Collapse escrita por Gnoma


Capítulo 5
Capítulo 5 - Emotions


Notas iniciais do capítulo

Hey vocês... Então, não precisam me bater. Eu sei que demorei MUITO tempo pra postar esse capítulo, foi mal mesmo. Ainda tenho pencas de trabalhos para entregar, milhões de provas, tarefas e blá blá blá, mas pelo menos minhas aulas só vão até dia 3. Eu sempre tento escrever mais no final de semana, mas quando eu saio complica tudo. Enfim, vou me obrigar a escrever mais rapidamente, eu prometo. E ahhh, eu sei que essa história da Rose e do Scorpius tá extremamente bleh por enquanto, mas eu garanto a vocês que no próximo capítulo as coisas vão esquentar pra valer. Aguardem...



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Ponto de vista: Rose Weasley.

Corríamos a toda velocidade pelos corredores de Hogwarts. O zelador já deveria estar procurando qualquer sinal de que havia um aluno fora da cama a essa altura do campeonato, mas continuamos nos deslocando, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Depois de um certo tempo, nós dois paramos ao mesmo tempo, ofegantes. Me encostei na parede do castelo e respirei fundo, até que ouvimos passos próximos.  

– Filch ouviu um barulho vindo da biblioteca. Os alunos podem ter vindo para cá. – uma voz disse, aparentemente no corredor do lado.

Eu e Scorpius trocamos olhares assustados, olhando pelo corredor. Não havia nenhuma porta por onde podíamos entrar, muito menos um simples banheiro. Quando achei que iríamos ter que levar uma detenção de vez, alguém puxou a gola de trás do meu casaco e me jogou num local escuro.

Eu queria gritar e perguntar o que diabos estava acontecendo, mas uma mão segurava minha boca.

Lumus. – ouvi alguém sussurrar.

A luz iluminou o local. Quem estava lá dentro comigo era Scorpius. Assim que viu que eu não iria mais gritar, ele liberou as mãos da minha boca, fazendo um sinal para eu ficar calada. Passei os olhos pelo local. Era extremamente apertado, tanto que eu estava quase sentada no colo de Scorpius. Me afastei um pouco para o lado e acabei batendo minha cabeça na parede, derrubando uma vassoura. Ah, ótimo. Estava num armário de vassouras com Scorpius Malfoy.

Lumus. – eu sussurrei também.

– McGonagall está em algum lugar do corredor com um outro professor. – Scorpius sussurrou.

Revirei os olhos, querendo deixar claro que aquilo era óbvio. Ficamos em silêncio, apenas fitando nossas varinhas e com os ouvidos na porta. Eu sentia Scorpius se movimentar ao meu lado, mas tentei ignorar o quão estranho aquilo era. Num certo momento, ouvimos alguém se movimentar do lado de fora e minha mão foi involuntariamente apertar o braço dele. Quando percebi o que tinha acontecido, larguei seu braço imediatamente.  

 Somente uns vinte minutos depois, eu tomei a iniciativa e empurrei a porta com relutância. Coloquei meu corpo para fora e dei uma olhada no corredor. Vazio.

– Pode vir, Scorpius. – eu disse, dando um passo para frente. O corredor estava totalmente escuro.

– Finalmente. – ele disse, fechando a porta do armário de vassouras. – Estava derretendo lá dentro. E ainda por cima com você.

– Enfim, vamos ter que fazer isso outro dia. – eu rangi os dentes. – Vamos pegar a autorização de algum professor amanhã. Os dois.

– Por que não só você? – ele ergueu uma sobrancelha.

– Porque eu não vou fazer tudo sozinha. – eu cruzei os braços. – Tchau, Malfoy.

Me virei e fui me dirigindo até a Torre da Grifinória. Estava  bocejando e com um pouco de frio, já que as janelas estavam abertas em alguns pontos. Quando passei por um relógio, vi que já eram uma e meia da manhã. Não sabia como o tempo tinha passado tão rapidamente, mas pelo menos Mulher Gorda estava acordada e me deixou entrar com facilidade.

