Batter Up escrita por Carol Bandeira


Capítulo 44
A festa


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Gente, esse capítulo custou a se escrever. Eu tinha toda uma ideia para ele, mas nada funcionava. Enfim, resolvi postar a versão dele mais recente para poder prosseguir com a história.

Boa leitura!



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Apesar do desentendimento entre dois de seus jogadores, o time dos Devils continuava com sua boa fase. Não perderam um jogo em casa e alguns jogos de fora terminaram em empate. No conjunto, Will achava que o time estava se saindo bem. Se continuassem com esse repertório, a classificação para os play-offs viria com maior facilidade.

Entretanto, tal situação não era a responsável pelo bom-humor de Will. Após anos tentando se reaproximar do filho, finalmente o Grissom mais velho conseguia falar com o jovem com maior civilidade. Ainda não era algo a se comemorar, William sabia. Gil ainda não iniciara uma conversa se quer com o pai que não girasse em torno do time. Mas Will era perseverante. Tinha certeza de que, mais cedo ou mais tarde, ele e o filho deixariam tudo isso para trás e, quem sabe, voltassem a ser mais do que um treinador e seu jogador.

*^*^*^*^*^*^*^*CSI*^*^*^*^*^*^*^*

—Gilbert, que bom que você veio!

Gil foi recebido na casa de Sara por Laura, a mãe de sua namorada.

—Não perderia esse dia por nada, Laura!

 Era o aniversário de Sara e Gil não queria fazer desfeita para ela nem a sua família. Há duas semanas, Gil viajou com os Devils para alguns jogos de fora, e tendo feito o último jogo na noite anterior, ele não estava certo se conseguiria chegar a tempo para o almoço em família. Apesar de a morena ter dito a ele que não se preocupasse caso não desse para ele ir, Gil sabia que ela ficaria um pouco chateada. Além disso, ainda havia o fato de ele não querer dar a Greg qualquer motivo para falar mal dele aos sogros.

O jogador entrou na casa e foi logo dirigido a sala, onde os convidados estavam reunidos. Além dos avós e dos pais de Sara, estavam também um grupo de amigos que Gil reconheceu da faculdade e Warrick, acompanhado de uma moça a quem Gil não reconhecia, Catherine, Eddie e Jim. Antes de se reunir com os amigos, Gil foi falar com os donos da casa e com o padrasto de Sara.

—Belo jogo, ontem, Gil! - Papa Olaf disse assim que Gil se aproximou – Continue assim que a taça será nossa esse ano!

Gil sorriu e disse que era um esforço do time, e que sim, eles esperavam colocar o troféu no estádio dos Devils. Gil trocou uma palavra com todos ali e buscou sua namorada com o olhar.

—Sara está com Nana, Gil- Laura respondeu quando viu o jovem olhar inquieto pela casa- Recebendo sua costumeira leitura de aniversário.

—Leitura?

— Sim, no aniversário de todos na família Nana gosta de jogar cartas para ver como será o novo ano. Ela ainda não te ofereceu uma leitura?

—Não posso dizer que já tive esse prazer.

—Gilbert, você veio!

Gil se virou e viu Nana Olaf descendo as escadas da casa. Olhando por detrás da senhora, o jovem não viu sua namorada e seu semblante mostrou seu desapontamento.

—Não fique assim, Gilbert. Acabei de fazer a leitura das cartas para Sara. Ela se emocionou um pouco, mas daqui a pouco ela desce.

—Ah, sim...

Este era um ponto que deixava Gil extremamente curioso. Essa autoproclamada vidência de Nana Olaf já fora alvo de várias conversas entre ele e Sara. Certa vez, ele explicara a namorada que, quando era apenas um garoto, o cientista em Gil se mostrava descrente de qualquer um que tentasse lhe dizer como seria seu futuro. Atualmente, um pouco mais maduro, o jogador tentava pensar com uma mente mais aberta sobre diversos aspectos. Entretanto, a vidência não era um deles. Afinal, muitas eram as vezes em que charlatões tentavam ludibriar de pessoas, muitas vezes em seus mais frágeis estados emocionais.

Este não é o caso de Nana, Gil” Sara respondera na ocasião. “ Ela não cobra um tostão de ninguém, e só faz a leitura das pessoas que solicitam”. E isto era verdade. A senhora oferecera uma leitura certa vez a Gil, e o jovem declinou educadamente. A senhora nunca mais tocou no assunto com ele.

Perdido em seus pensamentos, Gil só voltou a realidade quando sentiu as mãos da senhora em seu rosto. Ele logo quis se afastar, era um gesto muito íntimo tocar no rosto de outra pessoa, e eles não tinham essa intimidade toda. A senhora, porém, lhe deu um sorriso e sussurrou para ele.

—Não se preocupe, criança... o mundo pode parecer contra você nesses próximos tempos, mas se seguir seu coração tudo vai se encaixar... você vai ver.

