Collapse escrita por Gnoma


Capítulo 4
Capítulo 4 - The Library


Notas iniciais do capítulo

Hey vocês!
Eu sei que demorei um pouquinho pra postar esse capítulo, mas fiz ele bem legal pra vocês, espero :]
Muito obrigada pelas reviews (quem deixa né, porque tenho umas leitoras fantasmas ZzZzZ) ♥
Não sei o que falar aqui, então... vamos ao capítulo. Boa leitura x



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Ponto de vista: Rose Weasley.

– Bem vinda, querida parceira. – Scorpius disse, com um sorriso um tanto maldoso.

– Vamos fazer essa poção estúpida logo. – eu disse irritada, me sentando ao lado dele.

– Uau, por que essa ruivinha está tão irritada assim hoje? – Scorpius me provocou. – Só porque pegou o melhor aluno em Poções na escola?

– Você? – eu debochei. – O melhor aluno em Poções na escola? Faça-me rir, Malfoy.

– Se você está com tantas dúvidas assim, espere até os N.O.M.s. – ele riu.

– Muito bem, doninha, eu entendo que você esteja assim porque está ressentido e com vergonha de ter sido nocauteado por uma garota no clube de duelos. – eu disse, enquanto ele arregalava os olhos. – Também não foi fácil para o meu pai, acredite.

– Eu não fui nocauteado por você, Weasley! – Scorpius disse, ofendido. – Foi diferente, eu deixei que você ganhasse de mim para não pagar um enorme mico no seu primeiro dia.

– Ah é? – eu ri. – Você nem sequer sabia que feitiço usar. Quem dera me deixar ganhar por pena. Eu deveria ter pegado mais pesado com você, sabe? Causar algum ferimento.

– Você não chama isso de ferimento? – ele apontou para uma parte de sua cabeça, de onde brotava um enorme galo. Eu caí na gargalhada. – Cala boca, ruiva. Abre logo esse livro e vamos ver o que precisamos pra fazer essa poção.

Eu ri debochadamente mais uma vez, antes de passar meus olhos pela sala. Alvo tinha ficado com uma menina de cabelos pretos da Sonserina que eu não conhecia e Mitchie estava indo na nossa direção. Imaginei que ela fosse reclamar comigo ou pedir algum ingrediente emprestado, mas ela virou-se no último momento. Vi minha melhor amiga se sentar ao lado de Alison Greene e segurei o riso, não conseguindo evitar que ficasse vermelha.

– Qual o problema? – Scorpius perguntou, ao me ver com a mão na boca e com as bochechas rosadas.

– Nada. – eu disse, entre soluços.

Ele deu de ombros e eu abri meu livro de poções. Ao abri-lo, não encontrei nada sobre Felix Felicis.

– Professor! – exclamei.

– Sim, srta. Granger? – Dennis disse.

– Não tem Felix Felicis no nosso livro de Poções. – eu disse. – Pelo que eu me lembro, ela é uma poção que é apresentada no livro apenas no sexto ano.

– Eu sei, srta. Granger. – Dennis disse e algumas pessoas soltaram um risinho baixo. – Se você não leu o resto das instruções no quadro, ali diz que a poção é um desafio e que vocês terão que encontrar tudo que precisam sozinhos, desde ingredientes até o modo de fazer. Precisam me entregar semana que vem, sendo que você e seu parceiro podem se encontrar depois da aula para fazerem e pesquisarem juntos.

Meu queixo caiu. Uma poção desafio, sendo que eu teria que me encontrar com meu parceiro depois da aula para fazê-la? Que espécie de desafio é esse? Só podia ter sido passada pelo Dennis Maluco, como era apelidado pela maioria dos alunos. Pelo menos, pelo que eu pude ver, nós não fomos as únicas duplas surpresas e descontentes com o desafio.

– Você sabia disso, Malfoy? – perguntei, com os dentes cerrados.

– Não. – ele também estava irritado. – Nós não temos nada aqui para essa poção. Vamos realmente ter que ir até a biblioteca depois... Eu achava que nunca entraria lá, já que é coisa de Weasley.

– Pois você vai. – eu disse, determinada. – Não vou mexer um dedo para fazer essa poção sozinha, Sc... Malfoy. – gaguejei. – Se você quer ganhar a recompensa, seja lá o que ela for, é bom que me ajude. Ou você é ruim demais até para isso?

– Muito bem, ruiva. – Scorpius se virou totalmente para mim. – Vamos fazer a melhor poção da classe, desde que você não estrague tudo.

