Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 33
Capítulo 33 - Acerto De Contas


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!

Terminei o capítulo agorinha, e tenho que dizer... acho que algumas pessoas vão gostar da última cena! ♥

Bora ler?



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Stefan sabia que quanto antes sentasse para conversar com Elena, mais cedo se veria livre daquela chateação. Mas apesar de gostar muito da garota, estar ao seu lado se mostrava uma tarefa um tanto complicada ultimamente.

Enquanto guiava seu carro até a casa da garota, tentou fazer uma varredura mental, buscando descobrir se realmente dera motivos para a insegurança e os ciúmes da namorada. E por mais que se esforçasse, não conseguia enxergar nada demais em seus atos.

Sophie era sua parente de sangue, sua prima aos olhos do restante da população da cidade, e a amava como uma irmã. Jamais sequer cogitara a hipótese de vê-la com outros olhos. E mesmo que não pudesse afirmar com certeza, duvidava que a garota o olhasse com segundas intenções em algum momento.

Na mente de Stefan, ele e Sophie eram bons amigos, companheiros e irmãos, sem nenhum tipo de envolvimento romântico. Se a situação não fosse complicada e Elena não estivesse realmente surtando com aquilo, ele poderia rir horrores das suposições errôneas da namorada. Infelizmente, ele não podia fazer isso...

Quanto a Rebekah, bem... Eles tinham uma história em comum, um sentimento que os manteria unidos, mesmo que à distância, pelo resto da eternidade. Não podia negar que sentia um carinho imenso pela loira, mas em nenhum momento desrespeitara Elena como ela acreditava cegamente.

Havia dançado e conversado com a vampira Original durante a festa na casa dos Lockwood, e estava comprometido com Rebekah no trabalho de literatura, mas não havia mais nada além disso. Se havia algo que Stefan prezava em um relacionamento era a confiança e o respeito, e realmente não conseguia entender o porquê de Elena agir de maneira tão estranha.

Estava tão entretido com seus pensamentos que mal percebera que já estava estacionando em frente à casa dos Gilbert. Após desligar o carro, encostou a testa no volante, respirando fundo e buscando coragem para a conversa que viria a seguir.

Após alguns minutos, desembarcou e encaminhou-se à porta da frente, batendo levemente e entrando em seguida, ato do qual ele se arrependeu amargamente no mesmo instante. Por mais que estivesse chateado com Elena, não esperava aquele tipo de atitude vinda dela. Ao menos, não da garota pela qual ele havia se apaixonado e superado tantos obstáculos.

Mas ali estava ela, sentada sobre o colo de Damon, beijando-o de maneira provocante. Quando percebeu que ele estava ali na sala, observando a cena, ela teve a coragem de se afastar apenas alguns centímetros do cunhado e lançar a Stefan um sorriso cínico.

- Stefan, eu... – Damon começa a se desculpar, em vão.

- Cale a boca! – o caçula o interrompe, tentando manter a voz controlada. – Eu realmente poderia esperar uma atitude canalha vinda de você, porque te conheço há muito tempo, mas não dessa... dessa...

- Dessa o quê, Stefan? - Elena questiona, visivelmente aborrecida. – Quer dizer que você tem direito de ficar flertando com qualquer vagabunda que aparece na sua frente, mas não suporta me ver lhe devolvendo na mesma moeda?

- Quem você pensa que é para chamar Sophie e Rebekah de vagabundas? Você não tem moral alguma para dizer coisa alguma sobre elas, entendeu? Moral nenhuma Elena! – e agora Stefan estava gritando a plenos pulmões, o que fez tanto o irmão quanto a garota se encolherem no sofá. Ele teria suportado qualquer outra coisa, menos que Elena desrespeitasse duas das pessoas que ele mais amava.

Enquanto ele tentava recobrar o controle, a garota colocou-se de pé, aproximando-se dele lentamente. Queria pedir-lhe desculpas pela estupidez, mas dessa vez havia ido longe demais...

- Stefan, eu...

- Cale-se. – ele murmura, sem olhá-la.

- Mas você precisa me deixar...

- Explicar? – ele a interrompe, o rosto moldado agora numa máscara de indiferença. – Explicar o quê? Que estava beijando meu irmão “sem querer”? Que estava sobre o colo de Damon “por acidente”? Nada do que tenha pra me dizer vai justificar o que você fez Elena, nem gaste seu latim tentando... – completa, dando-lhe as costas e dirigindo-se à porta.

