Entrelaçados A Uma Paixão escrita por Gil Haruno


Capítulo 12
*X* Revelando-se *X*


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!
Então, vocês devem ter passado aqui e dado de cara com a fic bloqueada. Acontece que essa e outras fics estavam com co-autor o clube SasuSaku, e parece que alguém lá foi punido e todo mundo pagou por isso.
Problema resolvido e boa leitura!
Feliz Natal!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/273965/chapter/12

–O que vai ser?Um jantar fora do horário ou um lanche rápido e nutritivo?



Perguntou Sakura apontado para a geladeira e o fogão ao mesmo tempo, esperando a resposta de Sasuke que, pela cara indecisa, não estava muito feliz com as opções.


–Que tal uma pizza de queijo?


–A senhora Mikoto não ficaria muito feliz com essa sugestão. – ela sorriu da cara de tédio que Sasuke fez. –Eu vou jantar. E você?


–Acho que vou acompanhá-la.


–Ótimo. Então você vai organizar a mesa enquanto eu vou esquentar a comida.


Sasuke balançou a cabeça, e ficou observando-a se entreter com as panelas. Cheio de cuidados ele deu uma pequena ajeitada na mesa da cozinha, e se surpreendeu com a habilidade de pôr os pratos e a organização de talheres e copos. Tarefas domésticas sempre foram ignoradas por ele, mas Mikoto sempre dava um jeito de familiarizá-lo com a casa, e o resultado não poderia ser outro senão o básico.
Sakura olhou-o de esguelha e sorriu consigo mesma ao ver o moreno empolgado com a toalha de mesa, e até mesmo chegou a puxar a pequena bandeja com frutas para o centro dela, se é que ela já não estava ali.
Depois de servir Sasuke, e se servir ela fez um rápido agradecimento, assim como ele, e o jantar deu início num silêncio absoluto.


–Que jantar mais animado. – comentou Itachi sendo o centro das atenções. –Não é muito comum vê meu irmão na santa paz. – Sakura riu com o comentário do rapaz e até tentou disfarçar a graça, mas Sasuke a olhou. –Fiquei sabendo da discussão.


–Não foi nada demais.


Sasuke voltou a encarar o prato, e sem muita animação provou da carne. Sakura fez o mesmo, pois não tinha o que falar com Itachi, e mesmo se tivesse não seria ali. Ultimamente estava tendo o hábito de escutar e comentar diversos assuntos à mesa, e isso era até divertido, já que não acontecia com muita frequência quando estava com os pais.


–Bem, eu só passei para pegar uma maçã. – como dito, Itachi pegou a maçã e jogou-a para o alto algumas vezes. –Boa noite pra vocês.


–Boa noite, Itachi. – Sakura levantou a cabeça e teve tempo suficiente para ver o sorriso dele antes de abandonar a cozinha. –Seu irmão é divertido.


–Você deve está falando de outra pessoa, por que de divertido Itachi só tem a cara.


Ela sorriu. –Mas você o respeita, eu vejo isso.


Como previsto Sasuke nada comentou, e Sakura até o julgou desconcertado diante dela.


–Seu pai... ele ficou bem chateado com essa confusão.


–Ele vai esquecer.


–Sim, mas... não seria bom você se entender com ele? – ela sabia que, assim como ele, deveria esquecer o ocorrido, mas era algo impossível no momento.


–Você está se sentindo culpada? – finalmente ele dedicou sua inteira atenção a ela, e focou-lhe os olhos inquietos. –Você não foi culpada de nada, então deixe de pensar que o erro foi seu. Além do mais, eu a defenderia de qualquer outro.


Sakura respirou várias vezes, tentando manipular o impacto que as palavras de Sasuke causaram em si. Por um momento de distração ela deixou-se envolver-se, mas logo assumiu o controle, sentiu que tudo estava bem, e que já era hora de pôr um ponto final naquela proximidade.


–Obrigada por ter me ajudado, mas isso não vai acontecer de novo. – antes que Sasuke protestasse ela continuou: - Eu sei me defender, e também sei que você não deve ficar acumulando enrascada. Seus pais não terão paciência sempre, principalmente seu pai.


–Você está parecendo meu irmão falando.


–Estou falando sério...


–Eu também. – Sakura duvidou disso. –Querendo ou não eu vou está por perto, então terei que ajudá-la de alguma forma.


–Sasuke...


–Se isso tivesse acontecido dias atrás você não teria tomado essa decisão, mas agora está se sentindo pressionada. Qual é o problema?


Ele praticamente a encurralou, e deixou-a com cara de boba. –Eu...


–Não deve ser por causa dos meus pais, mas talvez por causa de Ino. – ele se debruçou na mesa, como se quisesse enxergar a alma dela, e permaneceu detalhando cada traço juvenil e delicado daquele rosto. –Você não vai admitir isso, não é?


–Vou! – Sakura já estava exasperada com as perguntas e a análise dele, e jurou para si que aquilo tinha que acabar. –Nenhuma garota ficaria feliz se visse seu namorado cheio de carinho com outra.


Sasuke sorriu, com uma simplicidade que abalou a rosada, depois se jogou para trás e tomou a mesma postura de antes.


–Então você sentiu que eu estava sendo carinhoso?


