Collapse escrita por Gnoma


Capítulo 2
Capítulo 2 - The duel


Notas iniciais do capítulo

Oi de novo!
Então, eu sei que eu demorei ERAS pra postar esse capítulo. Quero que vocês saibam que eu NÃO sou assim, eu geralmente posto os capítulos bem rapidamente. Enfim, acontece que eu tive uns trocentos trabalhos na escola, mais todo o resto, e não tive tempo nenhum pra escrever. De qualquer maneira, aqui está o capítulo e eu PROMETO que vou escrever o próximo mais rapidamente.
Quanto as reviews, MUITO obrigada! Eu vou respondê-las agora mesmo, depois de postar o capítulo. Outra coisa: eu disse do projeto review, certo? Eu ia enviar a prévia, como disse, mas como já tinha demorado demais para postar o cap, achei melhor não deixar vocês esperando mais ainda. Anyway, no próximo vai voltar TUDO ao normal, eu espero.
Vamos ao capítulo. Boa leitura!



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Ponto de vista: Rose Weasley. 

– Weasley? – exclamaram, juntos, as duas pessoas que eu mais odeio no mundo: Scorpius Malfoy e Alison Greene.

Arregalei os olhos, fechando a porta do vagão com força. O que diabos aqueles dois estavam fazendo ali? Já não era demais eu ter que aguentá-los nos Basiliscos, agora eles tem que ser monitores também? Obrigada destino, eu realmente amo você.

– Alguém, pelas barbas de Merlim, me diz que esses dois não são os monitores da Sonserina. – eu disse, me jogando ao lado de Mark. 

– Alguém me explica como uma Weasley conseguiu ser monitora, por favor? Não tem lógica. – Alison disparou, com um sorriso irônico.

– Ei! – exclamou uma garota de cabelos pretos e lisos, sentada do outro lado de Mark. – Por que vocês dois não vão vigiar os corredores do trem? Alguém tem que fazer isso.

– Espera... – Mark se pronunciou. – Vamos pelo menos saber o nome dos outros, por favor?

– Nós, da Corvinal, somos Diana e Finn. – disse a garota de cabelos pretos.

– Morgana e Damien. – disse a loira, apresentando ela e o menino, ambos da Lufa-Lufa.

– Rose e Mark. – eu disse, me sentindo um pouco ridícula ao fazer aquilo.

– Ah, por favor, todos sabem quem nós somos. – Alison disse, revirando os olhos.

– Basiliscos, não? – Morgana perguntou. – Maravilha.

Tive uma vontade gigantesca de falar tudo o que eu tinha entalado na garganta sobre os Basiliscos, mas algo me conteve. Eu, subitamente, me lembrei que agora fazia parte daquele grupo. E não ficava nem um pouco feliz com o fato.

No resto da viagem, eu descobri que Diana, Finn, Morgana, Damien e Mark eram pessoas incríveis para passar o tempo. Acabei me tornando amiga de todos eles e, é claro, ignorei Scorpius e Alison pelo resto da tarde. Quando as estrelas já brilhavam na janela e o Expresso finalmente parou, eu fechei minha capa e sai do trem, acompanhada por Mark, Finn e Morgana. Fomos juntos na carruagem, porém tivemos que nos separar ao entrar no castelo.

Logo encontrei Alvo e Mitchie na mesa da Grifinória, e me apressei para sentar com eles. Disparei tudo o que aconteceu. Mitchie teve um ataque de riso quando mencionei que Alison e Scorpius eram os monitores da Sonserina, dizendo que eu era a pessoa mais azarada de todo o mundo bruxo. Tive que concordar e, durante todo o banquete, os Basiliscos não passaram nenhuma vez pela minha cabeça, até o nosso querido James falar comigo.

– Hey, Rose! – James berrou, na extremidade da mesa. – Ultimamente é assim, ignorando a família...

– Característica dos Basiliscos! – ouvi Hugo berrar, e o meu sangue ferveu. Por acaso o meu querido irmão tinha se esquecido que ele mesmo também recebera uma Carta de Adesão?

– Ninguém merece. – sussurrei, fincando o garfo na comida com força. – Perdi a fome.

– Ah, cala boca menina! – Mitchie disse, tomando um gole de seu suco de abóbora. – Não se esqueça que você não pode deixar o banquete, já que tem que mostrar aos alunos novos onde são os dormitórios e blá blá blá... – ela teve outro ataque de riso.

– Alvo, pelo amor de Deus, dá um soco nessa menina! Você é mais forte. – eu disparei e ele caiu na gargalhada.  