- Eu só queria que sentisse o que eu sinto quando te vejo com elas, Stefan! Consegue entender como é agora? – a morena grita, mas nem isso fez o vampiro voltar-se para ela.

- Sinto muito Elena, mas eu não consigo mais... Terminou... – ele responde, batendo a porta ao sair.

************

Na mansão dos Mikaelson, o clima ficava mais tenso a cada segundo. Finn colocara-se ao lado de Sage ao ver a maneira como seus irmãos reagiram à sua presença. Ele sempre soubera que ninguém de sua família apoiava seu envolvimento com a ruiva, mas não conseguia entender por que tanto rancor entre eles.

- Não vão me dar as boas vindas, caçulinhas? – Sage pergunta de maneira cínica, quando nenhum dos recém chegados respondeu a sua primeira pergunta, obrigando Rebekah a usar a força para conter Kol.

- O que faz aqui? – a loira indaga, encarando-a ameaçadoramente.

- Soube que seu irmão Niklaus finalmente livrou a família adorada de sua soneca secular. – a outra começa a explicar, encarando as próprias unhas enquanto falava. – Então resolvi vir para cá encontrar Finn, afinal, estava esperando para revê-lo há 900 anos, não é?

- E achou mesmo que estaria tudo bem depois do que aprontou para nós na Itália? Se ainda não sabe, os Mikaelson são conhecidos pela excelente memória e pela sede de vingança. – diz Rebekah, tentando ao máximo manter sua voz sob controle.

- Kol... – Sophie sussurra, tocando o braço do rapaz para chamar sua atenção. – O que está acontecendo? O que ela fez pra sua família?

- Talvez fosse melhor se essa vadiazinha explicasse o que fez, não é mesmo Sage? Para meu irmão estar nos encarando como se estivéssemos loucos, ele não deve fazer a mínima ideia do que você armou através dos séculos... – diz Kol, com a voz carregada de hostilidade, enquanto a irmã ainda se esforçava para mantê-lo ao seu lado.

- Do que eles estão falando, minha querida?

- Sabe que eles sempre implicaram comigo Finn. Vai dar ouvidas as acusações deles agora? Eles só estão querendo nos separar outra vez. – Sage responde, fazendo um biquinho.

- Mas é mesmo muito cínica! Eu deveria arrancar seu coração e nos poupar dessa ladainha! – o mais novo dos rapazes esbraveja, pronto para transformar suas palavras em atos se não fosse pelo toque quente da mão de Sophie.

- Hey... vai com calma. Ela pode ter uma explicação minimamente razoável, não é? – diz Sophie, tentando manter o amigo sob controle. Embora lá no fundo, ela mesma não acreditasse em suas próprias palavras. Não conseguia entender porquê, mas algo em Sage a incomodava. Algo lhe dizia que a ruiva não era confiável.

- Ela não tem uma explicação razoável Soph, e sei que nem você acredita nessa hipótese. – era Rebekah, que a encarava seriamente. – É tão transparente quanto Stefan em relação a determinados sentimentos, sabe? Por mais que o rosto diga uma coisa, a verdade fica evidente em seus olhos. Mas é claro que nem todos têm a capacidade de identificar isso, não é? – completa levemente constrangida. Afinal, acabara de deixar bem explícito o quanto conhecia o mais novo dos irmãos Salvatore.

- Então porque vocês não contam logo o que de tão grave Sage fez a vocês? – sugere Finn, levemente irritado. Não estava gostando nada do rumo que a conversa estava tomando. – Porque não consigo acreditar que tenha algo mais entre vocês além da velha implicância. Aliás, já poderiam ter superado, não acham?

- Amor acredite, não fiz nada contra eles. Acho que todos esses anos presos nos caixões acabou deixando os pequenos meio paranóicos, não?

- Sua víbora mentirosa! – grita Rebekah, largando o braço do irmão e partindo pra cima da outra vampira, derrubando-a no chão em um piscar de olhos. – Eu deveria acabar com você nesse exato momento, mas Finn precisa ouvir a sua confissão primeiro. Vamos - continua, com uma das mãos apertando o pescoço de Sage, - diga ao meu irmão quais as consequências de sua amizade com Laureen! – completa, compelindo-a.

- Eu contei a ela sobre os anéis que nos protegem da luz do Sol... – começa ela, com um pouco de dificuldade. - Contei sobre o que Klaus havia feito ao Finn, e descobrimos que ambas odiavam seu irmão e estavam dispostas a fazê-lo pagar de alguma forma pelo que ele fizera aos nossos companheiros. Laureen também perdeu seu amor, Josiel, pelas mãos de seu irmão lunático. – continua, sorrindo sem humor algum. - Falei tudo que sei a respeito de vocês, tudo sobre cada um dos irmãos capachos do Klaus!