– Esse é o seu posto. – debochei e ele revirou os olhos.

– Muito bem. – Scorpius retomou a fala. – Hoje não tem Basiliscos, então você me encontra na frente da Sala Precisa depois do banquete. Vamos à biblioteca e fazer essa poção o mais rapidamente possível.

– Ótimo. – eu disse.

– Ótimo. – ele concordou.

Pelo resto da aula, apenas ficamos trocando xingamentos e olhando para o fundo de nossos caldeirões vazios. Ninguém na sala parecia estar fazendo algo mais do que isso, uma vez que não sabiam como fazer a poção. O professor, por sua vez, estava escrevendo algo num pergaminho e passou a aula inteira assim. Quando chegou ao fim, não pude dizer quem estava mais contente: eu ou Mitchie.

Eu posso até passar uma tarde inteira na biblioteca, mas VOCÊ que vai meter os dedos nos ingredientes nojentos – Mitchie imitava a voz de Alison, enquanto íamos em direção à aula de Defesa Contra As Artes das Trevas. – Aposto que é só porque ela não pode estragar as queridíssimas unhas dela.

– Respira, Mitchie. – eu disse, sem animação. – Fique animada, a aula de DCAT é com a Corvinal. – bastou apenas isso para que Mitchie ficasse pulando pelo resto do caminho. – Mas, Alvo, qual era o nome da sua parceira? – ele parecia nas nuvens.

– Samantha. – ele disse. – Ela é da Sonserina, mas é extremamente legal. Juro.

– Legal, aham. – Mitchie zoou nosso querido Potter, enquanto saltitava para dentro da sala.

– Vamos logo. – eu disse, indo em direção a uma mesa no fundo da sala. – É uma das únicas aulas que temos juntos. Mais nenhum de vocês se interessou por Estudo dos Trouxas...

– É óbvio que não, Rose! – Mitchie resmungou, se sentando ao meu lado. – Eu lá quero saber como a vida deles é chata sem magia? Já basta ficar um verão inteiro longe de tudo isso por conta dos meus pais trouxas.

– E ela vai começar a reclamar de novo. – Alvo sussurrou para mim e nós dois rimos.

– Mas espera um pouco... – Mitchie fingiu que não ouvi nossas risadas. – Você perguntou sobre nossos parceiros, mas chegou a hora de nós perguntarmos sobre o anjo do Malfoy.

– Nada mais que insuportável. – eu disse, sem animação. Não sabia porque me sentia tão desconfortável com o rumo que a conversa tomava.

– E onde vocês vão se encontrar pra fazer a poção? – Mitchie insistiu.

– Na Sala Precisa, eu acho. – eu disse, agradecendo ao ver o professor entrar na sala.

Nosso professor era o sr. Dominguez, um homem corcunda e careca. Ele era até que engraçado e suas aulas eram sempre divertidas, mas naquele dia eu não estava nem um pouco animada para suas piadas ou para o “sangue matinal”.

– Bom dia, queridíssimos! E bem-vindos à aula mais animada de Hogwarts: Defesa Contra As Artes das Trevas. – ele disse, adentrando a sala com um chapéu felpudo. – Eu sempre digo que não há nada melhor do que prática para aprender. Então... comecemos com o sangue matinal!

Imediatamente, um bicho-papão apareceu no centro da sala, logo se transformando numa serpente gigante. Milhares de bichinhos estranhos e criaturas que tínhamos aprendido a nos defender no ano passado brotaram de todos os lugares na sala. Alguns elfos vestiam roupas roxas e faziam perguntas repetitivas que contavam pontos no ranking.

Sr. Dominguez chamava isso de “sangue matinal”, ninguém sabe porquê. Ele fazia isso sempre que terminávamos um novo conteúdo ou quando era início das aulas ou simplesmente o último dia antes das férias. Era realmente divertido, até porque Defesa Contra As Artes das Trevas era minha matéria preferida, mas eu estava com sono.

Estava tão cansada que nem notei quando o bicho-papão passou à minha frente e hesitou um pouco. Ele estava com forma de esquilo (fico me perguntando quem tem medo de esquilos) e hesitou um pouco. Então, imediatamente se transformou num grande escorpião que avançava até mim.

Pensei. O que deixaria um escorpião ridículo? Meu bicho-papão sempre se transformava em um escorpião, mas eu ficava tão apavorada que sempre esquecia no que eu usava para destruí-lo. Por fim, lembrei-me de meu duelo com Draco.

Riddikulus! – gritei.

