Savin Me escrita por Brus


Capítulo 10
9 - Convidado


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, não falem nada, vou me explicar nas notas finais, se é que alguém ainda lê isso aqui...



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Bem, talvez fosse normal brotarem Picapes Chevy 1953 aparentemente muito velhas, com a pintura azul clara já corroída em muitas partes e fumaça saindo do capô de quintais de casas no meio do nada, mas certamente eu ainda não estava habituada às surpresas da roça.

Ao lado do carro que clamava por um ferro velho estava o meu alvo. Esqueci o carro, as explosões, quem poderia estar dirigindo, a probabilidade dessa pessoa querer me matar e avancei como um touro em uma corrida.

Assim que cheguei perto o suficiente comecei a acertar tapas e socos pelo peito (que eu não havia percebido ser tão malhado) de Rain.

– Seu... Babaca... Nunca mais ouse... Me trancar em um banheiro novamente, se você ainda quer ver a luz do dia. - tentei acertar mais tapas nele, mas suas mãos me seguraram (decididamente eu tinha subestimado a força e os músculos de Rain).

– Não acredito que você a trancou no banheiro. O que nossa mãe diria sobre isso? - Rain versão Hulk falou para alguém atrás de mim. O que diabos estava acontecendo?

– O que você está fazendo aqui? - desprendi-me das mãos do garoto que eu achava ser Rain e virei na direção de onde a voz que também era dele vinha e me deparei com ninguém mais ninguém menos que Rain. Versão normal.

Olhei para trás confusa e o Rain bombado ainda estava ali, encarando com um sorriso fácil e uma expressão que beirava a maldade no rosto o Rain que eu conhecia.

Eu não me lembrava de ter dormido, muito menos me lembrava de ter sido levada para o sofá extremamente duro da sala da casa da minha avó. Mas contrariando a tudo o que eu lembrava, abri meus olhos e me encontrei exatamente aonde achei que estivesse: na quieta, escura, provavelmente mal assombrada e pseudo-aconchegante sala da casa grande.

Levantei e plantei meus pés no chão procurando fazer com que o enjôo e a dor de cabeça de alguma forma mágica evaporassem. Depois de alguns minutos nessa posição, lembrei o que provavelmente havia me feito apagar: a iminência da existência de dois Rains.

Instantaneamente fiquei alerta e todos os meus sentidos - que cá entre nós não eram lá um dos melhores - se aguçaram. Levantei do sofá e olhei em volta, mas tudo o que via era escuridão e um ponto aonde a fraca luz da varanda iluminava uma das janelas de vidro da sala.

Tateei pelas paredes até esbarrar pelo corrimão e subi o mais silenciosamente que consegui, porém no meio do caminho desisti de tentar ser silenciosa e me contentei com apenas me esforçar para não cair.

Cheguei ao topo da escada que dava de cara para o pior corredor da casa. Esse era um dos motivos pelos quais eu nunca subia para dormir quando estava de madrugada ou não tinha ninguém circulando por ali. Eu odiava corredores, eles me causavam arrepios horríveis de medo. Desde criança eu tinha essa aversão a locais longos e escuros. Principalmente se tinham portas neles, e se dessas portas podiam sair clones versão militar do seu irritante colega de quarto.

Engoli meu medo e continuei tateando pela parede até chegar ao ponto em que imaginei ser o da escada para o meu quarto. Pus minhas mãos para o alto esperando que meus dedos esbarrassem na correntinha para puxar a escada e segundos depois meus dedos envolveram algo fino e metálico. Puxei com toda a minha força, e por um infeliz erro de calculo, a escada caiu na minha cabeça.

Xinguei todos os palavrões que conhecia - apesar dos pesares, eu não possuía um vocabulário de palavrões muito extenso - e comecei a subir as escadas que me levariam para o meu não tão seguro quarto. Terminei de subir e puxei as escadas, fechando a porta do chão/teto.

Olhei em volta. Tudo parecia normal, exatamente como eu havia deixado antes de descer correndo a procura de Rain e encontrar aquela cena pavorosa. Olhei para o despertador da galinha e o relógio apontava que já passava das três da manhã, o que significava que eu não tinha muito tempo para dormir.

