There is Beauty in the Dark escrita por tori traurig, Jude


Capítulo 10
10. Sirius arruinando vidas


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOI GENTE GATA!
LEIAM AS NOTAS FINAIS.
BOA LEITURA! TÁ AÍ O POV REMO QUE VCS TANTO QUERIAM, SUAS LINDAS!



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Remo's POV

Merlin! Como ela me pergunta uma coisa dessas? Eu estou encurralado. Passamos dias sem ao menos olhar um pra cara do outro. Agora ela me pergunta se eu gosto dela? 

Eu... Eu não sei. Essa é a resposta. Ela sempre foi minha melhor amiga. Tudo bem que nós sempre estamos por Ai juntos, fui eu que dei o primeiro beijo dela - Aliás, devo ressaltar que eu menti. Eu já tinha sim beijado uma garota naquela época. Mas eu tive que falar que não para ela se sentir melhor - e que Sirius é um pé no saco porque fica toda hora dizendo que o que sentimos um pelo outro é amor reprimido. 

Ah, poupe-me disso. Se eu sentisse alguma coisinha que não fosse amor fraternal por ela eu saberia. Puff! Esse Sirius... Sempre achando que sabe mais do que os outros.

- Diz, Remo! - ela cruzou os braços - você gosta ou não de mim?

É, Isabelle Potter é e sempre foi direta, impaciente e teimosa. Quando ela bota algo na cabeça ela não tira nunca mais, e acho que é isso o que ela e James têm mais em comum, sem contar o espirito maroto, e o ódio natural por sonserinos. 

- Eu... Por que quer saber?

- Ah, vamos logo! 

- Eu não sei, Bells. - Admiti de vez logo me arrependendo depois ao ver seus lindos olhos castanhos esverdeados perderem o brilho. - Estou confuso, depois do... - decidi não terminar a frase, pois não sabia como ela iria reagir. 

- Do beijo? - a percebi corando de leve e isso me fez sorrir. Ela corar é um bom sinal, só assim ela não parece com tanta raiva. - Qual é a graça, seu idiota?

- Nada. 

- Tá me achando com cara de palhaça?

- Não.

- Então quer parar de sorrir?

- Por quê? Não gosta do meu sorriso?

- Eu... - ela corou de novo, dessa vez um pouco mais - Não é isso, é que... - ela logo se recompôs e voltou à postura rígida - Ah, não lhe devo explicação nenhuma. Agora pode me dar licença? Eu estava prestes a... A fazer alguma coisa. Então, é, tchau.

- Não! - segurei seu braço a impedindo de ir embora. - Bells, eu não aguento mais. Você esta me ignorando, me tratando como se disse um desconhecido, ou pior, como se eu fosse o Snape.

- Eca! Não se compare ao ranhoso! É um insulto a qualquer ser humano. - ela disse cruzando os braços e virando o rosto para a parede. Sorri, ela é tão exagerada. - Serio, cara. Você acha que eu tenho cara de palhaça? 

- O que? - eu perguntei franzindo o cenho. Ela revirou os olhos, mais uma coisa típica dela! - não, não acho. Mas às vezes você consegue ser bem engraçada.

- Ah me poupe! - ela me olhou com os olhos cerrados. - olha esse papo tá muito bom... - ela falou com ironia, mais uma característica dela: irônica. - mas eu tenho mais o que fazer. Tenho que procurar o Frank pa...

- Frank? - eu falei rapidamente - Frank Longbottom? 

- É...

- Para que? Ele não namora a Alice?

- É... - ela disse e me lançou um olhar gelado - se você ao menos deixasse eu terminar as frases...

- Desculpa - Viu? De novo! Será que...

- Foi mal foi sem querer.

- Aff cala a boca! - ela já estava vermelha. Eu ia pedir desculpas de novo, mas ela foi mais rápida e colocou a mão na minha boca - Não fala nada. Me deixe terminar uma frase. Eu vou entrar no time de Quadribol. Quer dizer, vou tentar entrar né... Porque eu vou fazer os testes amanhã.

Eu ia protestar, Quadribol? Ela é uma garota! Eu sei que isso foi meio machista, mas ela pode se machucar, e a Bells é tão frágil...

