Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 21
Capítulo 21 - Em família


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Demorei, mas cheguei com um novo capítulo pra vocês! :)
PS: em certo momento, quando um dos personagens disser "Olá garotos! Precisamos conversar." , imaginem ele dizendo isso em inglês, que seria "Hello boys! We need to talk", que foi o modo como eu imaginei ele dizendo isso! Deixaria o momento muito mais charmoso, garanto! *---*



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Damon acabara de estacionar o carro em frente à casa dos Gilbert, desembarcando em seguida e sendo acompanhado por Jeremy e Bonnie.

Ao notar a escuridão e o silêncio dentro do imóvel, o vampiro correu para dentro e fez uma varredura no local, constatando que estava mesmo vazio. Saiu bufando da casa, batendo a porta atrás de si.

– O que houve? – pergunta Jeremy, encarando-o preocupado.

– Eles não estão aqui! – responde Damon, passando as mãos pelos cabelos num claro sinal de nervosismo – Mas que droga Ric! – grita ele, socando a parede e deixando ali uma marca bastante visível de seu punho cerrado.

– Mas como não estão em casa? – pergunta Bonnie, preocupada – Onde eles podem ter ido?

– Será que Klaus tem algo haver com isso? – indaga Jer.

– É o que vou descobrir. – diz o vampiro, tirando o celular do bolso da jaqueta e discando o número de Alaric – Vamos Ric... Atende logo... – reclama ele, impaciente.

– Damon? – diz Alaric, após alguns instantes.

– Onde você se meteu? – pergunta ele entredentes, tentando conter a raiva.

– Estamos na nova casa da Elena, quer dizer... Da Bonnie.

– O quê? – diz Damon, confuso – E desde quando a bruxa tem uma casa nova? – pergunta ele, olhando inquisidoramente para Bonnie, que limitou-se a dar de ombros.

– Há poucos minutos, na verdade. – explica Alaric – Tudo faz parte do plano louco da sua prima.

– O que Sophie aprontou dessa vez?

– Bom, ela me ligou a umas duas horas, pedindo ajuda.

– Típico dessa pirralha... – resmunga Damon.

– Será que posso continuar? – pergunta Ric. Ao notar que o vampiro permaneceu em silêncio, continuou – Ótimo! Pelo que entendi, Stefan está sob poder da compulsão do Klaus e pode oferecer perigo à Elena. Por isso, Sophie pediu, ou melhor, ordenou que eu a trouxesse para um lugar seguro: a casa que Isobel deixou à Elena. Transferimos o imóvel para Bonnie, assim Stefan não terá como entrar.

– E como meu adorado irmão seria capaz de entrar em algum lugar se eu o deixei preso no porão?

– Aí é que está o problema. Sophie não vai mantê-lo preso.

– Ela o quê? – grita Damon – Essa fedelha só pode estar louca!

– Louca ou não, temos de admitir que ela tem coragem. – diz Alaric.

– Eu prefiro chamar de insanidade. Ou bebedeira... – diz ele, lembrando-se da breve conversa que tivera com Sophie a respeito da adega.

– Como? – pergunta Ric, confuso.

– Deixa pra lá. Estarei aí em alguns minutos. – diz Damon, encerrando a ligação.

*******

– Aonde foi que vocês se meteram? – Alaric pergunta para Damon, assim que Bonnie e Jeremy desapareceram pelo corredor em direção ao quarto onde Elena estava acomodada.

– Procurando um tesouro. – responde Damon, parado do lado de fora da casa – Deixe-me entrar, Bonnie! – grita ele, em seguida.

– Não! – ela grita em resposta.

– Droga!

– Isso é pra você aprender a tratá-la melhor. – diz Alaric.

– Ela só está sendo vingativa! – diz ele, gritando a última palavra.

– Pode, por favor, parar de gritar e me contar de uma vez que tesouro é esse? – pede Ric.

– O quê? – diz Damon, fingindo-se de desentendido.

– Qual é cara! Que droga de tesouro é esse?

– É uma arma. – o vampiro cochicha, num tom conspiratório – Uma arma que pode matar Klaus!

– Sério? – o professor pergunta, também aos sussurros- E onde ela está?

– Bem... Hã...Ele meio que... Sumiu!