Fui caminhando a passos lentos até minha cama sem enxergar muita coisa e encontrei Rain deitado de bruços, nu da cintura para cima e de lá para baixo um lençol o cobria. Sua cabeça estava enterrada no travesseiro, de modo que não conseguia ver sua cabeça.

Estava prestes a acorda-lo com um carinhoso tapa, estava levantando minha mão com um sorriso diabólico tomando conta dos meus lábios, quando ouço um grito silencioso e indignado atrás de mim:

– Você quebrou a maçaneta do banheiro?! - virei para o som da voz e meu olhos se arregalaram. Abaixei minha mão e minha respiração acelerou. Ao lado da porta sem maçaneta estava Rain. Eu podia ter certeza de que era ele pela luz do banheiro que estava acesa e fazia com que eu enxergasse perfeitamente suas feições desfiguradas por raiva e incredulidade.

Eu juro que estava prestes a sair correndo dali gritando "fogo", mas as palavra que decidiram sair de min foram:

– Isso não teria acontecido se você não tivesse me trancado ai, seu babaca. - e acrescentei em dúvida - se é que foi você quem me trancou.

– E claro que fui eu, sua louca. Quem mais estava aqui no quarto aquela hora?

– Ah... Sei lá, talvez aquele seu clone mais sarado que está jogado na minha cama. - a boca de Rain se fechou em um traço fino indicando que ele estava se controlando para não rir. Depois de um momento em que eu ia avançar para ele, a cama atrás de mim se mexeu e o garoto em cima dela virou para cima, me possibilitando ver seu rosto.

Era incrivelmente parecido com Rain, embora alguns pequenos e praticamente invisíveis vincos em sua testa fossem vistos, o que Rain poderia facilmente imitar quando estava emburrado.

No curto espaço de tempo em que eu observava aquele ser deitado na minha cama, Rain se aproximou sem que eu percebesse e me puxou para o canto do quarto em que tinha a porta da sacada. Eu ia protestar, mas ainda estava assustada com sua aproximação repentina para conseguir projetar minha indignação em palavras.

Ele me guiou para fora do quarto, aonde a grande sacada dava a visão de todo o campo do sítio e uma enorme lua cheia e branca iluminava tudo o que eu podia ver. Rain devia estar realmente próximo, pois apenas com a luz que vinha do céu eu consegui identificar que seu rosto estava contrariado e o famoso biquinho de criança estava lá, fechando seus lábios inconscientemente.

– Você obviamente deve ter notado a semelhança entre nós. - ele parecia enojado em ter que falar isso. - Isso é porque aquele babaca babando na sua cama é meu irmão mais velho. - dito o que era óbvio, Rain virou e se apoiou na sacada e encarou o nada em silencio, provavelmente esperando que eu tirasse minhas próprias conclusões.

– Ah... - foi só que minha boca produziu depois entender tudo. - Ok, não importa, - eu acho. Pelo menos não no momento - o que ele veio fazer aqui? - Rain olhou para mim e sua expressão estava vazia.

– Eu não sei. - ele disse monotonamente. Não entendi sua entonação, muito menos sua expressão, mas ele não parecia muito satisfeito com a situação, e estava claramente irritado por eu ter destruído a porta do nosso banheiro. De qualquer forma estava cansada demais para pensar em irmãos mais velhos, problemas familiares e consertos de portas.

– Mas eu preciso que seu irmão mova a massa corporal dele para outra cama, porque eu estou com sono e, caso ele não saiba, eu acordo com os galos cantando. - virei para voltar ao quarto e acordar aquele ser cujo nome eu não lembrava e chutá-lo da minha cama, mas Rain segurou meu braço impedindo que eu andasse. Olhei para ele irritada e sua expressão estava irônica e talvez até penalizada, o que eu não entendi muito bem.

– Você nunca vai poder acordar o Anton.

– Por que? Ele só pode ser despertado após oito horas de sono de beleza? - perguntei debochada.

– Você pode tocar guitarra ligada à um amplificador ao lado dele e ele não vai mexer um músculo. - ele respondeu e viu que eu claramente não estava convencida a ponto de desistir antes de tentar - Boa sorte - disse por fim, dando de ombros. Bufei e marchei até a beliche.