Ainda havia três pessoas na Sala Comunal, mesmo a essa hora da noite. Duas delas, obviamente, eram Alvo e Mitchie. Os dois estavam sentados nas poltronas perto da lareira, como sempre. Alvo se concentrava num pedaço de pergaminho de provavelmente 30cm e Mitchie fazia carinho em Pierre. Ela tinha um amor incondicional pelo meu gato, o qual eu nunca entendi.

– Rose! – Mitchie exclamou, assim que eu me joguei na poltrona vazia. – Como foi?

– O que você acha? – eu disse, quase fechando os olhos de sono.

– Bom, pelo menos vocês não explodiram o castelo. – Alvo disse, deixando a pena e o pergaminho de lado.

– Na verdade, só derrubamos algumas prateleiras de livros na biblioteca. – eu disse, descontraída. – Acho que fez um pouquinho de barulho.

Aquilo foram vocês dois? – Mitchie deixou o queixo cair. – Vocês explodiram um caldeirão ou o quê?

– Scorpius tentou lançar um feitiço na porta da Seção Restrita e não deu muito certo.

– É óbvio que não. – Alvo revirou os olhos. – James já tentou fazer isso, lembram do berrador que ele recebeu ano passado? – eu estremeci. – Foi horrível.

– Tentei impedir, mas o cabeçudo não me deu ouvidos. – eu disse. – De qualquer maneira, vamos ter que fazer outra noite. 

– Amanhã, quero dizer, hoje, tem Basiliscos. – Alvo me lembrou. – E, aliás, temos um dever gigante de Defesa Contra as Artes das Trevas. – ele olhou para o pergaminho.

– Uma redação sobre Dementadores. – Mitchie resmungou. – 30cm de pergaminho para quarta-feira.

– Amanhã eu arranjo tempo. – eu disse. – Estou exausta.

– Deve estar mesmo, depois de ficar duas horas presas com o Malfoy. – Mitchie disse e eu a fuzilei com os olhos.

Subi para o dormitório, tomei um banho rápido e me joguei na cama, adormecendo imediatamente.

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No outro dia de manhã, consegui acordar sem a ajuda de Mitchie. Eu sempre acabava dormindo demais, mas algo naquele dia me fez acordar na hora certa. Nem Mitchie tinha aberto os olhos ainda quando me levantei, então decidi não esperar por ela. Tomei banho e me dirigi diretamente ao Salão Principal, encontrando-o quase vazio.

As únicas pessoas na mesa da Grifinória eram Mark Finnigan e uma garota de cabelos pretos, que estava de costas, o que me impediu de reconhecê-la. Dei de ombros, ignorando o horário, e me sentei ao lado de Mark.

– É tão cedo assim? – perguntei, com a sobrancelha erguida.

– Necessariamente, sim. – Mark disse, rindo. – Mas o sapo de Dan me acordou, então decidi vir aqui de qualquer jeito. E você?

– Só acordei. – eu disse.

– Ei, por que você não apareceu ontem à noite, quando McGonagall chamou todos os monitores? – Mark me perguntou, fazendo meu sangue gelar.

– Quando? – eu ergui uma sobrancelha.

– Perto da uma hora da manhã, algo assim. – eu arregalei os olhos. – Não ouviu aquele barulho gigantesco no castelo? Então, umas dez prateleiras da biblioteca foram derrubadas ontem. McGonagall e os outros professores chamaram os monitores para ajudar a procurar quem tinha feito aquilo... Fui até a Torre da Grifinória e só encontrei Mitchie no seu dormitório. Ela não me disse onde você estava.

– Ah sim... – eu engoli em seco. – Eu estava ajudando uma amiga com um dever de Estudo dos Trouxas na Sala Precisa. – inventei.

– Estudo dos Trouxas? – ele estreitou os olhos. – Não me lembro da professora ter passado nenhum dever de casa ontem.

– Ok... É minha prima, Lily Potter. – pensei rapidamente. – Ela está no primeiro ano de Estudo dos Trouxas e não faz a mínima ideia do que escrever numa redação para a professora e me pediu ajuda.