- Mas é mesmo muito atrevida, não é? – a loira sussurra, aumentando a pressão no pescoço de Sage.

- Foi você quem me compeliu a contar, não é? Ao menos aguente a sinceridade, garotinha mimada!

- Kol! – diz Rebekah, olhando para o irmão sugestivamente.

O rapaz não precisou de mais nenhuma palavra. Rapidamente, apanhou um lápis no material da irmã e lançou para ela, que o pegou no ar sem dificuldade alguma. No segundo seguinte, a loira cravou o objeto no pescoço de Sage, fazendo-a urrar de dor.

- O que está fazendo? – Finn pergunta, em pânico, fazendo menção de tentar impedir a irmã, mas sendo bloqueado por Kol, que o manteve exatamente onde estava.

- Eu sou uma Original, ela precisa demonstrar respeito! – a loira resmunga, olhando de relance para o irmão.

E foi nesse momento que ela pareceu se lembrar da presença de Sophie na sala. A garota observava a cena completamente estática, e parecia nem estar respirando adequadamente.

- Soph... eu... me desculpe. – murmura Rebekah. – Não queria assustar você. – completa, arrependida por ter perdido o controle na frente da garota.

- Eu sobrevivi ao seu pai. E acredite, isso não é nada comparado ao que passei com Mikael! Estou bem... – Sophie responde, tentando manter a voz firme. – Mas tem certeza de que isso é mesmo... hã... necessário?

- Soph... – Kol se antecipou à irmã, olhando-a com o semblante carregado de pesar. – Foi por culpa dela que Sofia morreu. Sage deu à Laureen as armas necessárias para destruir nossas vidas. Acredite principessa, ela não merece sua compaixão.

- Não, ela não faria isso... – Finn murmura, olhando dos irmãos para Sage, e em seguida para Sophie.

- Desculpe irmão, mas ela fez sim. – Rebekah responde, com um suspiro. – Conte a ele!

- Ensinei a Laureen todos os truques que conheço para que ela pudesse se manter viva. A apresentei para uma bruxa poderosa que, por meio de um feitiço complexo, nos deu uma estaca capaz de imobilizar Niklaus por algum tempo.

- E o que ganhariam com ele desacordado? – pergunta Finn, parecendo confuso.

- Tempo para matar a pessoa com quem Klaus mais se importava... Foram necessárias muitas e muitas décadas para que seu irmão se tornasse vulnerável, Finn. E Laureen não perdeu a oportunidade de fazê-lo sofrer quando aquela menina apareceu nas vidas dos irmãos Mikaelson.

- Elijah a amava, sua vagabunda! – grita Rebekah, dando um tapa no rosto de Sage. – Você destruiu a vida dele, tirou de Klaus qualquer sentimento, transformou Kol em alguém obcecado por vingança. Você acabou com tudo de bom que nossa família conquistou com a presença daquela menina! – completa, sentindo as primeiras lágrimas escorrendo por seu rosto.

- Ao menos puderam sentir o que eu senti quando seu irmão tirou o Finn de mim! Tiveram a exata noção da dor de ver a pessoa que você mais ama ser arrancada de você!

- Isso não justificada nada...

- O que está acontecendo aqui? – Elijah pergunta, fazendo com que todos dirigissem a atenção para ele, que permanecia parado à porta da frente.  – Sophie... o que faz aqui? E... Sage?

- Por mais absurdo que possa parecer, essa vadia teve coragem suficiente para dar as caras por aqui irmão. – diz Rebekah, encarando o irmão e esquecendo momentaneamente de que deveria continuar com as mãos bem firmes no pescoço de Sage.

Nas frações de segundos que se seguiram, a ruiva desvencilhou-se das mãos de Rebekah, pegando o lápis que ainda estava cravado em seu pescoço e enterrando-o no peito da loira. Com o susto e a dor, a loira não teve como conter um grito, o que acabou gerando uma confusão ainda maior na sala.

Kol acabou liberando Finn, que correu em auxílio de Sage enquanto Elijah corria para ajudar a irmã. Por outro lado, a ruiva deu um jeito de se desvencilhar do namorado e partir pra cima de Sophie, derrubando-a no chão.

No segundo seguinte, a vampira era arremessada para o outro lado, caindo sobre o majestoso piano. Ela ainda tentou se levantar, mas Kol já estava sobre ela, mantendo-a imobilizada.

