Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 40
Capítulo 40 - Sentimentos Conflituosos


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha! Tudo de boa aí? :)

Bem, mesmo um pouquinho atrasado (por conta da manutenção do site e tals), eis aqui o novo capítulo. Ia postá-lo só amanhã de manhã, mas como recebi uns comentários muito fofos, resolvi antecipar e postar já.

Espero que gostem (e que o site não entre em manutenção eterna outra vez! hehehe)



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Por mais que quisesse ter ido contar o que descobrira ainda na noite anterior, Damon resolveu esperar pelo amanhecer do domingo, na esperança de que pudesse encarar Elena sem todo o rancor que ainda sentia no dia anterior.

Para sua surpresa, o sentimento continuava ali, tão latente quanto no momento em que se dera conta de que a garota o havia usado para provocar ciúmes no irmão. Em outros tempos, ele nem teria se importado muito com aquilo, mas agora a história era bem outra.

Damon já passara pela humilhação de amar uma mulher que amava outro. Perdera mais de cem anos em sua busca por uma maneira de libertar Katherine da maldita tumba, para, depois de todos os seus esforços, descobrir que ela o enganara e que sempre fora verdadeiramente apaixonada por Stefan.

O vampiro não queria odiar o irmão, como gritava aos quatro ventos. Mas vê-lo ser sempre o preferido pelas pessoas que Damon amava o machucava mais do que ele gostaria de admitir. Até mesmo Sophie, que entrara em suas vidas há pouco tempo, parecia ter se rendido aos encantos do caçula.

Não que Damon quisesse que a pirralha loira passasse os dias atrás dele como um gatinho que quer atenção, mas não seria nada mau ter alguém que concordasse com ele na maioria das vezes, certo? Afinal, eles eram tão parentes quanto ela e Stefan, então por que o irmão tinha de ser sempre o predileto?

Imerso naqueles pensamentos, Damon mal se dera conta que o dia já havia clareado há muito. Com algum esforço, conseguia colocar todo aquele rancor e ciúme numa caixinha de sua mente, trancando-a muito bem para que nada escapasse dali no resto do dia, para só então decidir sair da cama.

Minutos mais tarde, já de banho tomado e pronto para sair, ele dirigiu-se à sala principal da mansão, pronto para tomar seu “café da manhã”, que nada mais era do que uma dose generosa de whisky, seguida por uma simpática bolsa de sangue que apanhou num dos freezers no porão.

Em menos de trinta minutos, o rapaz estacionava em frente à casa de Bonnie. Nem tinha se dado ao trabalho de ligar avisando que passaria por ali, afinal, era um assunto que interessava a bruxinha, de uma maneira ou de outra.

Foram necessários mais alguns minutos para que a garota enfim aparecesse à porta, com cara de sono e vestindo um robe sobre o pijama. Damon não conseguiu conter um sorriso ao perceber que havia tirado Bonnie da cama, mesmo que internamente pedisse para que o mau humor matinal não a afetasse ao ponto dela lançar um daqueles feitiços que deixam a sensação de que sua cabeça vai explodir.

– Surpresa! – diz ele, balançando uma folha de papel na frente do rosto dela ao perceber que Bonnie apenas o encarava, espantada demais para tomar qualquer atitude.

– O que faz aqui a uma hora dessas, Damon?

– Bom dia pra você também, bruxa – o rapaz responde, sem se abalar.

– Não queira bancar o fofo, isso não cai bem em você! E onde está a Elena? – a garota questiona, se dando conta de que apenas Damon estava parado à sua porta.

– Provavelmente dormindo. Na verdade não é da minha conta, então não tenho como saber com certeza. Até poderia perguntar ao Stefan, mas duvido que ele saiba de alguma coisa, já que eles romperam o namoro, certo?

– O que quero saber é o que faz aqui sozinho!

– Ah, isso... Bem, está vendo esse papel? – Damon pergunta, vendo-a acenar afirmativamente após girar os olhos. – Aqui está o endereço que estávamos procurando. Aposto que você não teve muita sorte em suas buscas pela tal Abby, não é?

