Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 34
Capítulo 34 - Preocupações


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!

Mó orgulho de mim por estar mantendo uma certa regularidade nas postagens... Viva!!! :)

Mas confesso que os comentários de cada um de vocês têm me dado um ânimo a mais pra escrever a fic. Então... obrigada a cada um, viu? Vocês são shoooow de bola! hehehe



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Assim que Sophie finalmente abriu os olhos, a única claridade presente no quarto vinha do pequeno abajur branco com detalhes em flores e borboletas na cor lilás. Ao seu lado, sentada na beirada da cama, estava Caroline, e atrás dela, Stefan a encarava de braços cruzados, o semblante carregado de preocupação e de mais alguma coisa que a garota não conseguiu identificar de imediato. Mas tinha plena certeza de que havia algo errado com o primo, e tiraria isso a limpo assim que fosse possível.

- Você não consegue fazer um simples trabalho de literatura sem correr risco de vida? – Caroline pergunta, uma tanto alterada.

- Acho que os tipos lunáticos e vingativos me perseguem... - a garota responde, ainda meio grogue. – Tem algum alvo ou sinal luminoso na minha testa indicando a minha pessoa como alvo em potencial?

- Bom... – Stefan começa, encarando-a seriamente. – Acho que não, ou então as baterias estão gastas e as luzinhas pararam de piscar! – completa, caindo na risada em seguida.

- Há, há... muito engraçado! – diz Sophie, cruzando os braços e fazendo um biquinho.

- Ah, é um pouquinho engraçado, vai? – diz ele, aproximando-se e sentando ao lado da prima. – Mas agora é sério... Como você está?

- Acho que bem. – a garota responde, levando uma das mãos ao pescoço instintivamente, no exato local onde Finn havia cravado as presas.

- Quer nos contar o que aconteceu? – a vampira pergunta, tomando as mãos da amiga nas suas. – Elijah não deu muitos detalhes. Apenas disse que houve uma confusão na mansão e que você havia se machucado.

- Elijah avisou vocês?

- Sim, não sei como ele descobriu meu número de celular – Caroline começa a explicar, - mas ele me ligou há algumas horas pedindo para que eu avisasse ao Stefan o que aconteceu e viesse pra cá assim que possível.

- Eu pedi para ele não preocupá-los à toa... – Sophie murmura mais para si do que para os amigos, mas é claro que ambos haviam ouvido.

- À toa?  - Stefan questiona, incrédulo. – Nenhuma preocupação com aqueles com quem nos importamos é à toa, Soph. Até parece que não sabe o quanto gostamos de você. – continua, girando os olhos de maneira teatral. – Se tivesse apenas caído e perdido o dente da frente, ainda assim estaríamos aqui velando seu leito, sabe?

- Só para rirem do meu sorriso com janelinha, né? – a garota responde, dando um tapinha no ombro dele.

- Lógico! Afinal, é pra isso que servem os amigos, não é? Pra te ajudar quando conseguirem parar de rir!

- Stefan! – e agora era Caroline quem lhe batia, mas sem conter os risos diante da afirmação dele.

- Hey, duas contra um é meio injusto sabe? – diz ele, colocando-se de pé a uma distância segura das mãos das garotas.

- Onde você está vendo duas, Stef? Somos uma e meia, Sophie é humana...

- Hey! – a loira reclama, indignada. – Isso é bullying seus... seus... chatos.

- Não é não, gatinha! – Stefan implica com ela. – É só uma espécie de demonstração de amor.

- Um amor muito distorcido, diga-se de passagem.

- Só um pouquinho, vai? – diz Caroline, ainda sorrindo com as brincadeiras entre eles. Quando estavam juntos pareciam três crianças crescidas, e não um vampiro com mais de 160 anos, uma vampira de 18 e uma garota humana de apenas 17 anos... – Mas vamos voltar ao assunto, ok? Vai ou não nos contar o que aconteceu na mansão?

**********

- Você fez o que? – Bonnie pergunta, totalmente perplexa.

Ela e Elena estavam no quarto da morena, já que Jeremy e Alaric estavam assistindo a um jogo de baseball na TV da sala de estar. Elena acabara de contar que beijara Damon para provocar ciúmes em Stefan e que seu plano havia dado errado, provocando o término do namoro.