Encarei o garoto esparramado ali e respirei fundo. Cutuquei algumas vezes, mas o garoto parecia pedra, nem se mexia.

– Anton? - experimentei, embora não lembrasse direito se esse era o nome dele. - Heeey, garoto-estranho-clone-do-Rain - falei tudo junto elevando a minha voz. - Nada.

Rain passou por mim e subiu em sua cama. Assim que estava bem acomodado e pronto para dormir, murmurou:

– Não vou consertar a maçaneta, e caso você não a conserte até amanhã no fim do dia, vou ser obrigado a falar com sua vovó sobre os problemas que a netinha dela anda tendo com autocontrole... Sabe como é... Talvez ela queira reaplicar a injeção de raiva. - dito isso, eu peguei furiosamente um travesseiro na minha cama e joguei em Rain com toda a minha força, o que apenas o fez rir e dizer por fim: - Quando desistir de acordar o babaca aí, eu talvez possa fazer a caridade de deixar você dormir aqui. - ri debochadamente.

– Nem nos seus sonhos, Rain. Nem lá, eu aceitaria uma coisa dessas.

E eu engoli minhas palavras trinta minutos depois.

Eu tinha sérias dúvidas sobre o que poderia ter acontecido com o garoto esparramado em minha cama enquanto eu estava desmaiada. Ele dava todos os sinais de estar em coma, e caso minhas suspeitas fossem confirmadas, o suspeito número um estava a centímetros de mim. Tentei de todas as formas acordar Anton, mas ele apenas acordava por míseros segundos, soltava um xingamento e voltava ao estado de pedra - só não joguei um balde de água fria em sua cabeça porque antes de correr para o banheiro e caçar um balde, pensei sobre as consequências disso: minha cama ensopada, fazendo com que nem eu nem ele tivéssemos lugar para dormir -, por fim decidi engolir meu orgulho, respirar fundo e subir as escadinhas da beliche.

O dia havia sido muito longo, meu corpo e mente estavam cansados e faltava muito pouco para o despertador miserável de galinha começar a me infernizar novamente, lembrando-me que eu ainda tinha mais um dia de escravidão nesse inferno.

Cutuquei Rain nada delicadamente e tentei empurrá-lo para o lado, fazendo-o me dar espaço para deitar. Ele já estava dormindo, mas consegui acordá-lo com alguma dificuldade e fazê-lo me dar algum espaço na cama minúscula. O colchão estava quente e aconchegante, com o cheiro de Rain, o que automaticamente fez meu corpo todo relaxar. Fechei meus olhos procurando pela inconsciência que não demorou muito a aparecer, mas não sem antes me deixar perceber que o ser deitado ao meu lado jogou desajeitadamente por cima de mim a coberta que também o cobria.

Como previsto, eu mal fechei os olhos e a maldita galinha começou a tocar, fazendo meu cérebro ferver de raiva e uma onda de depressão passar por todo o meu corpo. Um braço vindo do além passou por cima de mim e, tão rápido quanto havia começado, a galinha calou a boca. O braço caiu por cima de mim e ouvi um xingamento baixo e rouco que não saiu da minha boca ser pronunciado.

Abri meus olhos lentamente e olhei para o lado, encontrando grandes íris verdes me encarando e um rosto com mau humor estampado. Antes que eu reagisse ao braço de Rain em cima de mim - agora fazia sentido o braço vindo além que calou o despertador - sentimos um terremoto. Ok, não era um terremoto, era a cama de baixo na beliche se mexendo e uma cabeça saindo de lá. Fiquei levemente surpresa pela beliche não ter desmoronado e observei o garoto sair da cama, esfregando os olhos e xingando todos os tipos de palavras de baixo escalão que fariam os ouvidos da minha avó sangrarem.

– De quem é esse despertador desgraçado? Quem coloca um maldito despertador de galinha para berrar às... - uma pausa enquanto ele pegava o celular na cabeceira e checava as horas - CINCO E QUARENTA DA MANHÃ? RAIN, VOCÊ SÓ PODE ESTAR BRINCANDO COMIGO. - o garoto andava de um lado para o outro do quarto esfregando os olhos e bagunçando os cabelos, parecendo desorientado.