– Como você...

– Eu sou um gênio, minha querida – ele a interrompe, estendendo o papel para ela. – Nada que alguns sorrisos, compulsão e cérebro não resolvam.

– Esqueceu de mencionar o quanto é humilde – diz ela, com um leve sorriso.

– Claro, a humildade é minha marca registrada! E então, pronta para pôr os pés na estrada?

– O quê? Sair por aí sozinha com você? Está de brincadeira, certo?

– Saiba que assim você me ofende, ok? E se preferir, pode chamar sua amiguinha Elena, não me importo. Só achei que seria mais fácil se não precisássemos nos preocupar com alguém tão quebrável!

– Vou fingir que acredito nisso, tudo bem? Mas acho que dessa vez você pode ter razão. Vamos deixá-la de fora dessa busca – Bonnie responde, surpreendendo-se ao ver um tímido sorriso surgindo no rosto de Damon com sua resposta. – Me dê alguns minutos pra trocar de roupa, e poderemos ir.

– Como quiser bruxinha! Estarei esperando no carro – ele responde, dando-lhe as costas e deixando-a sozinha ali.

Mesmo que não quisesse admitir, Damon estava começando a gostar da companhia daquela garota estranha e cheia de poderes. Mesmo que Bonnie não confiasse inteiramente nele, estava disposta a ouvi-lo e concordar com ele, algo um tanto incomum na vida – ou morte – dele. Ele só esperava não se arrepender por isso, mais cedo ou mais tarde.

********

Outra pessoa que já estava de pé naquele horário era Sophie, que ao contrário do dia anterior, se encontrava mais bem disposta e animada. Aparentemente, o passeio até a cachoeira fizera mesmo o que Stefan prometera: a afastara, mesmo que momentaneamente, de seus problemas mais recentes.

Infelizmente, ela não poderia fugir deles eternamente. Então antes mesmo de sentar pra tomar café da manhã - que consistia numa generosa porção de sucrilhos de chocolate -, a garota mandou uma mensagem de texto para o celular de Kol, pedindo para que ele viesse até seu apartamento para tratarem logo do trabalho de literatura, já que os planos iniciais acabaram frustrados por conta da aparição de Sage.

Sophie não tinha certeza de que o rapaz apareceria por ali, mas precisava tentar, certo? Precisava acertar os ponteiros da relação entre eles, mesmo que para ela as coisas estivessem apenas no campo da amizade até aquele momento.

Com certeza, encontrar-se em meio a duas pessoas completamente diferentes, e ao mesmo tempo, igualmente encantadoras, não era uma das experiências mais simples pela qual passar. Saber que uma mísera palavra ou gesto seu seria capaz de machucar Elijah ou Kol era mais do que suficiente para fazer Sophie sentir-se uma pessoa horrível.

Mas não iria se torturar com aquilo agora. Deixaria as coisas correrem da melhor maneira possível. E, se por acaso, ela se descobrisse totalmente perdida, iria embora e os deixaria sem nem mesmo olhar para trás, afinal, não achava justo se colocar entre os irmãos e abalar ainda mais a delicada relação entre eles.

Estava com a colher a caminho da boca quando ouviu um toque firme na porta, que quase a fez derrubar o cereal na mesa por conta do susto. Com certeza o rapaz viera rápido, afinal, não fazia mais do que cinco minutos que mandara a mensagem de texto pedindo para que ele viesse até ali.

Ainda mastigando, Sophie dirigiu-se à porta e a abriu sem nem mesmo verificar pelo olho mágico quem estava ali. O choque ao perceber que não era Kol quase a fez engasgar, mas a garota conseguiu se recompor antes que a situação ficasse ainda mais constrangedora.

– O que está fazendo aqui, Alfredo? – a garota questiona, ao ver o loiro recostado preguiçosamente no batente da porta.

