Batter Up escrita por Carol Bandeira


Capítulo 42
Espalhando a notícia


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Esse espaço está muito quieto, não acham?
Vamos aquecer um pouquinho as coisas por aqui.
Boa leitura!



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Catherine Flyn estava com os nervos à flor da pele. Dali a uma meia hora, mais ou menos, ela receberia em seu apartamento Gil e companhia. Embora ainda não se sentisse pronta, a ligação que recebera no dia anterior de Sara a convencera a não mais adiar isso. Respirando fundo, a loira se postou novamente de frente ao seu armário, examinando-se criticamente. Aos 3 meses de gestação, ela finalmente conseguia vislumbrar sua barriga tomando forma. Até o momento, eram somente os seios que haviam aumentado de tamanho. Catherine apertou o tecido do vestido solto que usava, a fim de novamente observar a barriga. Soltou o tecido novamente e se deu por satisfeita. A saliência que era seu bebê ficava bem escondida desse modo. Melhor assim, não queria dar um susto em seus amigos logo quando eles chegassem.

—Catherine, está tudo bem?

Lily apareceu na porta do quarto. Cath estava lá dentro tinha quase meia hora.

—Tudo bem, mamãe.

A senhora olhou para sua filha, que estava com as mãos no abdômen. Sorriu com a cena. Embora tenha sido uma surpresa ao saber da gravidez, Lily não precisou de muito tempo para se aclimar com a ideia. Obvio que a senhora preferia a filha no mínimo em uma relação saudável, para não dizer casada, antes de ganhar seu primeiro neto mas... não foi assim que o destino quis, então...

—Está tudo pronto na cozinha. As bebidas estão geladas, os aperitivos na mesa. Deixei uns doces na geladeira também.

—Obrigada, mãe!- Catherine se dirigiu até a mãe e a abraçou- Não sei o que faria sem você...

—O que qualquer mulher independente faria, minha filha- ela colocou as duas mãos no rosto da filha, em um gesto de carinho-  Agora, eu tenho que ir. Sam está me esperando, temos ingressos para o ballet.

—Ok, mãe, vou abrir a porta pra você.

—Não precisa, minha flor. Descanse um pouco, eu já sei o caminho.

Lily se despediu com um beijo, pegou sua bolsa e abriu a porta para dar de cara com Gil.

—Meu Deus, Gilbert!

*^*^*^*^*^*^*^*CSI*^*^*^*^*^*^*^*

Gil, Sara, Nick, Warrick e Brass chegaram ao prédio de Catherine na hora marcada. No momento em que Gil iria tocar o interfone, a porta do prédio abriu e um morador, vizinho de Cath saiu. Ele reconheceu os rapazes de outros carnavais e deixou a porta aberta para eles entrarem.

—Não é perigoso isso?- Sara perguntou enquanto subiam as escadas para o terceiro andar- Eu digo, já não tem porteiro, e os moradores deixam qualquer um entrar assim?

—Sara, nós não somos qualquer um- Nick respondeu- Aquele lá é o Henry, nós nos conhecemos nas festas que a Catherine dava em sua casa.

Sara não pareceu muito confiante mesmo com a explicação, mas o grupo já estava em frente ao apartamento da loira, então deixou o assunto morrer. Quando Gil foi tocar a campainha, a porta abriu repentinamente, assustando os amigos e a pessoa do outro lado.

—Meu Deus, Gilbert!

—Uau, Lily, me desculpe- o jogador falou, com um que de riso na voz- Não esperava você abrindo a porta assim!

—Mãe, tudo bem? O que houve?

Os amigos puderam ouvir Catherine de algum lugar no apartamento.

—Nada, filha! Seus amigos chegaram!- virou-se para o grupo, deu um abraço em cada um e disse- Bem, tenho que me mandar, divirtam-se!

Gil e cia observaram a matriarca descer as escadas, cada um com um sorriso no rosto.

