Collapse escrita por Gnoma


Capítulo 6
Capítulo 6 - Organization


Notas iniciais do capítulo

Olá olá olá, leitores!!! Antes de lerem o capítulo, peço que percam dois minutinhos lendo o que tenho a dizer aqui.
Então, realmente foi mal ter demorado tanto assim pra postar e etc... Era a minha última semana de aulas e eu tive que me concentrar na escola pra ficar tudo certinho. Porém, agora estou de férias e vou poder escrever bastante. Os capítulos vão ser mais frequentes, óbvio, mas também não prometo muito, já que não vou ficar o tempo todo em casa. Enfim... Outra coisa que eu queria dizer é que acho que vou parar com a história das prévias, pelo menos por enquanto, porque acho que já ando demorando demais e para mandar as prévias eu demoro MAIS ainda... Mas vocês que sabem, deem suas opiniões nas reviews. E MUITO obrigada pelos reviews, como tava realmente sem tempo eu nem respondi, só me concentrei em escrever, mas eu li todos.
Vamos ao capítulo!



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Ponto de vista: Rose Weasley.

Scorpius deu de ombros e comecei a folhear o livro, com ele espiando do meu lado. Depois de mais ou menos cinco minutos, encontrei-a: Poção Felix Felicis. Suspirei de alívio e fiz uma dobra na página, fechando o livro e ficando de pé. 

– Muito bem, Malfoy, eu fico com o livro. – eu disse, segurando-o debaixo do braço. – Nos vemos na aula de Poções.

Não lhe dei tempo nem para pensar numa resposta, apenas me virei e sai da biblioteca, indo em direção à Torre da Grifinória pegar meus livros. Deixei o livro da biblioteca em cima da cama e peguei tudo o que precisava para a aula de Feitiços, já me dirigindo até a sala, por pensar que a aula de Transfiguração já deveria estar acabando.

Para a minha sorte, em pouco menos de dez minutos todos os alunos apareceram. Alvo e Mitchie me encheram de perguntas até o pescoço, querendo saber o que eu tinha na cabeça por matar uma aula da Minerva e onde diabos eu tinha me metido. Assim que expliquei que estava com Malfoy, os dois calaram a boca.

A aula de Feitiços passou rapidamente, já que ficamos praticando algumas azarações e eu já era boa naquilo tudo. Logo depois daquela aula, teríamos Poções. Ainda tínhamos que pegar os ingredientes para a Poção, mas eu tinha em mente que o professor iria nos permitir acesso e nos deixar pegar o que quiséssemos.

  Mitchie ainda não tinha tido sorte com Alison. As duas não chegavam a nenhum acordo, e isso já era algo que todos nós esperávamos. Alison não queria se meter dentro da biblioteca e muito menos se infiltrar no estoque pessoal do professor, e Mitchie se recusava a fazer tudo sozinha. Para assegurá-la, eu disse que poderia emprestar o livro depois que eu e Scorpius terminássemos a poção, mas de qualquer jeito Mitchie disse que queria ver Alison desmanchando seu “cabelo de patricinha” e encostando em alguns olhos de cabra. Foi inevitável não rir.

Alvo e a garota que estava com ele, Samantha, também já tinham conseguido encontrar o que precisavam para a poção. Samantha tinha uns livros estranhos que trouxera da biblioteca da sua avó, e neles tinha tudo o que os dois precisavam. Conseguia ver que Alvo falava de um jeito diferente ao se lembrar de Samantha, mas eu preferi ficar quieta. Alvo nunca fala dessas coisas com a gente, mesmo sendo suas melhores amigas.

De qualquer maneira, assim que a aula de Feitiços acabou, eu corri para a Torre da Grifinória e apanhei o livro de cima da cama. Quando cheguei nas masmorras, Dennis estava em sua mesa conversando com um aluno de cabelos loiros. Ignorei e me sentei no canto onde Scorpius sempre ficava, já abrindo o livro na página que eu marcara.

Os alunos começaram a chegar e nada de Scorpius. Se aquele garoto tivesse faltado à aula, eu jurava que diria para Dennis que fizera a poção totalmente sozinha – o que seria verdade, aliás. Quando já estava ficando irritada e prestes a sair por aquela porta e ir procurar por Scorpius, o garoto que conversava com Dennis se virou e veio até minha mesa. Era ele.

