Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 58
Capítulo 58 - All My Children


Notas iniciais do capítulo

E os anjos cantam, porque o hiatus de uma era élfica chegou ao fim!!!! (ao menos por hora, lógico...)

Eeeeee aíiiiiiiiiiiii pessoas, há quanto tempo!!!! Que saudade d'ocêis, e de escrever essa fic! Não queria fazer uma lista de desculpas, porque isso é mó chato, então só direi que mudei de emprego em outubro e que desde então venho me adaptando à nova rotina e lidando com a pouca inspiração. Ok, isso já foi uma lista de desculpas, sorry por isso! kkkkkk

Agora, se alguém ainda está esperando pela continuação da #Second, vou deixá-los com o capítulo, que já demorou tempo demais pra sair.



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Horas mais tarde...

Klaus andava de um lado ao outro na grande sala de estar da mansão, passando as mãos pelos cabelos nervosamente de tempos em tempos sem nem sequer dar-se conta disso. Kol, por sua vez, estava de pé junto à lareira, observando cada passo do irmão.

– Teoricamente, eu deveria ser o mais instável por aqui, não? – ele indaga, sorvendo um longo gole de whisky em seguida.

– Está passando tempo demais com Elijah, vai acabar se transformando em alguém decente e cheio de princípios – o loiro retruca ao passar pelo mais novo. – Eu, no seu lugar, pensaria seriamente numas férias depois de acabarmos com os planos de Esther – continua, encarando-o seriamente por alguns instantes. – Vamos lá bruxa, não temos a noite toda! – exclama em seguida, voltando-se para a longa escada. – Não posso frustrar os planos de minha mãe se já estiver morto.

Passaram-se apenas alguns segundos até Bonnie surgir no alto da escada, acompanhada de perto por Damon. Trazia numa das mãos um grimório grande e envelhecido, e na outra, um frasquinho contendo o sangue de quatro dos Originais.

– Tem tudo de que precisa? – o híbrido indaga, parando de braços cruzados ao pé da escada.

– Tenho sim, podemos ir. A lua cheia está quase alcançando seu ponto máximo – a morena responde, enquanto descia os degraus.

– Espere... E o sangue do Finn? – Kol questiona, olhando do irmão para a bruxa ao seu lado. – Como o conseguiremos, se nem ao menos pudemos encontrá-lo?

– Esther usou o sangue dele para uni-los – Bonnie começa a explicar -, mas nem todo ele foi consumido durante o feitiço. E é assim que temos o sangue de todos vocês.

– E é ponto dos mocinhos! Que tal comemorarmos o deslize da grande bruxa com um brinde? – Damon sugere, com o seu característico sorriso torto brincando nos lábios.

– Primeiro nos livramos dela, depois pensamos na sua proposta – Klaus responde, com um sorriso irônico. – Vamos terminar logo com isso – completa, dirigindo-se para fora da mansão em seguida.

*********

Longe dali, outros preparativos também já estavam sendo concluídos. Esther já se encontrava a postos, apenas esperando o momento em que a lua cheia alcançaria o centro do céu sem estrelas daquela noite em particular. Abby mantivera-se em silêncio após a conversa com a bruxa milenar, mas estava disposta a apoiá-la se isso significasse um mundo mais seguro para Bonnie, longe da ameaça dos vampiros.

Finn, por outro lado, observava cada movimento delas com certa desconfiança. Afinal, se havia aprendido algo com sua família, fora a não confiar em nenhum deles. O mistério com que a mãe tratara todos os preparativos deixara-o inquieto, mas ele não perdera tempo algum questionando-a. Se Esther fizesse algo para prejudicá-lo, ele estaria pronto para revidar e fazê-la se arrepender de alguma maneira.

– Estamos prontas, Finn – diz ela alguns minutos depois, encarando a grande lua cheia. – Hora de cumprir a sua parte no acordo, meu filho – completa, com um sorriso sereno.

********

Na residência dos Forbes, o nervosismo era quase palpável. Rebekah havia saído algum tempo antes para trocar de lugar com Elijah na guarda de Jeremy, para que o moreno pudesse ir ao encontro dos irmãos na floresta. Caroline ficara incumbida de manter os Salvatore na linha a qualquer custo, nem que para isso precisasse amarrá-los ou desacordá-los – coisas que a vampira não tinha a mínima intenção, nem mesmo coragem, de fazer!

Por esses motivos, nenhum deles esperava que alguém batesse à porta àquela altura, muito menos que a pessoa em questão fosse Elena Gilbert. Aparentemente, a garota também não esperava encontrar aquela estranha reunião por ali, pois a expressão de surpresa em seu rosto, quando a porta da casa fora aberta e Sophie apareceu ali, foi genuína.