Mas acho que o único ser desorientado ali era eu, diante da visão do irmãozinho de Rain vestindo somente uma cueca box azul marinho, deixando à mostra tudo o que podia exibir em sua boa forma. E com boa forma eu queria dizer: puta que pariu, como ele era gostoso. Deixei meus olhos comerem seus braços largos e definidos, seu peitoral delineado e sua barriga com o melhor tanquinho que eu já vi ao vivo... Suas coxas eram grossas e definidas, mas nada exagerado. E ele era mais alto que Rain. Definitivamente mais alto. Não que isso fosse algo ruim, longe disso. A genética fora mais que generosa com esse ser humano na minha frente.

E então voltei a respirar, quando Rain me cutucou e eu o encarei a contra gosto - não queria desviar os olhos do menino e quando voltasse a olhar desse de cara com o nada, descobrido que tudo não passava de uma miragem - e vi a expressão carrancuda de Rain, com suas sobrancelhas levemente erguidas, como se esperasse que eu dissesse algo, olhei para seu irmão e encontrei exatamente a mesma expressão em suas feições. Notando meu silêncio, Rain disse:

– Anton, a Summer não funciona antes das nove da manhã e sem comida no estômago. Se quer se comunicar com ela, espere o sol nascer direito. - dito isso (e confesso que meu cérebro levou muitos momentos antes de processar tudo o que ele falou e eu conseguir ficar irritada) ele pulou da sua cama, passando por cima de mim e indo diretamente para o banheiro. - E respondendo à sua pergunta, não entendo o que se passa na cabeça dessa garota para adivinhar o motivo dela ter arrancado a maçaneta da porta. - Rain bateu a porta do banheiro e eu pisquei meus olhos, ainda meio atordoada com a cena.

Anton me encarou com um sorriso engraçado no rosto e disse lentamente.

– Oi... eu... sou... Anton - ele dizia como se eu fosse algum tipo de retardada e parecia se divertir com a situação. Para a minha felicidade, meus sentidos (e meus pensamentos) estavam voltando e eu respondia descendo da beliche:

– Eu já sei... Irmão do Rain... Não sou tão lerda - encarei-o e instantaneamente senti-me uma criancinha. Céus como eu não tinha notado a diferença ontem à noite? Ele era bem maior que Rain, o que não ajudava muito, já que Rain tinha seus 1,85m. Anton me encarou com um sorriso que chegava perto do encantador, se não tivesse aquela ponta de crueldade.

– Eu sou o irmão mais velho, mais inteligente e mais bonito daquele ali. - gesticulou com o queixo para Rain que já havia saído do banheiro e depois voltou a me encarar. - Mas estou em desvantagem, você sabe quem eu sou, e eu não sei nada de você.

– Summer. - eu disse rapidamente. - Meu nome é Summer e... - não tive tempo de continuar quando minha avó gritou do andar de baixo:

– Crianças, café da manhã!

– E estou faminta. - completei correndo para o banheiro e com igual pressa fiz minha higiene matinal. Quando voltei ao quarto, Rain e o irmão estavam devidamente vestidos e conversavam sobre algo sérios e em voz baixa. Me encaminhei para a saída do quarto e fui acompanhada pelos dois.

Chegando ao andar de baixo, passei por todos murmurando algo parecido com "bom dia" e me joguei em uma cadeira, começando a devorar o que estava pela minha frente. Rain fez o mesmo, mas seu irmão decidiu ser a educação em pessoa dar um alto e claro "bom dia" para todos na mesa, ao qual todos responderam cheios de ânimo e fez algumas tias gordas (as mais novas) soltarem alguns suspiros baixinhos. Era o que me faltava. Tias pedófilas.

Estávamos tendo um café da manhã relativamente tranquilo - ou tão tranquilo quanto qualquer café da manhã possa ser nessa família - quando minha avó irrompe pela porta da cozinha e, depois de cumprimentar a todos e colocar os ovos que ela colheu no galinheiro (yey, hoje não teria que ter um encontro com as galinhas exorcistas) disse sorrindo:

– Tudo pronto, Anton. Seu avô já conversou comigo e eu já providenciei que a casa do zelador fosse limpa para você ficar enquanto está aqui conosco. - pausa em que eu não entendi uma palavra do que minha avó disse (que casa de zelador era aquela?!) e ela prosseguiu - até o fim do dia você já pode ir para lá.