– Scorpius. – cumprimentei-o.

– Olá, ruiva. – ele disse, com um sorriso maroto nos lábios.

– O que você estava falando com Dennis? – perguntei.

– Ah, só conseguindo permissão para seu estoque pessoal. – ele soltou um suspiro, se gabando. – Vamos lá, pegue o livro com a lista e vamos pegar o que precisamos.

Não fazia a mínima ideia de como Scorpius tinha conseguido permissão para aquilo em tão pouco tempo, mas decidi não questionar. Todos os Malfoys tinham um histórico muito bom com os professores de Poções – sempre favoritismo, mas mesmo assim – e, mesmo que eu quisesse com todas as minhas forças negar, eles eram uma família poderosa. Não conseguia nem imaginar o que Scorpius podia fazer, então não liguei.

Pegamos todos os ingredientes com facilidade e voltamos para a sala, onde todos os alunos voltaram a atenção para nós. A maioria deles não tinha quase nenhum material, ou estava faltando. Ao ver uma dupla com um livro gigante em mãos e toda uma variedade de ingredientes esquisitos, era óbvio que iriam sentir uma pontada de... inveja?

– Muito bem, o que precisamos fazer? – Scorpius perguntou, deixando todos os ingredientes em cima da mesa.

– Aqui tem tudo... – passei os dedos pelo livro.

A poção era realmente complicada de se fazer. Porém, Scorpius era bom em Poções e eu era inteligente. Nunca achei que fosse dizer isso um dia, mas eu e Scorpius Malfoy até que formávamos uma boa dupla. Enquanto fazíamos a poção, algumas vezes até esquecemos que tínhamos um ódio mortal pelo outro – pelo menos eu fiz isso. Então, quando terminamos, a consistência e a cor eram exatamente como dizia no livro.

– Você acha que conseguimos? – eu fiz a pergunta retórica.

– É óbvio que sim. – Scorpius disse, pegando um pouco da poção e colocando-a num frasco. – O melhor aluno de Poções em toda Hogwarts e uma, ahn, menina inteligente... É óbvio que conseguimos a melhor poção da sala.

– Ou a única. – eu disse, franzindo a testa.

– É, tanto faz. – Scorpius deu de ombros e andamos até a mesa do professor.

– Professor, aí está nossa poção. – eu disse e ele ergueu os olhos, arregalando-os por um momento ao ver a cor do frasco.

– Muito bom, muito bom... – ele sorriu, admirado. – Só limpem o caldeirão e guardem os ingredientes que sobraram e os dois estão dispensados.

Respirei fundo e nós dois fomos arrumar a bagunça. Quando terminamos, a aula estava prestes a acabar, mas mesmo assim me dirigi imediatamente até o Salão Principal, com o estômago roncando. Na metade do caminho, Alvo e Mitchie me alcançaram, já que a aula tinha acabado.

– Ainda não acredito que vocês realmente conseguiram fazer a poção. – Mitchie disse enquanto nos sentávamos na mesa. – James até apostou comigo quando vocês iriam explodir o caldeirão...

– James fez o quê? – Alvo perguntou, rindo.

– Ele apostou que Rose e Scorpius iriam explodir o caldeirão em uma semana. – Mitchie disse. – Eu discordei e disse que iriam explodir em dois dias, então nós apostamos. Agora que os dois de fato conseguiram fazer tudo sem explodir nada, perdi dez galeões. Droga.

– Pois é, nós dois conseguimos fazer algo. – eu disse, tomando um gole do meu suco.

– Mitchie! – ouvi um berro e, um segundo depois, James se materializou do lado de Mitchie. – Muito bem, já pode me contar como foi a explosão.

– Más notícias: não houve explosão. – Mitchie bufou.

– Nós terminamos a poção, James. – eu disse, me fingindo de ofendida, mesmo que estivesse lutando para não rir.

– Isso simplesmente não é possível. – James disse, sarcástico. – Uma Weasley e um Malfoy juntos, sem nenhuma explosão? Simplesmente impossível.