– Sumiu? Como sumiu? Ela criou pernas, por acaso? E quem é “ele”? – Ric pergunta elevando a voz, fazendo aspas com os dedos e esquecendo momentaneamente que conversavam aos sussurros.

– Você quer falar baixo? Não quero que Mystic Falls inteira fique sabendo, está bem? – pede Damon – “Ele” se chama Mikael, e é ele que pode nos livrar daquele híbrido convencido de uma vez por todas.

– Isso seria ótimo... Se você não o tivesse perdido! Aliás, como foi que Mikael sumiu?

– Bom, eu não podia correr atrás dele estando desacordado, não é? – diz o vampiro, com um sorriso forçado – O filho da mãe me atacou e eu apaguei. Quando acordei, ele tinha desaparecido. – confessa ele, sentindo-se humilhado.

– Então quer dizer que o tal Mikael fez Damon Salvatore provar de seu próprio veneno? – diz Alaric, surpreso, tentando conter os risos.

– Ah cara! Quer parar de rir? Isso é sério!

– É claro que é sério! Depois de meses, enfim temos algo contra o Klaus e você simplesmente o deixa escorregar por entre os dedos? E desculpe se estou rindo pra aliviar a tensão por saber que temos mais um provável louco sanguinário à solta no mundo. Essa é a melhor opção que eu tenho, já que a outra é socar a sua cara!

– Acredite... Eu mesmo me socaria se não achasse isso um crime com meu belo rostinho! – diz Damon, com um sorriso torto – Bom, já que não posso mesmo entrar, nos vemos amanhã.

– Pra onde você vai? – Ric pergunta, ao ver o vampiro se afastar.

– Pra casa. Tenho que conter uma rebelião “Teen”. – responde ele, entrando no carro e partindo dali em seguida.

********

Sophie estava esparramada em um dos sofás na sala da mansão, tentando manter os olhos abertos enquanto ouvia música com o volume máximo ecoando através dos fones de ouvido. Caroline havia ido para sua própria casa há alguns minutos e Stefan jazia meio grogue em uma das poltronas. Por precaução, a garota lhe aplicara mais uma dose de verbena, a fim de evitar uma possível fuga.

– Soph... Por que não vai deitar? Está caindo de sono. – diz Stefan, com a voz arrastada, após sinalizar pedindo a atenção da garota – Pode usar um dos quartos de hóspede.

– Não posso simplesmente subir e te deixar aqui sozinho. – responde ela, vendo uma careta de dor transpassar o rosto de Stefan – Está bem? Está sentindo dor?

– Qualquer dor é melhor do que me sentir sufocar pela ânsia de passar por aquela porta e ir atrás da Elena.

– Sinto muito Stefan. Desculpe!

– Ei, tudo bem! – diz ele, com um sorriso fraco – Não se desculpe. Agradeço o que está fazendo por mim.

– Vejam só! Que lindo momento em família. – diz Damon, parando ao lado do irmão – Realmente comovente.

– Damon... – Stefan limita-se a dizer, encarando-o por alguns instantes.

– Olá irmãozinho! Vejo que já conheceu a Sophie. – diz ele, fazendo uma careta – E você, pirralha? Por que ainda está aqui? – completa ao virar-se para a garota.

– Babá, lembra? – responde ela – Foi você quem me ligou.

– Claro, como eu pude esquecer? – pergunta Damon, teatralmente – Aliás, é sobre isso mesmo que quero falar com você! – diz ele, agarrando Sophie e prensando-a contra uma das paredes – Quem você pensa que é pra tomar a decisão de deixar meu irmãozinho estripador à solta?

– Damon... Está me... Sufocando. – diz ela, com dificuldade.

– Solta ela agora! – diz Stefan, aproximando-se deles.

– E quem vai me obrigar? Você? – o Salvatore mais velho pergunta, com um sorriso debochado no rosto – Sinto informar Stef, mas você está péssimo. Ei! – reclama ele, ao sentir uma descarga elétrica percorrer seu corpo, fazendo-o liberar Sophie – O que você fez, pirralha?

– Só quis que você me soltasse. – responde ela, massageando o pescoço.

– Ah, claro... A pulseira mágica! Tinha esquecido desse detalhe. – diz Damon, olhando para a joia presa ao pulso da garota.

– Pulseira mágica? – pergunta Stefan, confuso.

