Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 55
Capítulo 55 - Encontros e Desencontros


Notas iniciais do capítulo

Hello galerinha, tudo beleza?

Desculpa se as atualizações demoram mais de uma semana pra sair, estou num caso sério com os livros de As Crônicas de Gelo e Fogo! hehehehe #StarkFeelings ♥

Agora vamos ao cap... :)



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Bonnie acordara mais tarde do que o normal naquela manhã de domingo. De seu quarto, já era capaz de sentir o aroma delicioso do almoço sendo preparado por seu pai no andar inferior, o que fez seu estômago roncar sonoramente, apenas para lhe dar certeza de que estava faminta.

Durante o banho quente e demorado, voltou a repassar os momentos que passara ao lado de Damon na noite anterior, da mesma maneira que fizera antes de dormir – motivo pelo qual a garota só pegou no sono às três da manhã. A maneira que o vampiro a conduzira durante a valsa, o modo protetor com que a tratara quando Elena a acusara, os sorrisos genuínos que o moreno lhe dera ao longo da noite...

Cada pequena lembrança fazia com que a bruxinha se sentisse aquecida de um modo diferente, de uma maneira que ainda não tivera a oportunidade de experimentar, e que a deixava ansiosa e assustada na mesma medida.

Ao voltar ao quarto vários minutos depois, envolta em um felpudo roupão branco, no exato momento em que o relógio da torre anunciava que já eram doze horas, deparou-se com uma folha de papel – um tanto chamuscada – sobre a cama ainda desarrumada. Desconfiada, aproximou-se devagar e apanhou o papel, abrindo-o devagar.

Ali, numa fina e elaborada caligrafia, pode ler a seguinte mensagem: “Precisamos conversar, assunto sério e extremamente sigiloso. Sua mãe já está a caminho. Encontre-nos em uma hora na velha casa onde me libertaram. E.”

Espantada, Bonnie se deixou cair na cama, com o recado ainda seguro em suas mãos. O que aquilo poderia significar? O que uma bruxa milenar e poderosa poderia querer com ela? Ou melhor: o que poderia querer dela? E outra: por que Esther garantiria a presença de Abby?

Em meio à confusão que se instaurara em sua cabecinha, a morena apanhou o celular sobre o criado mudo, encarando a tela do aparelho em seguida. Para quem ligaria, afinal? Elena mudara tanto nos últimos tempos que Bonnie mal a reconhecia em certos momentos; Caroline sendo a melhor amiga de Sophie, não seria a melhor opção, já que o assunto girava em torno dos Mikaelson e Soph estava indiscutivelmente ligada a eles, assim como Stefan, que seria sua próxima opção; também não falaria com Jeremy sobre isso, então... Então só lhe restava uma opção.

Justamente a pessoa com a qual ela aprendera a não contar desde o momento em que o conhecera; a pessoa que já havia declarado mais de uma vez que, para ele, a vida de Bonnie não tinha relevância; o homem que estivera ao seu lado ao reencontrar Abby; aquele que a fizera flutuar enquanto dançavam juntos e fizera questão de levá-la até a porta de sua casa... Apenas Damon, tão fascinante em sua bipolaridade que deixava a garota tonta.

Após mais um minuto, a bruxinha por fim discou o número do moreno, mordendo o canto do lábio enquanto aguardava. Cinco toques depois, a chamada foi transferida para a caixa postal, o que fez com que Bonnie soltasse um profundo suspiro cansado e largasse o celular sobre os travesseiros, largando-se mais uma vez sobre o colchão em seguida.

Passou-se mais algum tempo até que a garota enfim se levantasse, seguindo até o guarda-roupa para procurar o que vestir, decisão que não lhe tomou muito tempo.

Antes de deixar o quarto, apanhou o celular mais uma vez, digitando uma mensagem rapidamente antes de enfiá-lo no bolso do jeans e fechar a porta atrás de si.

