Collapse escrita por Gnoma


Capítulo 12
Capítulo 12 - Owlery


Notas iniciais do capítulo

NÃO ME MATEM!!!!!!!!!! Eu tenho uma explicação bem razoável para o meu atraso de quase (ou mais, não sei) um mês para atualizar a fic. Só tenham paciência de ler isso antes de começarem o capítulo, ou prossigam sem uma razão para tamanha demora.
Pois bem, eu estou no primeiro ano do Ensino Médio, e eu meio que escorreguei em algumas (digo, todas) as matérias em questão de exercícios propostos, então... Eu tinha basicamente 130 exercícios de cada matéria para fazer, e eu tive que fazer o sacrifício de deixar a fic e boa parte da minha vida social e da internet de lado. Foi difícil, mas como talvez vocês tenham visto, eu nem sequer entrei no fanfiction durante esse tempo todo. Porém, meu primeiro bimestre acabou hoje, e vou começar o segundo bem, fazendo os exercícios periodicamente, então não terei o mesmo problema. Ou seja: VOU VOLTAR A POSTAR A FIC NORMALMENTE!! Só não garanto que seja TÃO frequente, mas prometo que vou tentar postar pelo menos uma vez por semana. Sei que ainda assim é muito tempo, mas espero que me entendam. Não posso ficar dedicando minha vida toda à fic, por mais que eu ame ela.
Bem, como eu tinha escrito lá no perfil, eu prometera a mim mesma que só postaria esse capítulo quando ele tivesse no mínimo 4,000 palavras, mas como podem ver, não consegui. A questão é que eu acho 4,000 palavras demais para um capítulo só, até porque desse jeito eu teria que incluir muitos outros acontecimentos que eu quero deixar só pra depois. Mas por mais que esse capítulo não tenha ficado como o que eu prometi, eu acho que ele ficou bom. Eu escreveria o próximo no final de semana, mas não terei tempo, SÓ QUE prometo que semana que vem sai o próximo.
Sem mais delongas, ai vai o capítulo e realmente espero que vocês gostem (e que continuem acompanhando a fic, se não tiverem abandonado).
DEIXEM REVIEWS!!!!!!!!!!!!



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Ponto de vista: Rose Weasley.

Quando consegui escapar da conversa de Mark, corri de volta à Torre da Grifinória. Não me sentia nem um pouco bem fazendo o que eu estava fazendo, mas pelo menos desse jeito Scorpius e seus amiguinhos não chegavam mais perto de mim. Ou pelo menos era o que eu esperava que acontecesse.

Ainda teria que vê-lo nos Basiliscos, onde não havia Mark Finnigan para afastá-lo de mim, mas eu poderia facilmente me meter no meio de Alvo e Hugo, ou simplesmente desafiá-lo para outro duelo. Eu daria um jeito. Eu sou uma Weasley, e Weasleys sempre encontram uma saída para a situação, certo? É assim que eu deveria pensar sempre.

Eu precisava desesperadamente conversar com alguém, alguém que não fosse minha prima de cabelos ruivos, a qual se ofereceu imediatamente para o serviço. Não queria falar com Lily de maneira alguma, e consegui me esgueirar dela. Não fazia a mínima ideia de onde Mitchie havia se metido, então apenas fiz mais alguns deveres e fui dormir logo depois do jantar.

Naquela segunda-feira, haveria uma reunião nos Basiliscos. Eu ainda estava um pouco apreensiva, porque havia a chance de Scorpius ainda não saber que eu estava realmente com Mark. E se ele simplesmente tivesse passado o dia todo trancado na Sala Precisa e não tivesse me visto conversando com ele no jardim? Era algo considerável, se eu imaginasse a expressão dele na minha cabeça.

Por conta disso, passei o resto do dia tentando aparentar que estava saindo com alguém para qualquer pessoa da Sonserina. Não sei se deu exatamente certo, uma vez que não vi Scorpius o dia todo. Quando chegou a hora da janta, não o vi na mesa da Sonserina. Será que havia acontecido alguma coisa? Eu poderia checar na Ala Hospitalar, mas isso não faria sentido. Eu realmente o queria fora do meu caminho, portanto era um bom sinal. Só não sei porque uma parte da minha cabeça não pensava assim.

Ainda não me sentia totalmente disposta a ir até a Sala Precisa naquela noite, e decidi no último momento falar com Alvo.

– Ei, escuta. – eu comecei. – Você pode avisar Miriam que eu fiquei doente hoje e não pude ir na reunião?

– Mas você não está doente, Rose. – Alvo disse, erguendo as sobrancelhas.

