em um dos corredores, sem saber quem ele era, claro. – começa Sophie, sem coragem de olhá-los – Ele partiu pra cima de mim depois de eu tentar acertá-lo com uma estaca. E segundos antes de cravar os dentes na minha jugular, ele me encarou e afastou-se num pulo. Ele me confundiu com a Sofia e olhava pra mim como se eu fosse uma assombração.

- Eu não o culpo. – diz Damon – Você é mesmo um bocado estranha.

- Obrigada! Isso foi realmente reconfortante. – diz ela.

- Disponha! – responde ele, com um sorriso torto.

- Ignore-o e continue, Sophie. – diz Stefan.

- Bom... Acontece que na minha mais recente “excursão ao passado” – diz ela, fazendo aspas com as mãos – eu descobri a real ligação de Klaus e Sofia. Ela era da família.

- Família? – pergunta Damon, intrigado.

- Mas como isso é possível? Nós temos... Algum parentesco de sangue com a família do Klaus? – o Salvatore mais novo pergunta.

- Não. – a garota responde – Vocês conheceram Elijah, irmão do Klaus, não é?

- O traidor? – pergunta o vampiro de olhos azuis – Sim, tive esse desprazer.

- Elijah a amava. Ele e Sofia eram noivos, e ela e Klaus, além de cunhados, eram amigos. E eu a vi sendo apresentada aos outros irmãos... Kol e Rebekah.

- Rebekah? – pergunta Stefan, arrependendo-se no segundo seguinte.

- Por que o espanto, irmão? – era Damon, que o encarava desconfiado.

- Não é nada! – responde ele, rapidamente.

- Sabe que não acredito em você, certo? – diz o mais velho – Vamos lá, diga logo!

- Eu a conheço, está bem? – responde o rapaz de olhos verdes, de uma vez – Éramos amigos na década de 20.

- Na época que esteve em Chicago? – pergunta Damon, vendo o irmão acenar afirmativamente – Ora, ora... Quem diria que meu adorado irmãozinho havia se divertido tanto no passado!

- Fica quieto. – resmunga o mais novo.

- Tudo bem, não está mais aqui quem falou. – o moreno responde, erguendo as mãos em sinal de rendição – Agora vamos voltar novamente ao assunto principal dessa nossa DR familiar... Klaus se importa com a Sophie por conta de sua semelhança com uma garota morta e de sua relação de amizade com ela? – diz ele, pensativo – É só impressão minha ou isso ainda parece meio abstrato? Tem mais alguma coisa, não tem?

- Eu... Eu...

- Desembucha logo, garota!

- Ele não quer que eu o odeie. – murmura ela, sem olhá-los – Klaus tenta encontrar em mim a amiga que ele perdeu.

- E ele te disse isso quando, exatamente? – pergunta Damon, ainda mais intrigado.

- Acho que ela já falou o bastante irmão. – diz Stefan – Dê uma folga a ela.

- Sou um vampiro curioso, e tenho a eternidade para atormentá-la e fazê-la me dizer a verdade. – retruca o Salvatore mais velho – Portanto, sugiro que ela me diga logo e acabe de vez com isso.

- Tudo bem! – diz Sophie, derrotada – Nós saímos pra conversar na manhã seguinte à “Noite do Trote”. Ele apareceu na minha porta e eu não tive como dizer não, apesar de ter tentado. – confessa ela.

- E não pensou em nos contar isso antes? – o moreno pergunta, os olhos estreitos e intimidadores.

- Eu não podia. – murmura ela – Colocaria vocês, e a mim, em risco. Agora, se me derem licença... – completa, erguendo-se do sofá rapidamente e dirigindo-se às escadas.

- Espere aí mocinha! Eu ainda não terminei! – diz Damon, colocando-se de pé também.

- Deixe a menina em paz! – diz Stefan, tocando o ombro do irmão – Todos tivemos um dia cheio e Sophie já disse tudo o que você queria saber. Boa noite Damon. – diz ele, seguindo a prima escada acima.

- Ao menos torçam para que haja uma garrafa de Bourbon na adega! – o vampiro de olhos azuis grita, em direção ao segundo andar – Quebrei a que estava no aparador e minha remessa especial ainda não chegou.

- Vou torcer! – grita Sophie, em resposta – Boa noite Damon.

********************

- Então Niklaus, o que foi que eu perdi? – pergunta Elijah, dando um passo na direção do irmão – Ouso dizer que, pela sua expressão de espanto, não foi você quem tirou as adagas do peito de cada um dos seus irmãos.

- Bem, na verdade... Não! – responde Klaus, dando dois passos para trás.

- E tem alguma ideia de quem possa ter feito isso, e por quê? – pergunta Rebekah, aproximando-se dele também.

- Talvez. – diz o híbrido, pensativo – Mas ajudaria se eu dissesse que estava pensando na possibilidade de libertá-los quando entrei nessa casa?