Passei meus olhos pelo Salão e, involuntariamente, parei na mesa da Sonserina. Mordi meu lábio inferior e desviei o olhar assim que encontrei os olhos negros e frios de Scorpius Malfoy. Revirei os olhos e passei a procurar Mark pela mesa da Grifinória, já que o banquete estava no final e ele tinha que me acompanhar.

Quando aquilo finalmente teve um fim, me levantei da mesa ao mesmo tempo que Mark ficava de pé, na outra extremidade. Ele acenou para mim e eu retribui. Começamos a andar à frente de todos, passando pelas escadas e explicando para os alunos novos alguns fatos importantes, como as escadas se mexerem. Finalmente, na Sala Comunal, apontei os dormitórios e a maioria foi se deitar, exaustos.

– Muito bem, é a hora. – disse Mitchie, quando estávamos perto do quadro. Vendo que eu e Alvo estávamos irritados e aflitos, ela caiu na gargalhada. – Boa sorte. Só voltem vivos para cá, ok? Estarei esperando perto da lareira ou sei lá.

Bufei e a Mulher Gorda nos deu passagem. Eu e Alvo não trocamos uma palavra durante o caminho até a Sala Precisa, apenas paramos para arrumar nossos brasões e trocar um sorriso confiante. Quando estávamos prestes a entrar na “sede”, eu parei subitamente. Alvo me olhou, confuso. 

– Você viu Hugo? – perguntei, erguendo uma sobrancelha.

– Hugo? – Alvo perguntou e eu assenti. – Ele também está nos Basiliscos?

– É. – eu confirmei. – E por acaso ele está tentando fugir... Pelas barbas de Merlim, será que ele não lembra da história de Lizzie?

– Ou talvez ele só não acredite. – eu lancei-lhe um olhar ameaçador. – Quero dizer – Alvo se apressou. – vai ver que ele pensa que é só mais uma das brincadeiras de James? É bem possível.

– Ele tem que vir pra cá. – rugi.

Assim que disse essas palavras, ouvi som de passos atrás de nós. O banquete já tinha  terminado, o que indicava que, provavelmente, já tinha passado da hora dos alunos irem para cama, e nós estaríamos encrencados se aquele fosse o zelador. Me virei com rapidez e logo me arrependi de ter feito aquilo.

Encarei dois pares de olhos negros. Scorpius tinha um sorriso travesso nos lábios e ainda estufava seu peito, onde jazia o brasão dos Basiliscos, o qual fora colocado ali em seu primeiro ano de Hogwarts. Alison estava segurando o pulso de Scorpius, e a mesma também sorria.

Espreitei os olhos e senti Alvo se aproximando. Ele ficou ao meu lado e eu continuei a fazer contato visual com os dois, a raiva me subindo à cabeça. Aqueles dois realmente conseguiam me tirar do sério, mas agora nada mais podia ser feito. Eu era dos Basiliscos, e tudo estaria completo quando atravessasse aquela “porta”.

Antes que qualquer um de nós pudesse falar algo, Alison ergueu as duas sobrancelhas e deu um passo para a esquerda, ao mesmo tempo que Scorpius dava um para a direita. No vão que ficou entre eles, uma cabeleira ruiva apareceu. Hugo Weasley balançou a cabeça e ajeitou seus cabelos desgrenhados, prendendo o brasão dos Basiliscos em seu uniforme, logo em seguida.

– Hugo! – eu e Alvo exclamamos juntos, chamando a atenção dele.

– O que diabos você está fazendo ai? – eu perguntei, cruzando os braços. – Eu até pensei que você não fosse aparecer por aqui.

– Ah... ahn... – Hugo gaguejou, olhando para Scorpius. – Eu meio que me perdi, sabe, ahn... E Scorpius e, hum, Alison me ajudaram a achar o corredor. E também a me, é... a me arrumar direito.

– Claro. – eu disse, com desdém. O sorriso nos lábios de Alison e Scorpius apenas aumentou.

– Vamos entrar? – Alison disse, abrindo passagem.

Aproximadamente oito segundos depois, nós nos encontrávamos dentro de uma sala gigantesca, lotada de todo tipo de coisa. No teto, reluziam algumas velas que iluminavam o local por completo. Na parede dos fundos, havia uma grande faixa com “BASILISCOS” escrito em verde e prata – as cores da Sonserina. Cerrei os dentes e voltei a observar o local.

Haviam sofás, tapetes, almofadas e alguns colchonetes. Em um canto da sala, havia uma grande mesa cheia de decorações para festas, comidas estranhas e papéis. Tinha também um grande espaço para praticar feitiços e duelos, um canto com um som trouxa de alta geração e uma espécie de camarim com várias roupas para provarem.