– Longa história, irmão. Leia no meu diário, tem tudo explicado lá! Ops... – diz ele, voltando a sorrir – Eu não tenho um diário. Vai ter de esperar pela próxima “sessão nostalgia”.

– Depois eu te explico sobre isso, Stefan. – diz Sophie.

– Ótimo! Agora vamos ao que interessa. – diz Damon, levando as mãos à parede, uma de cada lado do corpo de Sophie, tomando cuidado para não tocá-la, e assim, impedindo-a de fugir – De onde tirou essa ideia maluca de deixar Stefan à solta?

– Eu não podia mantê-lo trancado, Damon. Ele enlouqueceria lá embaixo. – responde ela – Ou você por acaso acharia divertido passar dias trancado no porão?

– Posso te garantir que não, afinal, o próprio Stefan já fez isso comigo. – responde ele, olhando para o irmão.

– Eu fiz isso para proteger a Caroline, a Elena...

– E o que te faz diferente de mim agora? Você foi compelido Stefan, ofereceu muito mais perigo à Elena do que eu.

– Sinto muito que tenha passado por isso, Damon. – diz Sophie, encarando os olhos azuis do primo – Mas podemos manter o Stefan na linha, eu sei que podemos. Temos verbena, ele está sem o anel e Elena agora tem um lugar onde está segura. Nada de mal vai acontecer a ela.

– Espero que saiba o que está fazendo, pirralha. Porque se algo acontecer a ela, vou caçar você nem que seja no fim do mundo, entendeu? – diz Damon, encarando-a sério – E nem vou dar à mínima se temos o mesmo sangue ou não, Sophie.

– Damon... Ela só está tentando ajudar. – diz Stefan, tocando o ombro do irmão – Dê algum crédito a ela.

– Ok! Mas não venham correndo até mim se algo der errado. – diz ele, afastando-se da garota – E tentem convencer Bonnie a me deixar entrar naquela casa! Odeio não saber o que acontece... Aliás, de quem foi a brilhante ideia de passar a escritura pro nome da bruxinha?

– Na verdade... – começa Stefan.

– A ideia foi minha! – responde Sophie.

– Claro, só podia ser! – diz Damon, girando os olhos – E por que não colocaram a casa no nome do Jeremy, já que ele é irmão da Elena?

– Porque Jeremy é um alvo fácil. Mesmo que ele não morra definitivamente, se um vampiro quisesse muito entrar na casa, como pode vir a acontecer com o Stefan, ele só precisaria quebrar o pescoço do garoto para ter passe livre. – explica Sophie – O anel que Jer usa o protege do sobrenatural e o traz de volta à vida, mas não anula o fato de que ele morre. Assim, a proteção que a casa possui estaria perdida. Já Bonnie, sendo uma bruxa, dispõe de alguns truques na manga para se manter a salvo.

– Mas o que impediria um de nós de matar a bruxa? – pergunta Damon, apontando do irmão para si.

– Bom, nesse caso específico, estou apelando para o bom senso dos dois. – a garota responde.

– Péssima aposta, menina. - o vampiro de olhos azuis diz, com um sorriso no rosto, dando-lhe as costas em seguida e rumando para as escadas.

– O que aconteceu com você, Damon? – Sophie pergunta, ao notar vestígios de sangue na nuca do primo.

– O que? Do que está falando? – pergunta ele, sem nem mesmo olhá-la.

A garota aproximou-se dele a passos largos, parando à sua frente alguns instantes depois, sendo acompanhada por Stefan, que os observava sem entender nada.

– Não se faça de sonso! Não pega bem para um cara da sua idade. – diz ela, sorrindo – Isso é sangue! – continua Sophie, agora mais séria, afagando a nuca e os cabelos escuros de Damon, sentindo-os mais rígidos onde o sangue coagulara, prendendo-se aos fios – Quem atacou você?

– Isso tem algo haver com aquele seu “assunto urgente”? – pergunta Stefan, preocupado, fazendo aspas com os dedos.

– E por que eu contaria algo a vocês? – Damon pergunta, fazendo uma careta.

– Porque se feriu você, pode oferecer perigo a qualquer um de nós. – responde Sophie.

– Ela tem razão, Damon.

– Vocês não vão me deixar em paz a menos que eu conte, não é?

– Não, não vamos! – Sophie e Stefan respondem ao mesmo tempo.