– Vim continuar nossa conversa, que infelizmente, foi bruscamente interrompida na última vez que nos vimos – o rapaz responde simplesmente, sorrindo para ela.

– Não lembro de termos algo pra conversar.

– Para sua sorte, eu tenho uma ótima memória. Mas não vai me convidar a entrar? Sua mãe não lhe ensinou bons modos?

– Não ouse falar da minha mãe, e não, não vou convidá-lo a entrar! Prefiro ter um lugar pra onde correr caso seja necessário – diz Sophie, cruzando os braços emburrada.

– Tão bravinha quanto a minha irmã. Interessante... Talvez com o tempo possamos superar sua falta de confiança em mim, certo? – Alfredo sugere, ainda mantendo o bom humor com que chegara ali.

– Acho difícil, na verdade. E bem, se não tem mais nada a dizer, acho melhor ir embora. Estou esperando alguém.

– E esse alguém seria o Stefan?

– Se fosse, não lhe diria respeito, não é? Pelo que posso me lembrar, não lhe devo satisfações!

– Por favor Soph, sem hostilidade. Estou apenas preocupado com você, nada demais. Até porque, você gostando ou não, somos parentes, e a família precisa ficar unida.

– Estranho dizer isso, já que foi você que provocou a desavença entre os Salvatore, não é?

– Não fale de coisas que você não sabe, garota! – o vampiro retruca, a voz mal passando de um sussurro ameaçador.

– Então por que você não explica? Desculpe Alfredo, mas tudo que sei é que a família deixou Roma por conta de suas atitudes duvidosas. Se não é nada disso, então o que aconteceu? – Sophie o pressiona, vendo-o recuar instintivamente.

– Eu não...

– Não era você que queria conversar? Então por que não começa me contando o que houve com você?

*********

Longe dali, Klaus tentava se livrar da estranha sensação de que havia algo errado na mansão. Desde que chegara em casa na madrugada de sábado, sentia como se algo estivesse fora do lugar, e nem suas horas na companhia de Rebekah e Caroline no divertido passeio pelo shopping conseguiu fazer com que a sensação desaparecesse por completo.

Aproveitando que nenhum dos irmãos se encontrava em seus respectivos quartos – Rebekah e Elijah pareciam conversar na sala, enquanto Kol dava partida na moto para ir sabe-se lá para onde -, o híbrido resolveu checar os cômodos vazios do andar superior.

Após verificar vários quartos de hóspedes, ele se deparou com um botão escuro caído em frente ao closet do único cômodo que realmente lhe preocupava no caso de uma invasão. Apreensivo, abriu as portas e pode constatar que alguém havia de fato estado ali, o que era um péssimo sinal.

Não que algo estivesse realmente fora do lugar ali dentro, mas Klaus conhecia muito bem o modo como fechara aquele lugar há algumas semanas, e o simples fato de ter uma pegada bem visível no fundo do closet não deixava dúvidas de que o esconderijo fora descoberto.

A dúvida que rondava a mente do híbrido era quem havia sido capaz de entrar na mansão e chegar até ali, e também o porquê do conteúdo guardado ali ser útil para mais alguém além dele. Afinal, quem mais teria ideia do que ele tentava a todo custo manter oculto?

Tinha total certeza de que nenhum dos irmãos estava envolvido naquilo, ou já teriam vindo tomar satisfações. Então, quem mais era suspeito?

Enquanto Klaus olhava atentamente para o pequeno botão em suas mãos, um estalo em sua memória fez com que conseguisse recordar onde e com quem já havia visto aquilo antes. Como não tinha pensado naquilo logo de cara? Afinal, quem mais naquela cidade teria motivos para o querer longe além dela e de suas fiéis escudeiros, os mesmos que vinham sendo irritantes pedras em seu caminho desde que o híbrido voltara para Mystic Falls?

O Original deixou o quarto e encaminhou-se aos seus próprios aposentos, onde apanhou as chaves do carro e a inseparável jaqueta, seguindo em direção ao carro num piscar de olhos. Deu a partida e arrancou cantando pneus, ato que deixou os irmãos extremamente curiosos enquanto o observavam desaparecer pelo caminho.