– Tudo bem então. – Mark deu de ombros. – Scorpius Malfoy também não apareceu ontem, mas McGonagall nem pareceu notar... – meu sangue subiu. – Andam dizendo que ele tem algo a ver com aquilo.

– Sério? – fingi estar surpresa. – Deve ser bem a cara dele. Ele parece o tipo de pessoa que lança um Alohomora na porta da Seção Restrita para tentar entrar sem autorização...

– O quê? – Mark perguntou, confuso, e eu percebi a merda que tinha falado.

– Q-q-quero dizer... – gaguejei. – Meu primo, James Potter, fez isso no primeiro ano. Não deu muito certo.

– Rose... Se foi você que fez aquilo ontem, você pode me contar. Não vou falar pra McGonagall ou algo assim.

– Me falar o quê, sr. Finnigan? – ouvi a voz de Minerva atrás de mim e me virei lentamente. – Hein? 

– Nada. – respondemos juntos, em uníssono. McGonagall ergueu as sobrancelhas.

– Muito bem. – eu respirei fundo. – Mark queria que eu contasse para ele em que animal você se transforma.

McGonagall estreitou os olhos ao ouvir o que eu disse. Não tinha pensado em nada melhor para dizer, fora culpa da tensão.

– Não teria problema algum, srta. Weasley. – McGonagall disse e eu suspirei aliviada. – Eu me transformo em gato, Finnigan. Agora, se me dão licença, vou tomar meu café-da-manhã.

Observamos McGonagall se afastar até a mesa dos professores novamente. Nesse momento, o Salão Principal começava a encher. As pessoas já tinham sido acordadas pelos seus instintos – ou, como deveria ter sido o meu caso, pela sua melhor amiga louca – e estavam se dirigindo até lá para tomar café-da-manhã.

Mark queria que eu contasse para ele em que animal você se transforma? – Mark disse, em tom de deboche. – Sinceramente, Rose, não tinha nada melhor para falar?

– Não no momento. – eu disse, me virando para ele. Ele riu pelo nariz.

– Mas, de qualquer maneira, eu ainda quero que você me responda. – ele continuou. – Foi você que fez aquilo ontem?

– Se eu contasse, você provavelmente iria tirar sarro de mim pelo resto do ano, então acho melhor deixar isso de lado. – disparei, tomando um gole de meu suco de abóbora. Ele deu de ombros.

– Muito bem, mas pelo menos em Hogsmeade, quando você for comigo, você vai me contar. – ele disse e eu me engasguei com meu suco. Ele estava me chamando pra ir com ele, para Hogsmeade?

– Hogsmeade? – eu perguntei, me recompondo. – Sério?

– É, eu meio que estou te convidando para ir comigo, Rose. – ele riu.

– Tudo bem... – eu disse, me fixando na comida.

Quando olhei para o Salão Principal novamente, ele estava cheio. Alvo se sentara na minha frente e já começara a atacar a comida, enquanto Mitchie passava conversando com Finn. Revirei os olhos e engoli meu café-da-manhã rapidamente, trocando algumas palavras com Mark e com Alvo. Assim que fiquei satisfeita, me levantei da mesa e me dirigi ao corredor, para ir até a Torre da Grifinória e pegar meu livro de Transfiguração.

No mesmo momento em que eu coloquei os pés no corredor, alguém segurou meu ombro. Tive vontade de gritar de susto, mas me segurei. Virei o rosto para ver quem era e dei de cara com Scorpius Malfoy. Ótimo.

– Hey, Weasley. – ele disse, com sua voz rouca habitual.

– Você quer parar de me assustar, Malfoy? – eu rangi irritada. – Eu agradeceria.

– Também agradeceria se você deixasse de ser tão chata, ou se simplesmente não falasse comigo quando estivesse de TPM. – ele disparou e eu dei-lhe um soco no ombro.

– Por mim, eu não falaria com você até chegar na menopausa. – sorri.

– Enfim, escuta: – Scorpius me ignorou. – eu consegui a autorização para a Seção Restrita.

– Que professor te deu autorização a essa hora da manhã? – eu ergui uma sobrancelha.