– O que você está fazendo aqui? – a morena indaga, momentaneamente abalada. – Quer saber? Não me importa! Vim falar com a Caroline... – completa, entrando sem ser convidada.

– Elena... Aconteceu alguma coisa? – a anfitriã questiona, aproximando-se.

– Jeremy está sumido! Não apareceu no Grill, não voltou pra casa e nem mesmo atende o celular! Ric e eu estamos procurando por ele há horas.

– Acontece que sabemos onde Jeremy está – diz Stefan, intrometendo-se na conversa e fazendo a ex-namorada voltar-se lentamente para encará-lo.

– Vocês sabem? Espere... Como... O que vocês fizeram com o meu irmão?

– Sophie ouviu sua conversa com Damon hoje mais cedo – o vampiro responde, sem se abalar com o olhar acusatório de Elena. – Nenhum de nós concordou abertamente, mas também não impedimos os Mikaelson de arquitetarem um plano para derrubar Esther.

– Você está querendo dizer – uma breve pausa, em que a garota passou as mãos pelos longos cabelos escuros nervosamente – que deixou o meu irmão servir de peão de xadrez para uma família de vampiros desequilibrados, é isso? – continua, agora histérica. – Onde ele está, Stefan?

– Elijah o estava mantendo em um lugar seguro, para garantir a cooperação de Bonnie. E agora é Rebekah quem está com ele.

– Garantir a cooperação da Bonnie? – ela murmura, parecendo confusa. - Isso tudo é culpa sua! – grita Elena, voltando-se para Sophie e agarrando a loira pelos cabelos.

– Me... larga... Sua histérica! – a garota retruca, tentando desvencilhar-se da outra. Num golpe, derrubou a morena no chão, caindo sobre ela.

No instante seguinte, Caroline e Sam já as haviam separado e as mantinham bem presas em abraços de ferro. Elena ainda esperneava, gritando insultos, enquanto Sophie resmungava com o amigo de infância para que ele a soltasse.

– Tudo bem, pode me soltar agora – diz a morena alguns minutos depois, quando já parecia levemente mais equilibrada. – Mas é bom que saiba, bichinho de estimação dos Originais – continua ela, olhando diretamente para a prima de Stefan -, que se algo acontecer ao Jeremy, eu acabo com você! – completa, desvencilhando-se de vez dos braços de Caroline e deixando a casa.

– Oh-ho! – uma voz masculina exclama da entrada. – Minha sorella sabe mesmo como fazer amigos! – diz Alfredo, com um sorriso debochado.

– E o que você está fazendo aqui, garoto? – Caroline indaga, cruzando os braços e encarando-o seriamente.

– Estava me divertindo por perto quando ouvi os gritos histéricos e resolvi me aproximar para conferir – ele responde, com um dar de ombros displicente. – Foi um show e tanto, Soph! Já pensou em se inscrever em competições de luta livre? - continua o loiro, com um sorriso zombeteiro. - Mas não se preocupem, já estou de partida. Quero assistir a morte de alguns Originais de camarote – o loiro confidencia, antes de desaparecer na noite.

– Não podemos deixar isso acontecer! - Sophie exclama disparando porta afora, sendo seguida prontamente por Stefan.

– Hey! - diz Caroline, desconsolada. - Rebekah vai me matar... - ela murmura em seguida. - Vamos Sam, temos de mantê-los longe de confusão - completa, deixando a casa.

********

Àquela altura, os irmãos Mikaelson já se encontravam reunidos próximo à clareira onde Esther se preparava. O fogo iluminava precariamente a área, e os tons de laranja e vermelho das chamas cintilavam nos olhares dos vampiros, o que fazia com que nada num raio de quilômetros ousasse fazer um ruído sequer. Apenas o som do farfalhar das folhas era audível àquela altura.

– Acho bom que saiba o que está fazendo, senhorita Bennett – Elijah sussurra num tom ameaçador, aproximando-se ainda mais da bruxinha.

– Mantenha sua mãe distraída, e eu cuidarei do resto – a morena responde, parecendo confiante.

– Para o bem do jovem garoto Gilbert, é bom que tenha certeza disso - o Original rebate, afastando-se dela em seguida.

Enquanto Elijah seguia para junto dos irmãos, vários metros à frente, Damon se aproximou de Bonnie, observando-a com atenção. Podia notar, mesmo na penumbra, a expressão angustiada da garota e o quanto suas mãos estavam trêmulas.