– Eu sei, mas... – eu mordi o lábio. Não iria simplesmente falar que queria evitar Scorpius Malfoy, seria incrivelmente ridículo. – É que eu tenho uma coisa muito importante para fazer hoje, não tem como comparecer. Ela vai entender.

– Aham, sei. – Alvo disse, sorrindo de lado. – Mark também vai dispensar qualquer coisa que tenha hoje a noite, né?

E sem dizer mais nada, Alvo saiu pelo corredor, indo em direção à Sala Precisa. Não tinha pensado em nada que tivesse a ver com Mark, mas se Alvo pensava assim já era uma boa desculpa, desde que ele não confirmasse nada com Mark. E mesmo se o fizesse, eu poderia simplesmente dizer que não tinha feito nada com ele a noite toda, e simplesmente quis ficar dormindo.

Usei o tempo extra para terminar meu jantar calmamente, ao lado de James. Não tive sinal nenhum de Mitchie, e imaginei que ela estivesse com Finn ou em algum lugar qualquer. Eu poderia encontrá-la depois, e mesmo que realmente quisesse usar o tempo livre para desabafar com ela, ele também seria muito útil para fazer alguns deveres.

Antes de me levantar, dei uma última olhada na mesa da Sonserina. Não vi nenhuma cabeleira loura por lá, o que me deixou apreensiva. Avistei Alison de mãos dadas com um sextanista desconhecido da Sonserina, e o melhor amigo de Malfoy, Zabini, estava rindo com um garoto gordo de cabelos castanhos. Revirei os olhos e tentei me concentrar – por que eu deveria me importar? Ele provavelmente estava agarrado à uma garota qualquer nos corredores, ou fazendo um dever atrasado no seu dormitório. Quem sabe estava cumprindo alguma detenção...

Respirei fundo e me levantei, tomando o caminho para a Torre da Grifinória. Esse seria meu primeiro palpite, ir até lá e me sentar em frente à lareira, mas mudei de ideia repentinamente. Decidi simplesmente mudar de caminho e seguir até o corujal, para enviar uma carta aos meus pais. Mamãe geralmente nos escrevia três vezes ao mês, mas até agora nenhuma carta havia chegado. Sentia saudades de casa, e realmente precisava conversar com alguém, seja lá quem fosse.

Quando estava no último degrau da escada, vi que estava tudo escuro e silencioso. A única fonte de luz vinha da lua, e uma rajada fria de vento entrava por uma janela aberta. Me aproximei sem fazer barulho, para o caso de haver alguém lá dentro, e eu não estava errada. Escondida nas sombras, espreitei meus olhos e observei o que a lua iluminava. Um garoto estava com os dois braços apoiados na janela aberta, olhando para o céu, com uma carta apertada nas mãos.

Assim que percebi quem aquele garoto era, decidi voltar imediatamente. Precisava evitá-lo mais do que tudo, mas as circunstâncias não ajudavam. Recuei silenciosamente, mas graças à minha maravilhosa habilidade em ser desastrada, pisei em algo que fez um barulho notável. Provavelmente algum esqueleto de rato, pensei, mas já era tarde demais.

– Merda! – sussurrei, bufando de irritação.

Considerei a ideia de me virar e ir embora, mas o garoto já havia me notado. Scorpius Malfoy, ainda apoiado na janela, me olhava com o olhar vago.

– Ah, Weasley. – ele disse, depois de me olhar por um tempo. – Me encontrou, é?

– Eu não estava te procurando, Malfoy. – eu disse, me aproximando da janela.

– Não? – ele riu com desdém. – Deixe-me fingir que acredito nisso... Ah, espere um pouco. O Finnigan não gostaria que você estivesse tão perto assim de mim.

Arregalei os olhos. Então Scorpius realmente sabia sobre Mark? Ele havia nos visto nos jardins? Era a única explicação possível. É comum ver alguns idiotas da Sonserina jogados debaixo das árvores, olhando para toda e qualquer garota que passa pela frente deles, como um bando de idiotas num circo. Mas, nas atuais circunstâncias, eu deveria ficar feliz e agradecer a habitual estupidez de Scorpius Malfoy e seus amigos ridículos.

– E ele lá iria saber disso? – eu comecei, com um sorriso sarcástico. – Você é realmente tão apaixonado por mim que sairia contando para toda Hogwarts que eu estive a dez centímetros de você? Deprimente, Scorpius. Até mesmo para você.

– Ou talvez você sairia contando para sua fiel escudeira Hastings que seu plano para se afastar de mim funcionou. – Scorpius disse, rindo.