– Casa do zelador? - perguntei com a boca entupida de bolo de laranja, olhando inocentemente para vovó.

– Sim, querida, costumávamos ter um zelador na fazenda, mas desde que e naturalmente uma casa para ele, mas está desativada a tempos, já que decidimos cuidar de tudo sozinhos. - com "sozinhos" ela quis dizer com dois escravos, vulgo eu e Rain. Mas o ponto não era esse.

– Mas essa casa funciona? Digo, tem luz, água e uma cama?

– Bem... Não tem eletricidade, mas temos lampiões de ótima qualidade por aqui. A água é encanada, só não é aquecida, pela falta de eletricidade, então os banhos são frios... Mas o colchão é muito bom, se ainda não foi comido por traças. - vovó fez a descrição da casa e a cada palavra meu peito inflava e meu coração acelerava.

– Então vocês estão me dizendo que tem uma casa fora daqui e que tem quase tudo o que um ser humano precisa e me mandaram dormir em um sótão velho e provavelmente assombrado, com um garoto que podia abusar de mim ou me matar? - perguntei estupefata.

– Ah... Sim, basicamente isso.

Eu já sabia que iria ocupar aquela casa. E não era Anton, definitivamente.


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Notas finais do capítulo

Então, meus amores e minhas amoras, eu podia começar falando que sinto muitíssimo por esse hiato ENORME, que eu não consigo imaginar minha vida sem o Nyah e sem vocês, leitoras maravilhosas, que a saudade que eu senti de postar aqui me deixava com dor física... Todas as afirmações anteriores são verdade, mas prefiro começar dizendo que eu sou humana ): e infelizmente uma das piores coisas me aconteceu: a minha inspiração sumiu. Na verdade, ela não sumiu, sempre esteve aqui, afinal, eu ando escrevendo várias outras coisas (não postadas aqui no Nyah ainda) e escrevi quatro versões para esse capítulo. Mas o fato é que eu não conseguia prosseguir com Savin Me. E vocês sabem que eu odeio não saber continuar algo que comecei.
Mas apesar de tudo, apesar de eu ter pensado milhões de vezes em excluir essa fanfic, minha conta no nyah, encerrar de vez minha aventura como escritora e deixar esse hobbie como lembrança da adolescência, eu decidi pôr minha cabeça no lugar e cumprir minha promessa. Eu não podia deixar vocês na mão, não depois de receber reviews e recomendações mesmo estando sem postar até agora (quase um ano depois, literalmente). Não podia simplesmente abandoná-las e ignorar as MP's que recebo até hoje das leitoras querendo saber aonde eu me enfiei e cadê o próximo capítulo... mesmo depois de TODO esse tempo...
Tirando o fato de que se eu fizesse essa loucura, estaria matando o pedacinho de mim que é isso aqui... Estaria matando toda a minha inspiração e tudo o que eu ainda posso fazer para e por vocês... Então se ainda tiver alguém aqui, quero que saiba que eu sinto mais do que tudo pelo tempo em que estive fora e quero agradecer a você por continuar aqui, por não ter clicado no "X" dos acompanhamentos em Savin Me... Quero agradecer por se importar com a minha escrita e por gostar do que escrevo, porque eu amo quando gostam do que faço...
Vejo vocês no próximo capítulo, que dessa vez provavelmente não vai demorar, já que já o tenho todo montado em minha mente.
PS.: Quero agradecer imensamente a todos os reviews, recomendações, MP's, mensagens por facebook... tudo a todas (: e um obrigada MUITO, MAS MUUUITO especial à Boow que foi uma das principais responsáveis por eu estar aqui agora... e agradecer também à Nana, que, como eu já disse anteriormente, é a representante de vocês aqui na vida real, me cobrando quando eu chego à escola e me dando apoio (: amo você mais que tudo, minha Kiks