O escorpião foi imediatamente transformado em uma doninha e partiu para outra pessoa. O sangue matinal durou por mais uns cinco minutos, enquanto ainda não tínhamos respondido todas as perguntas dos elfos e todas as criaturas não tivessem sido destruídas. É obvio que Mitchie não calou a boca por um minuto e também não tirou os olhos de Finn. 

Depois de Defesa Contra As Artes das Trevas, eu tinha Estudo dos Trouxas. Alvo e Mitchie se dirigiam à aula de Trato das Criaturas Mágicas, enquanto eu conversava com Mark, que também estava nessa matéria.

– Não sei como não tinha te notado antes. – comentei, entrando na sala. Nossa aula era com a Lufa-Lufa. – Quero dizer, desde o terceiro ano temos aula de Estudo dos Trouxas juntos e eu nem sequer sabia seu nome.

Mark riu e nos sentamos, enquanto a professora entrava na sala. O nome dela era Amy e deveria ter uns 35 anos, nada mais do que isso.

– Muito bem, bem-vindos à mais um ano escolar em Hogwarts! – ela disse.

Amy começou a fazer um empolgante “quase-discurso” sobre a energia e patos de borracha. Não prestei muita atenção, mas me saí bem fingindo que fazia anotações num pedaço de pergaminho. Quando a aula terminou, me dirigi diretamente ao Salão Principal, já que meu estômago implorava por comida.

– Hey, Rose! – ouvi James gritar e me sentei ao lado dele.

– Caramba, frango! – Hugo exclamou, se sentando na minha frente e colocando três pedaços gigantes em seu prato.

– Você viu o Profeta Diário hoje? – Lily perguntou, já sentada do meu outro lado. Ela me estendia um exemplar do jornal.

– Não... – eu disse, pegando o Profeta nas mãos e olhando a manchete. – Ah! É sério isso? Outra matéria sobre “O Trio de Ouro”? Puf. – bufei. – O mundo mágico está tão parado assim?

– O mundo mágico? Talvez não. – ouvi alguém comentar. – Mas a sua vida... ah, ela sim.

Me virei e vi exatamente quem eu pensava que era: Alison Greene. Já mencionei que essa garota parece que me persegue? Insuportável. E, para piorar, ela obviamente estava acompanhada de seu “namorado-capacho” – como gosto de chamar –, Scorpius.

– Weasley, não se esqueça. – Malfoy disse, diminuindo o tom de voz. – Hoje à noite, depois do banquete. 

– Rose, já tem um encontro com o Malfoy? – James berrou, o que atraiu toda a atenção da mesa da Grifinória para nós. – Que decepção.

– Nós não temos um encontro. – rugi irritada.

– É óbvio que não. – Malfoy disse, com o nariz empinado. – Você acha que eu sairia com ela?

– Vamos, Scor. – Alison disse, puxando o braço dele. Os dois desapareceram, enquanto eu revirava os olhos. 

Vamos, Scor. – Mitchie imitou a voz de Alison, arrancando gargalhadas de todos nós. – Existe um apelido pior do que esse? 

Tivemos aula de Voo e de Feitiços depois do almoço. Como meu pai era jogador de quadribol em Hogwarts, eu sempre me saía bem. E, graças a Merlim, eu havia herdado a inteligência de minha mãe, então a aula de Feitiços também foi ridiculamente fácil.

Encontrei com Scorpius algumas vezes no corredor, ainda trocando ofensas. Só de pensar que teria que fazer uma poção com ele mais tarde, eu já ficava irritada. Porque nem minha mãe nem eu pai eram sortudos? Iria facilitar muito a minha vida.

– Anda logo, Rose. – Mitchie me puxava até o Salão Principal. – Eu estou quase caindo de fome. E, aliás, larga essa cara de traseiro de hipogrifo! Não é você que vai ter que fazer uma poção com Alison Greene.

– É, mas vou ter que fazer com o Scorpius. – revirei os olhos. – Duvido que consigamos ficar juntos por muito tempo sem destruir alguma parte do castelo.

– Isso todo mundo duvida. – Alvo comentou e nós rimos.

Durante todo o banquete, James simplesmente não parou de dizer “uma Weasley com um Malfoy, só pra sujar o nome da família...” enquanto eu lhe lançava olhares ameaçadores e Lily tacava comida em seus cabelos. Enrolei o máximo possível, mas assim que vi Scorpius se levantando da mesa da Sonserina, bufei e aceitei que era hora de ir.

– Mas já? – Mitchie perguntou e eu assenti, lançando um olhar para a mesa da Sonserina.