- Eu não esqueci a promessa que fiz há mais de cinco séculos, Sage! – diz ele, a voz fria e controlada. – Jurei fazê-la pagar pelo que fez.

- A mim, parece ter falhado consideravelmente, já que se passou tanto tempo e ainda estou respirando, não é? – a ruiva responde, com um sorriso zombeteiro.

- Bem, tive alguns contratempos, confesso. Quando estava a ponto de pegá-la, Klaus fez o favor de me empalar... Mas isso não vem ao caso agora. – e nesse instante, era Kol quem sorria, de maneira nada simpática. – Adeus Sage! – completa, cravando a mão no peito da vampira e arrancando seu coração, para desespero de Finn.

Por alguns instantes, o mundo ficou em suspensão, os segundos correndo preguiçosamente. Finn encarava o irmão mais novo com um misto de dor, confusão e raiva em seu peito, sem fazer ideia alguma de como reagir. No canto oposto da sala, Elijah e Rebekah olhavam de um irmão para o outro, temerosos com o que viria a seguir.

Passado o choque, Finn voltou-se para Sophie, que permanecia sentada no chão observando tudo sem sequer respirar. O Original disparou até ela, erguendo-a e cravando os dentes em seu pescoço, fazendo a garota gritar de dor, o que acabou despertando os demais para o que se passava.

Em meio segundo, Elijah já agarrava o irmão pela gola do casaco, fazendo-o largar Sophie, e o atirou contra a porta da frente. Rebekah, por sua vez, correu até ele e quebrou seu pescoço, deixando o corpo de Finn inerte onde havia caído.

Quando voltou-se na direção do irmão mais velho, pode vê-lo mordendo o próprio pulso e oferecendo seu sangue à garota, que mesmo fazendo caretas, bebeu sem maiores problemas.

- Você vai ficar bem Sophie, não vou deixar nada de mal acontecer a você. – Elijah sussurra, pegando-a no colo. – Vou levá-la para casa. Cuidem de tudo, por favor. – e dizendo isso disparou porta afora, deixando a mansão para trás.

*******

Alguns minutos depois, Elijah parava em frente ao apartamento de Sophie, ainda carregando-a no colo.

- A porta está trancada? – ele pergunta, olhando diretamente nos olhos da garota.

- Está sim. A chave está na mochila, no zíper da frente... – ela murmura em resposta, ainda dolorida e assustada.

- Mochila? Ah... eu a esqueci na mansão. Desculpe menina.

- Não tem problema. Tem uma chave reserva escondida debaixo daquele vaso ali.

O vampiro olhou na direção em que a garota apontava, avistando com facilidade o grande vaso com folhagens ornamentais ao lado da porta do elevador. Dirigiu-se até lá, transferindo o peso do corpo de Sophie para um dos braços, enquanto apanhava a chave com a mão livre. No segundo seguinte, estava outra vez em frente ao apartamento, posicionando a chave na fechadura e abrindo a porta.

- Acha que pode andar até o sofá?

- Posso fazer melhor e convidá-lo para entrar, não é? – Sophie responde, com um sorriso fraco. – Queira entrar, lorde Elijah.

Mesmo que tivesse se surpreendido com o modo com que a garota o chamara, Elijah entrou no apartamento, passando direto pela sala e dirigindo-se até o único quarto do lugar, onde repousou delicadamente a garota sobre a cama.

- Quer que eu chame alguém? Caroline, ou Stefan?

- Não, tudo bem. Não quero preocupá-los.

- Logo vai estar se sentindo melhor minha querida, confie em mim. – diz ele, sentando-se ao lado dela e afagando seu rosto delicadamente.

- Obrigada Elijah. Você está me saindo um ótimo anjo da guarda...

- Não tenho nada de angelical, Soph. Eu sou um monstro, lembra-se?

- Não, você não é. – a loira responde, tomando uma das mãos dele nas suas. – Salvou minha vida Elijah, mesmo que não me devesse coisa alguma. É um homem incrível!

- Eu jamais permitiria que te tirassem de mim outra vez menina. Não poderia suportar a ideia de um mundo onde você não existisse... – Elijah sussurra, aproximando seu rosto do da garota lentamente e unindo seus lábios aos dela delicadamente. - Agora descanse Sophie. – completa, beijando-a na testa e deixando o apartamento em um piscar de olhos.


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Notas finais do capítulo

Por favor, surtem nos comentários ok? hehehe

Até mais...


xoxo