—Ei, vocês não vão entrar?-  somente a cabeça dela aparecia, escondida pela porta.

Se alguém achou estranho não comentou. O último a entrar foi Warrick, e Catherine fechou a porta, pedindo para eles se sentirem em casa. Assim que todos estavam dentro, Catherine disse a eles para se acomodarem, ela só precisava ir até a cozinha buscar os pratos que estavam no forno. Sara se adiantou a ajuda-la , pensando que a loira devia era estar nervosa.

—Ei, Cath- Sara chamou a atenção da amiga ao entrar na cozinha- Tudo bem?

A futura mamãe estava se apoiando na mesa, a cabeça para baixo e os olhos fechados.

—Tudo... só estou um pouco nervosa...

A morena chegou perto dela e enlaçou sua cintura

—Não precisa ficar assim! São seus amigos lá fora! Tenho certeza de que Gil ficará feliz com essa notícia.

Catherine sorriu para Sara. Nem ela entendia o motivo de estar tão nervosa com isso. Afinal, não havia ninguém ali em quem ela não confiasse. E até parece que Gil iria fazer algo de mal a ela... mas porque ela ficava tensa só de pensar em falar pra ele do bebê? E ainda tinha Warrick... doce Warrick, com quem ela teve um bom romance mas que fora boba o suficiente para deixar passar? Era certo que ele agora era um homem comprometido, mas será que isso diminuíra o que ele um dia sentira por ela? E se o jovem ainda nutrisse algo por ela, será que um bebê mudaria tudo? Ela tinha quase certeza de que sim.

—Bom, não há nada o que fazer agora, não é?- Cath se virou para Sara e entregou duas jarras de vidro para ela- Vá lá, vou te seguir.

Sara assentiu e, sem pressa, saiu da cozinha. Mais uma respirada funda e , com o último prato de comida em mãos, Catherine seguiu a morena da cozinha. Era agora ou nunca.

*^*^*^*^*^*^*^*CSI*^*^*^*^*^*^*^*

Gil estava no sofá da sala de Catherine, conversando com Nick, Warrick e Jim. Com a garganta seca, decidiu se levantar e ir buscar algo para bebe, porém mal se levantou e as moças apareceram na sala. Sua namorada segurando duas jarras com o que parecia suco de laranja. Muito educado, o jovem pegou uma delas da mão da namorada e foram os dois coloca-las na mesa. Catherine logo apareceu a seu lado, depositando uma terrina que parecia pesada.

—Bom pessoal. Já podem se servir!

Os outros rapazes se levantaram do sofá e foram na direção deles. Neste momento, esquecendo-se que devia esconder sua silhueta (ou inconscientemente querendo chocar seus amigos, quem sabe), Catherine se recostou a mesa e cruzou os braços, a espera de seus amigos. O que aconteceu em seguida foi que toda conversa sessou, e os garotos estacaram em seu lugar. Um silêncio pesado se instaurou no grupo, anteriormente bem animado.

—Catherine, é...- foi Nick, abençoado Nick, quem se recuperou primeiro – Tem alguma coisa que você queira no contar?- seu olhar, como o de todos, recaia sobre seu abdômen estendido.

Catherine mordeu os lábios e passou a mão na sua barriga, acariciando o bebê.

—Bem... preciso mesmo falar?

Nick abriu um sorriso e balançou a cabeça. Em seguida foi até a amiga para dar um abraço nela.

—Parabéns, Cat! Essa belezinha aí vai te dar mil alegrias, tenho certeza!

—E mais mil preocupações, não se esqueça!- foi Jim quem deu a resposta, mas o sorriso no rosto evidenciava que também estava feliz pela amiga- Vem cá, mamãe!

Puxou Catherine para um abraço, fazendo a loira rir.