– E toda essa história vem de anos atrás... – Alvo disse e eu lhe mostrei o dedo do meio.

– Só espero que vocês continuem nas poções mesmo, por que... – James começou a dizer, mas foi interrompido, já que Lily passou e lhe deu um soco no ombro. – Obrigado, mana. Realmente precisava disso.

– Valeu, Lily. – eu disse, sorrindo. Ela retribuiu e foi se sentar com seus amigos.

Depois do almoço, tivemos duas aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, então tive que fazer a redação correndo. Consegui terminar o pergaminho um minuto antes do professor entrar na sala, e confesso que foi muita sorte. A aula passou bem devagar, já que eu e Alvo estávamos até que ansiosos para entrar nos Basiliscos de noite e, quando você fica ansioso, é óbvio que as coisas demoram eternidades para acontecer.

O resto dia passou monotonamente. Não tínhamos nenhuma aula relativamente interessante, então meus pensamentos estavam inteiramente ligados aos Basiliscos. Eu ainda me recusava a acreditar que estava gostando de fazer parte daquele grupo, mas depois de ver tudo o que aquele lugar tinha a oferecer, eu tinha que ignorar esse imenso ódio do passado, mesmo que no fundo não quisesse.

Quando a última aula finalmente acabou, me dirigi ao Salão Principal e o banquete foi animado graças ao Nick Quase-Sem-Cabeça. Ele fez algumas acrobacias e mostrou o tendão que segurava sua cabeça para todos os novatos, que urraram de nojo. Eu, Alvo e Mitchie apenas ríamos e conversávamos animadamente. Mal podia esperar para aquilo tudo acabar, e eu tinha quase certeza de que Alvo e Hugo também não.

– Agora tchau. – Mitchie disse, se levantando da mesa. – É bom que hoje vocês voltem cedo, caso contrário não ficarei acordada até tarde da noite... – ela bocejou.

– Não conte com isso, Mitchie. – James disse. – Garanto que Alvo e Rose tem muitas coisas interessantes a fazer com seus amiguinhos da Sonserina.

– Vamos, Alvo. – eu bufei, me levantando da mesa também. – Hugo, você vem com a gente?

– Desculpa, mana. – ele piscou para mim. – Tenho que encontrar Elise, sabe como é...

– Muito bem, eu poderia ter morrido sem ouvir meu irmão mais novo falar daquele jeito. – eu fiz cara de nojo e Alvo riu.

Nos dirigimos até a Sala Precisa, dessa vez fazendo tudo certo. Quando a porta se abriu para nós, o salão dos Basiliscos estava quase como da última vez. A única diferença era que havia uma grande faixa com os dizeres: PREPARATIVOS PARA A FESTA DE INÍCIO DE ANO. Assim que colocamos os pés dentro da sala, Mirian veio correndo até nós.

– Rose, Alvo! – ela exclamou, com um sorriso nos lábios. – Entrem, vamos ali para a área de preparativos...

– Ah, oi Mirian. – eu ergui uma sobrancelha.

– Já está todo mundo aqui? – Mirian ergueu o tom de voz, atraindo a atenção de todos. – Ótimo. Muito bem, como vocês devem saber, os Basiliscos sempre dão várias festas. Bem, eu deveria ter feito todo esse discursinho segunda-feira, mas é extremamente chato e não vou fazer nem hoje, já que os novatos com certeza devem saber sobre as festas dos Basiliscos. De qualquer maneira, já está na hora de prepararmos a festa de início de ano, que vai acontecer na sexta-feira da semana que vem. Creio que o grupo de preparativos já está completo, então quem não faz parte pode continuar com as atividades normalmente, ou sei lá, se quiser ser útil aqui...

Eu e Alvo trocamos olhares com uma interrogação estampada na testa. Estava pronta para começar a fazer qualquer coisa que eu deveria fazer quando estava nos Basiliscos, quando Mirian puxou eu e Alvo pelos braços. Algumas outras pessoas se juntavam em volta dela, e eu pude reconhecer duas cabeleiras que eu realmente não gostava.