- Elena... sou sua amiga, mas não consigo reconhecer você. Desde quando toma atitudes tão infantis?

- Até você? – a garota pergunta, cruzando os braços. – Achei que estaria do meu lado, sabe?

- Mas eu estou! Só não consigo entender o porquê desse ciúme cego.

- Ok, vai querer me dizer que nunca notou a maneira que Stefan olha pra Sophie? Ou então como ele se comporta desde a chegada dessa tal Rebekah?

- Certo, já chega! – diz Bonnie, parecendo levemente irritada. – Vou te dizer apenas uma vez, então faça o favor de ouvir, ok? – e sem esperar por uma resposta, continuou. – Não há nada de anormal na maneira como Stefan trata a Sophie. Ele age com ela da mesma maneira que você age com o Jeremy. Quanto à Rebekah, ela deve fazer parte do passado dele Elena, assim como Matt faz parte do seu, e aquele menino Scott antes dele...

- É diferente...

- Não, não é! Não pode cobrar por algo que Stefan fez ou deixou de fazer antes mesmo de você nascer. Ponha nessa sua cabecinha que ele tem mais de um século de vida, e que viveu muito mais do que você ousa imaginar. Desculpe colocar assim Elena, mas você não é o centro do universo!

- Terminou? – Elena pergunta, visivelmente aborrecida. – Além de infantil sou egocêntrica, é isso? Pois bem, a senhorita egocêntrica aqui precisa ficar um pouco sozinha. Então, se puder me dar licença... – completa, colocando-se de pé e apontando sugestivamente na direção da porta.

- Está me mandando embora por tentar abrir seus olhos? – a bruxinha indaga, perplexa.

Mas como a outra nem sequer se dignou a lhe responder, Bonnie apanhou sua bolsa e dirigiu-se para fora do quarto. A menos de dois passos da escada que a levaria ao andar de baixo, a garota sentiu uma forte dor no lado esquerdo da cabeça, o que fez com que ela perdesse o equilíbrio por alguns instantes, obrigando-a a se apoiar na parede.

- Bonnie, está tudo bem? – Elena pergunta, correndo para ajudá-la. – O que houve com você?

- Lembra do que lhe contei mais cedo? Sobre os sonhos com Klaus e as noites mal dormidas?

- Lembro, claro que lembro. Mas o que isso tem a ver com esse seu mal estar?

- Parece que não é suficiente reviver esse pesadelo todas as noites... Acabei de revê-lo, num rápido flash, além de notar algumas inscrições antigas. – Bonnie responde, escorregando pela parede até alcançar o chão.

- Não tem mesmo ideia do que isso pode significar?

- Ainda não, mas as tais inscrições me são estranhamente familiares, como... como... como num grimório! É isso Elena! – a bruxinha diz, com os olhos brilhando diante da constatação. – Preciso do grimório da família!

- Tem mesmo certeza? – a morena pergunta, vendo a amiga confirmar com um aceno. – Certo... E o quê exatamente devemos procurar?

- Vamos pra minha casa. – Bonnie responde, colocando-se de pé. - Vou explicando no caminho...

*********

- Então você está nos dizendo que Finn atacou você pra se vingar por Kol ter matado a tal Sage, que de alguma maneira distorcida, teve parte da culpa na morte da Sofia? – Caroline questiona, tentando listar e organizar o que acontecera em sua mente.

- Basicamente...

- E eu que acreditava que Katherine é que era uma psicopata maluca e vingativa! – a vampira murmura, sacudindo a cabeça lentamente.

- Ela é, Care. Não duvide disso... – responde Stefan, seriamente. Em seguida, voltou sua atenção para a prima. – Acha que Finn pode tentar mais alguma coisa contra você? É... seguro andar sozinha por aí?

- Não sei, mas não quero pensar nisso agora. Deve ter sido doloroso para ele Stefan, não posso culpá-lo por perder a cabeça. – diz Sophie, tristemente. – Pude ver nos olhos dele o quanto ele amava a Sage, mesmo que ela não parecesse merecer toda aquela devoção. Ela mais parecia obcecada do que apaixonada, entende?