- Deixe-me pensar... – diz Finn, aproximando-se dele rapidamente e cravando a adaga que esteve em seu peito no ombro de Klaus – Não irmão, não faz diferença nenhuma.

- Assim como também não faria diferença se fosse você a nos desempalar. – diz Kol, parando na frente dele e cravando outra adaga em seu corpo, dessa vez na altura do estômago, fazendo-o cair de joelhos no chão.

- Meninos... Deixem um pouquinho do Nik pra mim! – diz Bekah, fazendo bico – Eu também quero fazê-lo sentir dor. – completa ela, perfurando os pulmões de Klaus com outra adaga.

- Eu devia tê-lo matado quando tive a chance. – diz Elijah, erguendo-o pelo colarinho e empurrando-o na direção de Kol, para que mantivesse o híbrido imobilizado – Mas dessa vez não serei tão piedoso. – diz ele, cravando a mão no peito do irmão, fazendo-o urrar de dor.

- Se tivesse me matado, jamais os teria reencontrado. – murmura Klaus.

- Eu tenho a eternidade ao meu dispor. Eu os teria encontrado, mais cedo ou mais tarde.

- Pode ter razão. – o loiro responde – Sua determinação provavelmente o levaria até eles.

- Me bajular agora não vai salvar você, Niklaus.

- Não estou bajulando ninguém. – diz Klaus, entredentes, sentindo os dedos de Elijah a poucos milímetros de seu coração – Mikael está morto.

- O quê? – perguntam Kol e Elijah, em uníssono.

- Como você conseguiu? – era Rebekah, olhando-o admirada.

- Não está apenas querendo ganhar tempo, não é? – pergunta Finn, desconfiado.

- Não é um truque, Finn. Estamos realmente livres da ameaça de Mikael – diz Klaus, colocando-se de pé assim que Elijah e Kol o libertaram – E respondendo sua pergunta, irmãzinha... Digamos que nosso velho pai tentou armar uma emboscada para mim, e eu, com uma pequena ajuda, consegui reverter a situação.

- Você mesmo o matou? – pergunta Kol, ainda descrente.

- Não exatamente. – o híbrido responde – Mas o vi virar cinzas.

- E a estaca? – agora era a vez de Elijah perguntar.

- Queimou junto com ele. Nada mais de estacas de carvalho branco.

- E realizou essa incrível façanha... – começa Finn, convidando-o a continuar.

- Esta noite, a pouco mais de uma hora. – responde Klaus, observando no rosto dos irmãos a batalha interna de cada um em acreditar em suas palavras ou não.

- E onde estamos, afinal? Este lugar é muito caído! – diz Rebekah, passando o dedo sobre o piano para demonstrar o quanto o lugar estava sujo.

- Comprei a propriedade há poucos dias, e ainda não tive tempo de reformá-la por completo. E a propósito, - diz ele, com um sorriso – bem-vindos à Mystic Falls!

- Mystic Falls? O que ainda faz aqui? Achei que tivesse quebrado a maldição. – diz Elijah, olhando-o com curiosidade.

- Acontece que, para criar mais híbridos, preciso do sangue da doppelgänger, e eis que a única disponível vive nesta cidade.

- Elena ainda é humana? – o moreno pergunta, surpreso.

- Sim, está forte e saudável! – responde Klaus – Parece que aquela bruxa fez um feitiço para trazê-la de volta.

- Engenhoso...

- E realmente útil! – diz o híbrido.

- Espere... Você disse que criou mais híbridos? – pergunta Finn, encarando-o, incrédulo.

- Sim. Tenho dez fiéis seguidores ao meu completo dispor.

- Isso é meio bizarro, sabe? Mas... Agora que já nos localizamos no mapa do novo mundo e já sabemos que nosso irmão Klaus tem dez soldadinhos à sua disposição, será podemos sair pra beber alguma coisa? Minha garganta está seca! – diz Kol, levando uma das mãos ao pescoço.

- Tenho algumas bolsas de sangue no porta-malas do carro. Aceita? – pergunta Klaus.

- Bolsas de sangue? – Finn pergunta, confuso.

- Irmão... Eu passei mais de um século trancado num caixão! Acho que mereço, ao menos,uma bebida fresca.

- E roupas novas! – diz Bekah, olhando para o vestido sujo de sangue que estava usando.

- Tudo bem, entrem no carro! – diz o híbrido, apontando para a porta – Os caçulas no banco de trás!

- Vai me fazer sentar atrás, Nik? – diz a loira, olhando-o seriamente, as mãos na cintura.

- Pode sentar na frente irmã. – diz Elijah, rindo do bico que a garota estava fazendo.

- Ao menos um cavalheiro nessa família! – diz ela, com um sorriso – Para onde vamos? – pergunta, ao fechar o cinto de segurança.

- Que tal New York? – diz Klaus, dando partida no carro e arrancando para longe dali.


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Notas finais do capítulo

Bom meu povo, é isso. Sei que ficou meio fraco, mas me perdoem, please!

Espero vocês nos comentários, ok? =)


xoxo