– Rose e Alvo, se vocês não se importarem, adoraria que ficassem aqui no clube de preparativos. – ela sorriu. – E ah, eu também chamei seu irmão, Hugo.

– Certo. – eu assenti, ficando ao lado de Alvo.

– Então... quais ideias vocês tem para a festa? – Mirian perguntou.

– Festa simples. – uma garota loira disse. – Assim, com roupas modernas, música de trouxas... Como se fizéssemos parte do mundo deles. – Mirian torceu o nariz.

– Festa dos anos 70. – ouvi a voz esganiçada de Alison dizer.

– O que acham de um baile de máscaras? – disse uma voz que eu reconheci como a de Hugo. Me recusei a acreditar, mas virando o rosto, pude ver que era ele mesmo.

– Adorei! – Mirian exclamou, apontando para Hugo. – Um baile de máscaras... seria épico.

– Que coisa antiquada. – Alison voltou a dizer. – E que roupa as pessoas usariam?

– Roupa de baile de máscaras, é óbvio! – eu me meti. – Vestidos longos, smokings.

– E quando desse meia-noite todos teriam que tirar as máscaras. – Alvo disse e Mirian arregalou os olhos.

– É isso! – ela disse. – É exatamente esse o espírito de uma festa dos Basiliscos. Mistério.

– Mas se todos forem com seus pares certos, de que adianta tirar as máscaras a meia-noite se todos já sabem com quem vieram? – eu perguntei.

– Esse é o ponto. – ouvi Scorpius dizer. – Você não sabe com quem você vai. Sei lá, sorteiem um número e a pessoa terá que descobrir quem é o par dela.

– Como? – uma menina ruiva perguntou.

– Pistas. – eu disse, surpresa com todas as ideias que vinham à minha mente. – O número é sorteado e, ao longo da noite, os pares vão trocando pistas entre si. Como se tivesse uma árvore de mentira, e a pessoa deixasse um envelope com seu número e, dentro dele, uma pista sobre quem ela é.

– Simplesmente amando tudo isso. – Hugo disse, satisfeito.

– E, quando der meia-noite, todos os pares tem que se encontrar no meio do salão. – Alvo continuou. – Um segundo antes do relógio bater, dizem que eles acham que é e as máscaras são retiradas.

– Mas e se não acertarem o parceiro? – Mirian perguntou, enquanto anotava tudo num bloquinho.

– Simples. – Alison disse, com um sorriso nos lábios. – Se as duas errarem o nome do parceiro, elas terão que se beijar.

– É isso. – Mirian sorriu, dando uns pulinhos em volta de si mesma. – Essa festa será a melhor de todas.

– E quanto aos convites? – Hugo se intrometeu. – Quem poderá ser convidado?

– Dessa vez, qualquer um que entrar pode participar da festa. – eu disse, enquanto algumas pessoas soltavam murmúrios de discordância.

– Toda Hogwarts vai querer ir. – um menino de cabelos pretos disse. – Não iria caber todo mundo.

– Bom... – eu pensei, olhando para o chão.

– Já sei! – Scorpius exclamou. – Todos que estão nos Basiliscos podem entrar a qualquer momento, já que tem direito de participar da própria festa. Porém, as outras pessoas de Hogwarts, só podem entrar até as dez horas da noite. Se, depois das dez horas da noite, o salão estiver lotado, ninguém mais entra.

– E se lotar antes? – eu perguntei.

– Se lotar antes... ai ninguém mais entra, é simples. – Alvo disse, dando de ombros.

– Certo... – Mirian escreveu mais algumas coisas. – Revisando: baile de máscaras, com roupa dos anos 70 ou algo assim. Ao chegar na porta, a pessoa receberá o seu número e o número de seu parceiro, e eles trocarão pistas por meio de envelopes deixados numa “árvore” de papelão. Quando o relógio soar meia-noite, todos devem se reunir no salão e dizer o nome de quem achar que são seus parceiros e, logo em seguida, retirar as máscaras. Se os dois errarem o nome d­os parceiros, devem se beijar. Qualquer um pode entrar na festa até as 10 horas. Todos de acordo? 


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Não esqueçam de deixar reviews E DE DAR SUA OPINIÃO SOBRE A PRÉVIA. :)