Batter Up escrita por Carol Bandeira


Capítulo 55
Consequências


Notas iniciais do capítulo

Oláaa!
Passando aqui com um dia de atraso, mas ao menos vocês tem um capítulo fresquinho para aproveitar!

Boa leitura!



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Enquanto Gil esperava para se acertar com Sara, William tinha uma conversa nada agradável com Doug Donald. O homem pedira um relatório preciso do que se passara em L.A. com dois de seus melhores jogadores. Ao final da fala de Will, Doug exclamou:

—Puta merda, Will! Você não ensinou seu filho a manter a cabeça no lugar?

—Você ouviu alguma palavra do que eu disse, Doug?- William rebateu, incrédulo com a atitude do gerente. O treinador esperava imparcialidade do homem – assim como ele estava tentando se manter- e não aquela acusação à uma das partes sem maiores fundamentos.

—Eu ouvi sim, William, e entendi muito bem! O caso é que Dean é encrenqueiro, mas eu achei que Gil tivesse mais sangue frio. Ele devia saber que uma atitude dessas é inconsistente com a imagem do clube!

— E postar fotos incriminadoras de um outro jogador na internet não tem o mesmo efeito?!

—Não foi Dean quem postou as fotos, foi? Foi a garota! - ao ver que o técnico iria replicar, Doug continuou- E sim, isso é muito sério, juridicamente falando, mas não é nada que um bom advogado não consiga resolver. Agora, ataques de raiva em um hotel, em um local de acesso público, onde estão várias pessoas? Will, nós teremos sorte de conseguir um local bom para nos hospedarmos a próxima vez que formos a L.A., com nosso histórico de jogadores agressivos.

Apesar de entender a preocupação de Doug com a reputação do time ele não podia deixar de sentir que seu filho estava sendo injustiçado. Afinal, Gil só agiu daquele jeito devido ao fato de Dean tê-lo provocado. Resolveu então não ficar calado diante de tamanha injustiça.

—Certo... você está certo de pensar no time primeiro. E com isso em mente, e você deve compreender meu ponto de vista, acredito ser nosso dever desligar Dean do time. Não é justo pedir que os outros jogadores aturem atitudes como esta última.

Doug encarou o técnico por um instante, como se considerasse o pedido de William, mas rapidamente negou o pedido.

—William, acho tal atitude problemática...

—Problemático é manter um homem instável na minha equipe. Não confio nele, Doug, e tenho certeza que se procurarmos mais à fundo, veremos outras situações parecidas como essa- William lembrou da acusação de Gil sobre seu equipamento desaparecido.

—Olha Will... Dean é um dos ídolos do time...ele , junto com Ian, foram fundamentais para chegarmos na Major League... e agora que perdemos Ian...

—Gil já se mostrou tão fundamental para a equipe quanto Dean... ele traz mais investimentos para a equipe do que Dean jamais sonhou em fazer e você sabe disso... tenho certeza de que os torcedores não vão sentir falta dele. Escuta, eu conheço meu filho... ele não vai querer participar de um time com o Dean, não depois disso... e Dean é até um bom jogador...e é só. Gil tem algo a mais...ele é um jogador nato e não estou falando isso só porque ele é meu filho. Qualquer um que olhar as estatísticas do jogo vai ver que ele é o melhor jogador que nós temos. E se tiver de escolher alguém para levar esse time à frente, eu escolho ele.

—Bom, sinto muito mas a escolha não é só sua... eu concordo com sua posição sobre Gil... mas o fato é que... Dean pode não ser brilhante, mas ele faz tanto pelo clube quanto Gil... arrisco a dizer que ele traz até mais investimentos do que qualquer outro jogador...

—Essa você terá de me provar!

—Com prazer! O fato é esse, Will- Doug chamou o treinador para seu lado e abriu uma planilha eletrônica protegida por senha. Após alguns cliques ele abriu a pasta que buscava e mostrou o balancete dos últimos anos- Tá vendo essa entrada aqui? Vem do maior patrocínio que recebemos, está vendo? Recebemos tal patrocínio desde que Dean entrou para o time.