– Não foi um professor. – ele sorriu, travesso. – Mas não se preocupe com isso. A questão é que eu tenho minhas fontes e nós vamos à biblioteca agora.

– Agora? Scorpius, não sei se você se deu conta, mas eu tenho aula de Transfiguração. E você tem alguma aula também.

– E isso te impede de algo? – ele riu sarcasticamente. – Vamos logo Rose, quero acabar com isso logo.

– Você disse meu nome. – eu engoli em seco. Ele ficou vermelho.

– Não, eu disse Weasley. – Scorpius gaguejou. – Eu disse Weasley.

– Você disse Rose. – eu ri. – R-o-s-e. Não Weasley.

– Tá, tanto faz. É tabu agora? – eu revirei os olhos. – Anda logo, temos que ir antes que todo mundo saia do Salão Principal.

E ele começou a me puxar antes mesmo que eu pudesse dizer uma palavra de protesto. Chegamos à biblioteca em cinco minutos, no mesmo momento que o relógio bateu o início das aulas. Revirei os olhos, ainda inconformada de estar naquele lugar com Scorpius de novo.

A biblioteca estava praticamente vazia. Madame Pince nos fitou desconfiada, assim que entramos. Scorpius pareceu não ligar, apenas tirou um papel do bolso de sua capa e entregou a ela, sem dizer mais nada. Ela leu com relutância, mas logo depois deu de ombros e nos entregou uma chave surrada.

– Finalmente. – Scorpius sorriu, girando a fechadura quando chegamos à porta.

– Agora precisamos procurar. – revirei os olhos.

– Vai ser fácil. – ele me assegurou. – Então, hoje a tarde, já que temos aula de Poções, vamos pegar os ingredientes e começar a fazer a poção de uma vez.

– Exatamente. – eu concordei.

Começamos a procurar pelas prateleiras. Eu fui por um canto e Scorpius por outro. Já que a Seção Restrita não era muito grande, eu esperava que tivéssemos sorte. Peguei todos os livros que continham a palavra poções, venenos ou antídotos – quem sabe onde eu poderia encontrar? Depois de ter folheado duas vezes mais ou menos treze livros, me joguei no chão, cansada.

– Não encontrou nada também? – Scorpius resmungou, se sentando ao meu lado.

– Nadinha. Nem mesmo uma palavra ligada àquela maldita poção... – eu disse. Vi que Scorpius tinha o olhar fixo numa prateleira distante.

– E aquele livro ali em cima, o vermelho? – ele disse, apontando para a prateleira mais alta.

– Boa ideia! – exclamei, ficando de pé. A prateleira estava muito mais alta do que eu imaginava. – Mas como vamos pegar aquilo, Scorpius?

– É fácil. – ele disse, levantando também. – Sobe na mesa.

– O quê? – eu exclamei. Ele apontou para a mesa. – Eu não vou subir ali, Scorpius.

– Anda logo, você é mais leve que eu. – Scorpius puxou a cadeira. Eu bufei.

Subi na mesa e fiquei, obviamente, muito mais alta. Ainda não estava na altura da prateleira, mas estiquei meu braço e fiquei na ponta dos pés. Para conseguir pegar o livro, eu ainda tive que dar um pequeno pulo, mas, no final, estava com o livro vermelho em minhas mãos. Desci da mesa e me sentei no chão novamente, ao lado de Scorpius.

Poções. – Scorpius leu. – Que nome criativo.

– Esse livro é de 1970, Malfoy. – eu disse, erguendo uma sobrancelha, abrindo o livro no Índice.

– Malfoy? – ele olhou para mim.

– O quê? É seu sobrenome. – virei meu rosto para olhá-lo.

E então eu percebi o quanto estávamos próximos. Engoli em seco, enquanto sentia minhas bochechas corarem. Não, Rose. Ele é Scorpius Malfoy, o cara que você mais odeia em toda Hogwarts. E, aliás, ele também namora a garota que você mais odeia na escola.

– Muito bem, vamos procurar a poção de uma vez. – eu disse, virando meu rosto para o livro. 


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Espero que sim. Não se esqueçam de deixar reviews para a prévia! x