– Sei que não é de grande ajuda, mas pode contar comigo bruxinha - ele sussurra, tocando levemente uma das mãos dela.

– Não seja bobo... - a morena responde, no mesmo tom. - Mas não tenho certeza de que posso fazer isso, Damon! - continua, apreensiva. - As chances de algo dar errado são...

– Muitas, claro! - o vampiro de olhos azuis a interrompe. - Assim como várias outras coisas. Mas se existe alguém que pode fazer isso, essa pessoa é você.

*******

A lua cheia enfim alcançara seu auge, e Esther deixou escapar um pequeno sorriso de satisfação ao posicionar-se no centro do grande círculo de fogo. Finn colocou-se ao seu lado no instante seguinte, encarando um ponto qualquer na copa das altas árvores que os rodeavam. Abby, por sua vez, preferiu se manter um pouco mais afastada, concentrando-se apenas em canalizar seus pensamentos no sucesso do plano da outra bruxa.

Murmurando um feitiço, Esther fez um embrulho comprido e malfeito chegar às suas mãos, e dele retirou uma estaca de madeira perfeitamente entalhada, com estranhas marcas gravadas em toda a sua extensão. Analisou-a demoradamente sob o brilho intenso da lua, como se aquele objeto fosse uma jóia extremamente preciosa.

– A estaca de carvalho branco – diz ela em voz alta, fazendo com que o Original ao seu lado enfim voltasse seu olhar para ela, engolindo em seco ao deparar-se com o objeto. – Está pronto para o sacrifício, Finn? – ela indaga, com o semblante sério.

– Sugiro que pense bem antes de responder, irmão – Klaus dispara, surgindo na clareira. – Ao menos pergunte à nossa mãe se ela lhe contou todos os detalhes do seu plano maquiavélico – completa, encarando Esther com um sorriso forçado.

– Niklaus... Elijah... Kol... – Finn murmura, ao vê-los reunidos em volta do círculo de fogo criado pela bruxa. – O que isso significa? Uma reunião de família? – indaga, a voz carregada de ironia. – Deveriam ter trazido Rebekah também! – ele continua, dando um passo à frente. – E talvez até mesmo aquela coisinha pela qual Elijah é apaixonado...

– Acho melhor pensar mil vezes antes de falar da Sophie, se quiser continuar com a língua dentro da boca, irmão – Elijah rosna em resposta, com os punhos cerrados.

– Anotarei a dica para a posteridade – Finn responde com um sorriso, dando as costas aos irmãos e voltando-se novamente para Esther. – Faça o que precisa ser feito – diz ele, apoiando um dos joelhos no chão -, quero sair logo dessa cidade.

– Não haverá posteridade para nenhum de nós, seu imbecil – Kol vocifera, tentando ultrapassar a barreira de fogo, em vão. – Se prosseguir com isso, todos nós morreremos!

– Está blefando – Finn retruca, sem sequer encarar os irmãos.

– Não, ele não está! – a voz de Sophie se fez ouvir na clareira, fazendo com que todos se voltassem incrédulos na direção das árvores.

– Mas o que diabos você está fazendo aqui? – era Klaus externando a pergunta que todos queriam fazer, bloqueando a passagem da garota no segundo seguinte.

– Se sobrevivermos, eu explico – a loira murmura em resposta, desviando do híbrido e aproximando-se da barreira imposta por Esther. – Finn... Eu sei que me odeia, mas preciso que acredite em mim! Você não vai tomar o lugar do Klaus, não vai conseguir vingança alguma. O plano da sua mãe é acabar com todos vocês usando a sua raiva em favor dela.

Mas antes que o Original pudesse pensar em alguma resposta àquele apelo, as chamas ganharam novo fôlego, praticamente ocultando quem estivesse dentro do círculo. Sophie sobressaltou-se com aquela agitação repentina, e em um piscar de olhos Elijah a tinha segura ao seu lado.

Longe das vistas de todos, Bonnie esforçava-se ao máximo para quebrar a conexão entre os irmãos Mikaelson, mas o poder que Esther detinha naquele instante tornava a tarefa praticamente impossível.

– Bonnie, está sangrando! – Damon exclama, encarando-a preocupado.

– É forte demais... – a morena murmura, com esforço. – O poder das minhas ancestrais é muito maior do que eu – completa desesperada.

– Só precisa acreditar um pouco mais – diz ele, tomando o rosto dela entre suas mãos. – Estou aqui com você.

– E nós também – completa Stefan, parando ao lado do irmão, seguido por Caroline e Sam.

