Batter Up escrita por Carol Bandeira


Capítulo 9
Um empurrão de um amigo


Notas iniciais do capítulo

Meus amores,
Sou só eu ou está um vazio de GSR nesse site?!Como isso não pode ocorrer resolvi atualizar duas historias minhas no mesmo dia...quem me acompanha sabe que isso é raro...
Então, para o deleite dos leitores, mais um capitulo do romance deles...que ainda nao decolou, mas está próximo!
Boa leitura!



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BATTER UP

CAPÍTULO 9

UM EMPURRÃO DE UM AMIGO

Naquele domingo Greg resolveu pedir desculpas a sua prima. Sabia que tinha agido de cabeça quente e isso não ajudaria em nada seu relacionamento com ela. Como pedido de desculpas Greg levou Sara para o cinema, com Sara dizendo que nada melhor para relaxar do que um filme de comédia. Eles passaram depois no fliperama, onde atacaram todas as maquinas da competição, com Greg até ganhando um daqueles malditos bichinhos de pelúcia que vinham naquelas máquinas.

Greg chegou em casa pensando em como o dia tinha sido produtivo. Em nenhum momento Sara desviou sua atenção dele, e o mais importante, nenhuma ligação para atrapalhá-los. Era como se o dia anterior não tivesse acontecido. Até que o telefone de casa começa a tocar. Greg o atende:

-Alô?

-Oi, eu poderia falar com a Sara.

Greg coça a cabeça, sabendo que a voz do outro lado da linha é familiar, mas não reconhecendo de imediato.

-Ela tá ocupada agora- o que era verdade, Sara estava no banho- Quem está falando?- ele  já imaginava que era

-Ah, Gil Grissom. Você poderia pedir para ela me retornar... ela ...

-Tá, pode deixar, eu aviso- e bateu o telefone sem esperar uma resposta.

O humor de Greg, que andara tão bom o dia todo desapareceu rapidamente só com aquela ligação. Se aquele infeliz tinha o número dela isso significava duas coisas: ou ela dera o número esperando manter contato, ou ele fora abusado e conseguira o número com Warrick. Será que aquele moreno não sabia que sua prima gostava de privacidade? É só existia aquela explicação plausível. Ah, o abuso dele lhe custaria caro caso Sara soubesse. Achou por bem não contar a prima, sabia que isso arruinaria o humor dela. Foi tomar seu banho e se esquecer da ligação. Mais tarde eles pediriam uma pizza e ficariam jogando conversa fora até altas horas, o fim perfeito para o dia deles.

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-Ah, Gil Grissom. Você poderia pedir para ela me retornar... ela ...

-Tá, pode deixar, eu aviso- e bateu o telefone sem esperar uma resposta.

Grissom olhava embasbacado para o telefone. Mas que moleque mal educado, desligando assim na cara dele. Warrick morria de rir da cena, do outro lado do sofá.

-Cara, eu devia filmar a sua cara agora. É hilária.

Gil não se dignou a responder ao amigo. Simplesmente colocou o telefone no gancho e se pôs a pensar. Obviamente se ele quisesse se aproximar de Sara teria que faze-lo fora dos olhos do primo dela. O problema era que eles pareciam estar juntos sempre! Ou se não estavam o tal do Greg dava um jeito para se aproximar. Já estava começando a imaginar Greg como um parasita que se colava junto ao corpo de seu hospedeiro para comer as migalhas de atenção que o dono dava a ele. Gil se desanimou. Ele não era muito bom nessas coisas de romance, não era um don Juan como seu amigo Warrick. Tinha era a sorte de ser um cara bonito e inteligente, o que atraía as mulheres. Todas os seus relacionamentos anteriores foram assim, elas chegavam nele e ele dava atenção ou não. Com Sara não seria assim. A personalidade forte dela significava trabalho duro, conquista. Ele era um rapaz fechado, não sabia ser galante. Ainda some a equação um primo ciumento e pronto: uma doce encrenca para ele resolver.

Warrick agora somente observava seu amigo. Enquanto ele ria Grissom assumira a postura a que seus amigos chamavam de “Grissom pensador”. Os cotovelos apoiados nas pernas, as pontas dos dedos encostadas um no outro, os polegares embaixo do queixo. Warrick queria saber o que se passava naquela mente aguçada. Se conhecia seu amigo este agora ruminaria todas as opções de estratégia que tinha em seu arsenal e ,quando não encontrasse nenhuma que o agradasse se retrairia, tentando fugir do problema. Era algo que só acontecia quando Gil estava lidando com algo pessoal. Por mais inteligente que fosse aquele jovem não se via apto a lidar com nada que não pudesse ser tratado racionalmente.