Nana deu um tapinha na bochecha de Gil e saiu sorridente, em busca de seu marido. Deixando Gil com uma cara de bobo no meio da sala.

— Ei, Gilbert! - ele saiu do transe e voltou sua atenção para Julia Finn. A loira estava acompanhada por seu namorado, D.B. Russel. Dentre os jogadores, D.B. era o que mais se entrosara com Sara. Os casais frequentemente saíam juntos e não era surpresa que eles tivessem sido convidados para o aniversário de Sara.

—Olá! Quando vocês chegaram?- Afinal, não fazia muito tempo que ele mesmo chegara a festa, e não percebera os dois ali.

—Acabamos de chegar. Bem a tempo de ver o senhor todo íntimo com aquela senhora. Não sabia que gostava de mulheres mais velhas, Gilbert! Sara deve ficar preocupada?

Gil amarrou a cara para o amigo, não tendo achado graça nenhuma da brincadeira. Antes que ele pudesse retrucar, porém, a aniversariante desceu as escadas e toda a atenção dos convidados se virou para ela. Ao que parecia, ela ainda não havia aparecido, dado o número de pessoas que se dirigiram a ela, oferecendo beijos, abraços e presentes. Gil ficou parado, observando sua amada sorrindo para seus convidados. Ela estava, como sempre a seus olhos, deslumbrante, vestida com um macacão vermelho e sandália rasteirinha. Seu sorriso bobo a acompanhou enquanto falava com seus convidados, e quando a namorada chegou perto dele o jovem não hesitou em pega-la nos braços e lançar um beijo apaixonado.

—Oii!- Sara conseguiu falar depois de quase ser devorada na frente de todos os seus convidados

—Oi. Você está maravilhosa! Feliz aniversário!

A morena sorriu e agradeceu ao namorado com mais um beijo. Em seguida, de mãos dadas com ele o casal seguiu – com DB. e Jules acompanhando- até onde o resto de seus amigos estavam.

Talvez fosse a saudade que estava, ou até mesmo o grande amor que sentia por ela, mas Gil não conseguia desgrudar os olhos de sua amada. Assim, ele pode perceber no semblante dela uma tristeza, mesmo ela tentando disfarçar. Ele gostaria de perguntar o que a deixara assim, mesmo já tendo uma ideia do que pudesse ter sido- algo que a avó falou para ela, obviamente. Gil lembrou-se que a senhora também falara algo de estranho para ele... será que o que ela “via” tinha relação com eles, como um casal? Ele teria que falar com Sara a respeito disso. Não agora, é claro. Assim que eles tivessem um tempo a sós. 

—Não acredito!

Essa exclamação de Sara fez Gil voltar sua atenção a conversa de seus amigos.

—Por que não ficamos sabendo disso antes?- Sara perguntava à Catherine.

—Isso o que, honey?

—Isso o que está enfeitando a mão esquerda de sua melhor amiga, isso sim!

Gil olhou de Sara a Catherine, e depois baixou o olhar para a mão da amiga, que agora repousava na enorme barriga de oito meses. Foi então que reparou na aliança de casamento, um círculo dourado que enfeitava o dedo de sua amiga. A mão de Eddie tinha o par daquele anel, e Gil ficou se perguntando como não reparara nisso antes. Afinal, agora era a única coisa que ele conseguia ver.

—Uau, parabéns, pessoal!- quem quebrou o silêncio foi Tina, e logo os outros estenderam seus parabéns.

—Quando foi que isso aconteceu?- Sara quis saber.

—Ontem à noite. Eu e Cath não podíamos esperar mais... e ela não queria uma grande festa de casamento mesmo. Vamos salvar para a lua de mel, assim que nossa filha estiver grande o suficiente!

—Talvez guardemos todo o dinheiro que gastaríamos em festas para ela mesmo- Catherine corrigiu.

Gil pensou que Cath estava certa em querer guardar grana. Um filho saía caro para os pais, e tendo em vista que o trabalho de Eddie não o pagava com frequência, era óbvio que as coisas cairiam mais para Catherine e sua família.

A conversa seguiu em torno do casamento, até que Laura veio avisar que o almoço estava pronto. Como os convidados eram muitos, cada um se serviu um prato e se sentou aonde dava. Aproveitando que Sara parara para falar com os amigos da faculdade, Gil foi até onde estava Catherine.

—Ei, só me responde uma coisa.

—Qualquer coisa, Gil.

—Você está feliz, mesmo?

Catherine sorriu para o amigo. Era um sorriso bonito, mas nem de perto chegava ao que Gil já vira no rosto de sua amiga, quando ela falava de seu bebê.

—Ah, Gil... eu amo o Eddie. Mas existe uma hora em que eu o acho tão... fora da realidade. Mas não se preocupe, ok. Eu realmente estou feliz.

Gil não tinha nada a dizer. Se era isso que ela queria, então...


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