Fui até o corredor da Sala Precisa, enquanto ouvia todas as outras pessoas em Hogwarts se levantarem e irem para seus dormitórios. Ao chegar lá, encontrei Scorpius com as costas encostadas na parede, girando o brasão dos Basiliscos nos dedos.

– Finalmente? – ele ergueu uma sobrancelha. Eu não disse nada. – Ah não, merda.

Antes que eu pudesse me virar para ver o que era, já ouvi a risadinha cotidiana de Pirraça.

Sempre se referindo ao Trio de Our... Oh! – Pirraça parou de cantar ao nos ver. Lançou um olhar maldoso e começou a rir. – Um Malfoy e uma Weasley juntos? Não é algo muito comum... Weasley e Malfoy, Malfoy e Weasley, na Sala Precisa... Travessuras, huh?

– Pirraça, vai embora! – berrei, procurando algo para tacar nele.

– Aqui. – Scorpius jogou o brasão dos Basiliscos para mim. Espreitei os olhos, mas, no final, acabei acertando a cabeça de Pirraça em cheio com o objeto e ele foi embora, reclamando.

– Obrigada. – eu disse, de má vontade, entregando o brasão para Scorpius.

– Agora vamos pra biblioteca.

Ainda não tinha entendido o por que dele ter pedido para eu encontrá-lo na Sala Precisa ao invés de diretamente na biblioteca, mas não perguntei. Fomos até lá em silêncio, já que depois do banquete todos deveriam estar indo para suas Salas Comunais.

Chegando na biblioteca, comecei a procurar nas prateleiras de livros sobre Poções. Já tinha olhado dezenas de livros e não encontrado nada, quando um me chamou a atenção. O único problema era que ele estava na prateleira mais alta, e minha altura não me permitia pegá-lo.

A biblioteca estava praticamente vazia a uma hora dessas. Só havia um aluno da Lufa-Lufa pegando um livro e saindo sem permissão, já que madame Pince não estava à vista. Por conta disso, meus passos faziam barulho. Não consegui nem pular direito, já que sabia que faria um estrondo gigantesco.

– Deixa que eu te ajudo. – Scorpius apareceu de detrás de uma estante, quase me dando uma facada no coração de susto.

Scorpius nem era tão mais alto que eu, no máximo alguns centímetros. Ou dez. Mas, de qualquer maneira, ele se esticou para pegar o livro que eu queria. Não deu muito certo, uma vez que ele conseguiu fazer a proeza de derrubar mais cinco livros junto com aquele, e todos caíram em cima de mim.

Muito obrigada, Scorpius. – rangi, me levantando.

– Ahn... foi mal. – Scorpius disse, pegando os livros.

Folheei todos os cinco livros, mas mais uma vez não encontrei nada que prestasse. Scorpius também não tinha tido muito sucesso, já que não tinha me dito nada.

– Scorpius. – chamei-o, fechando o último livro. – Acho que já está meio óbvio que precisamos pegar um livro na seção restrita.

– A essa hora da noite, que professor vai dar uma autorização? – Scorpius bufou.

Ignorando a parte de que estávamos sem autorização para a seção restrita, andamos até lá. A porta estava trancada com cadeados, obviamente, mas Scorpius deu um passo à frente e pegou sua varinha. Eu já sabia que algo daria errado antes mesmo de ele dizer o feitiço.

– Pra que autorização? – Malfoy debochou, erguendo a varinha. – Alohomora!

– Scorpius Malfoy! – berrei, puxando-o pelo braço. – Você é burro?

– Burro? – ele ergueu uma sobrancelha, olhando para a porta. – Por que diabos ela não abriu?

– É óbvio que tem algum feitiço para impedir que seja aberto assim, seu estúpido! – eu exclamei.

Antes mesmo que eu pudesse dizer mais alguma coisa, a porta da seção restrita começou a tremer. Eu disse um palavrão em voz baixa, me afastando devagar. Então, a porta simplesmente se abriu e uma rajada de vento extremamente forte nos jogou para trás, sendo que ela se fechou em seguida, provocando um estrondo que eu sabia que seria ouvido por metade do castelo.

Algumas dezenas de livros caíram no chão, provocando mais barulho ainda. 

– Viu o que eu disse? – eu disse, dando um soco no braço dele.

– Tá, tá... – Scorpius disse, passando a mão nos cabelos. – E o que a gente faz agora?

– Nós corremos, Scorpius! – eu exclamei, irritada com tamanha burrice. 


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Espero que sim!
Não se esqueçam das reviews... Não sejam leitores fantasmas :]