– Não tem plano nenhum. Minha história com Mark Finnigan não tem ligação alguma com... você.

– Por um segundo imaginei que você fosse dizer que a sua história com Mark Finnigan não tem ligação nenhuma com a nossa, mas, mais uma vez, a santa Weasley decidiu ficar calada. – ele bufou e eu franzi as sobrancelhas, sem entender.

– Me poupe, Scorpius. O beijo que nós tivemos não constrói uma história, permita-me dizer. E muito menos as coincidências evidentes. O que você estava fazendo no corujal, aliás?

Enviando uma carta, quem sabe. – ele ergueu o envelope em suas mãos.

– E também observando o céu, pensando em mim. O céu noturno pode ser mais escuro que meu vestido...

Assim que provoquei-o com um sorriso no rosto, Scorpius virou-se imediatamente. Deixou sua carta em cima do parapeito da janela, provavelmente se esquecendo de que ela poderia simplesmente voar por conta do vento que balançava nossos cabelos, e colocou uma mão em minha cintura, me encarando.

– O que você... – eu comecei, mas ele colocou um dedo na minha boca, me calando.

– Tem um motivo para você não ter simplesmente descido a escada quando eu me virei, um motivo para você ter chegado perto de mim... Tem um motivo, Rose. Eu sei muito bem. – Scorpius disse, mantendo o contato visual.

– Scorpius... – eu comecei, engolindo em seco. – Eu... Você... Não podemos fazer isso.

Eu sacudi a cabeça, voltando meus pensamentos ao normal. Achava isso totalmente ridículo, mas por um segundo pensei em me render à Scorpius. Porém, graças ao meu senso do ridículo, me lembrei de sua possível armação e de seus joguinhos e toquei seu braço, para ele me soltar. Mas ele não fez isso.  

– Scorpius. – eu disse, calmamente. – Eu vim aqui escrever uma carta, e seria útil se você me deixasse sair.

– Tudo bem. – ele disse, me soltando. – Zabini estava certo, até. Você nunca me beijaria por conta própria.

Fixei meus olhos nos de Scorpius, com um nó na gartanta. Ele tinha realmente falado sobre assunto com Zabini, o garoto que mais tira sarro de tudo e de todos em toda a escola? Tudo bem que eles eram amigos, mas eu nunca imaginaria que o assunto o incomodaria tanto quanto me incomodara. Na verdade, eu imaginava que nesse momento ele teria encontrado alguma garota burra e fútil para ficar se agarrando pelos corredores, sem ligar nem um pouco para o que acontecera. Porém, talvez eu não conhecesse Scorpius Malfoy tão bem quanto eu imaginava.

Ponto de vista: Scorpius Malfoy.

Era óbvio que eu não queria estar naquela posição, ridiculamente inferior à Rose Weasley, no corujal vazio. Tinha decidido não ir até a Sala Precisa naquela noite, primeiramente por estar sendo utilizada pelos Basiliscos – eu já tinha desistido de ir, tudo menos ver Rose e Alison no mesmo lugar – e também por precisar escrever a carta que agora jazia no parapeito da janela.

Na verdade, aquela carta não estava endereçada a ninguém. Não havia ninguém para quem eu pudesse realmente dizer o que estava se passando na minha cabeça, a não ser eu mesmo. Meus pais me escreviam uma vez a cada mês, e eu já havia enviado a resposta da carta deles uma semana antes. Eles não iriam querer receber uma carta sobre mais uma garota qualquer em Hogwarts.

Eu apenas pegara a pena e escrevera aquela carta, e iria endereçá-la a um local alternativo. Quem sabe a pessoa que a recebesse pudesse me dar uns conselhos decentes, ao invés de “quem é você?” ou “não me mande mais cartas, seu louco abestado”. Mas aquilo não era muito provável, nunca fora.

O que se passou na minha cabeça durante aquele dia inteiro foi o que eu realmente pensava sobre Rose Weasley. Vê-la de mãos dadas com o Finnigan no dia anterior não foi lá uma experiência muito boa, e eu também não estava gostando nem um pouco dessa sensação esquisita. Gostar de alguém não era pra mim, e sinceramente, eu estava muito bem observando as garotas da Corvinal que sempre dão em cima de mim e do Zabini.

Tudo tinha acontecido rápido demais, e eu não queria simplesmente pensar que sentia algo pela Weasley. Em alguns momentos, eu ainda a odiava. E muito. Mas, subitamente, esse ódio maluco se transformava em algo pior, algo muito maior, que eu até agora não sabia explicar. E nem queria.

E naquele momento em que ela disse que eu estava olhando para o céu, pensando nela, foi quando eu percebi que ela estava certa. Eu tinha aceitado meu término com Alison, tinha ignorado as garotas da Corvinal, não havia jantado e faltara a reunião dos Basiliscos por causa dela. Tudo isso simplesmente porque eu quis ir ao corujal escrever uma carta a ninguém sobre ela. Por Merlin, eu realmente devia estar maluco.

Vendo o jeito que ela me rejeitara, eu realmente pensei no que Zabini dissera. Ele podia ser um canalha idiota, mas era meu melhor amigo e realmente tinha dito a verade. Rose Weasley me odiava, e ela com certeza não estava nessa mesma indecisão que eu. Se estivesse, ela não me rejeitaria dessa maneira quando estivéssemos a sós. Pelo menos era o que eu pensava até aquele momento.

– Tudo bem. – eu finalmente disse, soltando sua cintura. – Zabini estava certo, até. Você nunca me beijaria por conta própria.

Olhei nos olhos de Rose mais uma vez, cerrando os pulsos. Como ela podia simplesmente me provocar e depois me rejeitar? Eu me sentia ridículo por me rebaixar tanto assim na frente dela, e foi nesse momento em que meu habitual ódio por ela e por todos os Weasleys existentes voltou a crescer. Mas também foi nesse momento em que ela agarrou meus cabelos e me beijou.

Eu estava atordoado e totalmente confuso, me sentindo uma garotinha de 13 anos que passa o dia todo vendo filmes de romance melosos. Sem querer duvidar da minha própria masculinidade, mas foi uma ótima frase pra descrever o que eu senti no momento.  

– Tem certeza, Scorpius? – Rose disse, olhando em meus olhos.

Eu apenas fiquei olhando pra ela, e logo depois sacudi a cabeça. Aquilo não fazia o menor sentido.

– Você não vai enviar sua carta? – ela perguntou, apontando para o envelope que quase caíra da torre.

– Vou. – eu disse, rabiscando um endereço qualquer que veio à minha mente. Prendi na perna de uma coruja marrom que estava perto de mim e disse: – Você encontra.

Fiquei olhando ela sair voando pelo céu noturno, e só quando ela desapareceu de vista me voltei para Rose. Ela também tinha observado a coruja o tempo todo, e eu simplesmente não sabia o que fazer. Mais uma vez, estava me comparando a pessoas inexperientes de 13 anos. Eu estava ficando maluco, de tanto tempo que ficara lá em cima.

–  Rose... – eu comecei, confuso. – Eu acho que precisamos conversar.

– Não. – ela disse, se virando para mim. – Não acho que tenha nada pra conversarmos, Scorpius. Eu sei o que você está pensando. Eu também penso isso. Mas não tem jeito. O que aconteceu aqui, fica aqui.

– Você vai simplesmente sair desse corujal imundo e me deixar mais confuso ainda? – eu disse, arregalando os olhos. – Poxa, Weasley, obrigado. Você realmente sabe como fazer as coisas funcionarem.

– Se você conseguisse, apenas por um minuto, parar de ser uma criança mimada e ridícula, talvez entendesse os meus motivos! – ela disse, elevando o tom de voz. – O que aconteceu aqui foi apenas um momento de fraqueza, e não foi o primeiro. Como você mesmo disse, Mark Finnigan não gostaria de me ver tão perto assim de você.

– Ah. – bufei. – O santo Finnigan. Voltamos pra ele, é? Em um segundo você me provoca, no outro diz que me odeia, em seguida me beija e depois diz que o Finnigan não gostaria de te ver tão perto assim de mim?

– Parabéns, você sabe como relatar os fatos.

– Não se faça de ridícula, Weasley. Como se eu realmente tivesse querido me aproveitar do que aconteceu aqui.

– E eu disse algo sobre se aproveitar de mim? Por favor, Malfoy, as coisas não acontecem assim. Agora, se me der licença, eu tenho uma carta para enviar!

– Muito bem. Envie sua maldita carta, e só não tente despejar seus sentimentos sobre mim nela. Não acho que alguém com cérebro em qualquer lugar nesse planeta fosse gostar de ler tanta porcaria.

Sem dizer mais uma palavra, andei rapidamente até as escadas e desci-as rapidamente, tomando caminho para a Sala Comunal da Sonserina. Estava cheio de Grifinórios por um bom tempo. 


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Notas finais do capítulo

E então, aprovado? Espero que sim!!! DEIXEM REVIEWS, pois eu tenho 69 leitores e realmente queria que pelo menos 60% deles deixassem reviews, né. ^-^