Savin Me escrita por Brus


Capítulo 6
5 - Roupas, Jantar e Boate!


Notas iniciais do capítulo

POR INCRÍVEL QUE PAREÇA... SENHORAS E SENHORES, EU NÃO MORRI! Ok, me batam, me chicoteiem, me açoitem... eu mereço... mas a vida não tem estado de bem comigo ultimamente... gente, é sério... alguém jogou uma macumba muito forte em mim, e todas, TODAS as áreas da minha vida começaram a dar errado! Simplesmente assim, do nada! Na escola, em casa, com meus amigos... caraca!!!!
Enfim, primeiramente, MUUUITO obrigada pelos reviews e pelas 4 RECOMENDAÇÕES!!! Cara, é sério, eu pirei! Vocês são demais :3
Obrigada a todas as lindas que me mandaram MP'S perguntando o que tinha acontecido comigo e etc... me desculpem ):
E bem, falaram que queriam capítulos maiores... eu tenho um TOC de não conseguir escrever capítulos com nem mais e nem menos de 1.000 palavras... podem olhar em TODAS as minhas fics que vocês vão ver capítulos entre 1.000 e 1.999 palavras... nunca com 900 ou 2.000... Então eu me esforcei pra fazer um cap. maiorzinho pra vocês... (:
Esse cap. ficou um pouco diferente... sei lá... acho que é porque eu estou relendo 50 tons de cinza... então ficou mais safadinho kkk mas não vai passar desse nível, ok? Relaxem ^^
Bem... mais explicações nas notas finais... espero que aproveitem o cap. (:



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– Ok, isso é ridículo. - Sai do provador pela milésima vez e esperei pela aprovação da vendedora e do amigo gay dela.

Rain estava sentado em um puf com a cara emburrada. Me lembrava um garotinho de cinco anos que não ganhou o pirulito que queria. Humpf, com se eu estivesse gostando de ser um manequim vivo.

Para explicar melhor as coisas, eu estava na tal loja que a minha avó tinha falado para nós comprarmos as roupas. Paramos no ponto em que eu fui à uma loja de roupas recomendada pela minha avó. Pela minha avó. Continuamos no ponto que os vendedores queriam dar uns de estilistas, e decidiram achar a "roupa perfeita" para mim, o que era ridículo e impossível, já que nenhuma daquelas roupas combinavam comigo.

Rain já tinha escolhido uma calça jeans, uma blusa qualquer e um sapato que parecia ser confortável. Ponto. Ninguém ficou falando "essa calça está muito larga em você" ou "não, essa blusa ficou horrível".

– É essa! - o gay gritou e olhou para a vendedora em busca de aprovação. A vendedora assentiu com um sorrisinho.

– Óbvio que não! Eu vou trabalhar na roça e não em um strip club! - eu vestia uma blusa quadriculada que amarrava abaixo do peito e tinha magas longas, um short jeans azul claro do tamanho de um palmo, e botas de cano médio. Só faltavam as marias chiquinhas e eu estar chupando um pirulito para ser a vadia do campo de qualquer fazendeiro.

Honestamente, aonde eu estava com a cabeça quando aceitei vestir isso?

– Mas baby, esse modelo caipira moderna foi feito pra você! - revirei os olhos.

– Sem chances. - Bati o pé.

– Summer - depois de quase trinta minutos, foi a primeira vez que ouvimos a voz de Rain. Olhei para o lado e vi o gay e a vendedora suspirarem. Oh merda, qual era o problema daquelas pessoas? - Sejamos francos, você está gostosa nessa roupa, e vai levá-la. Agora vá se trocar antes que eu morra de fome, porra!

Revirei os olhos, mas entrei no provador e me troquei. Não por obediência àquele panaca, mas porque eu sentia que o buraco no meu estômago estava tomando proporções maiores que a do buraco negro.

Finalmente Rain pagou pelas "roupas" e decidimos ir andando para o restaurante, passando pelo carro somente para deixar as bolsas de compras. Não demoramos nem cinco minutos para chegar ao restaurante, já que ele era muito perto da loja de roupas. Que ficava do lado da mini farmácia, que era vizinha da mini escola... Resumindo, tudo naquele lugar era mini. Parecia uma daquelas cidades cinematográficas em que tudo era falso.

Senti uma mão quente e grande envolvendo a minha e me puxando com pressa.

– Andar mais, observar menos. - disse impaciente.

– A culpa não é minha se você tem pernas três vezes maiores que as minhas. - Retruquei com raiva.