Eu acreditava que havia espaço suficiente para praticar quadribol naquela sala – e provavelmente não estava errada. Havia uma estante com vários troféus, todos ganhos por alunos dos Basiliscos, e mais um milhão de trecos e objetos sem sentido. No centro da sala ainda havia um grande quadro com datas e lembretes, como “Primeira festa do ano: Semana 2” “Campeonato de Quadribol começa em: 3 semanas” e “Em falta: Vomitilhas e balas de Caramelo”.  

Eu, Alvo e Hugo estávamos boquiabertos enquanto olhávamos o tamanho do local. Ao mesmo tempo, soltamos um palavrão de surpresa e Alison e Scorpius riram pelo nariz, com certeza debochando de nós. Porém, eu não estava ligando muito. Amaldiçoei todos os anos em que falei mal daquele lugar. Era simplesmente... incrível.

– Ainda está irritada por que recebeu a Carta de Adesão? – debochou Hugo, se recuperando do choque de entrada. Dei-lhe um soco no ombro e dei um passo para frente, ao mesmo tempo em que uma menina que provavelmente estava no sétimo ano se aproximava de nós.

– Ah sim, os novos Basiliscos! – ela exclamou, nos cumprimentando. – Ah, obrigada, Alison e Scorpius. – eles sorriram. – Vocês podem ir fazer o que quiserem. Enfim, vocês três.... Eu sou Mirian. Sou tipo que a “líder” daqui, vocês vão entender com o tempo.

– Isso aqui é enorme. – Alvo exclamou e Mirian deu uma olhada no lugar, resmungando algo que eu não ouvi.

– Muito bem... – Mirian continuou. – Como vocês podem ver, aqui nós temos de tudo. As reuniões são nesse horário, depois do banquete, todas as segundas, quartas e sextas. Nos outros dias vocês podem vir aqui também, só não vai ter toda essa movimentação. De qualquer maneira, vamos ter alguns eventos nos quais vocês terão que necessariamente fazer algo, tipo as festas. Vou explicar tudo mais tarde. Por enquanto, vocês podem ir olhando todos os lugares e perguntando as pessoas o que vocês não souberem. – ela falava apressada. – Eu tenho alguns assuntos para resolver, então se precisarem de algo, peçam ajuda a Alison e Scorpius. Eles serão tipo seus “monitores” aqui, fechado?

Antes que pudéssemos concordar ou até mesmo discordar, Mirian lançou um sorriso animador e se afastou. Troquei olhares com Hugo e Alvo, e então sorrimos. Hugo se apressou e foi para onde estavam algumas meninas, enquanto eu bufava. Meu irmão com seus 14 anos dando em cima de garotas na minha frente e ainda na primeira reunião? Maravilha.

– Não acho que Mitchie vai continuar dizendo que somos as pessoas mais azaradas do mundo bruxo... – Alvo disse, rindo.

– Pois é. – concordei. – Mas, de qualquer maneira, ainda temos que aguentar Alison e Scorpius aqui, sendo nossos “monitores”. Ninguém merece.

– E quem disse que vamos precisar de ajuda? – Alvo debochou. – Vamos lá, isso aqui é um clube só pra você não fazer nada, pra ficar fora da Sala Comunal depois da hora de dormir... Não é tudo aquilo que as pessoas acham. Anda logo, Rose.

– Tudo bem. – me rendi, enquanto Alvo me puxava até o quadro no centro de tudo.

– O que acha que são essas coisas? – ele perguntou.

– Provavelmente só avisinhos de festas e do campeonato de Quadribol, nada demais. – eu disse. 

– Nós estamos aqui. – Alvo apontou para um papel marrom e começou a ler. – “Novos membros dos Basiliscos: Alvo Severo Potter, Rose Weasley e Hugo Weasley – Grifinória.” Também tem uma foto nossa. Nosso nascimento saiu até no Profeta Diário! – ele exclamou.

– Pelas barbas de Merlim, Alvo. – me irritei. – Com tanta coisa pra se fazer aqui, você quer ficar vendo o quadro de avisos?

Alvo se sentiu ofendido e, dessa vez, eu puxei-o até um dos sofás. Me joguei num deles e tentei me concentrar em algo como Hugo dando em cima de uma garota do sexto ano ou em Mirian correndo de um lado para o outro com uma caixa cheia de plumas verdes e roxas. Porém, nada disso adiantou.

Enquanto eu ficava com vontade de voltar para a torre da Grifinória, por mais incrível que aquele lugar fosse, Alvo se irritou e voltou a olhar o quadro de avisos. Quando eu achei que fosse cair no sono, ali mesmo, uma mão fria tocou meu ombro, me fazendo se levantar imediatamente. Abri os olhos e dei de cara com Scorpius Malfoy, que me fez reprimir um grito.