– Os espíritos nos deram uma pista de algo que pode acabar com o Klaus. E foi atrás disso que eu saí esta tarde.

– Você ainda planeja matar o Klaus? – a garota pergunta.

– Ele fez muitos estragos por aqui. – responde Damon – Além do mais, se ele estiver morto, Stefan fica livre da hipnose e Elena não precisará mais servir de banco de sangue para a criação de híbridos.

– E não poderia só... pedir a ele para livrar Stefan e Elena?

– Você por acaso acredita em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa, Sophie? - diz Damon, olhando-a incrédulo - É muito mais fácil matá-lo do que convencê-lo a desistir de seus híbridos.

– E você encontrou a arma para destruí-lo? – pergunta Stefan – O que é?

– Encontrei! – responde ele – Mas não é “o que”, e sim “quem”.

– Uma pessoa?

– Sim, irmãozinho! Um caçador tão antigo quanto o próprio Klaus, e o único capaz de matá-lo. – responde Damon, num tom conspiratório – Seu nome é Mikael.

– Mikael? – pergunta Sophie, dando um passo para trás e empalidecendo ao ouvir tal nome.

– Tudo bem, Soph? -pergunta Stefan, olhando-a preocupado. Ao vê-la acenar que sim desajeitadamente, voltou-se para o irmão – E onde está esse Mikael?

– Na verdade... Ele me atacou e desapareceu em seguida. Nem ficou para agradecer por ter sido despertado.

– Você... Você despertou Mikael? – pergunta Sophie, ainda mais pálida, aproximando-se de Damon – Você tem alguma noção de quem ele é?

– E você tem, por acaso? – pergunta ele, desafiando-a.

– Mikael era um monstro muito antes de ganhar presas afiadas e beber sangue! Deveria tê-lo deixado onde estava.

– E como uma pirralha como você pode saber algo sobre Mikael?

– Tenho visões do passado, lembra? Vi o que Mikael é capaz de fazer.

– E preferiu manter essa informação em segredo? - o Salvatore mais velho pergunta – Quanta consideração a sua!

– E por que eu contaria alguma coisa pra você, Damon? Você nem mesmo confia em mim. – diz ela, dando-lhe as costas e dirigindo-se à porta.

– Soph... Aonde você vai? – pergunta Stefan, olhando-a preocupado.

– Vou pra minha casa.

– Não pode sair sozinha a essa hora! – diz ele, aproximando-se dela e segurando seu pulso levemente – Você está um caco, está sem dormir a horas e não vai chegar até a cidade a pé.

– Então vou me atirar na primeira moita que parecer minimamente confortável e tirar um cochilo. – responde ela, com um sorriso fraco.

– Ei! – diz Damon, meio sem jeito – Vá lá pra cima, deite e descanse. Amanhã levo você pra sua casa.

– Está sendo gentil? – pergunta Sophie, surpresa – Está se sentindo bem?

– Só não se acostume com isso. – responde ele – Além do mais, não quero as autoridades locais pegando no meu pé se você for encontrada caída na beira da estrada. – completa, encaminhando-se para as escadas e dirigindo-se ao próprio quarto.

– Venha Soph... Foi um dia longo e exaustivo. – diz Stefan, passando um dos braços sobre os ombros da garota e fazendo-a acompanhá-lo escada acima.


********

UMA SEMANA DEPOIS...

Stefan estava jogado no sofá, tentando sobreviver ao tédio e à ânsia de ir atrás de Elena ocupando-se com o primeiro volume de “Os Miseráveis”, do francês Victor Hugo, um dos vários livros que Sophie trouxera nos últimos dias para distrai-lo.

Já Damon afogava suas frustações num copo de whisky. Na verdade, esse já deveria ser o quarto ou quinto copo que ele enchia e virava num único gole. Ao ouvir alguém bater à porta, ele limitou-se a dizer:

– Pode entrar pirralha! Você já é praticamente de casa mesmo.

– Bem, não sou nenhuma pirralha, mas realmente agradeço pelo convite. – diz Mikael, parando no centro da sala e olhando de um para o outro – Olá garotos! Precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso aí! Gostaram da chegada do Mikael?
Espero seus comentários, ok?
Alguém aí viu a nova capa? O que acharam?
Bom, tentarei não demorar tanto com o próximo capítulo, ok?
Até mais....