*********

Sophie ainda aguardava uma resposta de Alfredo quando percebeu uma movimentação no corredor. Ao espiar além do batente da porta, pode ver Kol se aproximando, a confusão dominando seu rosto, e ela sabia que ele ou não estava entendendo nada, ou estava tirando conclusões erradas e precipitadas sobre a situação, coisa que fez a vontade dela em dar uns catiripapos no loirinho à sua frente só aumentar.

– Achei que tivesse me chamado – diz Kol, olhando de um para o outro. – Vejo que estava errado, não é?

– Kol, espere! Não estou brincando com você, se é o que está pensando, ok? Entre e converse comigo – ela pede, estendendo a mão na direção do Original.

– Você vai deixá-lo entrar? E quanto a mim? – Alfredo questiona, revoltado. – Sou sua família, Sophie!

– Mas não confio em você – ela se limita a responder, olhando para o Original de maneira suplicante em seguida. Não queria deixá-lo ir embora ainda mais chateado com ela. – Por favor...

– Tudo bem – o rapaz responde por fim, suspirando derrotado. Mesmo que quisesse dar as costas e não voltar mais – coisa que ele tinha absoluta certeza de que jamais conseguiria fazer -, não tinha força para resistir a um pedido da garota.

– Acho que não se deu conta, mas está atrapalhando uma conversa importante – Alfredo resmunga, impedindo Kol de entrar no apartamento.

– E quem você pensa que é pra ficar na minha frente, garoto? Tem alguma noção de com quem está falando? – o vampiro rebate, lançando um olhar intimidador para o rapaz.

E se até aquele momento o italianinho não tinha se dado conta da semelhança, depois daquelas palavras e daquele olhar as peças em sua mente finalmente encaixaram. Mesmo sem querer, um arrepio involuntário percorreu seu corpo, fazendo um leve sorriso brincar nos lábios do Original.

– Um dos Mikaelson – ele se limita a responder, dando um passo para o lado. Afinal, sabia o suficiente para evitar comprar uma briga com qualquer um dos irmãos daquela família.

– Conhece minha família, muito bom! Então sabe que não se cruza o caminho de um Original, não é? – Kol questiona seriamente, fazendo o outro se encolher ainda mais. – Diga-me Sophie... quem é esse?

– Alfredo Salvatore, irmão mais velho da Sofia – a garota responde, aproximando-se dele e colocando uma das mãos em seu ombro, na tentativa de acalmá-lo.

– Irmão? – o moreno indaga, confuso. – Irmão de sangue, da mesma geração, com mesmo pai e mesma mãe? – completa, não querendo acreditar naquilo.

– Ao que parece...

– É quase... impossível – diz ele, realmente espantado. – O que veio fazer em Mystic Falls, Alfredo?

************

Enquanto Kol buscava suas respostas com o garoto Salvatore, Klaus estacionava em frente à casa dos descendentes de outra das famílias fundadoras daquela cidadezinha. Desembarcou do carro e alcançou a porta da frente em um piscar de olhos, batendo até que pode perceber alguma movimentação dentro da casa.

Menos de um minuto depois, um rapazinho de cabelos escuros, arrepiados e com cara de sono apareceu à porta, encarando o híbrido como se estivesse vendo uma assombração. Deu dois passos para trás, tentando aumentar a distância entre eles e olhando sobre os ombros em busca de alguma ajuda, em vão.

– O que está fazendo aqui? – o garoto questiona, por fim.

– Bom dia pequeno Gilbert. Onde está a sua irmã? – Klaus pergunta, com um sorriso que transmitia uma ameaça velada. - Creio que isso pertence a ela – completa, estendendo a mão e mostrando o pequeno botão que encontrara na mansão.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que me dizem? Deixem suas opiniões nos comentários, por favorzinho viu?

Até mais...

xoxo



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