–Eu vou dormir. – disse se levantando, alegando que estava sendo impossível manter Sasuke longe de seu cinismo.


–Não tão depressa, bela adormecida. – ele levantou-se bruscamente, e quando Sakura olhou para trás teve seu corpo agarrado e arrastado até à parede mais próxima. O braço do moreno serviu de apoio às costas dela, e seu corpo praticamente fez sombra sobre o dela. –Estou te incomodando?


–Sim, por favor, se afaste!


Ele ignorou a ordem dela, dita com toda firmeza, e atreveu-se em exibir um sorriso brincalhão.


–É a segunda vez que ficamos tão perto assim. – com muito esforço Sakura levantou a cabeça e o encarou. –Por que seu coração está batendo tão forte? – sussurrou.


–Por que certas coisas podem me destruir.

Ignorando as palavras sussurradas dela, Sasuke mergulhou os dedos no cabelo longo e perfumado, e a trouxe para mais perto. Ele podia sentir a necessidade nela, assim como a sua, e não pensou mais se o que fazia era certo ou errado. Estava prestes a provar o sabor que havia nela, e guardar aquele momento até que sua mente falhasse de vez. Mas Sakura, com muita relutância, apoiou as mãos no peitoral dele, e o impediu de beijá-la.


–Não é certo o que você está fazendo.


Ele deixou-a escapulir de seus braços, e esperou o controle voltar ao seu corpo.
Sakura se apoiou em uma das cadeiras, e antes de cruzar os braços passou a mão no cabelo e o jogou no ombro.


–Eu sei que não é certo, mas não posso ignorar...


–Por favor, Sasuke, não fale de sentimentos comigo, é ridículo!Ino te deu outra chance, e você deveria, no mínimo, respeitar isso. – sabia que deveria ter o impedido a tempo, mas ela sabia que era tão culpada quanto ele. –Quem você está fazendo de idiota?Eu ou sua namorada?


–Isso nunca passou na minha cabeça.


–Não acredito em você.


–Entende uma coisa. – ele segurou o braço dela, e a obrigou a se sentar. Arrastou uma cadeira, e sentou-se de frente. –Você já deve ter ouvido minha história com Ino da boca de alguém, mas não sabe como tudo aconteceu, de verdade.


–Eu não preciso...


–Pessoas como eu, e você fazem besteiras, Sakura, e comigo não foi diferente. Ino foi à primeira garota que fantasiei muitas coisas, mas o que eu realmente queria era passar uma noite com ela. – Sakura virou o rosto para o outro lado, e Sasuke teve que resistir a rejeição. –Começamos a namorar, e eu pensava que ela logo cederia, mas não foi assim. Ino não estava pronta para transar comigo, e com o passar do tempo eu aceitei isso. Mas Karin se aproximou de mim, e me fez perceber que ela entendia minhas necessidades.


–E então você transou com ela.


–Foi. – a palavra saiu em um sopro fraco e amargo.


–E agora você está fantasiando o que comigo?


Ele respirou fundo, e imaginou nas possíveis atitudes dela ao ouvi-lo. –Não estou brincando com você, Sakura, se é o que pensa. – ele segurou o queixo dela, e virou seu rosto para ele. –Fico muito confuso quando estou com Ino, mas com você é diferente.


–É normal já que vocês ficaram separados tanto tempo.


–E também é normal ajudar Ino só para não ter que se culpar depois?


–Eu a ajudei com carinho, não foi para sentir que estava tudo bem.


–E funcionou?


Sakura não soube lhe responder a pergunta, e não soube, mais uma vez, impedi-lo de se aproximar.


Sasuke! – Mikoto chegou às pressas à cozinha, e por pouco não os flagrou. –Uma menina chamada Ino ligou para você. Não ouviram o telefone tocar?


–Estávamos conversando. – disse Sasuke olhando a mãe como se quisesse expulsá-la de lá.


–Ela disse que ia retornar a ligação, mas no seu celular, e pediu que você estivesse no quarto. – pela voz de desdém de Mikoto, ela não gostou muito de ser mensageira. –Você está namorando essa garota?Espero que não. – disse sem nem mesmo esperar a resposta dele. –Não gostei muito do jeito dela, tenho a impressão que ela é muito... grudenta.


–Eu vou dormir. Boa noite.


–Boa noite, querida. – já era costume de ela abraçar Sakura em qualquer ocasião.


Sakura olhou Sasuke antes de sair, e ele retribuiu o olhar se esquecendo de que Mikoto os observava. A mulher olhou de um para outro ao mesmo tempo, e abriu um enorme sorriso.


–Sinto cheiro de paixão no ar.


Sasuke virou-se para a mãe. –A senhora deve está com muito sono.


–Não mude de assunto como se eu fosse uma velha gagá. Eu vi os olhinhos de vocês brilhando um para o outro.


–A claridade da luz emite reflexo, mãe.


–Oh, céus! – ela segurou os ombros do filho, e olhou-o como se ele ainda fosse uma criança. –Eu te conheço muito bem.


–Ok, mãe. Boa noite. – Sasuke beijou-a no rosto, e se dirigiu a seu quarto.


–Temos que conversar sobre isso! – disse alto o suficiente para ele escutar.








Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!