De volta à clareira, Esther encarava os filhos com um olhar gélido, que nem mesmo o fogo em volta era capaz de aquecer. Todos a encaravam em silêncio, ainda surpresos com o repentino aumento das chamas.

– É curioso ver o desprezo nos semblantes de vocês, garotos – diz ela seriamente. – Não conseguem suportar a ideia de que alguém pode tramar a morte dos poderosos vampiros Originais, como vocês mesmos sempre fizeram durante séculos? – uma pequena pausa. – Tudo o que fizeram foi espalhar dor e horror por onde passaram! Mataram inocentes sem hesitar, tramaram uns contra os outros milhares de vezes, destruíram famílias e cidades sem um pingo de culpa... Egocêntricos e arrogantes ao máximo! Até mesmo você Elijah, que se diz tão nobre, não passa de um monstro inescrupuloso que joga conforma as coisas se apresentam ao seu favor. Niklaus sempre se achando o pobre garoto rejeitado, Kol sempre se escondendo atrás de sua rebeldia, Rebekah com sua carência, e até mesmo você Finn... Sempre renegando o próprio sangue, desejando ser qualquer outra pessoa além de você mesmo! – Esther vocifera, enfim abrindo o jogo com os filhos. Agora havia fúria em seus olhos claros, e ela parecia muito mais com um monstro naquele instante. – Mas grande parte da culpa também é minha. Se não os tivesse transformado em monstros, muito sangue teria sido poupado ao longo dos séculos. Mas agora estou aqui para consertar as coisas e livrar o mundo da ameaça que meus próprios filhos representam.

– Você mentiu pra mim! – Finn rosna, expondo as presas pontiagudas e partindo para cima da bruxa. Para seu azar, Esther foi mais rápida e conseguiu desviá-lo, fazendo-o tombar no chão há alguns metros de distância. – Não vai conseguir me matar, mamãe – diz ele, colocando-se de pé e espanando o pó de sua roupa. – Eu conheço os seus truques, bruxa maldita!

– Acha mesmo que pode me impedir? – ela indaga, com um sorriso sombrio. – Criança estúpida! Eu lhes concedi a imortalidade, posso tomá-la de volta e enviá-los para as sombras de uma vez por todas – completa, derrubando-o novamente. Klaus e os outros até tentaram impedi-la, mas a barreira de chamas os mantinha impotentes do lado de fora do círculo.

Mais uma vez, Finn colocou-se de pé, encarando a mãe com fúria. Sempre soubera que Esther não era merecedora de confiança, e por esse motivo guardara um pequeno truque na manga, para usar caso ela se voltasse contra ele. Sabia perfeitamente bem que o poder da mãe vinha das descendentes de Ayanna, e que dependia da ligação entre as diversas gerações para que pudesse ser absorvido por ela.

– Talvez não consiga impedi-la, mas posso atrasá-la – o vampiro responde com um sorriso gélido, disparando em direção a Abby e torcendo seu pescoço num piscar de olhos, largando seu corpo sem vida no chão em seguida.

No mesmo instante, as chamas que os rodeavam abrandaram, e Esther caiu de joelhos no chão, parecendo muito cansada. Há alguns metros dali, Bonnie sentiu o poder percorrendo seu corpo, e concentrou-se numa última tentativa de romper o feitiço de ligação.

– Saia daí agora, Finn – diz Elijah, aproximando-se alguns passos. – Podemos resolver isso juntos – completa, vendo o irmão mais novo acenar afirmativamente e dirigir-se em sua direção.

O loiro estava há um passo de alcançar a borda da barreira quando um grito escapou de seus lábios e seu rosto tomou uma coloração acinzentada. A ponta de uma estaca de madeira pode ser vista atravessando seu peito antes de Finn desabar de joelhos no chão e seu corpo entrar em combustão.

Esther estava de pé exatamente atrás do vampiro, olhando dele para os outros filhos com um sorriso vitorioso nos lábios, como se esperasse o fogo se espalhar por toda a clareira. Os Originais olhavam dela para o irmão apreensivos e chocados, sem sequer respirar. Até mesmo Sophie, que tinha suas diferenças com Finn declaradas, observada tudo com os olhos marejados.

– Mas... Mas o que aconteceu aqui? – a bruxa milenar exclama, parecendo genuinamente confusa.

– Seu plano falhou – exclama Bonnie com um sorriso cansado, surgindo na clareira acompanhada de perto pelos demais.

– Você! – Esther rosna, estreitando os olhos na direção da morena. – Mas tenha certeza de que isso não voltará a acontecer – completa, desaparecendo numa nuvem de fumaça, deixando todos na clareira atônitos.


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Notas finais do capítulo

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