– Scorpius Malfoy, o que diabos você tem nessa sua cabeça oca? – eu disse, irritada. – Cocô de hipogrifo?

Scorpius revirou os olhos e puxou meu braço, me fazendo ficar de pé. Ergui uma sobrancelha, fazendo uma pergunta silenciosa, do tipo: que merda você está fazendo?

– Muito bem, Weasley. – ele resmungou, de má vontade. Percebi que ele olhava para um ponto atrás de mim. Me virei e vi que Mirian tinha acabado de se virar, o que me fez bufar. – É, como você pode ver, Mirian veio me encher o saco e blá blá blá, eu vou ter que te mostrar algumas coisas, enquanto Alison cuida do seu irmão e daquele Potter inúteis.

– Tá. – concordei, mau humorada. – Você também vai querer me mostrar o quadro de avisos, ou será que vai me ensinar como duelar?

– Se você quiser, eu posso te nocautear lá na frente e pronto. – ele me lançou um sorriso travesso, enquanto meu sangue fervia.

– Isso é um desafio, Malfoy? – perguntei, abrindo um sorriso irônico.

– Wow, wow, wow. – ouvimos alguém falar, alto. Reconheci como sendo Alison. – Parece que vamos ter que utilizar o palco para duelos pela primeira vez nesse ano! – ela lançou um sorriso confiante para o namorado.

– Rose, não. – ouvi Alvo dizer.

– Parece que até seu melhor amiguinho duvida da sua capacidade contra ao papai aqui. – Scorpius se exibiu, me fazendo empunhar a varinha.

– Vamos lá então, Malfoy. – sorri. – Vamos ver se, como seu pai, você fica bem de doninha.

Scorpius fez uma careta e eu pude perceber que ele estava tentando disfarçar a raiva que sentia. Sorri vitoriosa com o fato e marchei até o palco de duelos, do outro lado da sala, decidida. Hugo me lançava um olhar de confiança e Alvo continuava com aquele olhar de “essa-não-é-uma-boa-ideia”.

Subi no palco e, aos poucos, todas as pessoas pararam de fazer o que estavam fazendo e se reuniram em volta de nós, até mesmo Mirian. Scorpius recebeu vários gritos de incentivo quando subiu e ficou de frente a mim. Sorri, demonstrando confiança, e ele empunhou sua varinha. Antes que pudéssemos nos aproximar e fazer a reverência, Mirian se pronunciou.

– Ei, ei! – ela apoiou suas mãos no tablado e subiu, ficando no meio de nós dois. – Bem, vou dizer algumas coisas aqui, como a líder e tal. Scorpius e Rose se desafiaram e vão lutar aqui. Isso era conhecido como o Clube dos Duelos e, algumas vezes, ele foi aberto em Hogwarts, mas, como isso não era muito frequente, decidimos abrir algo do tipo aqui mesmo, nos Basiliscos. Isso, para os novos membros, é um pouco importante. Enfim, os dois vão apenas desarmar o oponente – ela lançou um olhar severo para nós dois. – e nada mais. Apenas desarmar, sem ferimentos graves ou coisas do tipo. Ouviram? D-e-s-a-r-m-a-r.

– Nós entendemos. – Scorpius disse, demonstrando sua inquietação.

– Tá. – Mirian disse, se apressando. – Ah sim! Se a situação sair do controle, eu vou interferir no duelo e fazer vocês dois pararem. – ela deixou um ar de suspense na frase, como se fosse nos punir. – Muito bem, se cumprimentem e que o duelo comece.

Mirian desceu do palco de duelos e se instalou na primeira fileira, com a varinha em mãos, caso o duelo “saísse do controle”. Scorpius deu um passo a frente e eu fiz o mesmo. Nos inclinamos para fazer a reverência e, antes que levantássemos de volta, Scorpius sussurrou:

– Você terá que fazer uma visita à ala hospitalar depois disso. – eu ri pelo nariz.

– E você terá que dar uma passadinha pelo St. Mungus. – revidei, sorrindo.

Ficamos de costas e eu parei quase na ponta do palco, me virando imediatamente, erguendo minha varinha e berrando:

Alarte Ascendare!


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam do capítulo? Espero que tenham gostado. NÃO SE ESQUEÇAM DAS REVIEWS! Deixem pelo menos um "eu li" para eu saber que você existe, fechado?
Nesse capítulo ainda vai ter o Projeto Review: deixe uma review e você receberá uma parte do próximo cap na sua MP, antecipadamente.
Beijos x