William observou atentamente os números e de onde vinha aquela quantia grande de dinheiro. Diferentemente de outras entradas na tabela, aquela não estava ligada a nenhum nome, somente era referida como patrocínio máster. O fato era que o patrocinador máster do clube era no momento a rede de loja de esportes, que vinha logo abaixo na tabela.

—Eu não estou em liberdade de dizer de onde vem tal dinheiro, Will. Só posso te dizer que temos esse montante aí garantido enquanto mantivermos Dean em nossa folha de pagamentos.

—Você está me dizendo que ele nos subornou para jogar aqui?!

—Não! Ele entrou para o time assim como seu filho, à pedido de Vinny Astaire. Pode perguntar a ele se não acredita... mas o caso é, assim que Dean foi contratado eu recebi a visita de um advogado de um tal ricaço da região, apresentando-se como benfeitor de Dean. Ofereceu um patrocínio, e desde então nosso caixa tem andado mais gordo. Foi por intermédio de Dean que pudemos reformar o estádio e implementar vários dos programas esportivos que temos hoje. Então não, nada do que me diga vai me fazer mudar de ideia quanto a Dean. A não ser que você possa prover toda essa grana em seu lugar.

—Isso é inacreditável! É praticamente um suborno!

—Que paga o seu contracheque, diga-se de passagem!   

—E por acaso Dean sabe disso?

—Não. Uma das condições é que ele não soubesse... pelo que eu sei dele, ele veio de uma família pobre, e até chegar aqui ele não tinha muita coisa na vida... e você o conhece melhor do que eu... se ele soubesse dessa grana toda ele não andaria por aí dirigindo aquela lata-velha dele.

— Mesmo assim... eu não posso deixar de dar uma punição para ele...

—Não falei para deixar passar em branco, Will... só te avisei a situação. Com relação a medida disciplinar, desde que não envolva acabar com a nossa galinha dos ovos de ouro...bem, você decide.

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O dia seguinte a volta de LA significava um dia de folga para os Devils e , coincidentemente, um dia de folga para Sara Sidle também. Assim, o casal não precisou se preocupar com acordar cedo e puderam dormir manhã a dentro.

O primeiro a acordar foi Gil, e o jovem ficou encantado com a visão de sua namorada dormindo serenamente a seu lado. A coberta somente protegia a morena da cintura para baixo, permitindo a Gil uma visão maravilhosa do busto da namorada. Gil apoiou a cabeça no braço e ficou a contemplar aquela cena. Era raro para o jovem ter a privacidade de tê-la para si daquele jeito, sem distrações. Afinal, a vida dos dois era geralmente corrida. Com os jogos de Gil e o trabalho de Sara eles não tinham tempo o suficiente para ficar na cama até tarde. Invariavelmente um ou outro estava correndo para chegar ao trabalho. E quando tinham um tempo de folga em conjunto- como era o caso naquela manhã- o apê dos rapazes ou a casa dos avós de Sara estava tomada de gente, o que não era muito convidativo para qualquer tipo de intimidades.

“Hummm, talvez esteja na hora de pensarmos em morar juntos...” Gil pensou nisso, enquanto acariciava o rosto da amada. Eles estavam sozinhos e ele queria aproveitar ao máximo isso. Como Sara não acordou com o carinho, Gil desceu a ponta dos dedos pelo pescoço da amada, passando pela lateral do seio direito. O carinho no local sensível teve o efeito que ele procurava, e logo a namorada começou a mexer e se espreguiçar.

—Bom dia.…- Gil falou ao ver os olhos de Sara abrindo lentamente, e logo em seguida deu um beijo nos lábios dela, descendo do pescoço até os seios, beijando-os um a cada vez e arrancando um gemido rouco da namorada.

—Giiiiillll....

O homem sorriu e se virou na cama, colocando a namorada sobre seu corpo.

—Dormiu bem? - Ele perguntou, um sorriso safado no rosto.

—Até agora, antes de um maníaco sexual me acordar...

—E o que você vai fazer com esse maníaco, hein? - ele perguntou, levando as mãos até a cintura da amada e a apertando contra seu corpo.

—Isso- Sara baixou o corpo e beijou o namorado com vontade.