—Pode parar que não sou sua mãe! Nem vem com esses apelidos toscos!- ela ralhou com o policial, mas deu nele um abraço apertado. Era muito bom ter o apoio de seus amigos. Muito embora ainda faltavam duas peças importantes falarem alguma coisa- E vocês, não vão dizer nada?- Catherine falou com Gil e Warrick.

—Parabéns, Cath. Tenho certeza que você será uma ótima mãe- foi Warrick quem respondeu, e ela pode ver que não foi sem sinceridade. Emocionada, Cath puxou o amigo para um abraço- Eu falo sério, to feliz por você...- dessa vez a fala dele foi bem baixa, somente para os ouvidos de Cath.

— Embora esteja bastante surpreso, um bebê é sempre uma alegria- Gil complementou, assim que Cath se desfez do braço de Warrick- Fico feliz por você!

—Pode crer, Gilbert. Você não é o único!

O grupo de amigos riu, e logo se encontravam acomodados a mesa da sala de Cath. A mesa era uma daquelas extensíveis, e embora ficassem apertados, couberam todos ali.

—Então, vamos brindar a saúde da futura mamãe, e do bebê também- Jim falou enquanto pegava uma jarra para servir nos copos de vidro.

—Estas não são mimosas, não é Cath?- Gil perguntou enquanto cheirava o líquido no copo entregue a ele.

—É só suco de laranja, Gil.... não posso mais beber, você sabe. Mas tenho uma garrafa de vodca na dispensa, se vocês quiserem.

Gil pareceu satisfeito com a resposta, e recusou a outra bebida. Os demais também, e logo brindaram ao futuro do bebê.

 A conversa a mesa só podia ser sobre o futuro rebento. No fim da janta, os amigos se acomodaram pela casa, alguns no grande sofá na sala, outros se esticaram pelo tapete felpudo logo em frente.  Catherine foi a cozinha buscar o sorvete para sobremesa, e Gil dessa vez de ofereceu a ajudar. Ele precisava conversar com a sós.

Gil quis saber o porque dela demorar tanto a contar para eles, e porque Sara já sabia disso- visto que a morena não se mostrara surpresa com o anúncio.

—Olha... eu queria contar, mas... fiquei com medo...

—Mas por que, Cath? Eu não sou o pai, e não sou contra crianças...eu não entendo o motivo do medo...  tudo bem que você sabe que acho que não  é a melhor hora para isso mas... a não ser que...

Dessa vez, Gil encarou a amiga com um olhar de quem entendia a situação.

—O bebê é do Eddie, não é?

Catherine não respondeu, somente fez que sim com a cabeça. Gil fechou um pouco a cara e desviou o olhar da amiga. De todas as pessoas de Vegas com quem sua amiga poderia ter um caso, tinha que ser logo com aquele pé rapado? Gil achava que Eddie não era uma boa pessoa. Estava sempre pulando de emprego em emprego, não tinha uma visão de futuro, era mulherengo e o pior: podia ser violento quando queria. Mas o homem parecia ter algum tipo de controle sobre sua amiga, visto que ela vira e mexe acabava nos braços dele.

—Gil... eu sei que você não gosta dele, mas... aconteceu, ok? Eu juro que usamos camisinha, mas sei lá... pode ter furado... essas merdas acontecem ok? E se você quer saber?- ela colocou os braços em torno de sua barriga- Eu estou muito feliz com meu bebê, e gostaria que meu melhor amigo ficasse também... mas não posso mandar em seus sentimentos, então...

Cath já ia saindo da cozinha quando Gil a segurou.

—Cat.... espera aí... olha. Eu posso não dar a mínima para o Eddie, mas para você... eu estou aqui para você tá? E para seu bebê... se aquele infeliz fizer alguma coisa com você, ou se precisar que alguém o faça enxergar o bom caminho.... pode contar comigo, ok?

—Ah, Gilbert!- Cath ficou emocionada, e com lágrimas nos olhos apertou Gil em um abraço. Ele era como o irmão que ela nunca teve, e ter o apoio dele era imprescindível.


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