                Warrick decidiu então que iria ajudar seu amigo. Ele sentira que Gil se interessara por Sara, coisa que ele nunca vira acontecer antes. Jim explicara que Gil se fechara emocionalmente por conta de um relacionamento que não deu certo. Dissera que tivera uma troca de aliança e tudo, mas algo aconteceu no meio do caminho, e Gil saiu muito machucado. E se só de conhecer sua amiga Gil já andava diferente, mais leve. Ele não deixaria o medo do passado de Gil e uma criatura inconveniente como o Greg ficasse no caminho daqueles dois. Ao que parecia até o destino queria os dois juntos, e ele não se chamava Warrick Brown se não fizesse isso acontecer!

                “Droga, acho que a influencia da Catherine está me mudando demais... tenho que parar com esse negócio de filme do Nicholas Sparks!!”

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SEGUNDA FEIRA-

AGENCIA GLAMOUR-após um photo-shoot

Sara estava sentada na penteadeira retirando o excesso de maquiagem de sua pele e pensando na ironia da vida de modelo. Elas viviam se enchendo de maquiagem para trabalhar no intuito de deixar seus rostos lisos e perfeitos. E ao mesmo tempo em que a maquiagem servia para as deixarem com o visual mais jovem, contribuía para o envelhecimento precoce da tez. Afinal, não era esse o ponto que os comerciais de cremes e demaquilantes- que elas vendiam com o corpo- tocavam para influenciar as mulheres a comprarem? Era irônico esse mundo,não? As ferramentas do trabalho de uma modelo faziam parte de um circulo vicioso, se tornando a causa e a cura de um mal que atingia a todas: o envelhecimento. A indústria da moda é uma das mais cruéis para a psique da mulher.

Foi desse modo que Warrick encontrou Sara, um pedaço de algodão embebecido nas mão, que estava pousada no ar enquanto a garota examinava seu reflexo no espelho.

-Ei, Sara- ele chamou a atenção da garota- Atrapalho?

-Não Warrick. Entre- ela o chamou para sentar no sofá que ocupava uma parede a direita da penteadeira- Fale enquanto eu me arrumo.

-Ok... queria saber se você recebeu algum recado ontem?- ele tinha a impressão de que Greg não teria sido solícito com seu amigo.

-Ah, não- ela terminou a limpeza e se virou para ele- Voce deixou recado com os meus avos? Eu não os vi ontem, deve ser por isso.

-Na verdade, não fui eu, quem deixou o recado... e não parecia seu avô no telefone- Warrick fora com a intenção de ferrar com o Greg por ter mexido com seu amigo, mas também... ele não gostaria de por dois primos em briga... e tinha a impressão de que fazer isso não ajudaria na causa de Gil.

-Se não foi você quem ligou como sabe que não foi meu avô quem atendeu?- Sara estava desconfiada dessa historia.

-Ah... foi o Gil... ele me pediu seu telefone e...

-Peraí, com que direito você passa meu número para qualquer um?- Greg tinha razão, Sara  não gostou dessa historia nem um pouco.

-Calma aí, Sara. Não é qualquer um, eu não faria isso. Só dei seu numero pro Gil pois eu confio nele, e ele disse que vocês viraram amigos.

O que não deixava de ser verdade. Na conversa que teve com Gil no domingo pode ver o jovem por um ângulo totalmente diferente. Eles tinha muitas coisas em comum e ela gostou da companhia dele. Ele a fazia rir com facilidade e além de tudo era um homem gostoso de se olhar.

-Uhum... e o que ele queria?

-Não sei... ele não me disse... também nem me pediu para vir aqui falar com voce, mas eu conheço o meu amigo... sei que não tentaria de novo falar contigo... então...só to dando uma ajudinha. Agora eu tenho que ir... tenho um almoço com uma loira que cospe fogo pelas ventas se me atrasar. Fui!

-Ei, Warrick!

-Sim.

-Como eu consigo falar com o Gil?

-Liga lá pra casa mais a noitinha. Ele atende sempre.

Sara viu seu amigo sair do camarim, e reparou que ele usava as roupas de sua última campanha para uma grife italiana. Estava um pedaço de mal caminho com aquela blusa desabotoada no peitoral. Se ela fosse a Catherine também não gostaria de perder um tempo de encontro com um homem daqueles!