Rain não respondeu, mas continuou me puxando pela mão para que eu andasse/tropeçasse mais rápido até o restaurante, que adivinhem? Sim, era mini.

Fomos recebidos por uma garçonete que tinha o bom humor de um suicida. Ela nos guiou até uma mesa pequena e afastada como Rain tinha pedido. No centro da mesa tinha um mini (que novidade) buquê de flores e minúsculas velas aromáticas. Tudo pra não deixar nada mais tenso do que já era, claro.

Sentamos e depois de de algum tempo pedimos nossa comida, que foi anotada pela garçonete feliz. Um silêncio se instalou na mesa desde o momento em que a garçonete se distanciou. Mas não fiquei incomodada. Na maioria das vezes era assim. Rain não era muito de falar, e eu não era sociável suficiente para puxar assunto.

Nossa mesa ficava encostada em uma janela, que tinha vista para uma pequena praça. Observei o centro da praça, que tinha um chafariz não muito maior que Rain, e brinquei de memorizar a sequência da direção da água, até que a garçonete (que por incrível que pareça ainda não tinha - aparentemente - tentado se matar) voltou com a nossa comida.

– Se o casalzinho quiser mais alguma coisa, é só me chamar. - A sósia da família Adams falou.

Não me dei ao trabalho de explicar que na verdade Rain era uma espécie de primo que eu nunca tinha visto na vida, e que na verdade só estávamos ali porque fomos comprar roupas novas para o nosso novo trabalho escravo durante as férias. Rain (como sempre) pareceu pensar a mesma coisa que eu, e se limitou a revirar os olhos

Comemos em silêncio (oh, novidade), mas dessa vez evitamos um pouco olhar um para o outro. Talvez fosse pelo que a garçonete tinha dito, ou só porque estávamos com fome demais para pensar em outra coisa que não fosse a comida na nossa frente.

Depois de uns quarenta minutos terminamos nosso jantar, e Rain pagou sem dizer uma palavra. Okay, aquele silêncio estava começando a me irritar.

Saímos do restaurante e eu estava me encaminhando para o carro, quando minha mão foi novamente envolvida pela dele, e agora ele me puxava para a praça. Não entendi o sentido daquilo, mas não falei nada. Fomos em direção ao chafariz, mas não paramos ali. Rain continuou me puxando até termos atravessado toda a praça e estávamos indo em direção à uma casa muito grande e escura, parecida com um armazém. O armazém era a única coisa naquela cidade que não era mini, e parecia muito obscuro e desproporcional para o padrão da cidade. Parecia um prédio tirado de Nova York e colocado ali.

– Se você quisesse me matar, tinham becos mais próximos de onde a gente estava. - Disse tentando esconder o nervosismo e impaciência da minha voz.

Rain riu e olhou pra mim quando falou:

– Tentador, mas hoje não vou te matar. - com um último sorriso largo, continuou me puxando para o armazém. À medida que fomos nos aproximando, pude sentir a vibração no chão, e o som alto e abafado de uma boate. Ah...

– Sério? - parei de andar e puxei minha mão da dele. - Uma boate? - ele parou de andar e se virou pra mim dando de ombros.

– Esse inferno tem que ter um lado bom, não é?

– Sim, e o lado bom é a minha cama. - cruzei os braços.

– Ah, qual é Summer, eu posso te ajudar com algum cara. - fez uma careta ao dizer isso. Okay, com essa eu tive que gargalhar.

– Você acha que eu não quero entrar porque eu não sou capaz de "pegar" um cara? - fiz aspas com os dedos.

– As pessoas tem que ficar a um raio de três quilômetros para conseguir falar com você! Não consigo imaginar um cara beijando você sem sofrer uma fratura, lesão ou trauma no final. - ele tinha dito a maior verdade que existia sobre a minha vida. Mas não era bem assim que funcionava.

Respirei fundo umas duas vezes.

– Vamos ver quem vai pegar alguém aqui, querido. - passei por ele dando dois tapinhas em seu peito.

Paguei minha entrada na boate e o segurança abriu as portas me dando passagem. Entrei naquele espaço sentindo o leve cheiro de álcool, e o grito de várias pessoas tentando ser ouvidas com a música tocando no último volume. O ar estava abafado e a cada passo que eu dava ficava mais difícil de respirar.

Não dei nem dois passos para dentro, e senti mãos fortes e quentes rodeando minha cintura, e uma boca colada ao meu ouvido.