**********

No Mystic Grill o movimento era grande, afinal, muitas pessoas paravam ali para almoçar. Junte a isso os desocupados que só buscavam algum tipo de distração, e o ambiente estará lotado e barulhento, impedindo até mesmo um vampiro distraído de ouvir seu próprio celular tocar.

Fora isso que acontecera com Damon. Após deixar Sophie na calçada e entrar no restaurante, sua atenção foi atraída para o rapaz loiro sentado ao balcão, ladeado por uma garrafa de vinho e uma taça de cristal. Sem pestanejar, o moreno seguiu até lá e sentou-se ao lado de Alfredo, sobressaltando-o.

– Damon Salvatore – diz ele, com a voz levemente pastosa, erguendo um brinde ao recém-chegado. – Venha, brinde comigo a exterminação dos nossos problemas – completa, com um largo sorriso, ao mesmo tempo em que fazia sinal para que o garçom trouxesse outra taça.

– Não acha que está um pouco cedo para comemorações? – indaga Damon, recusando sutilmente a taça que o garçom lhe trouxera. – Além do mais, prefiro algo mais forte... O de sempre, Charles! – diz ele, virando-se para o rapaz que o estava atendendo.

– É Andrew, na verdade... – o garoto murmura, parecendo contrariado.

– Andrew, Charles, Benedito... Não importa o nome, todos vocês morrem um dia – o moreno responde, com um dar de ombros despreocupado. - Agora traga o meu Bourbon!

– Não entendo você – Alfredo exclama, encarando o outro.

– Não entende o quê, ragazzo? – diz Damon, com um sotaque carregado.

– Sabe que sou muito mais velho que você, não é? Não faz sentido me chamar de “garoto” quando nem meu próprio pai me chamava assim – o loiro responde com frieza, voltando a encher sua taça com vinho.

– Não me admira seu velho ter te chutado de casa, você é insuportável! Não que o meu tenha feito diferente, mas isso não vem ao caso...

– Não fale da minha família assim – diz o Salvatore mais velho num rosnado, fazendo a taça que tinha na mão se partir em vários pedaços. – Não lhe dei esse direito, bambino – completa, deixando transparecer o desprezo em sua voz

– Ora, somos família Alfredo. Por que não me contar seu segredo tenebroso? – instiga Damon, com um sorriso irônico. – Você brincou de médico com a sua irmãzinha mais nova, ou espiou...

Mas o moreno nem sequer teve a chance de terminar seu raciocínio, pois Alfredo o fez se calar com um soco no maxilar, que abriu um feio corte no lábio inferior de Damon.

– Nunca mais fale de Sofia dessa maneira, entendeu? – o loiro urra, destacando cada palavra e pondo-se de pé. – Ou não pensarei duas vezes antes de cravar uma estaca no seu coração! – completa, agora num sussurro, dando as costas ao outro e se encaminhando para a saída.

– Mais essa agora – diz Damon após se recompor, girando os olhos e sorvendo um longo gole de seu whisky.

– Você não consegue ficar longe de confusão por um mísero dia? – questiona Matt, que acabara de se aproximar do balcão trazendo uma bandeja repleta de copos vazios.

– E perder toda a diversão? Não mesmo! – o moreno cochicha em resposta, com um sorriso. – Aliás, Ric está por aqui?

– Não que eu o tenha visto – diz o rapaz, enquanto apanhava uma bandeja com um novo pedido. – Já tentou ligar pra ele?

– Ora, veja só... Você sabe ser útil! Incrível! – o vampiro caçoa, aos risos. – Bem, farei isso, obrigado pela dica.

Enquanto Matt se afastava, Damon apanhou o celular no bolso interno de sua jaqueta. Ao desbloquear a tela, foi surpreendido pelo pequeno envelope que piscava freneticamente, indicando que recebera uma mensagem de texto.