Agora, sobre o recado que ele dera... lembrava-se vagamente de ouvir o telefone tocar no dia anterior enquanto estava no banho. Quando saiu do chuveiro Greg estava se limpando em seu quarto, e os dois estavam com tanta fome que pediram uma pizza e a abocanharam em questões de segundos. Se Gil tivesse mesmo deixado um recado com Greg era bem provável que o primo tivesse se esquecido em favor de encher o estomago. Isso acontecia sempre, não era nada demais. Mas Warrick dera a entender que havia algo errado ali. Teria que tirar essa historia a limpo com Greg mais tarde.

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Grissom acabara de entrar no vestiário com seus colegas de equipe. Ele estava satisfeito com os resultados do dia. O treinador dividira a equipe em times e eles jogaram a tarde toda. Gil fora um dos destaques do dia, com o treinador fazendo questão em o elogiar  em várias jogadas. No fim, conforme seus companheiros foram passando por eles e novato recebia uns tapinhas e congratulações de seus companheiros.

Feliz da vida foi até seu armário pegar sua toalha e muda de roupa,na intenção de tomar um banho antes de ir pra casa. Foi quando ouviu seu celular apitando, avisando que tinha uma mensagem não lida. Era de Warrick, pedindo para ele ir direto para casa pois tinha uma surpresa para ele. Curioso, foi tomar seu banho e resolveu adiar a visita que pensava em fazer a Universidade para checar seus cursos de extensão.

Ao chegar em casa e a encontrar vazia ficou decepcionado. Sentiu que Warrick estava aprontando alguma coisa, mas não fazia ideia do que era. Ligou para o amigo e como este não atendeu resolveu desencanar. Ele me conta quando chegar.  Gil preparou um lanche e se deitou na sala com um livro que não conseguia nunca terminar de ler. Depois de um tempo o telefone tocou e Gil xingou baixinho. Detestava ser interrompido.

-Alô.

-Boa noite... é eu gostaria de falar com o Gil..

O coração de Gil acelerou. Reconheceu a voz de Sara, mas não estava preparado para conversar com ela. Resolveu então fingir que não a reconhecia, não queria mostrar que estava esperando falar com ela.

-É ele.Quem fala.

-Ah, oi Gil. É  a Sara. Fiquei sabendo que voce queria falar comigo.

-Sara, sim, te liguei ontem, seu primo te passou o recado?

-Na verdade, foi o Warrick quem me contou hoje cedo.

-Ah, sim. Imaginei...

-Imaginei o que?

-Que teu primo não o faria...

-O Greg pode ser meio esquecido...

-Convenientemente... ele não gosta muito de mim,não é?

-Ele é assim com todos os caras que se aproximam de mim... acho que ele pensa que tem que fazer as vezes de meu irmão mais velho, já que ele não está aqui-ops, Sara, falou demais,deu a entender que ele é um pretendente! Concerta isso, fala qualquer besteira!- Mas não liga não, cão que ladra não morde.

-Ah, fiquei mais tranquilo agora!- Gil riu do outro lado da linha. Queria ter seguido a fala de Sara com um “ah, então quer dizer que eu sou um interesse amoroso?”, mas ela foi logo cortando o clima... tudo bem. Melhor assim. Não queria forçar a barra com ela.

-Bom, você não me ligou para falar do Greg, não é mesmo?

-Não... é que voce saiu com tanta pressa no sábado que se esqueceu seus livros comigo. Eu queria te devolver.

-Ah, tinha até me esquecido! Obrigada Gil, detestaria perder exemplares tão bons!

-Eu sei como é isso... ainda bem que eu os salvei deste destino- Sara riu da piadinha sem graça que ele fez, fazendo o coração de Gil acelerar novamente e imaginar como estaria aquele sorriso perfeitamente imperfeito,o qual queria tanto ver novamente- Quando posso te ver? Quero dizer, para entregar os livros!

-Bom, amanha tenho o dia livre, se quiser posso passar na sua casa e...

-Achei que você não soubesse andar por essas bandas.

-Não sei mesmo, mas com um GPS...

-Tenho uma ideia melhor. O autor do seu livro vai estar na “Sabores do Livro” amanha, as 18:00. Posso passar na sua casa e te levar até lá para ter seu livro autografado.

-Sério, Gil! Que legal!Ah, não será muito incomodo para voce?

-Não. Na verdade estou fazendo isso com segundas intenções. Não tenho amigos com interesse em Ciência Forense para discutir comigo. E vai ser mais divertido ir a noite de autógrafos com alguém que gosta do assunto.

-Ah, se é assim. Então tá fechado.

-Ok, Sara. Que horas que te pego?


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