O casal estava tão entretido namorando que não ouviram a porta da frente bater e por isso tomaram um susto quando a porta do quarto de Gil foi escancarada e Jim entrou no quarto.

—Gilbert, que merda foi aquela...- mas sua fala morreu na garganta ao encontrar seu amigo naquela situação comprometedora, com a namorada – sem roupa- montada em cima dele- OPA!

Como um raio, Gil tirou Sara de cima dele e a garota caiu na cama a seu lado com um grito.

—Merda, Jim! Não sabe bater?!- ele jogou a coberta por cima deles enquanto esbravejava com o amigo, que àquela hora morria de rir da cara vermelha do amigo- Dá licença aqui,ó?!

Rindo, Jim saiu do quarto e foi até a cozinha fazer um café.  Gil xingou baixinho e deitou na cama, levando as mãos até a cabeça.

—Honey, sinto muito por isso...

—Não foi sua culpa, Gil- Sara se virou e trouxe o cobertor até seu queixo, ainda muito envergonhada com a situação.

—Eu vou matar aquele cara! Quem entra no quarto dos outros sem bater!- Gil falou em alto em bom som para o amigo ouvir.

Da cozinha Jim respondeu:

—Você devia trancar o quarto para fazer essas sacanagens aí! Culpa sua!!!

—EU TAVA SOZINHO EM CASA!!!

Sara revirou os olhos ante a criancice dos garotos. Ela se levantou e vestiu a blusa que Gil usara ontem, tudo sobre o olhas cuidadoso do namorado.

—Eu vou tomar um banho, Gil... preciso me recompor antes de encarar seu amiguinho.

 Gil já se levantava e iria sugerir que tomassem um banho juntos para “salvar o planeta” mas seu celular tocou na hora. Vendo o número identificado o jogador  atendeu a ligação a contragosto, e Sara saiu do quarto para tomar seu banho.

—Fala, treinador

—Gil...

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Quando Sara voltou de banho tomado encontrou Gil mexendo em seu armário.

—Ei, o que seu pai queria?

—Ele pediu que eu fosse até o CT. Precisa falar comigo sobre ontem- ele disse enquanto buscava roupas limpas no armário. Sara chegou perto dele no momento em que ele fechava a porta do armário, com uma calça jeans e uma blusa social em mãos.

—Você se machucou bem- ela comentou passando a mão nas do namorado, observando o hematoma que ali se formava.

—Você devia ver o outro cara!- ele brincou, não querendo dar muita importância ao ocorrido- Vou tomar um banho e se quiser posso te levar para casa.

—Eu não tenho nada para fazer. Posso te esperar terminar essa reunião e depois nós passamos o dia juntos, que tal?

—Ótimo! Nós podemos ir almoçar e depois vamos ver aquela exposição que você estava falando...

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Gil deixou Sara na lanchonete do clube e se dirigiu até a sala do treinador, onde já se encontravam William e Dean.

—Bom dia, senhores. - Gil cumprimentou os presentes e William pediu que ele se sentasse ao lado de Dean, enquanto ele se sentava atrás da mesa de mogno da sala.

—Bem... não vou fazer rodeios... os senhores sabem que aquele fiasco de ontem deve ter consequências...

Gil reparou no jornal que estava em cima da mesa, aberto na sessão de esportes. Ao que parece não havia muito o que se noticiar no dia, já que a manchete da capa era uma foto dele e Dean sendo apartados no hotel. Gil detestava o fato de quem hoje em dia não serem so os paparazzi com quem ele devia se preocupar. Qualquer pessoa com um celular na mão tinha condições de fazer história de fatos da vida de pessoas públicas.

— Assim sendo, Doug e eu conversamos e , apesar de concordarmos que tal atitude dos dois seja passível até de demissão, pelo bem do time e de nossas ambições no campeonato vamos somente suspendê-los pelos próximos 3 jogos.

—Professor, com todo o respeito, não fui eu quem começou a briga!

—E nós já falamos sobre isso Dean, você violou a privacidade de seu colega ao permitir que aquela moça entrasse no quarto de Gil. Assim como você pode meter um processo nele por agressão, Gil pode te processar por conta do assédio moral. Não é isso que você quer, ou é, prejudicar a si mesmo e ao time por conta de algo estúpido assim?