- E se você esta pensando que eu não vou conseguir entrar por ser uma garota e provavelmente por ser "frágil" - ela fez aspas com as mãos. - você está completamente errado, querido lupino. Você não me viu treinando com o Sirius.

- Humpf? - esse foi o som que saiu da minha boca quando tentei questionar. 

- "Humpf" nada. Você não tem direito nenhum de me impedir de jogar Quadribol. Ok? Ok. - ela tirou a mão da minha boca.

- Tá certo. Desculpa se eu só queria te proteger!

- Proteger? - ela me perguntou com um tom de desdém na voz e logo riu amargamente - você? Me proteger? Logo você? Que mais me fez sofrer?

- Sofrer? - franzi a testa. - quando eu...

- Não se faça de idiota! - falou se irritando - você sabe muito bem que andou me evitando desde aquele dia na Ala Hospitalar.

- Mas você me evitou também! - falei inconformado.

- Mas só porque você me evitou primeiro. 

Suspirei me direcionando a uma poltrona. Pior que é verdade. Eu não sei o que houve. Eu estava e ainda estou confuso. Por que ela me beijou? Por que eu correspondi? Por que eu gostei? Por que eu a deixei lá sozinha? Por que eu estou me perguntando o porquê das coisas?

Minha cabeça vai explodir!

Olhei para frente e ela estava sentada na poltrona defronte a mim escrevendo em um pergaminho com dois livros no seu colo. Milagre! Isabelle Potter esta fazendo as tarefas!

Talvez esse seja um dos problemas: Potter. Ela é irmã do meu melhor amigo. Se um dia James descobre sobre o beijo ele me mata, não, não! Pior, ele me tortura depois me mata através de métodos medievais trouxas. Sem contar que ele é realmente muito ciumento, ele pode sentir-se traído pelo próprio amigo. E pode apostar, esses Potter odeiam traição. 

Observei sua expressão determinada e ao mesmo tempo frustrada. As sobrancelhas franzidas, os olhos famintos mexendo da esquerda para a direita, as bochechas levemente rosadas e a boca pequena, entre aberta. Podia lembrar da textura e do sabor dos seus doces lábios quentes...

Argh! O que está falando, homem? Concentre-se nesse livro! E esqueça um pouco essa baixinha.

Lobisomens são criaturas magicas bastante poderosas. Se transformam durante as luas cheias involuntariamente, e ainda não existe nenhum feitiço ou poção que impeça essa transformação. Leia sobre mordidas de lobisomem na página 286...

Francamente, porque eu estou lendo sobre lobisomens? Eu sei mais que qualquer um tudo de cor, e sei muito bem que não existem poções ou feitiços. Além de que já estudamos isso no 3º ano. Por isso uns relaxam no 7º ano: é como um aprofundamento no que já vimos nos anos anteriores.

Acho que esse é o principal motivo pelo qual eu quero me manter longe dela: meu "probleminha peludo", como o James gosta de chamar. Ela não merece uma vida ao lado de alguém como eu. Eu mal consigo sobreviver com o fato de já tê-la machucado repetidas vezes, imagine se acontecesse algo pior...?

Não consigo nem pensar como seria minha vida. E ela não poderia construir uma família! Uma pessoa ausente como eu em toda lua cheia... Ela simplesmente não merece. Não merece se jeito nenhum...

Levantei minha cabeça quando ouvi passos de alguém entrando pelo quadro da mulher gorda. Ela levantou a cabeça também e quando viu quem era levantou-se parecendo perdida.

- Ai Meu Deus! - ela bateu a mão na testa - eu esqueci do treino! Desculpe, Frank. Vou pegar minha vassoura e meu uniforme.

Então ela puxou os livros para si e subiu as escadas rapidamente. Frank nem conseguiu responder com tamanha pressa dela. Ele riu e sentou do meu lado. 

- Louquinha... É nessas horas que vemos que ela é irmã do James. 

Louca. É ela pode ser considerada um tipo de louca. Ela daquelas que se tem curiosidade de saber o que se passa na mente. Na do James é muito fácil. Resume-se em: Evans, Quadribol, Evans. 