– Vamos lá Summer, eu quero ver o que você consegue fazer. - senti a risada rouca e estranhamente safada de Rain no meu ouvido, fazendo com que os pelos da minha nuca se arrepiassem. - Se você conseguir ficar com alguém, e eu ver, cinquenta dólares na sua mão no fim da noite, caso contrário... - Me desprendi de suas mãos e me virei para ele.

Não vai ter caso contrário. - tive um deslumbre de um sorriso maroto antes de ser engolida pela multidão que estava dançando loucamente no ápice da música.

Fui para o bar. Okay, agora era uma questão de honra ficar com alguém. Não era só pelo dinheiro que estavam em jogo, era a minha dignidade, e a minha oportunidade de jogar na cara daquele filho da puta que eu era tão desejável quanto qualquer outra vadia oferecida por ai.

Pedi ao garçom um remédio para a minha dor de cabeça e uma água com gás. Se não fosse pela aposta idiota que eu fiz com Rain, eu não iria nem entrar na boate. E se entrasse, iria ficar sentada em algum canto esperando aquele panaca terminar de "se divertir". O garçom voltou com um sorriso estranho, falando que aquele remédio resolveria o meu problema em questão de minutos.

Não entendi muito bem o que ele quis dizer, mas deduzi pela sua expressão que ele já devia ter tomado algumas, e não estava muito sóbrio. Na verdade, acho que de sóbria naquele lugar só tinha eu.

Dei de ombros e tomei o remédio que estava dissolvido na água com gás que eu havia pedido. Esperei um tempo sentada no banquinho meio alto do bar, para ver se o remédio fazia efeito. Em questão de alguns minutos minha visão ficou muito claro e embaçada, minha mente ficou estranhamente leve, e eu me sentia mais feliz que nunca.

Olhei para o banquinho onde estava sentava e comecei a rir. Levantei com alguma dificuldade, já que meu pé não encostava no chão, e comecei a olhar em volta. As pessoas estavam rindo e bebendo, e eu comecei a rir com elas, embora não soubesse e nem quisesse saber o motivo. Eu me sentia leve, livre.

Nada naquele momento podia me abalar. Eu era capaz de qualquer coisa. Eu me sentia capaz. Comecei a ir em direção ao meio da pista de dança, e pelo caminho passei por homens e mulheres que me apalpavam sem nenhuma vergonha, e eu simplesmente deixava, porque eu estava feliz demais pra me afastar deles.

Parei no meio da pista de dança ainda rindo, e olhei em volta. O que eu estava fazendo ali mesmo? Ah sim... eu precisava pegar algum cara. Olhei em volta para ver se alguém me atraía. Avistei com alguma dificuldade um garoto parado com uma garrafa de alguma bebida desconhecida por mim.

Ele era alto, magro, porém forte. Não forte ao ponto de ser musculoso. Tinha cabelos pretos e grandes que estavam meio desarrumados. Senti minha mão coçar querendo desarrumar aqueles fios.. Não conseguia ver seus traços detalhadamente, devido a distância entre nós, e tudo a minha volta estar gloriosamente embaçado e feliz.

Sorri perversamente. Bem, com alguma prática tirada do além, e um pouco de sorte, eu conseguiria fazer Rain ver o estrago que eu pretendia fazer com esse garoto.


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Notas finais do capítulo

Bem gente, pra começar eu fui p um colégio que eu não queria, ai fiquei muito triste. Mas consegui mudar pro colégio que eu queria, e agora sou uma escrava da escola T.T é sério, eu tenho aula de 7:00 às 18:00... enfim, estou tento problemas com meu melhor amigo, e um dos meus melhores amigos falou que me amava, mas eu não correspondia ): E eu discuti feio com o meu pai... nesse meio tempo eu tive minha festa de 15 anos... imaginem o estresse que eu estava passando!!!
Enfim, acho que não dava pra escrever.. mas agora, do nada, eu fiquei com inspiração pra escrever (: (mesmo que eu tivesse prometido pra mim mesma que só voltaria a escrever quando eu computador voltasse do concerto... mas eu estou usando o da minha mãe).
Não posso prometer que postarei em breve, porque agora eu vivo pra escola ): mas assim que der, e se a minha inspiração colaborar, já já eu volto com mais um capítulo.
Por favor, não me abandonem ): eu sei que tenho sido uma péssima escritora, mas vocês não fazem ideia de como é bom e inspirador receber reviews e recomendações (:
Beijos, e até o próx. cap. (: