Savin Me escrita por Brus


Capítulo 3
2 - Que os Jogos Comecem


Notas iniciais do capítulo

Sexo. É, cansei de dizer "oi" como saudação. Enfim, SEEEEEXOOOO pessoas linda! Tudo bem com vocês?? Faz um tempinho que não atualizo aqui né T_T mas eu estava esperando estrar de férias pra poder me dedicar decentemente às minhas fanfics (:
Enfim, mais um capítulo chaaaato pra vocês aí >



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O fim de semana foi embora, e com eles foi a minha única chance de fugir. O carro dos meus pais. Sim, eu passei as últimas aproximadamente quarenta e oito horas planejando alguma forma de roubar o carro deles. E quando eu finalmente tive a ideia perfeita, eles colocaram suas bolsas na mala e se mandaram. Simples assim. Sem Nenhuma despedida, ou um “vamos sentir sua falta”, “se cuida”...

Eu realmente estava presa naquele inferno com cheiro de estrume.

Ah, e quanto ao Rain... eu o joguei da sacada do sótão e ele morreu.

Mentira. Mas como eu queria que fosse verdade...

******

O despertador (que ironicamente tinha o som de uma galinha cacarejando) tocou, e eu olhei pro relógio maldito, desejando ter visão de calor e derreter aquela merda.

Mas até que não ter visão de calor tem seu lado bom, porque o idiota do Rain levou um susto tão grande com o cacarejar da galinha, que caiu do beliche.

Comecei a rir descontroladamente até que percebi seu olhar mortal sobre mim.

– Que cara é essa? – perguntei prendendo o riso – Parece até que caiu da cama quando acordou. – Não aguentei e comecei a rir novamente. Mas a minha alegria durou pouco, porque eu senti uma mão se fechar em torno do meu tornozelo e me puxar para fora, me fazendo cair de cara no chão.

– Seu sorriso é irritante. Eu precisava acabar com ele. – ele explicou e eu revirei os olhos. Panaca. – Summer. Que. Merda. É. ESSA? – ele apontou para o despertador.

Antes que eu pudesse me defender, a escada do sótão se abriu e uma das minhas tias colocou a cabeça para dentro (já que o corpo entalaria se tentasse subir).

– O que você quer? – eu e Rain perguntamos em uníssono. Eu não era famosa por ter o melhor dos humores de manhã. Na verdade, eu não tinha essa fama nunca. E Rain tinha caído do segundo andar de um beliche, não precisava maiores justificativas para explicar seu humor.

– Bom dia para vocês também. – ela disse esperando que nos desculpássemos e déssemos bom dia para ela. Coitada, pobre iludida. Quando ela percebeu que nós não falaríamos nada, ela continuou em tom carrancudo – A sua avó – disse olhando para mim – E o seu avô – dessa olhou para Rain. – Estão esperando por vocês.- ela desceu alguns degraus e eu estava voltando para a minha cama e Rain para a dele.

Percebemos minutos mais tarde que eu estava em cima dele, e que ficamos assim até a tiazinha gorda sair do quarto. Ok, eu não sei por que eu fiquei vermelha, mas eu fiquei. Ele não ficou muito diferente.

Óbvio que eu não ia descer a essa hora da madrugada só para ver o que a minha avó queria, e Rain não parecia muito curioso com relação ao avô. Eu estava quase caindo no sono novamente quando a tia gorda colocou sua cabeça extremamente redonda dentro do nosso quarto novamente, e disse em tom de tédio:

– Ah, e eu já ia me esquecendo, o café da manhã está pronto. – arregalei os olhos a tempo de ver Rain quase caindo da cama novamente. Como assim ela esqueceu de avisar isso? Pulei da minha cama e corri para a minha nécessaire.

Me arrumei em tempo record, e Rain trocou sua calça de moletom cinza por uma bermuda larga, e colocou uma blusa. Sim, ele dormia apenas com uma calça de moletom cinza. Podem me dar o prêmio de pessoa mais controlada do mundo.

Descemos a escada do sótão, (leia: Rain desceu, eu me embolei em um dos degraus e despenquei, caindo de cara no chão. Triste vida.) e corremos para a cozinha (leia novamente: Rain saiu correndo para a cozinha, eu ainda estava tonta pela queda no andar de cima, e acabei tropeçando no meu próprio pé, caindo da escada novamente, só que dessa vez parando exatamente em cima do rabo de White, que fez o favor de deixar a marca das unhas dele no meu braço).