Ao abri-la, deparou-se com o seguinte: “Esther me convocou para uma reunião, junto com Abby, na velha casa das bruxas. Não confio em nenhuma delas, Damon. Me sentiria mais confiante, e segura, se você pudesse estar por perto... Bonnie”.

Sem se importar com o whisky que esquentava no copo, o moreno voltou a guardar o aparelho no bolso e disparou porta afora, seguindo imediatamente para o carro. “Talvez eu chegue a tempo de apanhá-la ainda em casa” pensou ele, enquanto dava partida e fazia o Camaro cantar pneus ao se distanciar do Mystic Grill.

*********

Bonnie estava a menos de quinhentos metros de sua casa, quando percebeu uma leve mudança no som do farfalhar das folhas das árvores que ladeavam a rua. Voltou-se para o pequeno caminho que percorrera, sentindo a ansiedade crescer em seu peito, mas nada notou de diferente. Estava pronta para continuar a avançar quando um grito agudo escapou de seus lábios.

Klaus havia se materializado à sua frente, e o sorriso que trazia nos lábios podia significar muitas coisas, menos simpatia.

– Olá bruxinha – diz ele calmamente -, estava mesmo procurando por você. Precisamos conversar.

– Desculpe, mas já tenho um compromisso e não posso me atrasar – a garota responde, sem conseguir esconder o nervosismo.

– Acho que esse seu “compromisso” – começa o híbrido, fazendo aspas com os dedos – pode ser adiado, a menos que queira receber o garoto Gilbert em uma caixa de fósforos.

– Jeremy? O que você fez com ele? – Bonnie indaga, os grandes olhos castanhos se arregalando pelo pânico.

– Eu não fiz nada – o Original exclama, erguendo as mãos num gesto que dizia que se encontrava isento de culpa. – Mas Elijah esconde um mestre de torturas por baixo de toda aquela eloqüência e ternos caros, sabia?

– O que quer de mim, Klaus?

– Apenas um pequeno favor. Um feitiço, para ser mais específico. Mas prometo que, assim que conseguir o que quero, você terá seu precioso namoradinho de volta, são e salvo. Temos um acordo?

– Diga o que preciso fazer – a bruxinha responde, com um suspiro derrotado.

****************

O plano de Elijah era ir até a residência dos Gilbert, mas o destino parecia lhe sorrir naquele instante, talvez para compensar a grande encrenca em que ele e os irmãos estavam metidos.

Jeremy Gilbert caminhava sozinho pela rua deserta, totalmente distraído com a música que ecoava através dos fones de ouvido que usava. Parecia caminhar em direção ao Mystic Grill, mas, infelizmente para ele, seus planos estavam prestes a ser frustrados.

Estacionando o carro há alguns metros de distância do rapaz, exatamente às suas costas, o Original saltou do veículo. Num piscar de olhos, estava atrás de Jeremy, sobressaltando-o com um toque em seu ombro.

– Elijah – diz ele, levemente engasgado por conta do susto -, quase me matou do coração.

– Não pretendia matá-lo definitivamente – o vampiro responde, sombriamente. – A menos que eu seja obrigado a isso – completa, alisando o terno despreocupadamente.

– O que você quer di...

Mas Jeremy não conseguiu completar a frase, pois Elijah adiantou-se e torceu o pescoço do garoto, mergulhando-o na escuridão e fazendo-o cair aos seus pés.

Após erguê-lo e colocá-lo sobre um dos ombros, o Original voltou para o carro, largando o garoto no banco de trás e arrancando com o carro para longe dali em seguida.

************

Sob as ordens de Klaus e os protestos de uma certa loirinha de sangue italiano, Rebekah dirigiu-se com Sophie e Stefan para a casa de Caroline. Afinal, ela parecia ser a pessoa mais capaz de auxiliar a garota Mikaelson na árdua tarefa de manter os primos Salvatore longe de confusão.

– Soph... Stefan! E... Rebekah? – exclama Caroline, ao abrir a porta e deparar-se com os três em sua pequena varanda. – O que fazem aqui? Aconteceu alguma coisa? – indaga, analisando os rostos à sua frente em busca de alguma resposta.

– Na verdade – começa a Original, com um sorriso vacilante -, você é a minha melhor esperança. Podemos entrar? Não é um assunto para se tratar à porta!

– Ah claro, entrem - a anfitriã responde, dando passagem para que eles entrassem. – Sam, temos visitas! – grita em direção às escadas, fechando a porta atrás de si em seguida.

– Sabia que tinha sentido um cheirinho de chocolate com morango no ar – diz o rapaz, no segundo seguinte, parando ao pé da escada. – Hey Soph, ainda usando o mesmo shampoo? – completa com um largo sorriso, abraçando a amiga de infância em seguida.

– Não sabia que prestava atenção a esse tipo de detalhe - a loira responde, beijando-o no rosto.

– Sou seu melhor amigo há séculos, garota! Além do mais, ficou difícil de esquecer depois que você me proibiu de comprar um perfume com esse mesmo cheiro pra Ashley...

– Ela era uma metida, não valia o presente – Sophie alega, com uma carinha inocente.

– Ash era minha namorada, e você uma ciumenta!

– Espero que não faça o mesmo comigo – exclama Rebekah, fingindo indignação. – Sou sua cunhada também, lembre-se disso – continua seriamente, fazendo a garota corar. – E não faça essa cara, está ouvindo? Seja lá o que houve entre você e Elijah, sei que vão se acertar mais cedo ou mais tarde. Agora... Caroline, vamos ao assunto que nos trouxe até aqui. E acho que nosso pequeno namorador aqui presente pode ajudar também – completa,encarando Sam com um sorriso misterioso.

************

Foram necessários poucos minutos para que Damon chegasse até a residência dos Bennett, estacionando o carro com uma freada brusca que deixou marcas no asfalto. Num piscar de olhos, saiu do automóvel e correu até a varanda, apertando a campainha algumas vezes, até que ouviu passos pesados se aproximando da porta.

Cinco segundos – que o vampiro fez quentão de contar! – depois, a porta da frente se abriu, revelando um senhor que Damon havia visto apenas uma ou duas vezes antes.

– O que deseja? – o homem questiona educadamente, embora analisasse o rapaz à porta com cuidado.

– O senhor é o pai da Bonnie, Wilson... não é? Ela ainda está em casa? – o moreno questiona, ansioso.

– E você seria...

– Damon. Damon Salvatore. Sua filha e meu irmão estudam juntos.

– Bem... Bonnie saiu há alguns minutos, disse que tinha uma reunião importante de um grupo escolar. Quer deixar algum recado?

O vampiro nem sequer prestou atenção à proposta do homem, correndo de volta ao Camaro no segundo seguinte. Mal tinha se largado no assento quando um cheiro trazido pelo vento chamou sua atenção. Tentando agir o mais normalmente possível, deu partida no carro, percorrendo apenas a distância necessária para que a fachada da casa de Bonnie não fosse mais visível.

Em seguida, voltou a pé pelo pequeno trecho, tentando captar o cheiro novamente. Poucos passos bastaram para que Damon encontrasse o que chamara a sua atenção. Estava ali, pairando no ar e envolvendo-o, mesmo que não pudesse ver, apenas sentir.

O perfume de Bonnie o havia trazido até ali, marcando o lugar como um grande “x” preto que demarca onde um tesouro foi enterrado. Passara tempo bastante ao lado da bruxinha na última noite para que o perfume fosse memorizado.

Mas havia algo mais ali, algo levemente familiar e que o moreno estava tendo dificuldades em situar... Já estava se sentindo frustrado e arrepiava os cabelos sem nem mesmo se dar conta disso quando a compreensão o atingiu, fazendo uma única palavra escapar de seus lábios...

– Klaus!


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Notas finais do capítulo

Até o próximo, povo!

xoxo



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