—Não, senhor!

—Gil?- William quis saber a opinião do filho, visto que o homem estava praticamente mudo.

Apesar de aparentar muita calma, Gil vivera um momentâneo ataque de fúria quando ouviu de seu pai que ele iria sofrer as mesmas consequências do colega. Mesmo concordando com sua punição- afinal ele perdera a calma e a razão ao atacar o colega- Gil ainda sentia que a traição de Dean fora muito pior que qualquer soco desferido por ele. Ele queria confrontar o pai e fazê-lo explicar o motivo de tudo aquilo, mas decidiu por bem fazer aquilo em outra ocasião. Se a decisão fora tomada em conjunto com Doug não haveria muita coisa que William pudesse fazer. Por isso, respondeu ao pai que por ele estava tudo bem.

—Isso é tudo?- quis saber Dean. Estava louco para se mandar dali.

—Não... os senhores vão ter os dias de afastamento descontados do salário, e gostaríamos também de garantir que tal atitude não vai mais se repetir. Não quero ver nenhum dos dois de graça um com outro. Mais uma atitude dessas e não vou ter saída a não ser demiti-los. Se por acaso a imprensa procurá-los para dar qualquer satisfação a respeito disso vocês dirão que foi um breve desentendimento mas que já se acertaram, não resta rancor na relação de vocês, entendido?

—Sim, senhor.

—Então estão dispensados.

Dean se levantou e foi até a porta, e ficou ali segurando a porta aberta.

—Vamos, Gilbert!

Gil encarou o colega e quis mandar que fosse embora, mas não queria ser descortês na frente do técnico. Assim, o jogador se levantou e saiu da sala. Ele teria de achar outro momento para falar com o pai. Melhor assim, não queria Dean sabendo do teor da conversa.

—Então, sem ressentimentos? – Dean parou em frente a ele e lhe estendeu a mão – Eu não imaginava que a moça fosse fazer o que fez.

Gil observou seu colega querendo entender sua atitude. Até o momento ele não parecia arrependido e Gil duvidava que realmente o estivesse.

—Tudo bem, Dean... eu só quero esquecer disso e passar a me concentrar no que realmente importa- Gil apertou a mão dele e os dois selaram as pazes, ainda que nenhum deles estivesse realmente sendo verdadeiros.

—Vamos fazer isso, então. Bom, eu tenho que ir. Vou aproveitar essa “folga” que ganhamos. Você devia fazer o mesmo, Gilbert... você se leva muito a sério!

Gil balançou a cabeça cruzou os braços, observando o colega partir. Em sua opinião Dean precisava era tomar uma boa dose de realidade. Não havia um momento em que ele não estivesse zombando de algo. Ele dera sorte de algum jeito até o momento, mas da próxima vez que aprontasse talvez não tivesse o mesmo resultado.

—Bom, chega de pensar nele!

Gil então foi em busca de sua namorada. Aquela conversa toda lhe abrira o apetite.

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O casal acabara de fazer o pedido de sua refeição quando o telefone de Gil tocou. Ao ver que novamente seu pai o procurava ele resmungou:

—Mas o que será que o velho quer agora?

—Você só vai saber se atender- Sara respondeu, levando a taça de vinho a boca- Vai, Gil, atende. Qualquer coisa você lembra a ele que está de suspensão e que o verá daqui a uns dias!

Gil riu e mais uma vez atendeu seu pai. Desta vez o homem perguntou onde o filho estava e disse que precisava falar com ele sobre o Dean. Aquilo aguçou a curiosidade de Gil e logo ele já dava o endereço do restaurante.

—Você não se importa, Sara? Eu posso marcar de encontra-lo depois, se preferir.

—Não, eu também quero saber o que é tão urgente assim.

Gil havia repassado sua conversa com o treinador e Sara, assim como o namorado, sentia certa injustiça no ar. Gil supusera que Dean tenha novamente acusado o técnico de favorecer ao técnico, mas a namorada achara que não era isso. Ela lembrara que Doug havia lutado muito para ter pai e filho em seu time e que por isso não aceitaria nada que pudesse separá-los.