Quando eu finalmente cheguei à cozinha, encontrei Rain com cara de enterro. E quando eu ia perguntar o por que daquela cara, meus olhos pararam na mesa. Minha expressão não ficou muito diferente da dele depois disso.

A mesa estava perfeitamente arrumada. A toalha estava estendida sobre ela, e em cima tinham vários pratos, tigelas, potes, talheres, copos, jarras... só tinha uma problema. Tudo que tinha ali na mesa estava cheio com um delicioso e apetitoso nada. É isso mesmo! Todas as tigelas, pratos, jarras... tudo vazio.

– Me diz que essa é a mesa de enfeite, e que a mesa de verdade está cheia de comida... – Rain gemeu.

– Olha, eu não sei o regime que vocês aqui da roça fazem... mas a MINHA dieta me permite comer um pouco mais do que vento... então se vocês puderem me mostrar onde tem uma caixa de cereais e um pouco de leite, eu agradeço.

Ok, eu contei alguma piada? Eu falei uma língua engraçada que eles não conheçam? Não? Então por que diabos a minha adorada família começou a rir depois do meu pequeno discurso sobre dietas e cereal?

– Eu não falei que aquele papo do café da manhã ia despertá-los rapidinho? – o velho que parecia ter a bunda grudada na cadeira de balanço disse.

– Bom dia, meus queridos! – minha avó pareceu não ter ouvido o que eu falei, e continuou – o café da manhã de vocês está lá fora! – ela disse e apontou para a janela. Acompanhei seu dedo enrugado e trêmulo e olhei para fora, mas a única coisa que encontrei foi um monte de grama.

– Olha, eu não sei se vocês me conhecem direito, mas não sou vegetariana, e eu não curto comer um monte de capim queimado.

E o meu pequeno comentário fez todos no ambiente começarem a rir novamente. Argh! Aquilo estava me irritando.

– Essa sua neta tem que entrar para um circo, querida. – eu juro que ainda arranco aquela língua grande desse velho.

– Será que dá pra vocês pararem de rir e me dizerem onde tem comida, porra? - Obrigada, Rain.

Todos na cozinha pararam de rir e nos encaravam sérios. Minha avó pigarreou e continuou dessa vez em tom sério.

– Se vocês quiserem comida, terão que produzi-la. Temos vacas, galinhas, uma horta, árvores que dão frutas, um milharal enorme... tudo o que vocês precisam para se alimentar.

– A partir de hoje vocês terão que ajudar na fazenda. – Oh, então parece que a bunda do vovô não é grudada na cadeira, já que ele apareceu em pé na cozinha com algumas folhas nas mãos. – Eu estou com a lista de atividades de vocês – ele nos entregou as folhas – vocês tem uma hora para conseguir o café da manhã, e se alimentarem.

– E se eu não quiser “conseguir” meu café da manhã? – Rain disse de forma irritada.

– Vai trabalhar de estômago vazio garoto. E eu vou te dizer, isso não é uma coisa muito legal.

– E se eu não quiser trabalhar? – dessa vez fui eu quem perguntei irritada. Eu gostava de Rain tanto quanto ele gostava de mim, mas nesse momento eu sentia que precisávamos juntar nossas forças, porque estávamos no mesmo buraco.

– Haha, você vai querer sim, querida. Porque as consequências para quem não obedece aqui, são bem diferentes das de lá da cidade grande.

– Bem, agora chega desse papo sério e deprimente. – minha avó disse nos empurrando para o lado de fora da casa. – Vocês provavelmente não tem roupas apropriadas para trabalhar no campo, então por hoje vocês vão usar as roupas que nós temos aqui, e mais tarde, vocês vão poder ir à cidade comprar alguma coisa que sirva. Tudo o que vocês vão precisar está no celeiro. Bem, é isso. Divirtam-se crianças.

Seria mais apropriado se ela tivesse gritado: “Que os jogos comecem”.



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Notas finais do capítulo

Chato né? Eu disse ): Mas ele é digamos que "essencial" pra fanfic, vocês vão ver.
Mas enfim, e aí, todo mundo nesse clima de férias hehe... me digam o que vocês fizeram/estão fazendo/vão fazer de bom (ou não) nessas férias? QUEEEEEEEEEEEEEERO REVIEWS.
Eu já estou com o próximo capítulo pronto, mas só vou postar se eu tiver no MÍNIMO 20 reviews. E eu to falando sério. Eu tenho leitoras suficientes pra isso.
1beijo na bunda de vocês (: (não liguem, eu fico mais bêbada que o normal durante as férias).