Na do Sirius é mais fácil ainda: garotas, quadribol, garotas, azarar Snape, quadribol, garotas e... Arruinar a vida do Aluado.

Isso! Arruinar a MINHA vida. Um dos melhores amigos dele. Não é exagero, eu To falando serio. Ele começa com as brincadeiras dele de "Aluado e Amendoada, se pegando na biblioteca". E isso fazia o lado ciumento de James dar as caras fazendo-o me fuzilar com o olhar ou me fazer ameaças completamente intimidadoras. Não estou sendo irônico, até porque não faz meu estilo. Ah, e só pra constar e deixar bem claro: eu e a Isabelle nunca nos "pegamos" na biblioteca. Só na ala hospitalar mesmo, o que foi um erro porque n...

- Frank? 

Frank se levantou e foi até ela, e eu a olhei. Ela estava mais vermelha que o normal, e ofegava como se tivesse descido as escadas correndo. Carregava uma mochila - que devia conter o uniforme dela - e a vassoura que ela havia pegado emprestada de James. 

O olhar dela pousou em mim por três segundos e ela puxou Frank pela mão, saindo pelo buraco do retrato. Senti um impulso repentino e uma vontade de levantar dali e assistir ao treino de Quadribol.

Vamos Remo. Você não precisa ir ver esse treino. Concentre-se.

O filho de um lobisomem pode ser um ou não, pois em casos raros o filho não nasce sendo um. Embora este já nasça lobisomem, suas transformações só iniciam após a puberdade...

Qual é o problema de ir ver um treino? O campo de Quadribol é aberto a todos, eu poderia muito bem ir assistir e dizer que estava apenas assistindo, que não tinha nada a ver com a Bells.

Mas... Desde quando isso tem a ver com ela?

Ok, estou enlouquecendo. Só pode.

Depois de ter fechado meu livro de Defesa Contra Artes das Trevas, confirmei minha insanidade mental. Fiquei sentado um tempo ainda lutando contra o impulso de sair dali.

Vencido novamente.

Atravessei o buraco do retrato da mulher gorda e caminhei rapidamente até o campo de Quadribol, torcendo para que a arquibancada, por algum motivo, estivesse lotada, de uma forma que eu passaria facilmente despercebido.

Ótimo. 

O campo estava vazio, presumi que todos estavam no vestiário, e na arquibancada só se encontrava a pequena Alice, de braços cruzados e com a aparência aborrecida. 

Ela me viu e acenou desesperada. Ela devia realmente estar bastante entediada, a Alice odeia Quadribol. Ela indicou o lugar do lado dela.

Pelo menos agora eu tenho uma desculpa pra estar nesse maldito treino. 

Quando eu ia subindo as escadas da Arquibancada, ouvi a risada da Bells, seguida pela de Frank. Me virei. Má ideia.

Lá estavam os dois andando em direção ao centro do campo de Quadribol. Ela estava - desculpe o termo, mas eu também sou homem e convivo com dois pervertidos - muito sexy com aquele uniforme. Ele marcava seu corpo contornando sua cintura fina e o quadril não muito largo. Claro que não era o uniforme do time da grifinória, era só um simples para treinamento. 

Ela conversava animadamente com Frank e eu acompanhava cada mínimo movimento com os olhos. Até que ela me reparou na escada.

Não sei se é porque eu estava olhando ela de uma forma que nunca olhei antes, ou porque era estranho o fato de eu estar paralisado no meio da escada, mas ela parou de falar com Frank e olhou para baixo, corando levemente. 

Merlin, o que está acontecendo comigo?

- Você a deixou envergonhada. Da próxima vez tenta disfarçar pelo menos, Aluado.

Levei um susto e virei-me com pressa apenas para ver Sirius me encarando com um sorriso malicioso. 

- O quê? E-eu não estava... - tentei me defender.

- Não adianta, eu vi tudo, e eu sei de tudo. - ele falou com um olhar acusador.

- V-você o que?

- Nada Remo, nada. - ele andou em direção ao vestiário me ignorando completamente.

Fiquei confuso depois desse breve diálogo com o Sirius. O que ele quer dizer com "eu vi tudo"? 

Ah, estamos falando de Sirius Black. Na cabeça dele, ele sempre sabe de tudo.

Caminhei até Alice e sentei ao seu lado.

- Ah Remo, ainda bem que você veio. Odeio assistir a essas coisas sozinha. - ela disse sorrindo.

Eu ri de leve e voltei a minha atenção às pessoas nas vassouras. Ou melhor, a uma pessoa em especial.

***

Já Tinha se passado uma boa parte do treino e eu tenho que admitir: ela é realmente boa. Sirius e Frank mesmo sendo batedores, jogavam muito bem como artilheiros e ela sem dúvidas conseguiria uma vaga como goleira. Ouvi um suspiro e olhei para o lado e vi Alice olhando para os três parecendo meio frustrada.

- O que...

- Ela é incrível, não é? - ela me interrompeu ainda olhando para o campo. - incrível até demais! Olha isso! Como ela defende. E não para de mostrar esses dentes brancos e perfeitos para o Frank. 

- Alice...

- Isso é frustrante! Chega a ser injusto. Como pode ela nascer com tanta sorte? Rica, bonita, ser rodeada de meninos bonitos... Sim, vocês marotos mesmo! Ser popular... E eu nascer tão desprovida disso tudo!

- Tem razão... - falei olhando para Bells parecendo meio abobalhado. Ela ria e jogava a goles na barriga de Sirius - ela é realmente inc... - senti seu olhar gelado - quer dizer... - eu pigarreei e sorri amarelo - você esta cega de ciúmes, Alice. Eu pensava que vocês eram amigas!

- E somos! Mas às vezes eu me sinto tão... Argh. Nada deixa pra lá.

- Olha... - comecei, mas fui interrompido por um estrondo acima da minha cabeça. Olhei aterrorizado e vi um buraco onde eram as cadeiras da fileira de cima. Virei para o campo e vi Sirius junto da Bells rindo enquanto Frank nos olhava preocupado.

- Oops! - Isabelle disse colocando a mão por cima da boca enquanto ria fraquinho - desculpa foi mesmo sem querer.

Sirius olhou para mim rindo e piscou balançando a cabeça em direção a Bells. Eu franzi a testa não entendendo e ele revirou os olhos e apontou para mim e depois discretamente para ela - que não sei como, acho que por um milagre, não viu - e encostou o braço na boca, como se estivesse beijando o próprio braço.

Arregalei os olhos e olhei para o lado constrangido, encontrando o olhar de espanto da Alice - que provavelmente viu tudo - que logo passou a ser malicioso e ela sussurrou para mim:

- Quero só ver quando o James descobrir!

E mais uma vez, obrigado a Sirius Black por destruir de vez a minha vida.


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Notas finais do capítulo

Bom, gente, se o capítulo estiver muito gay, desculpa. É que sabe, eu sou fêmea e gosto de escrever pensamento de fêmea kkkkkkkkkkkkkkkkk
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Bom, nesse capítulo, Bia me deu três opções de nomes. "Sirius: o Dumbledore mais novo e menos gay", - que eu recusei na hora e ela "não sabe porque -.-' - "Sirius mudando personalidades", - que eu não entendi, mas ok - e finalmente, "Sirius arruinando vidas". Bom, esse não me parecia tão ruim, e quando eu concordei ela fez uma festa. É louca. Eu to dizendo.
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Gente, vamos viajar hoje, portanto só postamos semana que vem agora. Desculpem a demora, mas avisamos que íamos estar em provas, portanto...
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Estamos boladíssimas! Temos 36 leitores e só 7 comentam! Gente, por favor, uma história com fantasmas não é nada legal. Se não comentarem, vamos terminar a história com um final ridículo e vocês não vão poder impedir nada! Só pra terem uma ideia, o final seria assim:
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"Isabelle e os marotos andavam felizes pelos jardins de Hogwarts numa tarde ensolarada, quando um grande meteoro maior que Hogwarts caiu sobre eles e destruiu tudo. Todo mundo morreu. Fim"
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Pelo amor de Deus, não me façam acabar uma fanfic assim, pelo bem da minha sanidade.
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E por favor, recomendem! Estamos sem nenhuma recomendação há semanas, isso desanima!
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Kisses e até o próximo capítulo, cuja qualidade e prazo vai depender somente de vocês.