—Enfim, não adianta conjecturar...vamos ter de esperar seu pai chegar para saber.

—Não mais- Gil comentou quando viu o pai entrar no restaurante por cima do ombro da namorada.

William parou em frente a entrada e esquadrinhou o local a procura deles. Gil levantou o braço para que o pai os achasse.

—Obrigado por me encontrar, Gil...

—Sem problemas- o filho respondeu.

—Como vai, Sara? Fico feliz em ver os dois juntos.

—Vou bem, William. Obrigada- Sara sorriu genuinamente para o sogro e apertou a mão de Gil que se encontrava em cima da mesa. Gil deu um sorriso para a namorada e logo indicou ao pai que se sentasse na cadeira em frente a sua.

Neste momento, a garçonete chegou com os pedidos e  vendo outro cliente a mesa perguntou se ele já gostaria de pedir. William somente pediu um chá gelado, garantindo que não ficaria muito tempo.

—O senhor pode almoçar com a gente, se quiser- Sara lhe disse assim que a garçonete saiu.

—Não quero atrapalhar a saída de vocês. E no mais, eu só preciso trocar uma ideia rápida com seu namorado. Tenho certeza de que não vai ser muito demorado.

Apesar de Gil não objetar muito a presença de seu pai ali – uma enorme evolução, diga-se de passagem- ele também gostaria de passar um tempo a sós com a namorada, afinal ela só estaria de folga hoje.

—Ok, pai... então, o que precisa me falar que é tão importante assim?

—Gil... primeiro eu queria te dizer que eu realmente sinto muito pelo que aconteceu..

—O senhor não precisa se desculpar. É o técnico e deve fazer o melhor pela equipe e não por mim.

—Aí é que está... eu fui a favor de demitir o Dean. Não confio nele para o time e muito menos o quero perto de você, como seu pai.

Se Gil tivesse levado uma garfada à boca ele teria engasgado com a comida. Nunca esperaria essa atitude de seu pai, de comprar briga com seu superior por conta dele.

—Uau... obrigado, eu acho...

—Não precisa agradecer...não adiantou de nada, não é? E era sobre isso que eu queria te falar... Doug não pode saber que te contei isso mas... seu colega Dean não sofreu consequências mais sérias pois tem as costas quentes.

Então Will contou da conversa com Doug. Gil e Sara ouviram com atenção e foi só quando o treinador terminou sua fala que Gil reagiu.

—Bom, é isso né...por isso que ele fica fazendo aquelas merdas todas... porque sabe que não vai acontecer nada com ele.

—Como eu disse, Gil, acredito que Dean não sabe disso. Provavelmente ele tem um pai ou parente omisso e que quer continuar assim, mas tem alguma culpa no cartório e resolve “cuidar” dele assim...

—Não importa... sabendo ou não, esse cara não me inspira confiança e se não há nada que possamos fazer para que ele saia ou se comporte...bem, não sei se quero estar em um time com um crápula intocável. Isso não me dá uma visão de futuro boa ...

William tinha medo que essa fosse ser a reação de Gil. Ele conhecia o filho e se estivesse em seu lugar teria a mesma atitude.

—Infelizmente, Gil, eu não posso te prometer que tudo vá ficar bem... nós não temos como predizer qual será a reação de Dean daqui para a frente, mas o que eu posso fazer é vigiá-lo mais de perto. Eu adoraria que você continuasse com a gente... mas você tem todo o seu direito de buscar um ambiente de trabalho mais confiável. Eu só achei que você precisava saber de tudo para poder decidir o que fazer daqui para frente. Mas saiba que, ficando ou não com a gente, você pode contar comigo para estar do seu lado.

Ao seu lado, Gil sentiu a namorada se mexer e colocar um braço ao redor de sua cintura, mostrando apoio a ele. Neste momento ele percebeu algo: não importava as situações de adversidades que ele passava, se pudesse ter a seu lado pessoas como Sara ou até mesmo seu pai. Gente em quem ele podia contar para estar do seu lado não importa o motivo.


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