- Eu sei, e entendo a dor do Finn, mas não podemos deixá-lo machucar você Soph. Acho que, pelo menos por hora, você deveria ficar com algum de nós para que esteja em segurança.

- Stefan tem razão. – Caroline se manifesta, olhando de um para outro. – Está certo que você conquistou a amizade dos outros irmãos, mas acho que isso não vai se suficiente para impedir Finn de buscar sua vingança.

- Não preciso de babás 24 horas! – diz a garota, fazendo um biquinho. – Mas será que já podemos mudar de assunto, por favor? Estou faminta!

- Tem algo que preste na geladeira, ao menos?

- Se está querendo saber se tenho alguma bolsa de sangue escondida na gaveta de verduras, a resposta é não Stefan! E também não crio coelhos e esquilos na despensa, desculpe.

- Que tipo de pessoa não tem um estoque de sangue na geladeira? – ele pergunta, fingindo indignação.

- O tipo de pessoa que não precisa disso pra sobreviver, oras!

- Você é uma péssima anfitriã para pessoas dotadas de presas, Soph. Francamente... – diz Caroline, cruzando os braços, mas sem conseguir conter os risos.

- Não tenho culpa de ser a única pessoa normal aqui, sabia? E bem, estou mesmo faminta. Me acompanham até o Grill? – Sophie pergunta, saltando para fora da cama e encaminhando-se ao banheiro. – Só preciso de um banho antes. Tem... sangue na minha roupa... – ela murmura, fazendo uma careta.

- E temos escolha, senhorita “alvo de vampiros originais”? – diz Stefan, atirando um travesseiro na direção dela. – Vá logo, que estaremos te esperando na sala.

*********

- Você quer parar de andar de um lado pro outro? Daqui a pouco vai formar uma trilha no chão da sala! Além do mais, está me deixando tonta. – Rebekah reclama encarando Kol, que permanecia inquieto.

- Sophie podia ao menos ter ligado pra dizer se está bem ou não, não é? – diz ele, largando-se sobre um dos sofás.

- Elijah disse que avisou os amigos dela. Soph deve estar perfeitamente bem! Além do mais, se ela sobreviveu ao nosso pai, não seria Finn que causaria algum dano maior...

- Ela é só uma menina Bekah. Nem sequer deveria passar por coisas desse tipo. – Kol responde, encarando a irmã seriamente. – Não é porque faz parte do nosso estilo de vida que deva fazer parte da vida dela também!

- E o que quer fazer? Compeli-la a esquecer tudo e voltar para a casa do avô?

- Não, não é isso, é só que...

- Escute – a loira o interrompe, - Sophie, gostando ou não, já faz parte desse mundo cheio de seres sobrenaturais. Nada que possamos fazer vai mudar isso, porque mesmo que nós nos afastemos dela, ela ainda terá Stefan, Damon e Caroline em sua vida. Sem contar na maldita doppelgänger e na amiga bruxa...

- Eu sei disso tudo irmã. Mas da última vez não acabou muito bem, não é?

- O que acha de deixarmos esse papo depressivo de lado e sair um pouco? Podemos ir até o Grill, o que me diz?

- Acho que eles não disponibilizam coquetéis de B+...

- Deixa de ser resmungão garoto! – diz ela, colocando-se de pé e acertando um tapa na nuca dele. – Podemos providenciar isso mais tarde, mas agora vamos nos divertir!

- Tudo bem, você ganhou! – diz ele, levantando-se também. – Mas se Elijah perguntar qualquer coisa, digo que você me compeliu!

- Como se isso fosse remotamente possível! – a loira ri, girando os olhos. – Duvido muito que ele ou Klaus venham a sentir nossa falta, já que estão ocupados monitorando os passos do Finn... Agora vá se arrumar. Já estou cansada desse seu choramingo!

- O último a voltar à sala paga a conta! – diz Kol, disparando em direção ao seu quarto.

- Hey, isso não vale! – Rebekah grita, partindo atrás dele.

*********

Cerca de meia hora depois Caroline, Sophie e Stefan ocupavam uma das mesas do Mystic Grill. Após fazerem seus pedidos, que consistiam em uma porção grande de fritas, refrigerante para as meninas, whisky para Stefan e um X-burger para Sophie, a garota pode notar alguma movimentação próxima ao palco do lugar.

- Care... sabe o que eles vão fazer ali?

- Ah... como eu pude esquecer? – a vampira pergunta, dando um tapa na própria testa. – Hoje é a noite dos calouros!

- Noite de quem? – Stefan questiona, confuso.

- Vão me dizer que nunca fizeram isso na vida? – e ao vê-los trocar olhares completamente abismados, Caroline se pôs a explicar. – É muito simples: o Grill contrata uam bandinha da cidade mesmo, abre inscrições pro pessoal e cada um pode cantar a música que bem quiser naquele palco. O calouro que mais arrancar aplausos do pessoal, leva como prêmio o “Abacaxi de Ouro”!

- Não está mesmo falando sério, não é? – diz Sophie, incrédula.

- Claro que estou! – diz a outra, animada. – Venha Soph, vamos nos inscrever!

- O que? Está louca, não é? Eu não sei cantar. Stefan, será que dá pra me ajudar aqui? – a garota implora, encarando o primo com o olhar do Gato de Botas.

- Desculpe Soph, mas nada do que eu possa dizer fará nossa Miss Mystic Falls mudar de ideia. Apenas resigne-se e vá logo!

- Grande ajuda a sua. Garoto inútil! – a garota resmunga, mostrando a língua para ele.

- Também te amo pirralha! Agora vai logo!

Sophie se deixou ser arrastada por Caroline até onde estava Matt, que era o encarregado pelas inscrições para o show. Após colocarem seus nomes na listinha, seguidos pelas músicas que cada uma havia escolhido, as garotas voltaram para a mesa, onde os lanches haviam acabado de ser entregues.

- E aí, que músicas vocês vão cantar? – Stefan pergunta curioso, mordiscando uma batata-frita.

- Eu queria cantar uma da Shakira, mas sua prima careta não deixou! – diz Caroline, cruzando os braços.

- Você queria fazer a coreografia de “Waka Waka”! É muita “pagação” de mico pra um lugar como esse. Além do mais, “Firework” é legal, poxa!

- Caroline vai cantar Katy Perry? Interessante... Mas e você? Não vai me dizer que fez Care desistir de Shakira pra que você pudesse cantar a música que ela queria! – diz Stefan, olhando para Sophie de maneira acusatória.

- Seria uma ideia tentadora, mas não. Escolhi...

- Ela vai provar que é mesmo sua parente de sangue, Stefan! – Caroline a interrompe, pulando na cadeira.

- Como?

- Ela vai cantar Bon Jovi!

- Isso é sério Soph? Tem noção de que conheço os caras? Eles só não lembram disso... Mas que música escolheu?

- “Rainy night and we worked all day… We both got jobs cause there's bills to pay…” – a garota canta, fazendo um largo sorriso surgir no rosto do primo.

- “We got something they can't take away… Our love, our lives!” – Stefan continua – "Born To Be My Baby"! Ótima escolha! Não sabia que curtia Bon Jovi, loirinha!

- Estou dizendo… isso só pode ser genético! – Caroline comenta, sorridente. – Eu falei que ela deveria cantar “It’s My Life”, que é a sua música, mas ela teimou em cantar essa outra.

- Você já me obrigou a me inscrever. Tenho o direito de, ao menos, escolher a música por mim mesma, não é?

- Ok, tudo bem... – a vampira responde, após um suspiro.

- Bem, se me dão licença – diz Sophie, colocando-se de pé, - vou ao toalete. – completa, afastando-se da mesa.

Passados alguns minutos, a garota deixou o banheiro, e no caminho que a levaria de volta à mesa, foi barrada por um rapaz loiro e de incríveis olhos verdes. Parecia estranhamente familiar, mas Sophie não sabia dizer exatamente quem ele era.

- Buonanotte sorella! – diz ele, num italiano impecável e com um sorriso encantador.


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Notas finais do capítulo

E aí? Palpites sobre quem é esse loirinho??? hehehe

Espero vocês no comentários, e até o próximo capítulo!


xoxo